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dezembro 2014

Uige Acolhe Curso de Elaboração de Projectos, Gestão e Publicação Científica

No âmbito das acções do Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) que visa a elevação do capital humano com vista ao desenvolvimento integral do homem, fundamento para a edificação de uma sociedade de conhecimento integral do homem, enquanto base para o desenvolvimento sócio-económico, de modo a corresponder aos desafios colocados ao vasto domínio das ciências em Angola, este Departamento Ministerial, numa cooperação com a Universidade Kimpa Vita, realiza de 14 à 19 de Dezembro, do ano em curso, na cidade do Uíge, um curso de capacitação em matéria de  Elaboração de Projectos, Gestão e Publicação Científica.

A acção formativa a decorrer nas instalações da Universidade Kimpa Vita, na cidade do Uige, tem como objectivos:

Partilhar conhecimentos em matéria elaboração, gestão e publicação científica;

Dotar os investigadores e demais actores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação com os instrumentos essenciais para elaboração e gestão de projectos de Investigação Científica;

Proporcionar aos formandos um roteiro auxiliar para a elaboração e apresentação de projectos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico.

O Curso é destinado a membros da comunidade científica, académicos e demais actores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação sedeados na 7ª Região Académica, e é orientado por prelectores angolanos do  Ministério da Ciência e Tecnologia.

 

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Valorização de algumas sementes da dieta tradicional no combate aos efeitos tóxicos. O gergelim e a mutete de Angola dão longa vida.

A preocupação sobre a vida saudável gira em torno da dieta alimentar. Daí, à luz da ciência, procurarmos apurar o que é benéfico em dois pratos tradicionais da cozinha angolana (gergelim e mutete) para saber se não ocorrem alterações do seu valor nutritivo durante o processo de cozimento. Alimentos como gergelim e pevides (mutete) são portadores de diversos nutrientes, muitos dos quais jogam um papel no combate a várias enfermidades (incluindo cancros, diabetes, enfarto…). Os seus óleos essenciais combatem o envelhecimento, são um autêntico antioxidante tendo por principais constituintes químicos: ácido aráquidónico, linoleico e láurico que são gorduras insaturadas boas para a saúde.

O elevado grau no registo de doenças como enfarto, acidentes cardiovasculares (AVC), cancros, diabete…, outrora, pouco frequentes em Angola, despertou a nossa atenção e vontade em tornar público o poder preventivo desta dieta que contribui para a mitigação de certas enfermidades. As sementes do gergelim e da mutete são ricas em lípidos, fibras, proteínas, vitaminas e sais minerais como cálcio, ferro, fósforo, magnésio, sódio, zinco, selênio entre outros. Muitos dos seus constituintes desempenham um papel importante nos sistemas reprodutivos, na manutenção de membranas celulares, na redução de níveis de colesterol no sangue, na produção de prostaglandinas, no crescimento das crianças ajudando no desenvolvimento do sistema nervoso e sensorial[1,2]. Por conseguinte, há necessidade de elevar o seu consumo no seio da população angolana o que pode ser alcançado com a influência da classe médica e nutricionista, com a venda destes  produtos nos supermercados, em restaurantes e sua produção  pelos agricultores e industriais. Constituem assim uma fonte económica.

Foram estudados três tipos de sementes:  gergelim e duas espécies de pevides de famílias pedaliaceae e cucurbitaceae, produzidas no norte do país, tendo sido submetidas à trituração e extracção por prensa a frio sem solventes orgânicos. Os óleos crú e cozido extraídos de cada espécie foram analisados, comparando os diferentes parâmetros: densidade, pH, teor  lipídico, bandas de absorção da luz infravermelha. Tudo permitiu verificar que durante o cozimento as sementes mantêm o carácter ácido, os óleos crús são mais densos que os correspondentes cozidos, os teores estão na mesma ordem de grandeza e as suas bandas de absorção em infra-vermelho IV mantêm-se durante o cozimento, garantindo a sua estabilidade química. Chama-se a atenção quanto aos aditivos como ovos e diferentes carnes, muito utilizadas na preparação de pratos com essas sementes, que podem, até certo ponto, prejudicar os efeitos benéficos acima citados. A dose para 100 g de semente é equivalente a 13,49 g; 12.25 e 7,9 g de lípidos de pevide 1, 2 e de gergelim respectivamente.

 
Bibliografia
  1. Marinês C. Estudo da extração de óleo de sementes de gergelim ( sesamun Indicum l. ) empregando os solventes dióxido de carbono supercrítico e n-propano. - Unioeste Centro De Engenharias E Ciências Exactas. Toledo - Pr 2008.
  2. Clayton A. M. et all. Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos. Rev. Nutr. vol.19 nº.6 Campinas Nov./Dec. 2006.
  3. César A, Predição do coeficiente de expansão térmica do óleo de gergelim (Sesamum indicum L.) através da aplicação de regressão Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa, 2010.
 
Albertina Canda
Mestre em  Química
Investigadora na área de Química
Departamento de Química, Faculdade de Ciências,  Universidade Agostinho Neto (UAN)
Luanda 
T- + 244 927 12 11 96
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16 dias de Ativismo contra a violência de género

16 Dias de Ativismo contra a Violência de Género é uma campanha internacional de combate à violência contra mulheres e meninas. A campanha acontece todos os anos, entre 25 de Novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Datas a reter

25 de Novembro: Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

10 de Dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos

Saber mais:

https://Pt.wikipedia.org/wiki/16_Dias_de_Ativismo_contra_a_violência_de_gênero  e www.unwomen.org

Leia também o artigo: A violência doméstica contra a Mulher e as suas implicações psico-sociais

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A violência doméstica contra a Mulher e as suas implicações psico-sociais

A família é a primeira instituição social, é o lócus natural da existência humana, que congrega e tem o ónus da formação do ser humano em termos afectivos , de estruturação da personalidade e do desenvolvimento psicológico.

Por ser a primeira instituição social que o individuo integra, a família vai constituir-se num micro sistema, onde cada membro ocupa uma posição e desempenha um papel que reflecte a sua organização estrutural e funcional. A ideia de família remete-nos a um espaço de afectividade, harmonia e protecção dos seus membros onde a mulher é a “pedra angular”

Do ponto de vista psicológico a agressão contra a mulher no seio familiar constitui um verdadeiro drama porquanto afecta toda a sua estrutura e propicia a sua desintegração, provocando um sofrimento incomensurável para todos os seus membros incluindo para o agressor.

Na maior parte dos casos as vítimas sofrem em silêncio escondendo os seus sofrimentos à sociedade, facto que causará traumas que ficarão recalcados, como ensina a psicanálise, no inconsciente de quem sofre.  Deste ambiente nascerão e desenvolver-se-ão seres física e psicologicamente afectados que, fruto dos traumas que carregam, apresentarão distúrbios como a dislexia (dificuldades de leitura) disortografia (dificuldades de desenvolvimento das habilidades de escrita) discalculia (dificuldades em desenvolver habilidades de cálculos e interpretação de símbolos matemáticos) e de dislalia (dificuldades de articulação das palavras e distorção dos fonemas)

Em função de tudo isto a mulher sente-se desvalorizada, desprestigiada, com baixa auto-estima e auto-valorização, com dificuldades de integração social, insegura e vivendo um ambiente permanente de desconforto psicológico.

Apesar dos grandes esforços desenvolvidos pelos órgãos do estado na criação de leis e normas reguladoras do comportamento no seio das famílias, a mulher continua a ser a vitima de constantes agressões físicas e psicológicas muitas das quais gerando traumas para toda a vida e afectando todos os restantes membros da família.

Apesar de apenas em 2010 a violência doméstica ter passado a ser tipificada como crime e um grave problema social, fruto de uma cultura fortemente enraízada em todo o território nacional, o fenómeno não é novo,   vem de muito longe e perdura desde as profundezas dos tempos. A violência doméstica continua a ser um dos grandes flagelos da nossa sociedade e não ocorre somente com pessoas pobres e de baixo nível educacional e/ou económico havendo relatos de famílias abastadas e “respeitadas” cujo quotidiano é de todo o tipo de violência doméstica.

A mulher tornou-se no ente mais frágil deste ciclo de violência que interfere directamente no seu desenvolvimento integral. Sendo a mulher a base para a formação e desenvolvimento das famílias e, em última análise, da sociedade tendo ainda em conta que a mesma é o garante da perpetuação da espécie humana e, em função disso, da própria existência da humanidade urge tomarem-se posições que concorram para a sua protecção mais eficaz garantindo-se desta maneira a estabilidade psicológica, material emocional e afectiva das famílias e, concomitantemente, a construção de uma sociedade mais equilibrada.  

Bibliografia

  1. Amílcar I. Evaristo Estratégia Pedagógica de Educação  Para a Prevenção de Drogas (Havana,Tese de Doutoramento 2014)
  2. H. Andrew, John D. Delamaer e Daniel J. Myrs Psicologia Social. P. 334-335.
  3. Linda G. Reis, produção de monografias da teoria a prática, o método educar pela pesquisa 3ª edição.
  4. O cidadão, a família e a igreja no combate contra a violência doméstica, relatório dos workshops provinciais (2013-2014)
  5. Portal da Angop, www.angop.co.ao
Amílcar Inácio Evaristo
Doutor (Ph.D.) em  Biologia e Psicologia
Linha de Investigação: Psicologia, saúde e qualidade de vida
Contactos: 923670797
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Frequência de Mutações associadas à Resistência às Drogas Antirretrovirais e Variabilidade Genética do VIH em Grávidas recentemente Diagnosticadas em Luanda-Angola

A determinação da prevalência de resistência primária para terapia antirretroviral em diferentes lugares do mundo é de extrema importância no monitoramento de epidemiologia molecular e pode orientar o tratamento inicial do paciente em uma determinada área geográfica.

Este trabalho teve como objectivo determinar a frequência de resistência primária aos antirretrovirais e descrever a variabilidade genética do VIH-1 em grávidas recentemente diagnosticadas para o VIH nas maternidades Lucrécia Paim e Augusto Ngangula em Luanda-Angola.

Amostras biológicas de 57 grávidas diagnosticadas para o VIH e inseridas no Programa de Transmissão Vertical (PTV), foram colhidas entre Novembro de 2008 a Janeiro de 2009. Trinta e cinco (35) das cinquenta e sete (57) amostras (61,4%) foram sequenciadas e uma mutação associada com resistência aos inibidores da transcriptase reversa nucleosídeos foi detectada. Além disso, duas mutações associadas com resistência aos inibidores da transcriptase reversa de não-nucleosídeo também foram detectadas.

Mutações primárias associadas com inibidores de protease (PI) foram encontradas. Subtipos A1, C, D, F1, G, H, 13 CRF, CRF 37 e outros mosaicos foram detectados. Concluiu-se que a presença de resistência primária nessa população de grávidas virgens de tratamento foi baixa, porém com alta variabilidade genética.

Trabalho apresentado em poster no IIIº Congresso da CPLP sobre VIH-SIDA e ITS em Março de 2010 em Lisboa-Portugal. Apresentação Oral na IIª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, no Painel IV-Saúde Pública em Outubro de 2011 em Luanda-Angola.

Luanda, 8 de Dezembro de 2015

Autores: Emingarda Castelbranco, Edvaldo Souza, Ana Cavalcanti, Angélica Martins, Luiz Alencar e Amilcar Tanuri

Emingarda Patrícia André Félix Castelbranco, Directora Nacional de Regulação e de Transferência de Tecnologia, Ministério da Ciência e Tecnologia, Luanda-Angola
Licenciada em Biotechnologia Aplicadapela University of Western Cape (UWC), Africa do Sul
Mestre em Saúde Materno-Infantil com enfâse para Biologia Molecular em 2010 pelo Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira em Perbambuco-Brasil
Investigadora na área de Biologia Molecular para Vírus
T. + +244 923 619 841 / +244 993 619 841
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Diversidade da Fauna de Hymenoptera (Abelhas e Vespas) em Angola

 

Em Angola há uma lacuna de conhecimento na região sul de África no que diz respeito à diversidade de Hymenoptera (não Formicidae: abelhas e vespas). Pretende-se compilar em formato digital a informação existente e recolher informação científica contemporânea que sirva de auxílio à criação de políticas de conservação.

Cerca de um terço da alimentação humana depende, directa ou indirectamente da polinização por animais, sobretudo abelhas. Flores bem polinizadas produzem frutos de melhor qualidade, peso e sementes em maior número. 

A nível mundial, tem sido documentado o declínio de populações de polinizadores devido à destruição ou alteração do meio ambiente, uso de pesticidas, parasitas, doenças e introdução de espécies exóticas. É necessário prever o impacto que alterações climáticas e degradação ambiental terão sobre as populações de polinizadores de forma a criar políticas de conservação eficientes.

Foram compilados e georreferenciados um total de 1350 registos, dos quais 856 se referem a abelhas sendo que apenas dois foram colhidos após 1975. Angola sofreu um período de guerra civil que contribuiu para o êxodo de especialistas e diminuição de centros de investigação, motivo pelo qual, poucos são os registos colhidos após 1975. Os resultados da revisão bibliográfica realizada sugerem que existe necessidade urgente de realizar um inventário da fauna de Hymenoptera de Angola, particularmente de abelhas, conhecidas como polinizadores essenciais de cultivos e plantas selvagens, bem como de vespas que desempenham um papel importante nos agro-ecossistemas por actuarem como agentes de controlo biológico.

Neste momento, está a decorrer na Tundavala-Huíla, um estudo relativo à “Fauna de abelhas selvagens e seus parasitóides naturais”. Têm sido realizadas colheitas em diferentes províncias do país e a informação de colecções históricas está a ser compilada e georreferenciada. Toda a informação recolhida será integrada no projeto “Atlas de Hymenoptera”, um sub-projecto do Museu Virtual de Biodiversidade de Angola.

Os resultados deste projecto serão essenciais para a criação de políticas de conservação e gestão de território eficientes e, ao mesmo tempo, serão vitais para a comunidade científica, nacional e internacional, educação ambiental e turismo. Agradecemos à organização SASSCAL, Southern African Science Service Centre for Climate Change and Adaptive Land Use pelo financiamento deste projecto.

 

Bibliografia

1.STEFFAN-DEWENTER, I.; POTTS, S. G.; PACKER, L. Pollinator diversity and crop pollination services are at risk. Trends in Ecology & Evolution, v. 20, n. 12, p. 651–652, 2005.

2.KLEIN, A.-M. et al. Importance of pollinators in changing landscapes for world crops. Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 274, n. 1608, p. 303-313, 2007.

3.http://museuvirtual.co.ao  

Trabalho apresentado, em forma de poster, na 4a Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia, Luanda-Angola, 9 - 11 de Setembro de 2015. 

Sara Fernandes
Licenciada em Ciências Biomédicas
Investigadora na área de Conservação Animal
SASSCAL – ISCED Huíla
Lubango
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Malanje vai acolher próximo curso sobre Ética na Ciência.

O Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), do Ministério da Ciência e Tecnologia, realiza, em Fevereiro de 2016, na província de Malanje, o segundo curso básico sobre "Ética na investigação científica - desafios para Angola", em parceria com a Universidade Lueji A`Nkonde.

A informação foi avançada ao Jornal de Angola pelo director-geral do CNIC, Armando Valente, depois do encerramento do primeiro curso básico, realizado em Luanda, no qual participaram 72 pessoas, entre as quais investigadores, académicos e representantes de ordens profissionais.

Armando Valente salientou que, nesta fase, o objectivo do Ministério da Ciência e Tecnologia é “formar o capital humano suficiente para que responda aos desafios da Comissão Nacional de Ética na Investigação Científica”, que vai ser criada no próximo ano.

O director do CNIC pediu aos quadros que participaram na primeira acção formativa que sirvam de elementos catalisadores para que o processo de introdução da ética na investigação científica seja uma realidade em Angola.

 

Curso de mestrado

O responsável reafirmou ser intenção do Ministério da Ciência e Tecnologia promover formação a nível de mestrado e doutoramento destinado aos quadros que queiram dedicar-se à investigação. Armando Valente informou que estão no exterior do país três bolseiros a fazerem pós-graduação em matéria ligada à ética na investigação científica.

Armando Valente disse que a criação da Comissão de Ética na Investigação Científica visa fazer com que o investigador seja honesto, transparente, declare as fontes da sua informação e respeite os seres vivos e ecossistemas envolvidos na sua investigação.

“Os actos de formação não vão parar, porque precisamos de continuar a aprimorar as competências dos recursos humanos nas matérias sobre ética científica”, salientou Armando Valente.

 

Comissão impõe regras

O director do Centro Nacional de Investigação Científica declarou que a Comissão Nacional de Ética Científica, quando for criada, vai impor as regras e procedimentos nas investigações científicas e tecnológicas que envolvam seres vivos.

Está também prevista, acrescentou Armando Valente, a criação de subcomissões técnico-científicas por especialidade.

No período colonial, o Centro Nacional de Investigação Científica tinha o nome de Instituto de Investigação Científica de Angola.

 

Walter António (Jornal de Angola)

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Inventores angolanos homenageados em Luanda pelas medalhas de Nuremberga

A ministra da Ciência e Tecnologia,  Cândida Pereira Teixeira presidiu uma cerimónia de homenagem aos inventores angolanos que participaram na 67.ª edição da Feira de Ideias, Invenções e Novos Produtos (IENA), realizada de 29 de Outubro a 1 de Novembro de 2015, em Nuremberga, Alemanha.

Na edição deste ano, Angola conquistou dez medalhas, das quais duas de ouro, cinco de bronze e três de prata. Durante a feira, a Federação de Inventores de Taiwan distinguiu Angola com quatro medalhas de ouro.

Intervindo durante a cerimónia, a ministra da Ciência e Tecnologia revelou que o seu departamento tem registados, desde 2009, um universo de 194 inventores angolanos. Destes, 158 do sexo masculino e 36, do sexo feminino.

O Ministério está a promover uma maior participação do género feminino na Ciência, Tecnologia e Inovação, Segundo revelou, isto, através de programas específicos.

Entre os inventores/criadores registados pelo Ministério, 80 por cento frequentam o subsistema de ensino geral e 20 por cento estudam em universidades.

Em relação às áreas de aplicação, 60 por cento dos inventores trabalham em electrónica e tecnologias de informação e comunicação, cerca de 20 por cento em mecatrónica e os restantes estão distribuídos nas áreas da arte, biologia e medicina.

Quanto à distribuição por províncias, cerca de 83 por cento dos inventores residem em Luanda.

Cândida Pereira Teixeira disse que o Ministério da Ciência e Tecnologia continua a trabalhar com diferentes parceiros no sentido de produzir protótipos e objectos importantes para as soluções dos problemas das sociedades.

O Governo tem trabalhado com diferentes parceiros nacionais e internacionais em programas e projectos alinhados com a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola, que têm dado oportunidade aos jovens para desenvolverem as suas ideias.

O inventor angolano Mabiala Damasco, falecido no ano passado, foi homenageado a título póstumo.

A Associação dos Inventores da Europa (AIE) decidiu atribuir-lhe uma medalha de bronze pela “grande utilidade para a sociedade do protótipo que criou”, concebido para fazer a queima de um tipo de semente do Norte de Angola que pode vir a tornar-se importante no combate à cárie.

O protótipo pode vir a ser aproveitado por uma conhecida multinacional que produz pasta dentífrica para combater a cárie dentária.

Desde 2009 que inventores/criadores angolanos participam em Nuremberga, numa das maiores feiras de invenções do mundo, perfazendo, até hoje, um total de 48 medalhas conquistadas, sendo 8 de ouro; 18 de prata e 22 de bronze, com o registo de uma média de 6,8 medalhas por ano. É um claro sinal de atitude de conquista e trabalho dos inventores angolanas em material de produção de ideias e  protótipos.

Em 2016, o Ministério da Ciência e Tecnologia vai realizar as antecâmaras da Feira do Inventor/Criador Angolano no período entre Março e Agosto, em todas as províncias. Delas vão ser eleitos os melhores para a Feira do Inventor/Criador Angolano, a ter lugar em Luanda, em Setembro.  

 

 

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Ética na Ciência em Angola, um imperativo ao país

A ministra da Ciência e Tecnologia disse que Angola deu o primeiro passo que vai conduzir à criação, já no próximo ano, de uma Comissão Nacional de Ética Científica.

Maria Cândida Teixeira, que falava na abertura do primeiro curso básico sobre “Ética na investigação científica - desafios para Angola”, cuja abertura presidiu em Luanda, nesta Terça-feira, 01Dez., fez saber que a Comissão vai regular e estabelecer normas e procedimentos de toda a actividade de investigação científica que envolva seres vivos e ecossistemas.

O curso sobre “Ética na investigação científica é destinado a investigadores, académicos e representantes de ordens profissionais. Tal como considerou, o evento representa o “lançamento da primeira pedra para a edificação de uma importante instituição, de que carecemos, que é a Comissão Nacional de Ética Científica”.

A titular da pasta da Ciência e Tecnologia salientou que a criação de uma comissão de ética na ciência é um imperativo internacional, daí que, embora o país esteja a dar os primeiros passos, “temos que andar um pouco mais depressa, para podermos nos estabelecer no concerto das Nações”.

Com a criação de uma comissão de ética científica, acrescentou a ministra, vão estar asseguradas as melhores condições para a existência de investigação de qualidade, dentro dos preceitos éticos.

A ministra assegurou que a futura comissão vai controlar também os eventuais casos de plágio e lembrou que o acto de chegar à verdade científica nem sempre foi realizado dentro do respeito à dignidade humana, dos animais e dos ecossistemas. A título de exemplo, a ministra Maria Cândida Teixeira recordou os actos lesivos da humanidade levados a cabo por cientistas alemães, na época do nazismo.

A ciência, a tecnologia e a inovação são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento da humanidade, declarou a ministra Maria Cândida Teixeira.

O curso, no qual participam 40 pessoas, termina na Quinta-feira, 03Dez., e tem como objectivo atribuir competências básicas para a avaliação ética de projectos de investigação científica e caracterizar o papel social da ciência e as tendências no processo cientifico e ético.

A  formação integra um conjunto de acções que vão ser desenvolvidas para a criação da futura comissão de ética na ciência, cuja comissão organizadora vai ser integrada por pessoas que terminarem com aproveitamento o curso.

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CNIC acolhe curso sobre Ética na Investigação Científica

 

 

 

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) realiza, através do Centro Nacional de Investigação Científica, o 1º Curso sobre Ética na Investigação Científica – Desafios para Angola.

O referido curso que decorre de 01 à 03 de Dezembro, em Luanda,  é dirigido a membros da comunidade científica e académica e a representantes de ordens profissionais e tem por objectivo, formar competências básicas para a avaliação ética de projectos de investigação científica; analisar as normas éticas nacionais e internacionais aplicáveis à investigação científica, bem como conhecer o funcionamento de comités de Ética de Investigação Científica.

O Curso tem início às 8h00, no auditório do Centro Nacional de Investigação Científica, na Avenida Ho Chi Min, Distrito Urbano da Maianga.

Procede à abertura do evento a Dra. Maria Cândida Pereira Teixeira, Ministra da Ciência e Tecnologia.

CENTRO DE DOCUMENTALÇÃO E INFORMAÇÃO DO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, em Luanda, aos 26 de Novembro de 2015

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