• Início
  • Notícias
    • Notícias
    • Ciência
    • ConcursosMESCTI
    • Educação
    • Ensino Superior
    • Agricultura e Pescas
    • Tecnologias
    • Indústrias
    • Saúde
    • Recursos Hídricos
    • Energia
    • Ambiente
    • Inovação
  • Eventos
    • Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia
    • Feiras
  • Oportunidades
  • Artigos
    • Científicos
    • Divulgação Científica
    • Opinião
  • Sistema Nacional de Ciência
    • Instituições de Ensino e Investigação Científica
    • Instituições de Investigação Científica e Desenvolvimento
  • Legislação
  • Livros
  • Projectos MESCTI
    • PDCT
      • ProjectosI&D
      • Parque de Ciência e Tecnologia
      • Bolsas – Ensino Secundário
      • Bolsas – Pós-Graduação
      • IAPI
      • Equipamento – Escolas Secundárias
      • Concursos PDCT
    • UNI.AO
      • Notícias
      • Concursos e bolsas
      • Cursos de Pós-Graduação
      • Publicações e Relatórios
  • IndicadoresCTI
  • COVID-19
  • AAC
  • Quem Somos
Para divulgar neste Portal, clique aqui.

Blog

Home / Artigos de Divulgação Científica / Os benefícios da energia nuclear no desenvolvimento da agricultura angolana

Os benefícios da energia nuclear no desenvolvimento da agricultura angolana

  • 28 de Abril, 2022
  • By: admin
  • 12
  • 0 Comments

Por não existirem métodos alternativos, os estudos relativos a dinâmica do nitrogénio no sistema solo-planta-atmosfera, a mutação induzida, a radioentomologia, a irradiação de alimentos e a compreensão do ciclo hidrológico, não teriam lugar na agricultura sem o uso da energia nuclear.

Actualmente, a aplicação da energia nuclear na agricultura é feita através do uso de isótopos. Os isótopos são átomos do mesmo elemento químico, constituídos pelo mesmo número de protões e electrões, mas que diferem no número de neutrões. Eles podem ser estáveis e instáveis ou radioactivos. Consideram-se estáveis, os isótopos que não se transformam em outros radioactivos. As espécies isotópicas radioactivas, correspondem aos isótopos, que ao longo do tempo vão se transformar em outro, que pode ser estável ou radioactivo como ele.

Nos países desenvolvidos,os isótopos são amplamente utilizados como ferramenta de trabalho nas diferentes linhas de investigação. Em Angola, existem poucos estudos publicados que fazem referência, sobre a aplicação dos isótopos para o desenvolvimento da agricultura. O Laboratório de Isótopos do Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC) em colaboração com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), no ano de 2019, realizou o Projecto ANG-5015 “Obtenção de plantas tolerantes à seca nos solos da província do Cunene por mutação induzida com raios gama”. Actualmente, está a desenvolver o Projecto F30056 “Rede de dados isotópicos de precipitação nas províncias de Luanda, CuanzaSul e Cuanza Norte”.

O Projecto ANG-5015, foi desenvolvido com o objectivo de se obter por via de mutação induzida, plantas de feijão (Phaseolus vulgaris) com as raízes mas longas, grossas e tolerantes ao stress hídrico. As sementes das variedades feijão preto e rajado, foram previamente irradiadas com doses de 200 e 225 Gy de raios gama. A irradiação das sementes foi realizada pelo Instituto Agronómico de Campinas, Brasil. A fase experimental decorreu no campo do Centro Nacional dos Recursos Fitogenéticos da Universidade Agostinho Neto. Utilizou-se o desenho factorial em blocos completos casualizados com três repetições. Nas subparcelas, determinaram-se os parâmetros de crescimentos e de produtividade.

Os dados das sementes de feijão preto não irradiadas, revelaram uma germinação de 27% do total. Enquanto a germinação das sementes irradiadas com as doses de 200 e 225 Gy de raios gama foi de 21 e 10%, respectivamente. No entanto, as sementes de feijão da variedade rajada, utilizadas como controlo, mostraram uma capacidade germinativa de 37% do total. E a germinação das sementes irradiadas com as doses de 200 e 225 Gy de raios gama foi de42 e 9%, respectivamente. Estes resultados permitiram concluir o seguinte: de um modo geral a germinação foi baixa em todos tratamentos incluindo o controlo. No entanto, foi muito baixa nas sementes irradiadas com a dose de 225. Provavelmente, a alta dose mutagénica, influenciou na germinação das sementes. Os parâmetros de produtividade, não foram avaliados porque na fase de formação de botões florais, registou-se a morte acentuada das plantas, com ênfase na dose mais elevada.

A escassez de água para o consumo humano, para o gado e para prática de agricultura em determinadas regiões do nosso país é bastante preocupante. A hidrologia isotópica, sendo uma técnica nuclear utilizada para rastrear os movimentos da água no ciclo hidrológico, pode ajudar a compreender as mudanças regionais e globais do clima. Neste contexto, o Projecto F30056 tem o objectivo de estudar as variações sazonais na composição dos isótopos estáveis (2H e 18O) na água da Chuva. As amostras semanais de chuva utilizadas para as análises isotópicas foram colectadas utilizando-se o colector Palmex RS-1. As amostras semanais foram colectadas nas estações meteóricas instaladas no CNIC, no Zango 8.000, no Instituto Nacional de Petróleo do Sumbe e no Instituto Médio Agrário do Cuanza Norte; e foram transferidas em garrafão de 10 L para compor a amostra mensal. Desta retirou-se uma alíquota, que foi analisada no laboratório do CNIC e outra no laboratório de Hidrologia da AIEA.

Os resultados preliminares deste trabalho estão disponíveis no banco de dados do GNIP (Rede Global de Isótopos na Precipitação – da sigla em inglês). Os mesmos permitiram criar uma base de dados nacional de isótopos de precipitação e assim como uma recta meteórica local de grande benefício tanto para avaliação dos recursos hídricos em Angola, como para a cobertura regional da rede do GNIP.

 

Bibliografia:

Habib, R. (1988). Total root length as estimated from small sub-samples. Plant and Soil, Dordrecht, v. 108, p. 267 – 274.
Jouzel, J. e Merlivat, L. (1984). Deuterium and oxygen-18 in precipitation: modelling of the isotopic effects during snow formation. Journal of Geophysical Research, v. 89, p. 11749-11757.

 

Autores:

  1. João Carlos Ferreira, PhD. Investigador Auxiliar do Centro Nacional de Investigação Científica, ferreirarusso1965@gmail.com. +244 926 289 870.
  2. Muteb Rumang, Licenciado. Investigador Assistente do Centro Nacional de Investigação Científica, mutebrumang@yahoo.com.br. +244 924 360 198.
  3. Kabey Mbaz Rodolfo, Licenciado. Investigador Assistente do Centro Nacional de Investigação Científica, rkabeymbaz@yahoo.com, +244 924 360 215
  4. Gerónimo José Diogo, Licenciado, geronimo_diogo@hotmail.com. Investigador Assistente do Centro Nacional de Investigação Científica, +244 923 500 308.
  5. Aristides Ngolo, PhD, arisosvaldo27@gmail.com. Investigador Auxiliar do Centro Nacional de Investigação Científica, +244 923 215 414.
  6. Domingos Bongue, Investigador Auxiliar do Centro Nacional de Investigação Científica, dbongue@hotmail.com. +244 926 289 870.
Share

Leave a comment Cancel reply

Translator / Translator / Traducteur

FAQ - INAAREES

2ª Fase do Processo de Avaliação Externa e Acreditação de Cursos de Saúde

INAAREES_PEQUENO

Announcement - National Science and Innovation Award 2024

FUNDECITLOGO

Meet the Angolan Open Access Repository

logo_ranaa_-_Copia

See the Final External Evaluation Reports (1st Phase)

INAAREES_FLYER_SMALL

Meet the TEST Project

MESCTI & World Bank

LOGO_TEST

Learn about the Higher Education Assessment and Accreditation Manuals

INAAREES

MANUAIS_INAAREES_ICONE

Meet the PDCT

Science and Technology Development Project
PDCT_Logo2_500x500

Connect to Elsevier ScienceDirect

Contact your institution for more details.

SDElsevier

Get to know the UNI.AO Program

UNIAO_2

Get to know the UNI.AO Program

CapaFolhetoPortal1

Share your Article!

Print

Links Úteis

Login Ajuda

Links Externos

Portal do Governo Serviços Públicos Electrónicos (SEPE)

Contactos

Contactos

Redes Sociais

Facebook Twitter

Copyright © 2014 Todos os direitos reservados.