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Alexandre Cose

Alexandre Cose

SASSCAL: uma parceria pelo ambiente

O director do Centro Tecnológico Nacional (CTN), do Ministério da Ciência e Tecnologia, Gabriel Luís Miguel revelou que em Angola estão em estudo pelo menos 13 projectos de protecção ambiental, à luz da cooperação científica e tecnológica com a Alemanha, no âmbito do SASSCAL (Centro da África Austral para Ciências e Serviços para Adaptação às Alterações Climáticas e Uso Sustentável dos Solos).

O desafio é regional e Angola é parceira nesta iniciativa global que envolve outros países africanos da região austral  como África do Sul, o Botswana, a Namíbia, e a Zâmbia. Estão no total, 64 projectos em estudo, todos eles ligados a áreas como águas, agricultura, floresta, biodiversidade e desenvolvimento de capacidades.

Dentre os projectos desenvolvidos por pesquisadores angolanos, dá-se algum destaque aos do “desenvolvimento das condições de observação meteorológica no sudoeste de Angola – na província do Namibe e nas encostas da Serra da Chela”, e a “Instalação de uma bacia experimental no rio Giraul”, na mesma província.

No domínio da floresta, trabalha-se na “Monitorização do desmatamento na província do Huambo, com o uso de tecnologias de detecção e sistemas de informações geográficos”.

"Para agricultura, estão-se agora a monitorar os ecossistemas agrícolas, respeitantes aos efeitos das alterações climáticas, como a degradação dos solos, a questão das pragas, bem como o sistema de gestão da fertilidade do solo, integrando o uso racional de adubos e biofertilizantes agrícolas.

Para a biodiversidade, estão projectos como “Avaliações de plantas e vegetação na região e elaboração de bases de dados regionais de vegetação e mapas de vegetação”, “Inventário de invertebrados costeiros e de água doce e pequenos vertebrados” e a “Conservação da biodiversidade animal – inventários monitorização e avaliação”.

O valor total desta primeira fase, iniciada em 2009, e com o termo previsto para Agosto de 2015, é de 16 milhões, 825 mil, 352 euros e 94 cêntimos, dos quais Angola já beneficiou de dois milhões, 623 mil, 44 euros e 31 cêntimos.

Nos 13 projectos de Angola estão envolvidos 83 investigadores, 63 dos quais, angolanos.

De 2013 a 2014, os fundos foram, com pessoal (200.000 euros), com investimentos, mais de 300.000 euros, consumíveis, perto de 25.000 euros, serviços, cerca de 10.000 euros e com transportes foram gastos 100. 000 euros. Só em 2014, os investimentos foram de 350. 000 euros.

Dentro dos projectos do SASSCAL, Angola beneficiou, ainda, de 10 estações meteorológicas automáticas, que estão instaladas nas províncias do Uíge (Damba),  de Malanje (Cacuso), do Huambo (Chianga), do Cuanza Sul (Catofe), do Cuanza Norte (Alto Dondo), da Huíla (Gambos), de Benguela, do Moxico (Luau), da Lunda Sul (Muconda) e do Cuando Cubango (Cuito Cuanaval).

Presente em Angola desde 2013, com programas voltados para a agricultura, o clima, a água, florestas, biodiversidade e formação, o SASSCAL tem a sua sede na província do Huambo.

Plano de Formação Doutoral vai mitigar fuga de quadros

 

 

O Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Sebastião Teta, disse estar convencido de  que a formação de 140 doutores encabeçada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, à luz do Plano de Formação Doutoral até 2020, poderá mitigar a fuga de quadros para o exterior do país.

Falando aos jornalistas à margem da II reunião técnica dos pontos focais das áreas de incidência da Ciência, Tecnologia e Inovação, na Sexta-feira, 17 de Julho, João Teta caracterizou a iniciativa de ambiciosa, enquadrado no Plano Nacional de Formação de Quadros.

Segundo garantiu, a ciência é o alicerce de qualquer sociedade, daí que dentro da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PNCTI)  estejam estabelecidas as áreas de incidência, sobre as quais as prioridades se incidem a médio prazo, por apresentarem carência de quadros e assegurarem sustentabilidade social.

Os representantes ministeriais destas áreas de incidência vão apresentar as suas necessidades de quadros que serão enquadrados nos 140 doutores, a serem formados no período compreendido 2015 a 2020, bem como as necessidades de equipamentos laboratoriais dos centros de pesquisa.

“Apesar de, ao nível das instituições de investigação científicas, existirem somente 50 doutorados a desenvolverem pesquisas em pelo menos 26 centros existentes no país, o balanço das actividades é positivo”, disse.

De acordo com o Secretário de Estado, a consciência popular sobre a ciência está a elevar-se e sabe-se que o país não vai desenvolver-se sem ciência e que sem estes conhecimentos não se atinge a sustentabilidade.

Actualmente, acrescentou, o país conta com um Plano Anual de Ciência, Tecnologia e Inovação, no qual se congregam os projectos de investigação de todos os sectores, sendo, pois, por este Plano que se pode avaliar quanto é que se investe na ciência, em Angola.

"Por conseguinte, o investimento nestas áreas de incidência, que são a agricultura e o domínio das pescas, telecomunicações e tecnologias de informação, indústria, petróleo, gás e recursos minerais, saúde, recursos humanos, energia e ambiente, vai permitir que os quadros formados regressem ao país e encontrem as condições de trabalho equiparadas às dos laboratórios onde se formaram", frisou.

Por outro lado, acrescentou, os técnicos que estiverem a fazer o seu doutoramento no país vão fazer a parte teórica nas universidades e a componente prática, nos laboratórios das instituições de pesquisa ministeriais, com um acordo de continuar depois da formação, de modo poderem ser identificados e cooptados os pesquisadores para estas instituições.

 

 

Desafios das universidades de Língua Portuguesa debatidos em Cabo Verde

A Cidade Velha de Santiago de Cabo Verde concentra os debates em torno do XXV Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP).

Sob o lema «Novos Desafios para o Encontro Superior após os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio», a iniciativa acontece graças ao esforço da Universidade de Cabo Verde (UNI-CV), e tem contado com mais de 250 participantes de diversas Universidades da CPLP.

Angola está presente no evento com uma delegação do Ministério da Ciência e Tecnologia e outra do Ministério do Ensino Superior, isto para além de um punhado de reitores, vice-reitores e responsáveis de universidades públicas e privadas de Angola, num universo de mais de 20.

Procedeu à abertura formal do evento, o Primeiro Ministro cabo-verdiano, José Maria Neves. Falando perante um auditório de quase 300 participantes, o governante desafiou as universidades lusófonas a dinamizar os programas de intercâmbio académico, não apenas na competência pedagógica, científica e técnica, mas também na ética, cultura de paz e de cooperação. 

"As universidades devem configurar-se em espaços e ambientes onde se engendra um futuro melhor e um ambiente generoso de partilha, bem como de mobilidade de estudantes e professores, de cientistas e investigadores, e toda a cadeia de valores das comunidades académicas", prosseguiu o chefe do Governo cabo-verdiano.

Considerando que a troca de informações e de conhecimentos no mundo universitário "é a alma do sucesso", José Maria Neves referiu que já não basta uma educação básica de qualidade para todos, mas sim um ensino superior de qualidade para todos.

José Maria Neves considerou "determinante" o alargamento do acesso ao ensino superior nos países cujas universidades fazem parte da AULP e disse que há que colocar a promoção da inclusão dos jovens no centro da atividade académica.

Durante três dias os participantes têm debatido sobre  temas desafiantes que se colocam às universidades lusófonas, ao abrigo do espírito das políticas e estratégias de cooperação para o desenvolvimento nos países de língua oficial portuguesa e perspectivas para os pós-Objectivos do Milénio. Em destaque ainda temas como a  difusão e desenvolvimento da língua e literatura portuguesa, a plataforma continental marítima, a presença do mar na cultura expressa em português e os novos desafios das universidades membros da AULP.

A AULP é uma organização internacional constituída por Universidades e Instituições de Ensino e Investigação de nível Superior dos oito países de língua oficial portuguesa (e Macau) que tem como objeto promover a cooperação entre universidades e instituições de ensino e investigação de nível superior por via do incremento do intercâmbio de investigadores e estudantes, estimulando a reflexão sobre a função do ensino superior e o desenvolvimento de projetos conjuntos de investigação científica e tecnológica, bem como o intercâmbio generalizado de informação.

Alexandre Cose

Cidade da Praia, Ilha de Santiago, Cabo Verde

Apple encomenda 90 milhões de unidades do iPhone 6S

São pelo menos 90 milhões de unidades da próxima geração do iPhone que a empresa norte americana, Apple, encomendou aos seus fabricantes.

As vendas do iPhone vão de vento em poupa, principalmente desde que a Apple começou a vender os seus smartphones no mercado chinês, a companhia tem vendido bastante.

Segundo relata o pesquisador Rúben Campanacho, só nos últimos dois trimestres a Apple vendeu pelo menos 135,6 milhões de iPhones, o que representa 43% a mais do que no igual período do ano passado.

Sabendo disso, a Apple espera um novo record de vendas para nova versão do iPhone deste ano.

Segundo o Wall Street Journal, os fabricantes asiáticos já têm em mãos os documentos da Apple com as encomendas do próximo iPhone, tendo sido encomendados entre 85 a 90 milhões de unidades, com tamanhos de ecrã de 4,7 e 5,5 polegadas.

Apple está confiante nas novidades que os iPhones deste ano trarão, uma vez que espera alcançar um novo record de vendas.

A previsão de lançamento é a mesma de todos os anos, ou seja, em Setembro.

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