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Alexandre Cose

Alexandre Cose

Abre hoje a 4ª Edição do Imaginecup Final Local Angola-2016

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) e a Microsoft Angola realizam  neste dia 15 de Abril de 2016 (Sexta-feira), pelas 9 horas, a 4ª Edição do Imagine Cup Final Local Angola-2016, no Instituto Superior Politécnico de Tecnologia e Ciências (ISPTEC), sito no município de Belas, no Talatona. O certame conta com 15 projectos inscritos feitas na plataforma internacional da Microsoft.

É de salientar que uma vez apurados os finalistas desta Edição, concorrerão online para a Semi-Final Internacional do ImagineCup à decorrer de 23 de Abril até finais de Junho de 2016, para posteriormente concorrem à tão esperada Final Internacional do ImagineCup 2016, que terá lugar em Julho, na cidade norte-americana de Seattle, Estados Unidos da América.

O Ministério da Ciência e Tecnologia, no âmbito da implementação dos programas de Promoção da Cultura Científica e da Transferência de Tecnologia e Empreendedorismo de Base Tecnológica, tem vindo a desenvolver acções que visam elevar a Cultura Científica, Tecnológica e de Inovação, da população em geral e dos diferentes integrantes do Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação de Angola.

Neste contexto o MINCT, desde 2013 aliou-se como principal  parceiro, a uma iniciativa da Multinacional Microsoft Angola, na realização do tão prestigioso concurso denominado ImagineCup Final Local Angola. O objectivo principal deste concurso consiste na abertura de oportunidade aos estudantes de apresentarem projectos tecnológicos capazes de resolver problemas das Sociedades.

Concorrem ao ImagineCup Final Local Angola 2016, estudantes maiores de 16 anos de idade, desde que inscritos em Instituições Escolares devidamente legalizadas. O regulamento do concurso define três categorias: A Categoria de Inovação, Categoria de Cidadania Mundial e a Categoria de Jogos.

A inserção de Roadshows na metodologia de trabalho para realização desta 4ª Edição, com a finalidade de municiar os estudantes com informações que lhes possibilitarão apresentar melhor os seus trabalhos foi de carácter importantíssimo neste processo, pelo que foram realizados três Roadshows no total (com cerca de 1000 alunos), no ISPTEC, Instituto Jean Piaget de Angola e Universidade Gregório Semedo.

O Ministério da Ciência e Tecnologia, representado pelo Centro Tecnológico Nacional, prestará apoio metodológico no sentido de melhorar as ideias, protótipos e produtos apurados a concorrerem na Final Internacional do ImagineCup.

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, em Luanda aos 13 de Abril de 2016

 

 

O "Olho do Sol" descrito por Jaime Vilinga

Os peritos chamam-lhe o “Olho do Sol”. Foi captado por um punhado de cientistas, que a 9 de Março partiu para a  Indonésia, para a cobertura  do Eclipse Total do Sol, na manhã desse dia.

Esta bela imagem do “Olho do Sol”, acabada de publicar pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA), pode agora ser contemplada pelo mundo inteiro.

As abordagens feitas em torno desta maravilha estão  traduzidas em 22 línguas. O gesto da NASA vem, assim, consagrar todo um trabalho árduo e de muita dedicação à ciência desenvolvido pelos pesquisadores.

Esta imagem ilustra um dos grandes avanços científicos, no qual a combinação de esforços com observações a partir do espaço e do solo pode dar em surpreendentes resultados que, tal como escreve o astrofísico Jaime Vilinga, “são mais fáceis de serem estudados, analisados e interpretados”.

Segundo descreve o professor Vilinga, ao portal ciência.ao,  o “disco negro no centro da imagem é a Lua a obstruir o disco solar, de onde sobressai uma protuberância rosada, na parte superior esquerda. A sua volta está representada a Coroa Solar Interna, observada a partir da ilha de Ternate, no North Maluku, na Indonésia”.

O geofísico angolano estava lá, entre os cientistas mobilizados para observar o espectáculo celeste,  cujo tratamento das imagens foi realizado por Reinhold Wittich, da Alemanha.

Vilinga acrescenta, na sua descrição que “a parte avermelhada da imagem, representa a Coroa Solar Externa, observada no espaço pelo Satélite Espacial e Heliosférico (SOHO – Solar and Helyospheric Observatory), exactamente no mesmo instante, ilustrando a potência da emanação do vento solar por toda a Heliosfera”.

A foto composição destas imagens foi da responsabilidade de Serge Koutchmy, da França. Trata-se de  um trabalho de equipa bem sucedido, cujo resultado permite o estudo das mudanças constantes da actividade magnética, tanto próximo como distante do Sol. Segundo remata o astrofísico,  “é essa actividade que produz as famosas auroras polares, tanto aqui no nosso planeta-terra como nos outros planetas do nosso Sistema Solar.”

 

SOHO, o satélite

O satélite espacial SOHO, fabricado pela Agência Espacial Europeia (ESA) e lançado por um foguete americano da NASA, foi enviado para o espaço a 2 de Dezembro de 1995, planificado originalmente para uma missão de dois anos de observações permanentes do Sol a partir do Ponto de Lagrange número 1 (Ponto de equilíbrio gravitacional entre a Terra e o Sol), numa órbita perpendicular a linha imaginária que liga a Terra ao Sol.

Passados 21 anos desde a sua entrada em órbita, o satélite espacial SOHO já descobriu mais de 3.000 cometas e continua a operar ininterruptamente, controlando o Sol durante 24 horas por dia, tendo ajudado bastante na compreensão das relações entre a Terra e o Espaço, numa nova disciplina que hoje se conhece como “Meteorologia do Espaço”.

 

Jaime Vilinga

O  também professor angolano Jaime Manuel Pombo Vilinga é o director geral do Instituto Superior Técnico Militar (ISTM), das Forças Armadas Angolanas. Integra, desde finais de Novembro de 2015, o corpo docente da universidade da Beira Interior, na Covilhã, Portugal, como catedrático convidado.

O docente é pós-graduado em “Química e Física de Atmosferas Planetárias” e “Aquecimento Global do Planeta” pelo Observatório de Ciências do Universo e Laboratório de Glaciologia e Geofísica da Europa, da Universidade Joseph Fourier de Grenoble (França).

A nível do país (Angola), Vilinga é também membro do Conselho Consultivo do Ministério da Ciência e Tecnologia para a implementação das Ciências Geoespaciais em Angola.

Integrado em equipas internacionais e multinacionais desde o ano de 2001, participou em missões de investigação científica em vários países do mundo, entre os quais a República Islâmica do Irão, Bélgica, Itália, Egipto, Estados Unidos da América, Austrália, Portugal, Sibéria na Rússia, Uganda e França e agora, mais recentemente, na Indonésia.

 

 

Nanotecnologia reduz consumo de energia e propicia desenvolvimento

O director-geral do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional, Zolana João disse , em Luanda, que a nanotecnologia garante uma eficiência no funcionamento e ajuda a poupar energia eléctrica, proporcionando um desenvolvimento exponencial.

O responsável, que apresentou o tema "a nanotecnologia no desenvolvimento das sociedades", isto durante o projecto “café com ciência e tecnologia”, realizado pelo Centro Tecnológico Nacional (CTN), explicou que um satélite convencional pesa 1000 quilogramas; o microsatélite, de 10 a 100 quilogramas; já o nanosatélite pesa em torno de 1 a 10 quilogramas.

Conforme referiu, este exemplo é um claro sinal do benefício da tecnologia nana no desenvolvimento das sociedades. "É graças a nanotecnologia que nós hoje temos os smartphones, robôs e tantos outros materiais em formatos muito reduzidos, como os que permitem a realização de cirurgias médicas com ou sem micro aberturas ao corpo humano", referiu.

Esta tecnologia não cria novas matérias, adverte o funcionário sénior do Ministério da Ciência e Tecnologia, esclarecendo depois que ela serve para dar consistência às matérias já existentes, podendo dar prevalência ao cimento, ao vidro, aos tecidos e até mesmo as embalagens de conservação de alimentos.

Em matéria de custos, segundo cálculos  redondos apresentados pelo prelector, perante uma tenta plateia que o ouvia com atenção,  no caso dos satélites, a tecnologia nano reduziu as aplicações financeiras de USD 100 milhões, pelos satélites normais, para USD 100.000, um nanosatélite reduzido a um tamanho de pelo menos 10 centímetros e consequente consumo de energia eléctrica.

Explica que, por estarem estacionados em baixa órbita, os satélites nanos permitem, por exemplo, o controlo eficiente de fronteiras, cidades ou outras funções como a prevenção, a gestão e o controlo de calamidades.

A nanotecnologia é importante para a academia e institutos de investigação em Angola porque permite desenvolver competências humanas e soluções tecnológicas na área espacial, usando os chamadas pico e nanosatélites.

Os nanosatélites podem ser usados ainda para a formação, em alta tecnologia, nas áreas das engenharias e ciências exactas.

 

A nanotecnologia domina os debates "Café com Ciência e Tecnologia" do mês de Abril

Vem aí mais um “Café com Ciência e Tecnologia”, o projecto de debates do Centro Tecnológico Nacional (CTN) do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O encontro que se subordina, desta vez, ao tema "A Nanotecnologia no Desenvolvimento das Sociedades", pretenderá juntar no Auditório do CTN, a partir das 9:00 desta Quarta-Feira, 06 de Abril, diferentes actores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e demais interessados, sobretudo estudantes, numa abordagem que promete, mais uma vez, ser coerente e profícua, de modo a produzir-se um melhor entendimento sobre as soluções sugeridas  por este sector do saber científico, e dele tirar as melhores vantagens para os desafios que podem ser identificados no mais vasto domínio das exigências científicas e tecnológicas impostas pelas necessidades do país.

A nanotecnologia é  uma solução tecnológica que já faz parte da vida das pessoas há muito tempo. Ela está presente em muitos componentes eletrónicos, desde computadores à aparelhos da medicina e outros tantos itens que possuem alta tecnologia.

Nanotecnologia é, assim, a capacidade potencial de criar coisas a partir do mais pequeno, usando as técnicas e ferramentas que estão a ser desenvolvidas nos dias de hoje para colocar cada átomo e cada molécula no lugar desejado.

Este sistema de engenharia molecular vem assim abrir caminho a uma nova revolução industrial, tendo em consideração as importantes consequências económicas, sociais, ambientais e militares que ele suscita.

Instituído em 2015, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, os “Cafés com Ciência e Tecnologia” são espaços de debate à volta de temas da actualidade e pretendem ser um catalizador a ter em contar, na criação de uma verdadeira sociedade do conhecimento, de modo a cumprir, desta forma, com um dos grandes desideratos plasmados na Política Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação de Angola.

As conclusões e recomendações saídas deste forúm são convertidas em linhas de investigação para a resolução dos principais problemas identificados em cada uma das temáticas.

 

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