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Consumo Eficiente de Energia Eléctrica – Comportamento do Consumidor

Cada vez mais a energia eléctrica é essencial nas nossas vidas. Apercebemo-nos deste facto logo que ela falha! São, por exemplo, os alimentos que se estragam, a escuridão que impossibilita a realização das nossas actividades, o entretenimento (ex. Televisão, computadores, etc.) que se limita, a produção do país que paralisa... A utilização de energia eléctrica é tão importante que já é por vezes considerada um indicador económico.

Tipicamente, a energia eléctrica dos países é gerada em centrais hidroeléctricas (barragens), termoeléctricas (queima de combustível) e/ou a partir de painéis solares e de aerogeradores (energia eólica). Como alternativa, usam-se os geradores diesel, cuja capacidade (em KVA) depende da carga a alimentar. Salienta-se que a tendência global é investir em energias renováveis (ex. solar, eólica, etc.), dadas as vantagens económicas e ambientais a longo prazo.

O consumo de energia eléctrica cresce a cada dia que passa, pois somos cada vez mais e regularmente adquirimos novas aplicações eléctricas (ex. electrodomésticos, electrobombas, maquinaria industrial, etc.). Assim, há necessidade de se estimar o consumo para que se possa antecipar a capacidade necessária de produção. O ideal é que a capacidade de produção seja sempre superior ao consumo, caso contrário é necessário fazer restrições. Por outro lado, destaca-se o importante papel do transporte e da distribuição da energia eléctrica. Ou seja, não basta produzir energia suficiente, é necessário ser capaz de a transportar em segurança da central até ao consumidor final.

Quando a capacidade de produção é insuficiente para satisfazer a demanda de energia eléctrica é necessário aumentar a produção (ex. mais centrais) e/ou reduzir o consumo (ex. desligar as cargas que não estão a ser utilizadas). O aumento de produção está associado a elevados custos e tempo para instalação das centrais, o que obriga a um planeamento atempado. Por outro lado, o comportamento do consumidor é extremamente importante uma vez que pode evitar o desperdício de energia, o que resulta em mais população a ter acesso aos benefícios da energia eléctrica, sem custos adicionais. 

Grandes quantidades de energia eléctrica são desperdiçadas todos os dias. Ou seja, a produção já é insuficiente e ainda desperdiçamos o que temos. Assim, é necessário consumir de forma mais eficiente, além do aumento da produção, para que se atinja a sustentabilidade do sistema. Salienta-se que o cidadão joga um papel directo no consumo eficiente, mas indirecto na produção de energia eléctrica (ex. indicador de demanda).

Assim, este artigo pretende destacar o papel do comportamento do cidadão no consumo eficiente de energia eléctrica. Trata-se de um processo e, portanto, não pode ser obtido instantaneamente. Nesse sentido, é de extrema importância a consciencialização (ex. campanhas de informação pela televisão, pela rádio, nas escolas, no serviços, por e-mail, por SMS, etc.) e motivação (ex. incentivos, prémios, etc.) dos consumidores sobre como o seu comportamento afecta o sistema eléctrico nacional. Poderão, por exemplo, existir horários mais económicos, fora do pico da demanda. Consegue-se assim melhor distribuir o consumo ao longo do dia. Contudo, a ideia central a passar é que se todos consumirmos apenas o que necessitamos, poupamos dinheiro, contribuímos para a melhoria do ambiente e mais cidadãos poderão ter acesso à energia eléctrica. 

Apresentam-se a seguir alguns conselhos práticos ao consumidor que contribuirão para um consumo mais eficiente de energia eléctrica:

  • Desligue as luzes e aparelhos quando não estão a ser utilizados;
  • Use lâmpadas de baixo consumo;
  • Onde possível, instale detectores de movimento para accionar lâmpadas;
  • Sempre que possível utilize a luz do sol (abra as cortinas);
  • Regule os aparelhos de ar-condicionado para a temperatura desejada (ex. 22 ºC) em vez do mínimo (ex. 16 ºC) e mantenha o espaço fechado. A manutenção dos mesmos também é de extrema importância;
  • Adquira equipamentos energeticamente eficientes (ex. Selo “Energy Star”);
  • Evite deixar em “stand-by” os equipamentos (ex. TV);
  • Use temporizadores e regule os termóstatos dos aquecedores eléctricos de água;
  • Evite utilizar a máquina de lavar roupa sem estar devidamente cheia;
  • Verifique o consumo de energia eléctrica (ex. sistema pré-pago).

Assim, no caso de Angola (e não só), pensa-se que ainda há muito a fazer neste no domínio do consumo eficiente de energia eléctrica. Julga-se ainda que se todos contribuirmos, para a mesma produção, mais pessoas poderão ter acesso à energia eléctrica.

 

 

Ricardo Queirós

Doutorado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores

Investigador na área de Instrumentação e Medidas

Faculdade de Engenharia - Universidade Agostinho Neto

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