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Para o efeito foi formalizado, nesta sexta, 15 de Agosto, um memorando de compromisso entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Governo da Província da Lunda Sul.

Foram signatárias do referido memorando, Maria Cândida Teixeira, Ministra da Ciência e Tecnologia e Cândida Maria Narciso, Governadora da Província da Lunda-Sul.

Nos termos do documento, o Governo da Lunda-Sul é chamado assegurar as infraestruturas de base para a consolidação do referido centro, bem como proceder ao recrutamento dos técnicos que vão nele desenvolver a sua actividade lectiva e de investigação e criar as condições para a abertura, na província, de cursos de licenciatura em Biologia, Agronomia e Química.   

Por seu lado, o Ministério da Ciência e Tecnologia compromete-se a equipar as infraestruturas, assegurar os conteúdos curriculares e monitorar toda a componente de gestão técnica e científica da unidade.

De acordo com a Ministra da Ciência e Tecnologia, Cândida Teixeira, este desafio vai levar a que “os jovens, ao invés de se deslocarem a outras paragens a procura de centros de investigação científica, permaneçam na província, tendo como referência o Centro de Investigação aqui a ser criado.” 

Adiantou que a Lunda Sul é uma província eminentemente agrícola, rica em pluviosidade e com boa terra, portanto,  com tudo para fazer da agricultura um valor acrescentado para garantir as condições de desenvolvimento e sustentabilidade alimentar às famílias. 

“Com a investigação científica da capacidade dos solos e demais âmbitos deste domínio vai ser possível desenvolver uma agricultura sustentável e, porque não, para a exportação, no futuro” – referiu.

Por seu lado, Cândida Narciso, Governadora da Lunda Sul, garantiu que as estruturas de base já existem, estão localizadas na Comuna de Mona-Quimbundo, mais de 50 quilómetros da cidade de Saurimo, a sede capital da província.

Considera tratar-se de um grande desafio aos homens das ciências na província. “Felizmente temos aqui a Universidade Lueji A’Nkonde “ULAN”, que superintende as províncias da Lunda Sul, Lunda Norte e Malanje. Precisamos de fazer crescer o conhecimento nesta região. É nosso desafio criar mais faculdades, com destaque para as áreas da Química, Biologia e Agronomia, para podermos tirar o maior rendimento.

Segundo referiu, “trata-se de uma oportunidade que se desenha quer ao nível de quadros humanos já existentes, quer para os estudantes que vão poderem aqui ter as suas práticas de investigação científica, para, deste modo, podermos alcançar mais facilmente a excelência, no âmbito do que Angola precisa, à luz do Plano Nacional de Desenvolvimento até 2017.