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dezembro 2014

Angola Participa da Quarta Cimeira Transform Africa Summit 2018, sob o tema: Acelerando o Mercado Digital Único de África

NOTA DE IMPRENSA

ANGOLA PARTICIPA DA QUARTA CIMEIRA TRANSFORM AFRICA SUMMIT 2018 SOB O TEMA: ACELERANDO O MERCADO DIGITAL ÚNICO DE ÁFRICA.

Decorre de 7 a 10 de Maio do ano em curso a quarta edição da Cimeira Transform Africa Summit 2018. Após três edições bem-sucedidas, a quarta edição da Cimeira Transform Africa Summit 2018 realiza-se no Centro de Convenções de Kigali, na República do Ruanda.

A Cimeira sob o tema “Acelerando o Mercado Digital Único da África”, atraiu mais de 4.000 participantes, incluindo Chefes de Estado e Governos, Primeiras Damas, Comissários de Banda Larga da Organização das Nações Unidas (ONU), Ministros, Sector Público e Privado, Organizações Internacionais, Líderes da indústria, Investidores, Empreendedores, Jovens inovadores, Sociedade civil e Academia.

Participa desta Cimeira em representação a Sua Excelência Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, a Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof.ª Doutora Maria do Rosário Bragança Sambo. Integra a sua delegação o Director Nacional do Gabinete de Tecnologias de Informação do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Dr. Samuel Francisco.

Esta edição da Cimeira também contou com a realização do primeiro Fórum Económico Transform Africa, um engajamento do Governo para com o sector empresarial, ocorrido no dia 7 de Maio de 2018, onde Ministros e Secretários de Estado participaram de um público direcionado a líderes empresariais e investidores de alto patrimônio, debatendo questões sobre oportunidades de investimento e áreas de colaboração.

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, em Luanda, 09 de Maio de 2018.

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Angola Participa no 3º Diálogo de Alto Nível Indústria, Ciência e Governação, na República de Cabo Verde.



NOTA DE IMPRENSA


ANGOLA PARTICIPA NO 3º DIÁLOGO DE ALTO NÍVEL INDÚSTRIA, CIÊNCIA E GOVERNAÇÃO, NA REPÚBLICA DE CABO VERDE


O Secretário de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação, Professor Doutor Domingos da Silva Neto, participa no 3º Diálogo de Alto Nível Indústria, Ciência e Governação nas interacções do Atlântico, que decorre de 07 a 08 de Maio do ano em curso, na cidade da Praia, República de Cabo Verde.

Com objectivo de debater questões relactivas a organização do Centro Internacional de Investigação do Atlântico (Air Centre), a gestão e funcionamento de projectos de investigação científica, advindas as recomendações do 2º Diálogo realizado em Florianópolis, Brasil em Novembro de 2017, durante o qual Angola assinou a “Declaração de Florianópolis”.

A sessão foi oficialmente aberta por Sua Excelência Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que agradeceu a escolha de Cabo Verde em acolher este evento e realçou a importância do mesmo na contribuição de respostas científicas às políticas de desenvolvimento do país.

Em relação a Angola, o Secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Professor Doutor Domingos da Silva Neto, assegurou que o AIR Centre será muito importante, uma vez que constitui uma oportunidade de investigação, mas também uma oportunidade para acelerar a caminhada para a excelência, onde o princípio da competitividade será crucial. Reforçou ainda que “as acções a serem implementadas entre projectos que visam competitividade poderão apoiar as indústrias, mas também projectos integradores que possam olhar as insuficiências de alguns países que fazem parte desta iniciativa”, concluiu, que este projecto deverá ter em conta os países que partem de uma linha de base menos desenvolvida.

Assim sendo foram identificadas instituições ligadas ao estudo do clima, tendo com foco o atlântico e a física da atmosfera.
O Centro Internacional de Investigação do Atlântico (Air Center), que será implementado até ao final deste ano, nos Açores, Portugal, vai contar com quinze instituições de oito países, nomeadamente: Cabo verde, Portugal, Angola, Brasil, Nigéria, Espanha, Uruguai e o Governo Regional dos Açores e terá como observadores o Reino Unido, a África do Sul e a Argentina.

Integra a delegação angolana liderada pelo Secretário de Estado para Ciência e Tecnologia neste encontro, o Director Nacional de Ciência e Investigação Científica, do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. Doutor António de Alcochete.

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, em Luanda, 08 de Maio de 2018.

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Saiba mais sobre o Livro “Guia de Apresentação de Teses”.

Está disponível para download, na secção "Livros" do portal ciencia.ao, o livro “Guia de Apresentação de Teses". Esta obra, de autoria de Angela Cuenca, Maria Andrade, Daisy Noronha e Maria  Ferraz, tem como objectivo orientar os alunos na elaboração das suas dissertações e teses.

Em 1998, a Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo publicou a 1.ª Edição do “Guia de Apresentação de Teses”, com a inserção de normas que atendem aos diferentes tipos de trabalhos científicos no campo da saúde pública. Em 2006, o Guia passou por uma revisão actualizada considerada sua 2.ª Edição. Em 2017, foi apresentada a versão formatada para impressão, actualizada da 2.ª Edição on-line de 2017. A mudança significativa nesta edição refere-se à apresentação da tese, incluindo artigos científicos. 

O livro está inclui os seguintes conteúdos:

  • Estrutura do texto da tese
  • Como citar referências no texto
  • Tabelas, quadros e figuras
  • Resumos
  • Apresentação da tese
  • Divulgação da tese
  • Referências
  • Modelos para referência 


Caso o caro leitor queira ter acesso ao livro, por favor clique no seguinte link: http://www.ciencia.ao/livros

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Café com Ciência e Tecnologia Apresenta Técnicas Inovadoras Utilizadas na Prospecção e Tratamento de Águas

A importância da água na vida do planeta é de tamanha proporção, sendo este um elemento essencial para a sobrevivência de animais e vegetais na terra. Quando falta água, a vida está ameaçada, uma vez que a água é a fonte de vida do planeta.


Segundo o último relatório mundial da ONU lançado a 19 de Março do corrente ano, estima-se que 5 bilhões da população mundial viverá um risco de escassez hídrica até 2050. A demanda mundial por água tem aumentado a uma taxa de 1% por ano, em razão do crescimento da população e de mudanças nos padrões de consumo.


Um painel de alto nível, reunindo 11 líderes mundiais e um conselheiro especial, lançou na mesma semana, em Nova York, uma nova agenda pedindo uma mudança na forma como o mundo usa os seus recursos hídricos. Neste contexto, partilhando a mesma preocupação, a terceira Edição do Café com Ciência e Tecnologia, apresentou no dia 2 de Maio, no anfiteatro do Centro Tecnológico (CTN), sito  na Av. Ho Chi Minh, Maianga, em Luanda, o tema: “Técnicas inovadoras utilizadas na prospecção e tratamento de águas”.


A palestra teve como moderador o Director do CTNl, Doutor Gabriel Luís Miguel, e foram prelectores os seguintes: Dr. Eurico Josué Ngunga, Vice-Reitor para a Área Académica da Universidade Metodista de Angola, a Investigadora Agna de Sena Carvalho e o Investigador Zeleme Toko, ambos do Laboratório de Hidrologia Isotópica do Centro Tecnológico Nacional.

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Chamada de Artigos para Revista Internacional em Língua Portuguesa

Estão abertas, até ao dia 30 de Junho de 2018, as candidaturas para a submissão de artigos para as próximas edições da Revista Internacional em Língua Portuguesa (RILP), nos temas das Artes, Música, Cultura e Literatura.
 
A RILP é uma publicação interdisciplinar da Associação das Universidades de Língua Portuguesa que surgiu da necessidade de um maior interconhecimento e intercâmbio entre os países que falam português. Editada desde 1989, a RILP dedica-se à publicação de artigos científicos em língua portuguesa nos mais variados temas: Ciências Médicas e da Vida,  Gestão da Água e dos Recursos Hídricos, Migrações, Cidades e Metrópoles, Turismo, Mar, Segurança Alimentar e muito mais.

Na última edição de 2017, IV Série, Nº32,  a RILP reservou a publicação de artigos científicos ao tema: África em Língua Portuguesa - Variação no português africano e expressões literárias. Nos dois grandes eixos temáticos, nomeadamente a variação e a literatura, foram publicados os seguintes artigos:

1. A VARIAÇÃO E A MUDANÇA NO PORTUGUÊS AFRICANO

  • A variação linguística do português moçambicano: uma análise sociolinguística da variedade em uso – Alexandre  António Timbane;
  • Norma e variação linguística: implicações no ensino da língua portuguesa em Angola Ezequiel – Pedro José Bernardo;
  • Expressões de poder e de solidariedade em Moçambique e em Angola: observando a inter-relação entre gênero e formas de tratamento – Sabrina Rodrigues Garcia Balsalobre;
  • A criatividade da língua portuguesa: estudo de moçambicanismos no Português de Moçambique – Rajabo Alfredo Mugabo Abdula;
  • O processo de ensino-aprendizagem do português no contexto multicultural moçambicano – Marcelino Horácio Velasco e Alexandre António Timbane.

2. A LITERATURA AFRICANA DE EXPRESSÃO PORTUGUESA

  • Memória coletiva e construção de identidade linguística nas narrativas de Alfredo Troni e Uanhenga Xitu – Manuel da Silva Domingos e Nsimba José;
  • O luso, o trópico e o cão tinhoso nas revelações literárias de Honwana – Sueli Saraiva;
  • Os sentidos e os não sentidos da língua portuguesa: questões de língua e linguagem nos contos de Mia Couto – Maurício Silva;
  • A mulher nos contos de Mia Couto: uma leitura pós-colonial – Márcia Moreira Pereira;
  • O silêncio anticolonial de Conrad e Eça, ou a impossível arte de narrar o horror – José Carlos Siqueira;
  • O uso das LWC’s na música moçambicana – Cremildo G. Bahule.


Mais informação em: http://aulp.org/Publicacoes/RILP ou clique aqui para ter acesso as normas de publicação em PDF.

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Angola Apresentou Resultados de Investigação Científica no Iº Simpósio Científico SASSCAL

NOTA DE IMPRENSA

ANGOLA APRESENTOU RESULTADOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA NO Iº SIMPÓSIO CIENTÍFICO SASSCAL REALIZADO DE 16 – 19 DE ABRIL DE 2018 EM LUSAKA - ZÂMBIA

 

Já regressou a Luanda a Delegação de Angola que participou de 16 a 19 de Abril de 2018 na República da Zâmbia, no Fórum sobre Políticas de Ciências relacionadas com as acções na SADC sobre as Alterações Climáticas e no Iº Simpósio Científico – SASSCAL (Centro da África Austral para Ciências e Serviços para Adaptação às Alterações Climáticas e Gestão Sustentável dos Solos).

Coordenado por Sua Excelência Secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), Prof. Doutor Domingos da Silva Neto, integraram a referida delegação, o Magnífico Reitor da Universidade José Eduardo dos Santos, Prof. Doutor Cristóvão Simões, os Directores da Ciência e Investigação Científica, do Centro Tecnológico Nacional do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), Administrador e Director Nacional do SASSCAL, os Professores Doutores António Alcochete, Gabriel Luís Miguel e o Mestre Chipilica Barbosa, respectivamente, investigadores científicos das Universidades Agostinho Neto, José Eduardo dos Santos, ISCED Huíla, Instituto Superior Politécnico Tundavala e do Centro Nacional de Investigação Científica.

O simpósio científico esteve constituído por seis Plenárias (com temas relacionados com o SASSCAL, África Austral na fase dos desafios sobre clima e economia global, contribuição do SASSCAL no panorama da investigação científica na África Austral, alterações climáticas – pontos chave, da ciência à política e os caminhos futuros do SASSCAL), oito painéis orais (com temas relacionados com água – clima – alimentação e conexos, conservação das florestas – clima e meios de subsistência, clima - alterações climáticas e adaptabilidade, biodiversidade - clima – segurança alimentar, agricultura – clima – segurança alimentar, dados - tecnologias e infraestruturas, gestão de solos e desenvolvimento de capacidades na SADC e encontro com estudantes), quatro eventos paralelos (relacionados com as temáticas sobre índices extremos do clima, SEACRIFOG workshop de consulta aos parceiros, lançamento do mapa hidrogeológico da Zâmbia e o lançamento do livro SASSCAL com título “Alterações climáticas e gestão adaptativa dos solos da África Austral”, com o ISBN Nr. 978-3-933117-95-3) e uma sessão de Pósters. Os investigadores Angolanos fizeram seis apresentações orais de projectos (relacionadas com a cartografia e caracterização da vegetação na região do Chipindo, província da Huíla – Angola, monitoramento da vegetação no planalto central – Huambo utilizando técnicas de teledeteção e sistemas de informações geográficas (SIG), o efeito das alterações climáticas no período de sementeira das principais culturas vegetais no planalto central - Huambo, influência da vegetação na mitigação da erosão de solos na cidade do Luena- Moxico, resgate de dados climáticos, desenvolvimento de uma rede meteorológica para Angola - tendências climáticas e a instalação de uma bacia experimental no rio Giraul sul de Angola) e a apresentação de três pósters (relacionados com o mapeamento geológico-geofísico para avaliação de riscos de média e grande escala – Luanda e arredores, gestão do sistema de fertilidade do solo, integrando o uso racional de fertilizantes na agricultura e fertilizantes biológicos com base em rizobia - Huambo e regate de dados climáticos).

Na sessão de entregas de prémios para estudantes com os melhores trabalhos de investigação científica, um dos três prémios foi outorgado ao estudante Angolano José João Tchamba, do ISCED da Huíla, que terminou o Mestrado financiado pelo SASSCAL em 2017 em Portugal e apresentou o trabalho sobre cartografia e caracterização da vegetação na região do Chipindo, província da Huíla – Angola.

Antes de regressar a Angola, a Delegação Angolana foi recebida na Embaixada de Angola na Zâmbia onde realizou um encontro de trabalho de cerca de 1 hora com o corpo diplomático para partilha dos principais resultados obtidos durante o quinquénio (2012 -2017) pelos cientistas angolanos e a forma como pensam inserir os mesmos na sociedade.

Apraz-nos igualmente informar que no Fórum sobre Políticas de Ciências relacionadas com as acções na SADC sobre as Alterações Climáticas, Angola teve como prelector o SECTI, o Prof. Doutor Domingos da Silva Neto em representação de sua Excelência Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, a Prof. Doutora Maria do Rosário Sambo e contou igualmente com a presença da Embaixadora de Angola acreditada na República da Zâmbia a Senhora Balbina da Silva.        

A segunda fase do SASSCAL será implementada no período 2018 – 2022. A iniciativa SASSCAL em Angola é coordenada pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação e tem o seu Nó Nacional na Província do Huambo. O secretariado regional do SASSCAL tem a sua sede em Windhoek – República da Namibia.  

 

 

 MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, em Luanda, 23 de Abril de 2018.

 

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Conheça os Países com Mais Doutorados (PhD)

A educação é base para o desenvolvimento económico de qualquer país. E o Ensino Superior, em particular, está no centro da inovação que vemos ao nosso redor. Novas descobertas, como as tecnologias MP3 e GPS, nunca teriam acontecido se não fosse pelos projectos de investigação científica ao nível do doutoramento. Os países estão a investir nos seus subsistemas de Ensino Superior, e, como consequência, há cada vez mais pessoas a concluir o doutoramento. Mas qual é o país que tem mais doutorados (PhDs)?


Segundo um relatório da OCDE (Organisation for Economic Co-operation and Development), os EUA têm, pelo menos, o dobro de doutorados da Alemanha, o seu concorrente mais próximo. Em 2014, 67 449 pessoas concluíram o doutoramento nos EUA, em comparação com 28.147 na Alemanha. O próximo na linha, com 25 020 doutorados é o Reino Unido, que tem atrás de si a Índia. O Japão, apesar de ser o quinto da lista, com 16 039, tem apenas um quarto dos doutorados que os EUA têm. Em sexto e sétimo lugar, estão a França e a Coreia do Sul, que têm 13 729 e 12 931 respectivamente. A Espanha e a Itália, em oitavo e nono, têm um número similar, 10 889 e 10 678, respectivamente. A Austrália está em 10.º lugar com 8400. Abaixo estão os países com mais graus de doutor, no ano de 2014:


 


Há mais novos doutorados em todo o mundo. Os números da OCDE também mostram que o número de doutorados aumentou em todo o mundo nas últimas duas décadas. A maioria dos diplomados é de países da OCDE.





As grandes economias emergentes expandiram as suas capacidades de formação ao nível do ensino superior, diz o relatório, como mostrado pela alta posição da Índia, com 24 300 doutorados.
Certas áreas científicas são mais populares entre os estudantes de doutoramento. Cerca de 40% dos novos doutorados são em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) e esse percentual aumenta para 58% de todos os recém-formados se se incluir os doutorados em saúde. Os programas de doutoramento estão particularmente orientados para as ciências naturais e para as engenharias na França (59%), no Canadá (55%) e na China (55%), de acordo com o relatório.
Entre outras tendências observadas no relatório estavam a crescente digitalização e internacionalização da pesquisa, inaugurando uma era de economia global do conhecimento.

Mais informação em: https://www.weforum.org/agenda/2017/02/countries-with-most-doctoral-graduates

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Obras da Primeira Fase do Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto Podem Retomar ainda este Ano

 

As obras de construção e acabamento do Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto (UAN), sito no Bairro Camama, paralisadas desde 2011, podem retomar ainda este ano. Esta foi a previsão dada pelo Ministro da Construção e Obras Públicas, Engenheiro Manuel Tavares de Almeida, que esteve acompanhado pela Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Professora Doutora Maria do Rosário Bragança Sambo, durante a visita de constatação efectuada ao Campus, no dia 13 de Abril.

No encontro que antecedeu a visita, foram apresentados à Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação e ao seu homólogo da Construção e Obras Públicas os principais constrangimentos vividos pelos docentes e pelos estudantes da Universidade, fruto da paralisação das obras, em 2011. Do balanço apresentado, relativo às tarefas pendentes, a falta de iluminação ao longo do Campus, e da respectiva via de acesso, a falta de refrigeração no restaurante e em outras instalações, a conclusão e entrega dos gabinetes da Reitoria e os acabamentos da Esquadra Policial do Campus, para a garantia da segurança, foram os aspectos destacados.

A nível das faculdades, a falta de instalações com capacidade de albergar estudantes das faculdades de Engenharia e de Ciências, as dificuldades de transporte dos docentes e estudantes que ainda frequentam as antigas instalações das respectivas faculdades, na cidade, foram os aspectos de grande relevância apresentados durante a reunião.

O Campus Universitário da UAN ocupa um espaço de 20.23 km2. O plano mestre, desenvolvido em 2000 e actualizado em 2009, foi concebido com foco na sustentabilidade. O projecto concebido em seis fases, sendo o Campus actual a primeira fase, está composto por faculdades apetrechadas com os respectivos auditórios, escritórios para professores e para funcionários, laboratórios e salas de aula expostas ao ar livre.

Em 2017, foi criada a Comissão Técnica Interministerial, que apresentou uma proposta para a resolução dos pendentes deste projecto, a curto, médio e longo prazo. Para este ano, nas palavras do Ministro das Obras Públicas, Engenheiro Manuel Tavares de Almeida “a prioridade será a conclusão das obras pendentes do Campus, com o objectivo de suplantar as actuais dificuldades apresentadas e a sua devida manutenção”.

Estiveram presentes nesta visita o Secretário de Estado para o Ensino Superior, Professor Doutor Eugénio Adolfo Alves da Silva, o Magnífico Reitor da UAN, Professor Doutor Pedro Magalhães, Decanos das Faculdades, Directores Gerais, Directores Nacionais do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério da Construção e Obras Públicas, e representantes da empresa SOMAGUE (responsável por uma parte do projecto).

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A Inovação Versus o Desempenho das Empresas Face aos Desafios do Aumento, Diversificação de Produtos e Substituição das Importações

 

NOTA DE IMPRENSA

A INOVAÇÃO VERSUS O DESEMPENHO DAS EMPRESAS FACE AOS DESAFIOS DO AUMENTO, DIVERSIFICAÇÃO DE PRODUTOS E SUBSTITUIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES

 

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) realizou a 6 de Abril de 2018 nas suas instalações um encontro de trabalho no intuito de recolher contribuições que visam melhorar o Mecanismo de Financiamento ao Sector Produtivo. O referido encontro foi orientado pelo Secretário de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. Doutor Domingos da Silva Neto, que se fez ladear pelo Secretário de Estado para o Ensino Superior, Prof Doutor Eugénio Adolfo Alves da Silva, tendo contado com a participação de representantes de Associações Empresariais, de Empresas sedeadas em Luanda (pequenas, médias e grandes), Instituições de Ensino Superior (IES) e de Instituições de Investigação e Desenvolvimento (I&D), além de Directores Nacionais e Consultores deste Departamento Ministerial.

Para uma abordagem mais direccionada, procedeu-se inicialmente à apresentação dos resultados de desempenho das pequenas, médias e grandes empresas, tendo em atenção os indicadores de Inovação de Produto (Bens e Serviços), Processos, Marketing e Organização Empresarial, todos eles obtidos pela primeira vez, estabelecidos e validados internacionalmente pelo Instituto de Estatística da UNESCO e pela NEPAD e, com isso, propor-se vias de solução atinentes a suprir as lacunas estabelecidas, visando a melhoria do financiamento das empresas do sector produtivo para se estimular o aumento da produtividade e competitividade das empresas, face aos desafios do aumento e diversificação da oferta de produtos, rumo à substituição das importações.

Entre vários aspectos, os participantes debruçaram-se sobre os seguintes aspectos:

  1. Factores que afectam a inovação (Produção de Bens e Serviços; Processos, Marketing e Organização do sector empresarial)
  2. Como melhorar o financiamento, visando estimular o ambiente de inovação e melhorar a competitividade do sector produtivo?
  3. Atendendo que a inovação depende, em grande medida, dos processos de investigação científica, que estratégia adoptar para impulsionar a contribuição das IES, I&D e Empresas que realizam investigação científica no sector produtivo?

Do encontro saíram recomendações que serão submetidas aos órgãos competentes para a Economia Real do nosso País.

No final do encontro, os participantes mostraram-se satisfeitos com a iniciativa, dando nota positiva pelo facto de serem auscultados, pela primeira vez, sobre esta importante matéria por este Departamento Ministerial.

 

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, em Luanda, aos 11 de Abril de 2018.

 

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Os Animais Pensam?

A imagem do chimpanzé acima nos lembra, com uma semelhança desconcertante, a famosa escultura do "homem que pensa" de Auguste Rodin. Ela coloca uma questão muito forte aos estudiosos do comportamento animal: será que os animais possuem uma mente? Eles são capazes de ter sentimentos e pensamento? É verdade que alguns dos comportamentos dos animais indicam que eles têm uma espécie de "modelo de mente" interior, ou seja, eles parecem ser guiados por um entendimento de que os seus co-específicos (ou mesmo seres humanos) possuem motivos e estratégias para se comportarem como o fazem? As respostas a tudo isso têm tremendas implicações, que vão da neurofilosofia à zootecnia, do activismo pelos direitos animais à neurogenética evolutiva.

É claro que não devemos agrupar todas as espécies animais num só grupo, ao tentarmos responder estas questões. Praticamente ninguém aceitaria a ideia de que as formas mais inferiores de vida, tais como minhocas ou as moscas, sejam capazes de pensar e exibir consciência, planeamento a longo prazo ou raciocínio abstracto, as marcas fundamentais de uma mente. Nem alguém duvidaria de que os primatas antropóides, como gorilas, orangotangos e chimpanzés (estes últimos, recentemente demonstrados como compartilhando a impressionante percentagem de 98% do seu genoma com os seres humanos) possuam coisas que parecem ser pensamento e cultura. Assim, o Dr. Donald Griffin, Professor Emérito da Universidade Rockefeller e autor de "Animal Thinking", afirma que "a consciência não é uma entidade bem arrumadinha, do tipo tudo-ou-nada. Ela varia com a idade, a cultura, a experiência e o sexo. Se os animais tiverem experiências conscientes, então elas presumivelmente variam amplamente também".

Num artigo anterior sobre a evolução da inteligência humana, argumentei que a inteligência não é uma propriedade única aos seres humanos. A inteligência humana parece ser composta de várias funções neurais correlacionadas e que cooperam entre si, muitas das quais também estão presentes em outros primatas, tais como destreza manual, visão colorida estereoscópica altamente sofisticada e precisa, reconhecimento e uso de símbolos complexos (coisas abstractas que representam outras), memória de longo prazo, etc., De facto, a visão científica corrente é que existem vários graus de complexidade da inteligência presente em mamíferos e que nós compartilhamos com eles muitas das características que previamente pensávamos ser exclusivas do ser humano, tal como linguagem simbólica, que se comprovou também ser possível em antropóides. O estudo da evolução da inteligência humana forneceu evidências de que parece haver uma "massa crítica" de neurónios de ordem a conseguir consciência semelhante à dos humanos, linguagem e cognição, mas que estas propriedades da mente parecem estar já presentes em outras espécies com cérebros altamente desenvolvidos, embora em forma mais primitiva ou reduzida.

O problema é que os seres humanos sabem que outros humanos têm mentes iguais às suas, porque nós podemos compartilhar essas experiências entre nós, através da linguagem simbólica. Outros animais são incapazes de comunicar isso directamente a nós, porque eles não têm linguagem ou introspecção. Entretanto, os estudiosos da comunicação simbólica dos antropóides, tais como os que fizeram experimentos que foram capazes de ensinar orangotangos, gorilas e chimpanzés com a habilidade de usar linguagens artificiais, são rápidos a afirmar que eles têm evidências fortes de que isso é verdade. Experimentos com os chimpanzés Koko e Washoe, e com o gorila Kenzi, demonstraram que eles eram capazes de inventar novas palavras, construir frases abstractas e expressar os seus sentimentos através da Linguagem Americana de Sinais (para surdos-mudos) ou linguagens simbólicas baseadas em computadores.

Muitos experimentos inteligentes foram imaginados com o objectivo de provar que os antropóides realmente parecem ter modelos de mente e que são capazes de representações da realidade bastante sofisticadas. Por exemplo, chimpanzés conseguem localizar rapidamente um objecto oculto num ambiente complexo, quando lhes é mostrado, através de uma maquete miniaturizada, onde eles estão. Na natureza, sabe-se que os chimpanzés são capazes de elaborar roteiros e estratégias complicadas com o objectivo de enganar competidores e obter vantagens, mudar de lado ou atraiçoar-se mutuamente. Sabe-se, inclusive, que eles são capazes de mentir e dissimular, uma qualidade que é a quinta-essência da mente humana, que exige a capacidade de "observar a operação da sua própria mente", e de fazer operações mentais indutivas, dedutivas e abdutivas com base em informação externa. Chimpanzés reconhecem-se a si próprios num espelho, por exemplo, uma proeza de que nenhum outro animal é capaz (como é exemplificado por um pássaro que faz o seu ninho no meu jardim, e que todas as manhãs nos acorda com as suas lutas furiosas contra a sua imagem reflectida nos vidros das janelas...). Assim, podemos dizer que eles são capazes de auto-percepção!

Os antropóides também são bastante aptos quanto à fabricação de ferramentas e ao seu uso para resolver problemas de forma adaptativa, o que evidencia notáveis habilidades mentais, uma capacidade para invenção e criatividade que anteriormente pensava-se ser uma exclusividade do Homo sapiens. Até mesmo o "campo sagrado" da mais poderosa das operações simbólicas mentais, a aritmética e a matemática, parecem não deter mais uma exclusividade humana. Experimentos com macacos rhesus feitos por Herbert Terrace e Elizabeth Brannon demonstraram que os macacos conseguem entender relações ordinais entre os números de 1 a 9.

Inteligência, comunicação, aprendizagem por imitação e consciência são necessários para outra característica única da nossa espécie, a transmissão de conhecimentos culturais. Por exemplo, um grupo de macacos do género Macaca, que habitam há séculos a ilha Koshima, no norte do Japão, adquiriram e preservaram por várias gerações o hábito de lavar batatas doces e arroz na água do mar. O isolamento populacional e cultural levam a uma variedade muito maior de comportamentos. Existem muitas evidências para isso em comportamentos alimentares, de exploração de alimentos, caça e comportamento social em diferentes populações de chimpanzés em África.

Existem muitas consequências para o reconhecimento da existência do que definimos como "pensamento" e "consciência" entre os antropóides e outros animais. A primeira delas é ética, por natureza. Um grupo de direitos animais da Nova Zelândia iniciou um projecto denominado "Grandes Antropóides", que tem por objectivo atribuir a esses animais o status de "conscientes, sencientes e pensantes", desta forma proibindo o seu uso na experimentação animal, encarceramento compulsório (em zoológicos e circos), e assim por diante.

Na minha opinião, eles estão correctos, até certo ponto. Embora isso causaria uma grande redução na investigação sobre muitas doenças, como hepatite, AIDS e outras, as quais aparecem de forma semelhante em primatas humanos e não humanos, fazer experimentos cruéis e matar animais sensíveis e inteligentes como os chimpanzés é problemático do ponto de vista ético, quanto mais sabemos sobre as nossas diversas similaridades.

Talvez o futuro nos mostre novas maneiras de olhar para os cérebros de animais usando técnicas avançadas como o PET e MRI, que nos permitam decidir se eles estão usando circuitos cerebrais semelhantes aos nossos para desempenhar funções cerebrais superiores. A capacidade intelectual humana não surgiu do nada. Nós herdamos, com certeza, uma parte considerável do processamento perceptual e cognitivo de nossos predecessores primatas, de forma que não é nem um pouco surpreendente que os nossos primos mais próximos, os antropóides, os tenham também.

 

Renato M.E. Sabbatini

 

Doutorado em Neurofisiologia

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Brasil

Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Brasil 

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