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Nanotecnologia reduz consumo de energia e propicia desenvolvimento

ZOLANA RUI JOÃO, DIRECTOR GERAL DO GABINETE DE GESTÃO DO PROGRAMA ESPECIAL NACIONALFOTO: ALBERTO JULIÃO ZOLANA RUI JOÃO, DIRECTOR GERAL DO GABINETE DE GESTÃO DO PROGRAMA ESPECIAL NACIONALFOTO: ALBERTO JULIÃO

O director-geral do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional, Zolana João disse , em Luanda, que a nanotecnologia garante uma eficiência no funcionamento e ajuda a poupar energia eléctrica, proporcionando um desenvolvimento exponencial.

O responsável, que apresentou o tema "a nanotecnologia no desenvolvimento das sociedades", isto durante o projecto “café com ciência e tecnologia”, realizado pelo Centro Tecnológico Nacional (CTN), explicou que um satélite convencional pesa 1000 quilogramas; o microsatélite, de 10 a 100 quilogramas; já o nanosatélite pesa em torno de 1 a 10 quilogramas.

Conforme referiu, este exemplo é um claro sinal do benefício da tecnologia nana no desenvolvimento das sociedades. "É graças a nanotecnologia que nós hoje temos os smartphones, robôs e tantos outros materiais em formatos muito reduzidos, como os que permitem a realização de cirurgias médicas com ou sem micro aberturas ao corpo humano", referiu.

Esta tecnologia não cria novas matérias, adverte o funcionário sénior do Ministério da Ciência e Tecnologia, esclarecendo depois que ela serve para dar consistência às matérias já existentes, podendo dar prevalência ao cimento, ao vidro, aos tecidos e até mesmo as embalagens de conservação de alimentos.

Em matéria de custos, segundo cálculos  redondos apresentados pelo prelector, perante uma tenta plateia que o ouvia com atenção,  no caso dos satélites, a tecnologia nano reduziu as aplicações financeiras de USD 100 milhões, pelos satélites normais, para USD 100.000, um nanosatélite reduzido a um tamanho de pelo menos 10 centímetros e consequente consumo de energia eléctrica.

Explica que, por estarem estacionados em baixa órbita, os satélites nanos permitem, por exemplo, o controlo eficiente de fronteiras, cidades ou outras funções como a prevenção, a gestão e o controlo de calamidades.

A nanotecnologia é importante para a academia e institutos de investigação em Angola porque permite desenvolver competências humanas e soluções tecnológicas na área espacial, usando os chamadas pico e nanosatélites.

Os nanosatélites podem ser usados ainda para a formação, em alta tecnologia, nas áreas das engenharias e ciências exactas.

 

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