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dezembro 2014

Termina em Luanda o 2° Workshop Nacional sobre a Gestão da Investigação Científica e Inovação

Enquadrado numa iniciativa do Secretariado da SADC, em estreita colaboração com a Associação da África Austral para a Gestão da Investigação Científica e Inovação (SARIMA) e o Ministério da Ciência e Tecnologia, realizou-se nos dias 22 e 23 de Fevereiro de 2017, no Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), em Luanda, o 2º Workshop Nacional sobre a Gestão da Investigação Científica e Inovação que contou com a presença de representantes de Instituições de Ensino e de Investigação Científica, de Instituições de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e de empresas das províncias de Benguela, Huambo, Huíla, Luanda e Uíge, perfazendo um total de cerca de 40 participantes.

O Workshop teve como objectivo alavancar o desenvolvimento científico e tecnológico, particularmente no que tange à implementação de boas práticas na condução de actividades de investigação científica e inovação, de forma a aumentar a eficiência e a eficácia na obtenção de resultados que se candidatem a acrescentar valor na cadeia produtiva e ir ao encontro dos problemas que apoquentam a sociedade. 

A sessão de abertura foi orientada pelo Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Prof. Doutor João Sebastião Teta, tendo ressaltado o facto de o Workshop se inserir na visão da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação - PNCTI (Dec. Pres. 201/11, de 20 de Julho) que estabelece a necessidade da capacitação dos Recursos Humanos (Objectivo Geral I) e reforço do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) (Objectivo Geral IV). Apelou ainda aos participantes a desempenharem um papel cada vez mais participativo no desenvolvimento económico e social do nosso País, de forma a tirar-se melhor partido do potencial existente e do conhecimento que pode ser gerado localmente e, assim, contribuir-se para a redução da dependência tecnológica.

Os dois dias de trabalho foram de sessões bastante interactivas que tiveram como facilitadores a Vice-Presidente da SARIMA, Emilia Nahlevilo e o Director Nacional de Ciência e Investigação Científica, Domingos Neto.

 

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Candidaturas para o Prémio de Investigação de Jovens Africanos

 

A Academia da Investigação Científica e da Tecnologia (ASRT), da República Árabe do Egipto, anuncia abertura de candidaturas para o Prémio de Investigação de Jovens Africanos (não egípcios) nas seguintes áreas:

  • Agricultura e Ciência Alimentar;
  • Saúde e Farmacêutica;
  • Água e Ecologia.

O Prémio é de 15 000 USD (Quinze mil dólares americanos) ou equivalente em libras egípcias de acordo com a taxa de câmbio declarada pelo Banco Central do Egipto no momento da outorga, um ASRT Shield e um certificado de mérito.

Aceitam-se candidaturas de universidades, de organizações, de centros de investigação, espontânea e individual até 30 de Março de 2017.

 

Requisitos:

  • A idade do candidato não deve exceder os 45 anos; 
  • O candidato deve possuir o grau de Doutor (PhD);
  • O candidato deverá possuir um artigo científico publicado em revista científica especializada (ou detentora da patente) num período cinco anos antes do ano de indicação do prémio;
  • O artigo científico apresentado não deve ser integrado, como um todo, em dissertações de mestrado e em teses de doutoramento ou em quaisquer outros prémios. 

O formulário de inscrição deve ser enviado em Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.. As candidaturas, bem como o artigo científico e CV são enviados por DHL ao Departamento de Prémios da Academia da Investigação Científica e da Tecnologia (ASRT) do Egipto. 

 

Mais informação:

http://www.asrt.sci.eg/index.php/conf/item/111-awards-of-african-youth-researchers-2017, ou http://www.asrt.sci.eg/. Para os formulários de candidatura: http://www.eyas.eg.net/images/FinalAppFormAfricAward.pdf

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FÓRUM FUTURO - Juntos no Progresso da Ciência, Tecnologia e Inovação no País

 

Sob o lema “O Impacto da Ciência Tecnologia e Inovação no Crescimento e na Diversificação da Economia”, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) realizou nos dias 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro, no auditório do Banco Económico, sito na rua do 1º Congresso do MPLA, a 1º Edição do Fórum Futuro, com o objectivo de sensibilizar os decisores políticos e parceiros sociais sobre a importância da inserção da Ciência, Tecnologia e Inovação no desenvolvimento sustentável do país.

O fórum contou com a presença de prelectores nacionais e estrangeiros e estava estruturado em 4 sessões em formas de palestras seguidas de momentos de debate. As duas (2) sessões do dia 31 de Janeiro contaram com os seguintes prelectores e temas:

a) Sessão 1

  • Professor Doutor Manuel Heitor, Ministro da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, com o tema: O papel da CTI no desenvolvimento de Portugal;
  • Dr. Joel Muzima, Economista Principal do Banco Africano de Desenvolvimento – BAD, com o tema: Experiência do BAD no Financiamento à Investigação Científica em África;

b) Sessão 2

  • Professor Doutor Paulo Ferrão, Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), com o tema: O financiamento da Investigação Científica e o impacto no desenvolvimento de Portugal;
  • Dr. Andrew Musonda Kaniki, Director Executivo da Gestão do Conhecimento e Estratégia da Fundação Nacional para a Investigação, com o tema: O financiamento da Investigação Científica na África do Sul;
  • Dr. Armando Valente, Director do Instituto de Investigação Agronómica, com o tema: A Investigação Agrária Aplicada e o Desenvolvimento da Agricultura em Angola.

As duas (2) sessões do dia 1 de Fevereiro contaram com os seguintes prelectores e temas:

c) Sessão 3

  • Dr. Manuel Neto Costa, PCA do Banco de Desenvolvimento Africano – BDA, com o tema: Uma abordagem sobre o Financiamento na Investigação Científica Aplicada, com Impacto no Desenvolvimento Económico do País;
  • Dr. José Pedro Domingos, Director Geral da Nutricampo, com o tema: Contribuição para o Desenvolvimento Tecnológico da Agro-Pecuária de Angola;
  • Dr. Zolana João, Director do Gabinete de Gestão do Projecto ANGOSAT, com o tema: O projecto ANGOSAT e o desenvolvimento de Angola;
  • Dr. Carlos Faro, Director do BIOCANT, com o tema: Instrumentos de Apoio Financeiro para Parques Tecnológicos: A Experiência da Somorelate/Biocant;
  • Dr. Nelson Simões, Director Geral da RNP – Brasil, com o tema: Rede Nacional de Pesquisa (RNP) uma rede consolidada. Sua contribuição ao desenvolvimento do país e as tendências e oportunidades de evolução;
  • Dr. Pascal Hoba, CEO da UBUNTUNET, com o tema: An African alliance of research and education network;

d) Sessão 4

  • Dr. Lourino Chemane, Director Executivo da MORENet – Moçambique, com o tema: MORENet: desafios para implantação de uma rede de pesquisa em Moçambique;
  • Dr. Eduardo Grizendi, representante da RedeCLARA (Brasil), com o tema: Uma visão de consórcio no desenvolvimento das redes de ensino e pesquisa na América Latina;
  • Engº António Nunes, CEO da Empresa Angola Cables, com o tema: A contribuição da Empresa Angola Cable para o Desenvolvimento de Angola;

A discussão dos trabalhos apresentados permitiu realçar alguns pontos de consenso comum relativamente à relevância do papel da ciência, tecnologia e inovação no desenvolvimento dos países, nomeadamente:

  • O desenvolvimento sustentável das sociedades é feito com recurso ao conhecimento, sendo que não há ciência sem recursos humanos altamente qualificados e um ambiente de cultura científica que cria uma atmosfera favorável à congregação de energias e sinergias;
  • O conhecimento deve ser transformado em tecnologias e essa transformação assenta-se na criação de infraestruturas que permitam usar o conhecimento para criar e agregar valor a um dado produto ou a bens e serviços;
  • Investir na ciência é fundamental por ser um factor importante para suportar e sustentar a economia por via da inovação tecnológica. O investimento público constitui a base impulsionadora do desenvolvimento científico e tecnológico e, por isso, deve ser visto como primordial e não deve ser substituído pelo investimento privado, que deve ser visto como complementar, já que só aumenta quando em função do crescente  público consumidor. Uma outra forma que permite aumentar rapidamente o investimento na ciência é a instituição de fundos, que são instituições que se ocupam da gestão (apoio e monitorização) do desempenho do sistema cientifico e relevante na absorção de fundos externos;
  • A cooperação científica e tecnológica entre países, instituições e investigadores é importante por constituir grandes possibilidades de realização de acções, actividades, projectos e programas de partilha do conhecimento e transferência de tecnologias, sendo que não se deve descorar a aposta na educação e nos indicadores de ciência, tecnologia e inovação. A necessidade de interagirem, trocarem experiências, equipamentos e de se complementarem, leva ao surgimento de Redes de Educação e de Investigação nacionais e internacionais.
  • O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) aprova, nos termos do Decreto Presidencial n9 156/16, de 10 de Agosto, o regulamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND) que poderá ser aplicado em "projectos ou programas privados de ensino e investigação, de natureza científica ou tecnológica, incluindo as realizadas mediante doação de equipamentos técnicos ou científicos e de publicações técnicas a instituições que se dediquem à realização de tais projectos". Os projectos de investigação científica são submetidos a um estudo de viabilidade por entidades competentes antes do período de cedência de crédito;
  • O ANGOSAT é o primeiro satélite de comunicações de Angola, com parceria Russa e previsão de lançamento para 2017, e visa prover comunicações, garantindo maior velocidade de dados ao nível do país, com uso de sistemas de informação eficazes e mais autonomia ao país, economizando custos no que concerne ao aluguer de outros satélites. 

A contribuição das empresas privadas para o reforço do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação (SNCTI) é um facto, sendo exemplos:

  • A Empresa Nutricampo, Pesquisa e Inovação, Sociedade Anónima de direito angolano, que conta com o Centro de Investigação Animal e de Tecnologia Alimentar, na província do Huambo e um Centro de Melhoramento Genético e Propagação de Plantas, na Huíla;
  • A BIOCANT, envolvida na capacitação de recursos humanos e na criação de infra-estruturas para a investigação científica e tecnológica, mais especificamente de parques tecnológicos;
  • A UBUNTUNET ALLIANCE, enquanto organização regional de Pesquisa e Educação em Rede para África Oriental e Austral ilustrou, na sua experiência, que a criação de redes de educação e investigação têm permitido, por um lado, o envolvimento dos parceiros sociais na aplicação de tecnologias de comunicação e informação à baixo custo e, por outro lado, o intercâmbio académico e científico entre instituições de ensino superior e instituições de investigação e desenvolvimento, ao nível nacional e ao nível internacional;

Nesta lógica, foi sugerido que o Ministério da Ciência e Tecnologia assumisse o protagonismo político para a criação de uma rede nacional de educação e investigação, com a colaboração tecnológica do parceiros sociais nas TIC, e na qual estariam inseridos de forma voluntária os actores do SNCTI, com o objectivo de facilitar e disseminar o conhecimento, reduzir a distância entre a comunidade acadêmica e científica, contribuir para materialização das políticas do governo, e permitir a participação de Angola em redes internacionais;

Nas palavras da Ministra da Ciência e Tecnologia, Professora Doutora Maria Cândida Pereira Teixeira,“a ciência, a tecnologia e a inovação (CTI) são ferramentas importantes que influenciam o crescimento económico e social, particularmente quando se referem ao desenvolvimento sustentado, assente na sustentabilidade de processos rumo à edificação de uma sociedade do conhecimento”. Finalmente apelou o estabelecimento da cooperação com boas sinergias e perspectivas entre os sectores público e privado, como condição importante para o desenvolvimento da sociedade.

Esta 1ª Edição do Fórum Futuro contou com o financiamento dos seguintes parceiros sociais: Banco Económico, Angola Cables, Grupo Mitrelli, MORELATE Empreendimentos e Participações, WEZA e The Bridge.

 

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Candidaturas ao Prémio Internacional UNESCO - Guiné Equatorial para a Investigação em Ciências da Vida

O Prémio Internacional UNESCO - Guiné Equatorial para a Investigação em Ciências da Vida destina-se a projectos e actividades de pessoas singulares, instituições, outros organismos ou organizações não governamentais em favor da investigação em ciências da vida e que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos seres humanos. O prémio enquadra-se nas políticas da UNESCO sobre o incentivo à investigação, bem como à promoção e ao desenvolvimento de redes de centros de excelência em ciências da vida. 

 

Prémio 

A UNESCO entregará aos vencedores um cheque no valor de 300 000 USD (trezentos mil dólares norte americanos), um diploma e uma medalha.

 

Candidaturas

As candidaturas devem ser submetidas em inglês ou em francês e em 6 cópias, por correio postal (documentos originais) e por correio electrónico (fotocópias), até o dia 28 de Fevereiro de 2017 para os seguintes endereços:

 

 Secrétariat du Prix international UNESCO–Guinée équatoriale pour la recherche en sciences de la vie

 UNESCO, Secteur des sciences exactes et naturelles

 7, place de Fontenoy

 75352 Paris 07 SP 

 France

 Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

 

Mais informações   

Para mais informação sobre o prémio, o formulário de candidatura, consultar:

http://www.unesco.org/new/en/natural-sciences/science-technology/basic-sciences/life-sciences/international-prize-for-research-in-the-life-sciences/call-for-nominations/

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Programa de Estágio nas Áreas de Engenharia do Ambiente e de Aquisições

A Direcção Nacional de Águas (DNA) do Ministério da Energia e Águas (MINEA), sita na Rua 21 de Janeiro, Sector A, Quarteirão 2, Casa 12, Morro Bento, Luanda, está a desenvolver, no âmbito do Projecto de Apoio Institucional à Sustentabilidade do Fornecimento de Água Urbano e Serviços de Saneamento, um programa de estágios.  

O programa é financiado em 80% pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e tem como objectivo capacitar jovens licenciados nas áreas de Engenharia do Ambiente e de Aquisições. 

Para concorrer às respectivas vagas, os candidatos devem preencher os seguintes requisitos:

 

1. Área de Engenharia

  • Licenciatura em Engenharia Civil, Engenharia Hidráulica ou Engenharia Sanitária;
  • Não possuir experiência de trabalho na área de licenciatura;
  • Estar desempregado;
  • Ter nacionalidade angolana;
  • Ter idade compreendida entre 18 e 35 anos.

2. Área do Ambiente

  • Licenciatura em qualquer área do Ambiente;
  • Não possuir experiência de trabalho na área de licenciatura;
  • Estar desempregado; 
  • Ter nacionalidade angolana; 
  • Ter idade compreendida entre 18 e 35 anos. 

3. Área de Aquisições

  • Licenciatura em Engenharia, Direito, Economia, Gestão ou outra área afim 
  • Não possuir experiência de trabalho na área de licenciatura 
  • Estar desempregado 
  • Ter nacionalidade angolana 
  • Ter idade compreendida entre 18 e 35 anos 

 

Estão disponíveis quatro (4) vagas para área de Engenharia, duas (2) para a área do Ambiente e duas (2) para a área de Aquisições.

 

As candidaturas devem ser apresentadas até o próximo dia 01 Março 2017. 

 

Para mais informação, clique aqui.

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Chamada de Resumos para a Conferência SARIMA 2017: Prazo 28 de Fevereiro

  • Publicado em Eventos

 

Estão abertas as candidaturas para submissão de resumos à Conferência Anual SARIMA (Southern African Research and Innovation Management Association) a ter lugar de 22 a 25 de Maio de 2017 na cidade de Windhoek, capital da República da Namíbia.

A conferência enquadra-se nas comemorações dos 15 anos de desenvolvimento da cadeia de valor de investigação e inovação, e compreende uma série de sessões com diferentes formatos destinadas a estimular e a promover o engajamento e discussão de temas. Para além de três sessões plenárias, há uma série de sessões estruturadas, bem como sessões para as quais os resumos de apresentadores são procurados.

 

Sessões

Os resumos serão apresentados oralmente ou em forma de poster, enquadrados nas seguintes sessões:

1 - Resolução dos desafios de África através da Investigação e Colaboração

2 - A Evolução e o Papel do Gestor de Investigação e Inovação na Cadeia de valor da inovação

3 - O papel da gestão de investigação em Data Driven Analytics

4 - Estudos de caso de sucesso de parcerias entre a indústria e a investigação científica

5 - Sucesso interdisciplinar entre Humanidades, Ciências Sociais (HASS) e STEM

6 - Planos Estratégicos Universitários e Administração de Investigação Científica: Alinhando Recursos com Objectivos

7 - Desenvolvimento de Propostas de Bolsas Interdisciplinares de Grande Escala ou Colaborativas

8 - Estratégia e estrutura do TTO

9 - Impulsionar a inovação na Academia e na Investigação

10 - Prototipagem e Desafios da Produção em Pequena Escala para Desenvolvimento de Mercado via Outsourcing

11 - Investigação, Inovação, Empreendedorismo - Construir um ecossistema

12 - Actividades de comercialização

13 - Incubadoras / Aceleradoras, seus motoristas, sinergia de colocação

 

Para participar

Os candidatos devem redigir os resumos conforme as directrizes disponíveis em www.sarimaconf.co.za, item abstract, e submetê-los on-line. 

 

Prazo de candidaturas

O prazo para envio das candidaturas será até o dia 28 de Fevereiro de 2017. O Comité Organizador da Conferência reserva-se ao direito de alocar resumos para sessões de apresentação oral ou em forma de poster, dependendo da disponibilidade de espaço. Os resumos recebidos serão avaliados e a notificação de aceitação ou rejeição será comunicada por correio electrónico até o dia 3 de Março de 2017. 

 

Mais Informações

• http://www.sarima.co.za/sarima-2017-annual-conference/

https://easternsun.eventsair.com/QuickEventWebsitePortal/sarima-conference-2017/sarima2017

• https://www.facebook.com/431098770348855/posts/984859501639443

• http://www.akadanetwork.org/event/sarima-2017/

 

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2º Workshop Nacional sobre A Gestão da Investigação Científica e Inovação

  • Publicado em Eventos

 

Realiza-se nos 22 e 23 de Fevereiro do ano em curso, pelas 08h30, no Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), sito na Av. Ho Chi Min, Maianga, Luanda, o 2º Workshop Nacional sobre a Gestão da Investigação Científica e Inovação. 

O evento é promovido pelo MINCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), pela SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) e pela SARIMA (Southern African Research and Innovation Management Association). 

 

Público-alvo

Instituições de Ensino Superior, Instituições de I&D, empresas e parceiros do SNCTI.  

 

Programa

Clique aqui para baixar o programa do evento.

 

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Eclipse Anular do Sol – 26 de Fevereiro de 2017

Acontece no dia 26 de Fevereiro, Domingo, o Eclipse Anular do Sol. Este começa no extremo sul do Oceano Pacífico ao largo da América do Sul, mais precisamente na Patagónia (Chile e Argentina), atravessando o Oceano Atlântico onde atingirá o seu máximo, entrando no Continente Africano pela província do Namibe entre as localidades de Lucira e Bentiaba, exactamente às 16h15m20.3s, podendo-se observar o chamado “Anel de Fogo” por um período de 1m9.3s, isso das 17h25m37.9s às 17h26m47.2s.

 

O Eclipse Anular do Sol é um tipo especial de eclipse parcial, diferenciando-se assim do eclipse total. Durante um eclipse anular a Lua passa em frente ao Sol, mas acaba por não tapar completamente o disco da nossa estrela.

Apesar dos eclipses anulares não serem tão espectaculares como os eclipses totais do Sol, estes servem sempre para realizar várias experiências científicas e é nesse sentido que uma equipa científica do Institut d’Astrophysique de Paris se desloca a Angola para, de entre outras experiências, realizar a medida exacta do diâmetro solar, tendo em vista a perca e dissipação constante de matéria da nossa estrela, o Sol. 

 

A Conferencia Internacional sobre o "Eclipse Anular do Sol em Angola"

Aproveitar-se-á a presença de tão ilustres cientistas no nosso país para a realização, no dia 23 de Fevereiro, na Universidade Katyavala Bwila, em Benguela, da Conferência Internacional sobre o "Eclipse Anular do Sol em Angola" na qual serão abordados temas ligados ao estudo do comportamento do Sol, eclipses, procura e caracterização de planetas extrassolares com possibilidade de albergar vida, as atmosferas dos exoplanetas, entre outras. O evento será promovido pelo Instituto Superior Técnico Militar e moderado pelo Prof. Doutor Jaime Vilinga.

Este eclipse anular do Sol servirá também de preparação instrumental e técnica para o “Grande Eclipse Total do Sol” deste ano, que terá lugar a 21 de Agosto nos Estados Unidos da América.

 

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Maus Tratos na Infância

Pelo menos em tese, pensar-se-ia na criança como um ser inserido no seu meio familiar do qual derivam, de forma natural e espontânea, todas as atenções afectivas e materiais que necessita para o seu normal desenvolvimento. Todavia, há ocasiões em que este mesmo núcleo familiar se torna hostil para com o menor, resultando no abandono, nos maus-tratos, nos abusos sexuais e, muitas vezes, até na morte.

Assim, os maus-tratos têm sido racionalizados, através dos tempos, pelas mais variadas justificativas conhecidas, desde práticas e crenças religiosas, motivos disciplinares e educacionais e, em grau mais amplo, com fins económicos. As referências a abusos físicos extremos nos menores para conseguir retorno económico dos seus ascendentes, não se podem considerar uma novidade. Foram frequentes durante a Revolução Industrial, mesmo em países tidos como mais desenvolvidos da época, como Grã-Bretanha e Estados Unidos.

A comunicação social, em suas diversas formas, não raro regista, com vívidos detalhes, casos de crianças deixadas acorrentadas em cómodos escuros, diariamente, por semanas ou durante meses; crianças de pequena idade que são limitadas ao seu próprio berço por dias e dias; crianças que são penduradas pelos seus punhos em canos de chuveiro ou suportes semelhantes; crianças que sofrem exposição prolongada a temperaturas extremas, e que incluem forçar os infantes a ficarem sentados, nus, sobre blocos de gelo; castigos térmicos diversos, indo desde a queimadura com brasa de cigarros, ou a obrigatoriedade de "secar as calças molhadas", sentando encima de uma estufa, ou mergulhando em água fervendo a mão esquerda que, obstinadamente, tenta segurar o lápis para escrever, no caso de uma criança canhota...

Já houve casos em que a morte se deu por inalação de pó de pimenta-preta e outra por pó de pimenta malagueta (gindungo), ministradas por razões "disciplinares", sem contar com os casos, que não são poucos, de crianças falecidas por inanição (falta de alimentação), à espera de que mantidas sem comer, mudassem seus comportamentos...

Infelizmente, longe de se tratar de esporádicos registos históricos que apenas ocorrem em outros países, quase que a diário vemos as TVs dos nossos lares invadidas por figuras de tenra idade - 4 a 6 anos -, trabalhando muito para obter pequenos ganhos, de cêntimos por dia, trabalhando, muitas vezes acorrentados- por correntes materiais ou simplesmente morais -, ora nas pedreiras obtendo cascalho manualmente, ora nas plantações cortando, carregando e alimentando as moendas para extrair sisal, ora, nos fornos de carvão, ora nas calçadas elegantes da orla marítima, prestando-se ao "jogo" dos interesses maiores do turismo sexual, figuras amorfas formando uma fantasmagórica legião de esquecidos, de crianças sem hoje e sem amanhã. 

 

Quantas Crianças Recebem Maus-tratos?

Estatísticas dos Estados Unidos, estimam que o número de crianças que eram encaminhadas para os serviços de protecção da infância, anualmente, oscilava entre 250.000 e 500.000, já em 1966. Esse número cresceu para 1.200.000 casos em 1986, duplicando para 2.400.000 atendimentos por ano, em 1996. No Brasil, não existem estatísticas nacionais fidedignas, apenas registros esparsos de serviços isolados ou de núcleos de atendimento, que estão longe de espelhar a realidade atual no País, antes somente de micro-regiões. O primeiro caso noticiado no Brasil, foi por Canger Rodrigues et al., em 1974, sendo logo seguido por três observações de Teixeira (1978, 1980), um dos pesquisadores que mais tem dado a devida atenção que este quadro merece, designando-o como 'SIBE -Síndrome do Bebé Espancado'. Esta designação decorre de que a agressão mais frequente é a mecânica, isto é, a bofetadas, socos, bicos, por vezes dentadas, terminando por atirar o bebé no chão, ou girá-lo pelo ar, preso pelos pés e, às vezes, escapando das mãos... batendo a cabeça na parede, em móveis, etc. Todavia, outras vezes a agressão é térmica: os agentes queimam as crianças com água fervente ou com cigarros, quando não com a chapa do fogão...! Em alguns casos a agressão é sexual: os pais praticam actos sexuais com seus filhos; para outros a agressão é química, dando bebidas alcoólicas ou medicamentos para a criança dormir sem incomodar, e outros, enfim, negam alimentos e água, deixando a criança morrer de fome e de sede, não raro agredindo-a, também e paralelamente.

Trata-se, em geral, de um sério problema, de uma agressão inacreditável da mãe (ou do pai, madrasta, padrasto, companheiro) sobre a criança, o bebé, e, o que é pior, efectuada dentro da própria casa, assumindo, pela repetição, o aspecto de uma verdadeira tortura e transformando, desta maneira, o que deveria ser o lar, numa prisão, numa armadilha sem escapatória!

Resultado: o bebé não anda e não fala. E como consequência: 

a) não reage, nem se defende, por não possuir condição física suficiente; 

b) não escapa, já que não anda, nem corre e, 

c) não denuncia, uma vez que não fala.

Daí se afirmar que, para uma mãe ou para um pai malvados, para uma mãe ou para um pai que tenham perdido o mais elementar instinto de conservação da prole, o bebé uma vítima "ideal": apanha frequentemente, sem poder escapar ou denunciar seu agressor, o que torna ainda mais fácil a repetição da agressão que, assim, permanece oculta. E isto não é apenas com os bebés, mas acontece de maneira semelhante com as crianças de baixa idade e mesmo em idade escolar.

Neste trabalho, analisa-se o comportamento agressivo contra as crianças na base geográfica da 8ª RegiãoAdministrativa do Estado de São Paulo (Brasil), no ano de 1996, com fulcro nos dados obtidos no Sector de Perícias Médico-Legais de SãoJosé do Rio Preto e nos Serviços de Emergência, Pronto-Socorros e sucedâneos locais. Assim, os resultados são os seguintes:

- FAIXA ETÁRIA: Frequência

  • 0-6 anos: 60
  • 7-12 anos: 25
  • 13-18 anos: 15

- AUTORIA DOS MAUS TRATOS: Frequência 

  • Mãe: 43
  • Pai: 33
  • Mãe+pai: 10
  • Responsável: 14

- PRINCIPAIS CAUSAS: % 

  • Alcoolismo: 50 
  • Desorganização Familiar: 30
  • Distúrbios Psiquiátricos: 10 
  • Distúrbios de Comportamento: 10

 

CLÍNICA DOS MAUS-TRATOS: Atitude da criança

O procedimento clínico mais simples - a observação, silenciosa e desarmada - geralmente é suficiente obter a maioria dos subsídios necessários para, na suspeita de maus-tratos, estabelecer a sua realidade e permitir a sua caracterização. Dados como a desnutrição e o retardo pondero-estatural, de aparecimento frequente, apontam para deficiências nutricionais e/ou hipo-alimentação, bem como para a privação afetiva.

Deve-se atentar para o facto, quando a criança, ao ser examinada pelo médico, tanto no ambulatório, quanto no domicílio, apática ou triste. Outras vezes, mostra-se receosa ou francamente temerosa, protegendo a sua cara com mãos e antebraços ou fechando os olhos quando o médico se aproxima, como forma espontânea de defesa perante situações que imagina semelhantes àquelas em que lhe fora imposto um castigo ou em que tenha recebido um trauma.

 

O DIAGNÓSTICO DOS MAUS-TRATOS

Longe de ser uma tarefa específica de especialistas, realizar o diagnóstico da ocorrência de maus-tratos éuma tarefa/dever de qualquer pessoa, no exercício de sua cidadania.

 

Quando ter a suspeita 

Talvez uma atitude esperada e uma capacidade centralizada de observação, sejam ferramentas suficientes para por mãos à obra. Nesta linha de raciocínio, deve-se suspeitar de tudo e de todos - uma verdadeira dúvida sistemática - mas, principalmente, das lesões esquisitas ou mal explicadas, mormente quando não se coadunem com as "explicações" dadas pelos familiares ou tutores para:

  • equimoses múltiplas, em várias regiões do corpo, com cores diferentes ("espectro equimótico"). 
  • equimoses com a forma de "marcas de dedos" nos braços e no tórax; 
  • hematoma orbitário ("olho roxo");
  • equimoses em locais pouco expostos; 
  • lesões atuais e/ou deformações cicatriciais nas orelhas ("orelha de boxeador" ou "orelha em couve-flor"); 
  • contusões na região frontal ou no queixo; 
  • lacerações de lábios (frénulo labial) e/ou arrancamento de peças dentárias ("dentes de leite"); "marcas de mordidas, atribuídas a um "excesso de carinho"; 
  • queimaduras por cigarro; queimaduras através de líquidos; 
  • equimoses precisas, imprimindo o formato dos objectos que as produziram; 
  • lesões de órgãos genitais;
  • fraturas de ossos longos com diferente cronologia de consolidação; 
  • referências hospitalares de traumatismo crânio-encefálico (TCE), ou de traumatismos abdominais com lesões graves de órgãos internos.

 

Quando redobrar a atenção

O observador deve desconfiar, quando da ocorrência dessas lesões esquisitas, principalmente naquelas situações em que:

  • Existam relatos diferentes dos responsáveis, interrogados isoladamente e sem comunicação entre eles, sobre a origem das lesões.
  • Exista demora inexplicável dos responsáveis em procurar o atendimento médico cuja necessidade, na maioria das vezes, é evidente até para os olhos leigos, face à gravidade das lesões.
  • Exista incongruência entre as explicações simplistas sobre a origem das lesões e a multiplicidade e/ou gravidade dos resultados clínicos, traumáticos e radiográficos.
  • Tenha havido procura por atendimento médico através de profissionais diversos ou hospitais diferentes, nos distintos e sucessivos episódios traumáticos (visando evitar o cruzamento das informações dos registros ou dos prontuários médicos).
  • Seja apresentada uma criança ou bebé desnutrido e descuidado, configurando a Síndrome da Criança Negligenciada.

 

O QUE FAZER

Nesses casos, a conduta deve ser:

  • Levar a criança para o hospital (Pronto Atendimento, Emergência etc.). 
  • Radiografar o corpo inteiro. 
  • Efectuar uma junta entre os Médicos envolvidos (pediatra, ortopedista, radiologista e legista), psicólogo e assistente social. 
  • Internar (quando confirmado o diagnóstico de Sídrome do bebé espancado). 
  • Convocar ou comunicar a autoridade policial. 
  • Comunicar, se possível, a autoridade judicial ou o promotor público (Protecção de Menores) principalmente em face do Estatuto da Criança e do Adolescente.

 

Jorge Vanrell

MD, DSc, LLB, BSE, Médico Legista, Especialista em Medicina do Trabalho

Professor de Psicopatologia no Curso de Psicologia Clínica da FARFI, São Paulo, Brasil

Professor de Medicina Legal no Curso de Direito das FIRP, São Paulo, Brasil

 

Artigo original publicado na Revista online Cérebro e Mente
http://www.cerebromente.org.br/n04/doenca/infancia/persona.htm
Nota: Texto adaptado e convertido para a ortografia praticada em Angola (pré-acordo ortográfico da língua portuguesa).
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