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História Geral de África nos currículos escolares.

História Geral de África nos currículos escolares.

Este é um assunto de capital importância para o Governo angolano. O próprio Vice-Presidente angolano tratou de sublinhar, em Luanda, a pertinência  para o país, da produção de manuais escolares sobre conteúdos da História Geral de África (HGA), obras da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Discursando perante perto de 20 pesquisadores da UNESCO e uma vasta e diversificada assistência reunida no auditório do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto, que marcou a abertura da 4ª Reunião do Conselho Científico Internacional do 9º Volume sobre a HGA, o Engº Manuel Domingos Vicente revelou que o executivo foi mais longe, neste objectivo, ao ter financiado, junto da UNESCO, um contributo de mais de USD 870.000.00, destinados à produção de obras sobre HGA para fins pedagógicos.

Entretanto, o Brasil, país que tem, no Conselho Científico Internacional da UNESCO, pesquisadores nacionais, aos quais se atribuiu a tradução da obra para a Língua Portuguesa,  já garantiu estar disponível a ajudar Angola a inserir conteúdos da HGA no quadro curricular.

O coordenador do programa “Brasil África-Histórias Cruzadas”,  Valter Roberto Silvério, presente em Luanda, por ocasião do evento, disse que o Ministério da Educação do Brasil está disponível para um intercâmbio com os ministérios angolanos da Ciência e Tecnologia e da Educação para inserir grande parte dos conteúdos da Historia Geral de África nos currículos escolares.

Valter Silvério,disse que caso se efective o acordo devem ser feitas adaptações, especialmente nos volumes-síntese  voltados para professores de educação básica, com uma linguagem mais acessível. Neste âmbito, na óptica do professor universitário, pode criar-se um programa de preparação de professores de educação básica do ensino infantil até ao geral.

A reunião do Comité Científico da UNESCO sobre o nono volume da História Geral de África decorre até sexta-feira em Luanda. A obra actualiza os conteúdos da História Geral de África, tendo em conta os desenvolvimentos recentes da descolonização, o fim do  apartheid  e o papel de África no Mundo.

No primeiro dia de trabalhos, a ministra da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Teixeira, disse que o evento é uma oportunidade para uma discussão científica construtiva de todos os envolvidos no esforço da construção da História Geral de África com académicos e investigadores angolanos, sobre os contributos para o aprofundamento da compreensão  da História do continente.

A ministra disse que as oito obras publicadas da História Geral de África são uma referência internacional para os estudos das diversas culturas e das origens dos povos africanos e que o início das pesquisas sobre a participação dos povos africanos na História do mundo tem como referência a escravidão.

A História Geral de África, disse a ministra, é muito rica e importante, porque remonta a mais de três milhões de anos. "Nos oito volumes, foram produzidas mais de dez mil páginas  sobre a História Geral de África, deixando às novas gerações um legado riquíssimo sobre quem somos, donde viemos, porque estamos aqui e para onde vamos", disse a ministra.

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