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Investigadores Descobrem Mistério na Existência de Flores na Welwitschia Mirabilis

Uma equipa de investigadores do Laboratório de Fisiologia Celular e Vegetal (CNRS/INRA/CEA/Universidade de Grenoble Alpes), em colaboração com o Laboratório de Reprodução e Desenvolvimento de Plantas (CNRS/ENS de Lyon /INRA/Universidade Claude Bernard Lyon 1) e o Jardim de Kew (Reino Unido), desvendou o mistério por trás das plantas com flores. O estudo foi publicado na revista New Phytologist, no dia 24 de Fevereiro de 2017, e elucida o aparecimento de uma estrutura tão complexa como a flor durante a evolução de plantas do tipo gimnospermas. 

A flora terrestre é hoje dominada por plantas com flores. Algumas são comestíveis e contribuem, de um modo geral, para a cor do mundo vegetal. Mas não existiram sempre. As plantas colonizaram a terra durante mais de 400 milhões de anos e as plantas com flores apareceram há cerca de 150 milhões de anos. Elas foram precedidas por um grupo chamado gimnospermas, cujo modo de reprodução é mais rudimentar e coníferas conta como representantes actuais.

Darwin há muito tempo que questionou sobre a origem e a rápida diversificação de plantas com flores, descrevendo-as como “abominablemystère”. Em comparação com outras espécies gimnospérmicas, que têm cones machos e fêmeas rudimentares (como o pinheiro), as plantas com flores têm diversas inovações: a secção de flor inclui órgãos masculinos (estames) e femininos (pistilo), rodeado por pétalas e sépalas e ovos, em vez de estar nua, protegidos no pistilo.

A equipa de investigadores, liderada por François Parcy, director de investigação do CNRS no Laboratório de celular e Fisiologia Vegetal (CNRS / INRA / CEA / UniversitéGrenoble Alpes) procurou saber como a natureza poderia inventar a flor, uma estrutura tão diferente dos cones. Para isso, os investigadores estudaram a Welwitschia Mirabilis, uma espécie de planta gimnosperma bastante original. Esta planta, que pode viver mais de mil anos, cresce em condições extremas nos desertos de Angola e da Namibia e possui, tal como outras espécies gimnospermas, cones machos e fêmeas separados. Excepcionalmente, seus cones machos têm alguns óvulos inférteis e néctar que revela uma tentativa fracassada de inventar a flor bissexual. No entanto, na Welwitschia (e em algumas coníferas), os investigadores encontraram genes semelhantes responsáveis pela formação de flores, e organizados de acordo com a mesma hierarquia.

De acordo com os investigadores, “o facto de encontrarmos uma cascata de genes semelhantes em plantas com flores e em seus primos gimnospermas indica que esta é uma herança de seu ancestral comum. Este mecanismo não foi inventado no momento do surgimento da flor: foi simplesmente herdado e reutilizado pela planta durante o processo de evolução”.

A equipa continua a explorar outros recursos para entender melhor como surgiu a primeira flor.

 

Informação Original

Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), França 

Para consultar a informação original (em Francês) clique aqui

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