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O Executivo prevê construir este ano centros de investigação científica e tecnológica nas províncias de Luanda, Huambo, Bengo e Lunda Sul, para aumentar o nível de pesquisa nos domínios da avicultura, segurança alimentar, agricultura, toxicologia e mudanças climáticas, anunciou ontem em Luanda o director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Ministério da Ciência e Tecnologia.

João Venâncio, que falou aos deputados da comissão de Ambiente, Ciência e Tecnologia, Trabalho e Segurança Social, disse que são criadas as condições necessárias para promover o avanço científico e tecnológico do país, através da capacitação e do reforço da base técnica e material.

O sector da Ciência e Tecnologia perspectiva também implementar o Plano de Acção, alinhado com o Plano Nacional de Desenvolvimento e Estratégia Nacional de Ciência e Tecnologia e a aprofundar os mecanismos de coordenação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. 

João Venâncio falou da aplicação do projecto “Ciência e tecnologia nas escolas – uma viagem ao Mundo da Ciência e Tecnologia”, que visa levar aos jovens e adolescentes das 18 províncias do país ferramentas que facilitem a escolha de uma carreira profissional, bem como o aumento dos conhecimentos nas áreas de ciências e tecnologias.

Cooperação tecnológica

A ministra da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Teixeira, reforçou que o sector está empenhado na cooperação para transferência de tecnologias com países como Coreia do Sul, China e Brasil. 

Cândida Teixeira anunciou a criação do “Fundo de ciência e tecnologia” e o Instituto Nacional de Conhecimento Tradicional. A ministra informou que estes dois projectos aguardam a aprovação da comissão para a concertação social.

O secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Teta, falou aos deputados sobre os fundamentos do Plano Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação. João Teta disse que para este ano foram propostos 262 projectos, dos quais 138 foram aprovados, reprovados 64 e, em curso, estão 60 projectos. 

João Teta lembrou que existe uma comissão técnica que analisa e procede à abertura das candidaturas dos projectos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, provenientes de várias instituições de carácter científico. 

O financiamento de projectos deve obedecer aos critérios estabelecidos na ciência. Para que os investigadores elevem o nível de conhecimento relativamente à elaboração de projectos, disse, “todos os anos o sector da ciência e tecnologia realiza um programa de formação para elaboração de projectos para que os investigadores saibam como se faz”, referiu.

Os deputados da Comissão do Ambiente, Ciência e Tecnologia foram informados que no programa de governo para o sector da Ciência e Tecnologia para o período 2012-2017 foi tido em conta um conjunto de documentos estruturantes que, no seu âmbito de intervenção e especialização, representa as estratégias para o desenvolvimento do país, com destaque para a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, mecanismo de coordenação do sistema nacional de ciência e tecnologia e inovação, bem como o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017. 

O presidente da Comissão de Ambiente, Ciência e Tecnologia, Trabalho e Segurança Social, Fernando Heitor, disse à imprensa que a visita permitiu uma maior interacção com o Executivo.

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Adelina Inácio, do Jornal de Angola