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Programa SANBio para o Ano 2018 - Várias Oportunidades

A SANBio (Southern Africa Network for Biosciences), com o apoio do Programa BioFISA II, informa que estão disponíveis, na sua página, vários eventos com objectivo de reforçar a capacidade entre os Estados-membros da NEPAD (New Partnership for Africa's Development) SANBio e melhorar a capacidade das organizações da SADC (Southern Africa Development Community) na partilha de conhecimento em ciências da vida. 

A SANBio é uma plataforma comunitária de investigação, desenvolvimento e inovação em ciências da vida que trabalha colaborativamente sobre questões relacionadas com a saúde, a nutrição e saúde, bem como com a agricultura e o meio ambiente na África Austral.

Para o ano 2018 estão previstas as seguintes acções:

1. Financiamento de mobilidade

  • Realização de cursos de treinamento entre Abril e Junho de 2018 (o Programa BioFISA II financiará até oito (8) propostas, para um máximo de R 300 000 (aproximadamente 24 000 USD) cada). 
  • Programa de mobilidade com a duração de até três (3) meses e pode incluir viagens na região ou internacional. 
  • Troca de conhecimento / visitas por até duas (2) semanas de duração, incluindo reuniões regionais e internacionais, bem como seminários ou cursos de formação com foco para as áreas da saúde e nutrição.

 

2. Financiamento e Prémios

  • IAAE 2018 Carl K. Eicher: Prémio de Melhor Dissertação de Doutoramento em Economia Agrícola em África. As dissertações devem ter sido concluídas entre 2015 e 2017. Prazo: 26 de Janeiro de 2018.
  • Erasmus +: Chamada para apresentação de propostas para capacitação no domínio do ensino superior 2018. Prazo: 8 de Fevereiro de 2018.
  • WIOMSA Programa de Financiamento de Investigação Marinha: Apoio a jovens cientistas para a apresentação de resultados de investigação em vários fóruns. Prazo: aberto durante todo ano 2018.
  • Fundação Nestlé: Financiamento para Investigação em Nutrição Humana em países de renda média e baixa. O apoio inclui bolsas para projectos de mestrado e doutoramento. Prazo: aberto durante todo ano 2018.

 

3. Bolsas de estudo e cursos de curta duração:

  • Ingresso para 2018 no Instituto de Pós-Graduação de Genebra, para mestrados e doutoramentos. Prazo: 15 de Janeiro de 2018.
  • Fundação MasterCard: Bolsas de estudo de pós-graduação, na Universidade Estadual de Michigan (MSU), para cidadãos e residentes da África Subsaariana. Prazo: 1 de Fevereiro de 2018.
  • Prémio Austrália: Cursos de curta duração. Prazo: 15 de Janeiro de 2018.
  • Erasmus Mundus: Bolsas de Mestrado em Estudos de Desenvolvimento Internacional (GLODEP) 2018-2020. Prazo: 28 de Fevereiro de 2018.
  • Fundação Alexander von Humboldt: 20 bolsas internacionais de protecção climática 2018, para jovens especialistas em clima de países em desenvolvimento. Prazo: 1 de Março de 2018.
  • Bolsas IMMANA: para Pós-doutoramento em Métodos e Métricas Inovadoras em Agricultura e Nutrição. Prazo: 1 de Março de 2018.
  • Cursos on-line gratuitos da Harvard University (HarvardX), incluindo análise de dados, estatísticas e genómica. Os prazos variam.
  • Elsevier Publishing Campus: Plataforma de treinamento on-line gratuita para investigadores, para melhorar conhecimentos e habilidades na publicação de artigos científicos.

 

4. Outras Oportunidades

  • Chamada para a apresentação de propostas para seminários, contribuições para painéis, cartazes e materiais para o simpósio sobre "Revalorizar a extensão: evidências e práticas", Universidade de Illinois, EUA. Financiamento disponível para apoiar viagens para um número limitado de estudantes de pós-graduação. Prazo: 15 de Janeiro de 2018.
  • Chamada para o 2º Simpósio sobre Adaptação às Alterações Climáticas na África, a ser realizado em Ibadan, Nigéria, de 14 e 15 de Maio de 2018. Prazo: 20 de janeiro de 2018.

 

5. Eventos

  • 2º Simpósio Africano sobre Micotoxicologia, 24-27 de Junho de 2018, Mombasa, Quénia.

 

As candidaturas devem ser enviadas para: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Para mais informações visite o site http://nepadsanbio.org/opportunities-funding/funding/mobility-grants.

Dengue: Mecanismos que Permitem não Desenvolver os Sintomas após uma infecção pelo vírus

Investigadores do Institut Pasteur de Paris e do Institut Pasteur do Camboja, em colaboração com equipas do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique) e do INRIA (Institut National de Recherche en Informatique et en Automatique), demonstraram que a infecção pelo vírus dengue em crianças assintomáticas está associada a uma activação do sistema imunitário, utilizando mecanismos de controlo que permitem eliminar a infecção viral sem activação excessiva da imunidade. Este estudo, publicado na revista científica Science Translational Medicine, a 30 de Agosto de 2017, representa uma etapa importante para uma melhor compreensão do papel que a imunidade desempenha na infecção pelo vírus da dengue. O estudo permitirá desenvolver novas estratégias de luta contra esta doença.

A dengue, também conhecida como "gripe tropical", continua a expandir-se dramaticamente em todo o mundo, estando actualmente classificada como uma doença emergente. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que há entre 50 e 100 milhões de casos por ano, sendo que 500.000 pessoas adoecem com gravidade, exigindo hospitalização, e desse total, cerca de 2,5% morrem. Por outro lado, cerca de 50% da população mundial vive em áreas de risco de infecção. Inicialmente presente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, a dengue já está a afectar a Europa.

A dengue é uma doença viral transmitida aos seres humanos através da picada dos mosquitos do género Aedes infectados com o vírus. As estirpes do vírus da dengue dividem-se em quatro serotipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A imunidade adquirida em resposta a uma infecção com um dos sorotipos confere uma imunidade protetora contra o sorotipo infectante, mas não contra outros serotipos. Uma pessoa está susceptível de ser infectado por cada um dos quatro serotipos da dengue. Além disso, as infecções subsequentes por outros serotipos aumentam o risco de desenvolver dengue grave, conhecida como febre hemorrágica.

Actualmente, não há tratamento específico contra a infecção pelo vírus da dengue. A única vacina comercializada é parcialmente eficaz contra infecções aos quatro sorotipos do vírus. Todavia, a vacina não é administrável em crianças menores de 9 anos e a vacinação em 3 doses não é adequada para viajantes.

Apesar de 50 anos de investigação, os mecanismos fisiopatológicos que levam a uma evolução clínica grave da dengue, em alguns pacientes, ainda não foram elucidados com precisão. Esses mecanismos são complexos, envolvendo factores imunológicos, genéticos e virais. O elevado risco de desenvolver sintomas graves durante a infecção secundária foi associado à presença de anticorpos não neutralizantes que aumentam a infecção, em vez de a bloquear.

Algumas pessoas infectadas são assintomáticas (não apresentam sintomas) e interessa estudá-las, mas é muito difícil identificá-las para as incluir em estudos exploratórios.

Com o objectivo de identificar os mecanismos internos de controlo da infecção do vírus da dengue em pacientes assintomáticos, investigadores do Institut Pasteur de Paris, do Institut Pasteur do Camboja, do CNRS e do INRIA compararam a composição do plasma e do perfil de expressão dos genes em crianças cambojanas assintomáticas infectadas pelo vírus da dengue com a de pacientes com sintomas. Surpreendentemente, o seu trabalho revelou que os pacientes assintomáticos têm uma resposta imune controlada, em que a apresentação do antígeno registou um aumento, mas associado a uma activação medida do linfócito T e a uma produção mais moderada de anticorpos, em comparação com os pacientes com sintomas.

Anavaj Sakuntabhai, Director da Unidade de Genética Funcional de Doenças Infecciosas do Instituto Pasteur de Paris, co-supervisor destes trabalhos, sublinha que "os trabalhos de investigação, geralmente, concentram-se no estudo de pacientes doentes. Ao analisar pacientes assintomáticos infectados, este estudo pode compreender os mecanismos que permitem não desenvolver os sintomas após uma infecção. Isto convida a revisitar a composição das vacinas para melhor prevenir as infecções ".

Os resultados deste estudo original abrem o caminho para novas pistas de investigação, a fim de desenvolver uma vacina contra o vírus da dengue que possa conferir uma imunidade mais completa, prevenindo o risco de transmissão desta doença, que é uma ameaça real em todo o mundo.

 

Autores:

Etienne Simon-Lorière (1,2), Veasna Duong (3), Ahmed Tawfik (1,2), Sivlin Ung (4), Sowath Ly (5), Isabelle Casadémont (1,2), Matthieu Prot (1,2), Noémie Courtejoie (1,2), Kevin Bleakley (6,7), Philippe Buchy (3,8), Arnaud Tarantola (5,8), Philippe Dussart (3), Tineke Cantaert (4), Anavaj Sakuntabhai (1,2). 

 

1. Functional Genetics of Infectious Diseases Unit, Department of Genomes and Genetics, Institut Pasteur, 75015 Paris, France. 

2. CNRS, Unité de Recherche Associée 3012, 75015 Paris, France. 

3. Virology Unit, Institut Pasteur du Cambodge, International Network of Pasteur Institutes, 12201 Phnom Penh, Cambodia. 

4. Immunology Group, Institut Pasteur du Cambodge, International Network of Pasteur Institutes, 12201 Phnom Penh, Cambodia. 

5. Epidemiology and Public Health Unit, Institut Pasteur du Cambodge, International Network of Pasteur Institutes, 12201 Phnom Penh, Cambodia. 

6. INRIA Saclay, 91120 Palaiseau, France. 

7. Département de Mathématiques d’Orsay, AQ2 91400 Orsay, France. 

8. GlaxoSmithKline (GSK) Vaccines, 637421 Singapore, Singapore.

 

Artigo Original: http://www2.cnrs.fr/presse/communique/5211.htm

Países Africanos Chamados a Investir Seriamente na Investigação Científica

 

Durante a Conferência Inaugural de Investigação, Inovação e Desenvolvimento de África (ACRID 2017), realizada de 20 a 21 de Junho de 2017, organizada pela Universidade do Zimbábue em parceria com a Aliança Europeia para a Inovação, académicos reuniram e abordaram a temática sobre a falta de investimento na Investigação Científica a nível dos países Africanos, exortando-os a investir mais em investigação e inovação para o apoio ao desenvolvimento do continente.

Na Cimeira dos Chefes de Estado da União Africana, realizada em 2006, foi lançado o desafio aos Governos em África de alocar pelo menos 1% do seu Produto Interno Bruto para a investigação e desenvolvimento, sendo a África do Sul o único país perto da meta.

 

Partilha de Ideias

O Vice-chanceler da Universidade do Zimbábue, Professor Levi Nyagura, frisou que a ideia de organizar a conferência sobre o tema "Movendo a África para o Futuro Através da Engenharia, Tecnologia e Inovação" foi reunir académicos e investigadores para encontrar soluções para os problemas do continente. "Este é um veículo conveniente através do qual os melhores cérebros podem mostrar as suas propostas de investigação e impulsionar a inovação em benefício do Zimbábue e além, reunindo académicos de todas as instituições de Ensino Superior no Zimbábue e em toda a África", disse o Professor.

 

Cooperação na Investigação

O Professor Paul Mapfumo, do Departamento de Ciência do Solo e Engenharia Agrícola da Universidade do Zimbábue, abordou a importância da cooperação na investigação local, regional e internacional para a África. Referiu que entre os desafios enfrentados pelos investigadores em África estão as questões de relevância ou aplicabilidade do seu trabalho, a falta de financiamento e a falta de um ambiente favorável, uma vez que a investigação ainda é de baixa prioridade política em África”. Outro problema é a "falta de financiamento interno na investigação" e a "inconsistente configuração da agenda", disse Mapfumo. Durante a conferência, fez ainda um apelo a uma maior coordenação da ciência, da tecnologia e da inovação, e ressaltou a importância do reconhecimento da cooperação em investigação em África, bem como em todo mundo.

Foi igualmente debatido a necessidade de se desenvolver um novo manual para o desenvolvimento de África, que estabelecesse um novo contexto para a cooperação em investigação científica e seus benefícios associados. Para o Professor Paul Mapfumo "um realinhamento das linhas de investigação e desenvolvimento de África é urgente para a ciência, a engenharia, a tecnologia e para a inovação, com vista a oferecer benefícios industriais, empresariais e sociais significativos".

Na abertura da Conferência, o Secretário Permanente do Zimbábue do Ministério do Ensino Superior e Terciário, Ciência e Desenvolvimento Tecnológico, Professor Francis Gudyanga, apresentou algumas vantagens comparativas que África possui para o investimento, como: minerais e materiais, água doce, luz solar, biodiversidade, baixa densidade humana e população maioritariamente jovem. Afirmou ainda que "embora África esteja realmente livre do colonialismo convencional, a pobreza, a fome, a doença e as guerras civis ainda são comuns. Apesar dos seus enormes recursos naturais, a África Subsaariana, em particular, não conseguiu aproveitar adequadamente as suas dotações para o seu desenvolvimento sustentável. O fracasso da África Subsaariana no aproveitamento dos seus recursos naturais é atribuível à falta de massa crítica requerida de capital humano com conhecimentos e habilidades adequadas, tecnologia, infra-estrutura para inovação e empreendedorismo e incentivos para inovar ", disse Gudyanga.

 

Corrupção como Obstáculo para o Desenvolvimento

A corrupção foi uma questão levantada como sendo um dos factores para o fraco investimento na investigação científica a nível de África. O engenheiro Martin Manuhwa, Vice-presidente da Federação Mundial de Organizações de Engenharia e Presidente do Comité de Combate à Corrupção, apresentou um documento, em conjunto com Neill Stansbury, do Centro de Combate à Corrupção da Infra-estrutura Global, no qual identificaram a corrupção como um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento em África. Foi dito pelos mesmos que os fundos dos projectos de investigação estavam a ser desviados para funcionários corruptos, financiadores, contratados, consultores, fornecedores e agentes, sob justificação de que havia uma escassez de estradas, escolas e hospitais, etc.

Para concluir a conferência, o cientista zimbabueano, o Professor Christopher Chetsanga, frisou que África precisa avançar com rapidez, abraçando a sociedade do conhecimento e aproveitando a ciência e a tecnologia em sua agenda de industrialização. 

 

Autor: Kudzai Mashininga 

Fonte: http://www.universityworldnews.com/article.php?story=20170706121610832

Candidaturas Abertas para o Curso em Gestão de Ciência para Investigadores dos PALOP

A Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação la Caixa, com o apoio do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça e do Instituto de Saúde Global de Barcelona, informam que estão abertas, até ao dia 9 de Janeiro de 2018, as candidaturas para o curso de Gestão de Ciência para investigadores nacionais dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). 

O curso tem como objectivo capacitar os participantes com uma variedade de conhecimentos especializados e competências para lidar com os desafios da colaboração internacional na investigação em saúde global.

 

Condições de elegibilidade

  • O curso destina-se a investigadores e/ou gestores que trabalhem na área da investigação em saúde, nacionais dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa;
  • Os candidatos devem ter um mínimo de cinco anos de experiência profissional;
  • Idade inferior a 50 anos;
  • Uma carta de apoio à frequência do curso, assinada pelo director da instituição onde trabalha.

 

Duração

  • De 5 a 9 de Fevereiro de 2018, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.
  • De 10 a 14 de Setembro de 2018, na Fundação la Caixa, em Barcelona, Espanha.

 

Como concorrer

As candidaturas devem ser obrigatoriamente submetidas através do formulário online, disponível em: https://gulbenkian.pt/iniciativas/parcerias-desenvolvimento/candidaturas/. 

 

Mais Informações 

Para mais informações consulte: https://gulbenkian.pt/grant/curso-em-gestao-de-ciencia-para-investigadores-dos-palop/

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