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Cigarros Electrónicos: Sim ou Não?

 

São muitas as vozes que se levantam a favor e ao incentivo do uso de cigarros electrónicos, por os considerarem serem mais saudáveis do que os cigarros convencionais, sendo recomendáveis para quem queira deixar de fumar. Com estes argumentos, os cigarros electrónicos têm ganho muita popularidade. Cresce cada vez mais o número de pessoas a optarem por estes cigarros. Ainda persistem dúvidas sobre os efeitos secundários da nicotina de cigarros electrónicos, considerando-se, por uns, não causar problemas de saúde em adultos, apesar do vício eminente. Há do mesmo modo, vozes a desaconselhar o uso. Perante os prós e contras ao uso dos cigarros electrónicos, não é de estranhar que em algumas investigações realizadas, com vista a identificarem agentes cancerígenos e tóxicos no valor de cigarros electrónicos, encontrem-se vários destes agentes, a exemplo do formaldeído e o acetaldeído, a níveis nove vezes mais baixos e 450 vezes mais baixos, respectivamente, do que nos cigarros convencionais e noutras investigações a níveis muito superiores.  

Porém, um artigo publicado no Jornal Português “Público” revela que fumar cigarros electrónicos pode não ser tão inócuo como se pensa. Pois, “os cigarros electrónicos são inaladores de nicotina, dissolvida numa mistura de glicerina (ou propilenoglicol), água e substâncias aromatizantes. A solução é aquecida e transforma-se num vapor muito fino, que é inalado.”, lê-se no Público. Neste processo de aquecimento da solução, embora não se libertem produtos como os da combustão do tabaco, ocorre como reacção química a liberação de um aerossol de nicotina. 

De acordo com a Fundação Portuguesa do Pulmão, “no aerossol dos cigarros electrónicos encontram-se quantidades variáveis de formaldeído, acetaldeído, acroleína, tolueno, xileno, cadmio, níquel e chumbo, que são substâncias reconhecidamente tóxicas. A nicotina é transportada em partículas ultra-finas.” Lembremos que a nicotina é o princípio activo do tabaco, sendo por isso, como considera essa fundação, “um mito considerar que o utilizador de cigarros electrónicos apenas está a inalar nicotina e que o seu uso não induz fumo passivo nos não fumadores, uma vez que a nicotina é reconhecidamente um tóxico, com efeitos significativos na saúde dos que a ela estão expostos e que no tabaco é a droga que induz dependência!”

É assim que se considera que “os cigarros electrónicos parecem bem menos tóxicos, mas estão muito longe de serem inócuos.” E isso vale também para os vapeadores passivos. (...) os investigadores alertam em particular para riscos de toxicidade do vapeamento passivo das crianças. (...) a exposição durante a gravidez afecta negativamente o desenvolvimento cerebral do feto, aumenta o número de partos prematuros e de nados-mortos. Na adolescência, a nicotina também tem consequências negativas no desenvolvimento do cérebro.”

Relativamente à teoria de que os cigarros electrónicos ajudam a deixar de fumar, verificam-se, segundo dá conta o Público, divergências entre os vários estudos, uma vez que “Uma investigação realizada nos Estados Unidos revelou que 22% dos fumadores que vapeavam diariamente deixaram de fumar ao fim de um mês e 46% ao fim de um ano. Segundo um inquérito realizado no Reino Unido quase metade dos vapeadores são ex-fumadores”. Outro trabalho conclui que “há um maior risco de reincidência no tabagismo entre utilizadores de cigarros electrónicos”. Também há indicações que “alguns adolescentes que nunca fumaram iniciam o consumo de nicotina através dos cigarros electrónicos”.

 

Mais informações:

https://www.publico.pt/ciencia/noticia/os-cigarros-electronicos-sao-inocuos-como-iogurtes-1744306?page=-1

http://www.fundacaoportuguesadopulmao.org/CIGARROS_ELECTRONICOS-MITOS_E_REALIDADES.html

 

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Café com Ciência e Tecnologia do CTN: As Energias Renováveis no Desenvolvimento das Sociedades

 

A 8ª edição do Café com Ciência e Tecnologia realizada no pretérito dia 7 de Setembro, no Centro Tecnológico Nacional (CTN), debateu aspectos relacionados com energias renováveis no desenvolvimento das sociedades. O tema foi apresentado por Armindo Pedro da Conceição, licenciado em Física e Pós-graduado em Energias Renováveis e, actualmente, Director geral do Centro de Formação de Quadros de Electricidade do Ministério da Energia e Águas.

Armindo da Conceição começou a sua abordagem identificando os principais pontos que giram em torno das energias renováveis e o seu enquadramento a nível mundial e regional, qualificando as fontes, a origem das mesmas e apresentando uma definição exacta do tema em análise. 

As energias renováveis são aquelas que provêm da utilização de recursos naturais renováveis passíveis de serem reutilizados (sol, vento, etc). São importantes e necessárias para elevar a qualidade de vida das sociedades. Também conhecidas como energias limpas, garantem impactos menos nocivos comparados com as energias não renováveis.

A utilização de energias renováveis deve obedecer a alguns critérios, visto que podem causar alguns impactos ambientais como, por exemplo, a erosão dos solos pela energia hidroeléctrica, causando impacto negativo à vegetação, etc. Porém, a conservação energética (património ecológico) que é a não utilização da energia, impossibilita que as sociedades adquiram o salto tecnológico pretendido. Por isso, “É importante utilizar os recursos tendo em conta o seu impacto na natureza, pois numa avaliação metódica, a má racionalização no estudo e avanço na utilização das novas tecnologias, no âmbito das energias renováveis, podem causar impactos negativos na natureza”, afirmou Armindo.

O impacto menos nocivo das energias renováveis é garantido por tecnologias modernas e de alta qualidade, mas as mesmas estão sujeitas a investimentos muito elevados em infra-estruturas. 

A nível do sector, Armindo mencionou que o elemento mais crítico gira em torno da formação de quadros e da promoção da cooperação para manutenção dos sistemas de energias.

No evento foram apresentados os programas do governo para área das energias renováveis, com projectos a serem implementados apenas em 2030. Armindo reforçou que “Angola irá implementar uma série de projectos em simultâneo que outrora, em países desenvolvidos foram implementados de forma faseada”, sendo um projecto que garante energia para todos de forma equitativa.

Numa sala cheia e muito participativa, o debate suscitou diversas intervenções que serviram de pontos de reflexão entre os presentes. 

O Café com Ciência e Tecnologia é uma actividade que ocupa um espaço a nível do Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, com vista à discussão de temas actuais relacionados com ciência, tecnologia e inovação, pretendendo indicar problemas e apresentar soluções.

 

Antónia de Lima e Silvestre Estrela

 

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