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dezembro 2014

CTN realiza antecâmaras criativas para a Feira do Inventor Angolano

O Centro Tecnológico Nacional (CTN) do Ministério da Ciência e Tecnologia está realizar a 3ª Edição das Antecâmaras da Feira do Inventor/Criador Angolano. Elas decorrem nas 18 províncias de Angola. O critério para as  exposições é o das 8 Regiões Académicas, ou seja, os expositores vão participar no palco montado na região académica em que se insere a sua província.  

Participam nas Antecâmaras de Feiras do Inventor/Criador Angolano instituições do Ensino Superior, Ensino Geral, institutos e centros de formação profissional, instituições de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação, empresas, bem como cidadãos anónimos, os chamados free-lancers.

Destaque para as Antecâmaras de Feiras do Inventor/Criador Angolano, das províncias de Luanda e do Bengo, na 1ª Região Académica. O evento, que junta as duas províncias, tem lugar nos dias 21 e 22 de Agosto de 2015, no Marco Histórico 4 de Fevereiro, no município do Cazenga em Luanda.

Os vencedores na categoria de free-lancer de cada província irão representar a respectiva província na 7ª Edição da Feira do Inventor/Criador Angolano, que se realizará em simultâneo com a Feira da Ciência e Tecnologia e com a Feira Internacional de Ideias -Invenções e Valorização de Produtos, ambas na sua 2ª Edição, assim como com a 4ª Edição da Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, no período de 09 à 13 de Setembro de 2015, em Luanda.

Recorde-se que desde 2009 que o Ministério da Ciência e Tecnologia realiza a Feira do Inventor/Criador Angolano. O certame tem servido para a descoberto de verdadeiros talentos a nível nacional, com os quais o país tem contado para estar presente em eventos internacionais similares, com destaque particular para a Feira Internacional de Ideias – Invenções e Novos Produtos, que se realiza anualmente em Nuremberga, na República Federal da Alemanha, bem como a Feira Internacional do Inventor que decorre anualmente em Genebra, Suíça. São, de resto, palcos nos quais Angola tem conquistado mérito de elevada significação para o potencial científico e tecnológico que se vai forjando.

Tudo isto se insere no âmbito da implementação dos programas de Promoção da Cultura Científica e da Transferência de Tecnologia e Empreendedorismo de Base Tecnológica, com base em acções que visam elevar a cultura científica, tecnológica e de inovação, da população em geral e dos diferentes integrantes do Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação de Angola.

 

CENTRO TECNOLÓGICO NACIONAL, DO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, em Luanda -  Julho de 2015.

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SASSCAL: uma parceria pelo ambiente

O director do Centro Tecnológico Nacional (CTN), do Ministério da Ciência e Tecnologia, Gabriel Luís Miguel revelou que em Angola estão em estudo pelo menos 13 projectos de protecção ambiental, à luz da cooperação científica e tecnológica com a Alemanha, no âmbito do SASSCAL (Centro da África Austral para Ciências e Serviços para Adaptação às Alterações Climáticas e Uso Sustentável dos Solos).

O desafio é regional e Angola é parceira nesta iniciativa global que envolve outros países africanos da região austral  como África do Sul, o Botswana, a Namíbia, e a Zâmbia. Estão no total, 64 projectos em estudo, todos eles ligados a áreas como águas, agricultura, floresta, biodiversidade e desenvolvimento de capacidades.

Dentre os projectos desenvolvidos por pesquisadores angolanos, dá-se algum destaque aos do “desenvolvimento das condições de observação meteorológica no sudoeste de Angola – na província do Namibe e nas encostas da Serra da Chela”, e a “Instalação de uma bacia experimental no rio Giraul”, na mesma província.

No domínio da floresta, trabalha-se na “Monitorização do desmatamento na província do Huambo, com o uso de tecnologias de detecção e sistemas de informações geográficos”.

"Para agricultura, estão-se agora a monitorar os ecossistemas agrícolas, respeitantes aos efeitos das alterações climáticas, como a degradação dos solos, a questão das pragas, bem como o sistema de gestão da fertilidade do solo, integrando o uso racional de adubos e biofertilizantes agrícolas.

Para a biodiversidade, estão projectos como “Avaliações de plantas e vegetação na região e elaboração de bases de dados regionais de vegetação e mapas de vegetação”, “Inventário de invertebrados costeiros e de água doce e pequenos vertebrados” e a “Conservação da biodiversidade animal – inventários monitorização e avaliação”.

O valor total desta primeira fase, iniciada em 2009, e com o termo previsto para Agosto de 2015, é de 16 milhões, 825 mil, 352 euros e 94 cêntimos, dos quais Angola já beneficiou de dois milhões, 623 mil, 44 euros e 31 cêntimos.

Nos 13 projectos de Angola estão envolvidos 83 investigadores, 63 dos quais, angolanos.

De 2013 a 2014, os fundos foram, com pessoal (200.000 euros), com investimentos, mais de 300.000 euros, consumíveis, perto de 25.000 euros, serviços, cerca de 10.000 euros e com transportes foram gastos 100. 000 euros. Só em 2014, os investimentos foram de 350. 000 euros.

Dentro dos projectos do SASSCAL, Angola beneficiou, ainda, de 10 estações meteorológicas automáticas, que estão instaladas nas províncias do Uíge (Damba),  de Malanje (Cacuso), do Huambo (Chianga), do Cuanza Sul (Catofe), do Cuanza Norte (Alto Dondo), da Huíla (Gambos), de Benguela, do Moxico (Luau), da Lunda Sul (Muconda) e do Cuando Cubango (Cuito Cuanaval).

Presente em Angola desde 2013, com programas voltados para a agricultura, o clima, a água, florestas, biodiversidade e formação, o SASSCAL tem a sua sede na província do Huambo.

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Plano de Formação Doutoral vai mitigar fuga de quadros

 

 

O Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Sebastião Teta, disse estar convencido de  que a formação de 140 doutores encabeçada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, à luz do Plano de Formação Doutoral até 2020, poderá mitigar a fuga de quadros para o exterior do país.

Falando aos jornalistas à margem da II reunião técnica dos pontos focais das áreas de incidência da Ciência, Tecnologia e Inovação, na Sexta-feira, 17 de Julho, João Teta caracterizou a iniciativa de ambiciosa, enquadrado no Plano Nacional de Formação de Quadros.

Segundo garantiu, a ciência é o alicerce de qualquer sociedade, daí que dentro da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PNCTI)  estejam estabelecidas as áreas de incidência, sobre as quais as prioridades se incidem a médio prazo, por apresentarem carência de quadros e assegurarem sustentabilidade social.

Os representantes ministeriais destas áreas de incidência vão apresentar as suas necessidades de quadros que serão enquadrados nos 140 doutores, a serem formados no período compreendido 2015 a 2020, bem como as necessidades de equipamentos laboratoriais dos centros de pesquisa.

“Apesar de, ao nível das instituições de investigação científicas, existirem somente 50 doutorados a desenvolverem pesquisas em pelo menos 26 centros existentes no país, o balanço das actividades é positivo”, disse.

De acordo com o Secretário de Estado, a consciência popular sobre a ciência está a elevar-se e sabe-se que o país não vai desenvolver-se sem ciência e que sem estes conhecimentos não se atinge a sustentabilidade.

Actualmente, acrescentou, o país conta com um Plano Anual de Ciência, Tecnologia e Inovação, no qual se congregam os projectos de investigação de todos os sectores, sendo, pois, por este Plano que se pode avaliar quanto é que se investe na ciência, em Angola.

"Por conseguinte, o investimento nestas áreas de incidência, que são a agricultura e o domínio das pescas, telecomunicações e tecnologias de informação, indústria, petróleo, gás e recursos minerais, saúde, recursos humanos, energia e ambiente, vai permitir que os quadros formados regressem ao país e encontrem as condições de trabalho equiparadas às dos laboratórios onde se formaram", frisou.

Por outro lado, acrescentou, os técnicos que estiverem a fazer o seu doutoramento no país vão fazer a parte teórica nas universidades e a componente prática, nos laboratórios das instituições de pesquisa ministeriais, com um acordo de continuar depois da formação, de modo poderem ser identificados e cooptados os pesquisadores para estas instituições.

 

 

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Desafios das universidades de Língua Portuguesa debatidos em Cabo Verde

A Cidade Velha de Santiago de Cabo Verde concentra os debates em torno do XXV Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP).

Sob o lema «Novos Desafios para o Encontro Superior após os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio», a iniciativa acontece graças ao esforço da Universidade de Cabo Verde (UNI-CV), e tem contado com mais de 250 participantes de diversas Universidades da CPLP.

Angola está presente no evento com uma delegação do Ministério da Ciência e Tecnologia e outra do Ministério do Ensino Superior, isto para além de um punhado de reitores, vice-reitores e responsáveis de universidades públicas e privadas de Angola, num universo de mais de 20.

Procedeu à abertura formal do evento, o Primeiro Ministro cabo-verdiano, José Maria Neves. Falando perante um auditório de quase 300 participantes, o governante desafiou as universidades lusófonas a dinamizar os programas de intercâmbio académico, não apenas na competência pedagógica, científica e técnica, mas também na ética, cultura de paz e de cooperação. 

"As universidades devem configurar-se em espaços e ambientes onde se engendra um futuro melhor e um ambiente generoso de partilha, bem como de mobilidade de estudantes e professores, de cientistas e investigadores, e toda a cadeia de valores das comunidades académicas", prosseguiu o chefe do Governo cabo-verdiano.

Considerando que a troca de informações e de conhecimentos no mundo universitário "é a alma do sucesso", José Maria Neves referiu que já não basta uma educação básica de qualidade para todos, mas sim um ensino superior de qualidade para todos.

José Maria Neves considerou "determinante" o alargamento do acesso ao ensino superior nos países cujas universidades fazem parte da AULP e disse que há que colocar a promoção da inclusão dos jovens no centro da atividade académica.

Durante três dias os participantes têm debatido sobre  temas desafiantes que se colocam às universidades lusófonas, ao abrigo do espírito das políticas e estratégias de cooperação para o desenvolvimento nos países de língua oficial portuguesa e perspectivas para os pós-Objectivos do Milénio. Em destaque ainda temas como a  difusão e desenvolvimento da língua e literatura portuguesa, a plataforma continental marítima, a presença do mar na cultura expressa em português e os novos desafios das universidades membros da AULP.

A AULP é uma organização internacional constituída por Universidades e Instituições de Ensino e Investigação de nível Superior dos oito países de língua oficial portuguesa (e Macau) que tem como objeto promover a cooperação entre universidades e instituições de ensino e investigação de nível superior por via do incremento do intercâmbio de investigadores e estudantes, estimulando a reflexão sobre a função do ensino superior e o desenvolvimento de projetos conjuntos de investigação científica e tecnológica, bem como o intercâmbio generalizado de informação.

Alexandre Cose

Cidade da Praia, Ilha de Santiago, Cabo Verde

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Apple encomenda 90 milhões de unidades do iPhone 6S

São pelo menos 90 milhões de unidades da próxima geração do iPhone que a empresa norte americana, Apple, encomendou aos seus fabricantes.

As vendas do iPhone vão de vento em poupa, principalmente desde que a Apple começou a vender os seus smartphones no mercado chinês, a companhia tem vendido bastante.

Segundo relata o pesquisador Rúben Campanacho, só nos últimos dois trimestres a Apple vendeu pelo menos 135,6 milhões de iPhones, o que representa 43% a mais do que no igual período do ano passado.

Sabendo disso, a Apple espera um novo record de vendas para nova versão do iPhone deste ano.

Segundo o Wall Street Journal, os fabricantes asiáticos já têm em mãos os documentos da Apple com as encomendas do próximo iPhone, tendo sido encomendados entre 85 a 90 milhões de unidades, com tamanhos de ecrã de 4,7 e 5,5 polegadas.

Apple está confiante nas novidades que os iPhones deste ano trarão, uma vez que espera alcançar um novo record de vendas.

A previsão de lançamento é a mesma de todos os anos, ou seja, em Setembro.

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Bolsas de apoio à Investigação para estudantes de doutoramento dos PALOP

Estas bolsas destinam-se a elaboração de projectos de investigação científica no âmbito dos doutoramentos dos PALOP, em universidades fora dos seus países.

As bolsas serão atribuídas a estudantes que realizem o trabalho de campo nos seus países de origem, nas áreas de Ciências da Saúde, Economia, Engenharia do Ambiente, Engenharia Agrária e Geologias e Minas.

As candidaturas devem ser apresentadas de 1 de Julho a 30 de Setembro de 2015 (até às 23h59 GMT), através de formulário online em www.gulbenkian.pt, e acompanhadas dos documentos referidos no regulamento das bolsas.

  

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MINCT prepara 4ª Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia

  • Publicado em Eventos

 

Luanda acolhe em Setembro próximo, a 4ª Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia, sob o lema “Juntos pelo Reforço da Inserção da Ciência, Tecnologia e Inovação na Estratégia de Desenvolvimento do País”.

O evento decorre entre os dias 9 e 11 de referido mês  e assume-se como uma ocasião privilegiada para os investigadores e demais actores do vasto domínio das ciências poderem apresentar o resultado das suas investigações e proporcionar uma discussão profícua  em torno dos desafios da investigação científica em Angola.

Constitui igualmente uma soberba oportunidade para a apreciação das experiências de sucesso de outros países, de modo a acautelar as condições comparativas susceptíveis de poderem ser aplicados na procura de soluções impostas pelos desafios do país nos domínios da ciência e da inovação.

Na Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia são esperadas cerca de trezentas pessoas, entre especialistas nacionais e estrangeiros, docentes, estudantes e potenciais investidores.

Algum destaque deve ser dado à participação de investigadores que vêm de países como a África do Sul, Botswana, Brasil, Canadá, Cuba, Espanha, E.U.A., França, Moçambique, Portugal e Zimbabwé.

A Conferência vai desenrolar-se em torno da abordagem dos seguintes painéis:

PAINEL I – “A Implementação da política de CTI e seu impacto (planos anuais, mecanismos de financiamento, indicadores de CTI, experiências de outros países);

PAINEL II – “A investigação científica no reforço da segurança alimentar e nutricional” (produção, conservação e processamento de alimentos, combate à fome e à pobreza);

PAINEL III – “A aplicação da ciência e tecnologia na gestão dos desastres naturais e questões ambientais” (protecção do meio, conservação e utilização sustentável da biodiversidade e outros recursos naturais, e alterações climáticas);

PAINEL IV – “A ciência e a inovação tecnológica no reforço da saúde pública (dados epidemiológicos, prevenção, meios de vigilância, combate às endemias, planeamento de saúde pública);

PAINEL V – “As Tecnologias ao serviço da sociedade” (tecnologias espaciais, de Informação, de telecomunicações, construção, e de aumento da eficiência energéticat);

Recorde-se que a Conferência realiza-se de dois em dois anos.  A sua primeira edição ocorreu em 2009.

A edição de 2015 está anunciada desde Janeiro de 2014, no 5º Calendário de Eventos Científicos anualmente adoptado e divulgado pela Direcção Nacional de Ciência e Investigação Científica do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Para mais informações veja aqui.

 

 

 

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Condutor multado por utilizar Apple Watch enquanto conduzia

Um condutor do Canadá foi multado em 120 dólares por estar a utilizar o Apple Watch enquanto conduzia.

A notícia foi publicada pelo CTV News, um site canadiano, que refere o homem como tendo sido a primeira pessoa a ser  multada por utilizar um smartwatch durante o exercício da condução. Neste caso o homem usava o famoso Apple Watch. Segundo o próprio, ele estava a utilizar o relógio para mudar de música.

A multa de Jeffrey Macesin é de 120 dólares e a polícia ainda retirou quatro pontos da sua carta de condução, sendo que a multa baseou-se na lei que diz que “nenhuma pessoa, quando a conduzir, pode usar um dispositivo móvel que inclua a funcionalidade de telemóvel”. Ora aqui instala-se a inquietação. É que um smartwatch não é, por base, um telemóvel. A questão agora é saber se ele pode ou não  incluído nesta lei.

Mas isto chama também atenção para uma outra dúvida: Será um smartwatch tão, ou mais, perigoso de utilizar quando estamos a conduzir? É que, na verdade, o smartwatch está sempre a emitir notificações pelas mais variadíssimas razões, além de ter um ecrã muito mais pequeno, o que nos obriga a uma maior atenção.

Certamente não será a primeira multa que será passada a este dispositivo, mas o condutor canadiano já anunciou que vai contestar a multa.

 

 

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Suíça: Secretário de Estado realça esforços de Angola para implementação dos Objectivos do Milénio

 

Suíça: Secretário de Estado realça esforços de Angola para implementação dos Objectivos do Milénio

O secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Sebastião Teta, realçou segunda-feira, 04 de Maio, em Genebra (Suíça), os esforços empreendidos pelo Governo angolano para a implementação dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

O governante angolano intervinha na 18ª Sessão Anual da Comissão das Nações Unidas para Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CNUCED) e afirmou que os êxitos e constrangimentos de Angola no domínio da implementação dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDG) resultam, entre outros, de um ambiente de crescimento económico, proporcionado essencialmente pelas receitas do sector petrolífero, que nos últimos anos permitiu colocar o país entre as economias que mais cresceram no mundo.

Indicou que os esforços foram repartidos com importantes diligências de consolidação da paz, de reconstrução nacional, do reforço da soberania nacional, de democratização, de reforço da transparência, de direitos humanos, da liberdade de imprensa e consequentemente da boa governação.

Entre as importantes diligências e que constou do Plano de Desenvolvimento de Angola no período 2009/2013, o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia destacou a criação de pressupostos essenciais para a redução da pobreza, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável e inclusivo, reiterando que esta continua a ser uma das prioridades do Executivo, liderado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Sublinhou que a Ciência feita em Angola não terá tido grande impacto na implementação dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, porque foi neste mesmo período do “pós-guerra” e de plena implementação do MDG que o Governo de Angola, com o apoio da CNUCED, deu início ao reforço da estruturação das políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI).

Assim, afirmou, o Governo de Angola aprovou em 2011 instrumentos reitores da CTI, nomeadamente Política e Estratégia Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (PNCTI e ENCTI) e o Mecanismo de Coordenação do Sistema Nacional de CTI (MCSNCTI).

Consciente da Importância da Ciência, Tecnologia e Inovação para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento no pós-2015, salientou, o Governo criou vários Programas e Instrumentos legais, para o reforço e o Desenvolvimento do Sistema Nacional de CTI (SNCTI).

Apontou o lançamento em 2013 de um amplo Programa de Formação de Quadros, que prevê formar 4 mil doutores (PhD) e Mestres (MSc) entre 2013 e 2020, em consonância com as necessidades de desenvolvimento de Angola.

Referiu-se ao lançamento, em 2013, do Plano Anual de CTI, que contempla todos os Programas e projectos de investigação, desenvolvimento e inovação a serem executados num dado ano em Angola, com  suporte do Orçamento Geral do Estado, a criação, em 2014, do Conselho Superior da CTI, dirigido pelo Chefe do Executivo, e a aprovação, este ano, dos Regulamentos Gerais das Instituições de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e dos Conselhos Científicos do SNCTI.

Por outro lado, o secretário de Estado disse que desde 2014 Angola se depara com constrangimentos, que resultam da baixa de preços do petróleo no mercado internacional, o que está a colocar em causa um vasto programa de investimentos que visam diversificar a economia.

Durante os trabalhos do 18° período de Sessões, a decorrer até sexta-feira, a Comissão  das Nações Unidas para Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CNUCED), vai ocupar-se de dois dos seus temas importantes, nomeadamente a Previsão Estratégica para a Agenda de Desenvolvimento pós-2015 e o Desenvolvimento Digital.

 

Fonte: ANGOP

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“No nosso país tudo é virgem e tem de ser investigado” – Armando Valente, Director Geral do CNIC.

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) está a desenvolver desde 2ª feira, 20 de Abril, um  curso sobre Elaboração de Projectos, Gestão e Publicação Científica.

As acções de formação decorrem no Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC) e  estão enquadradas no âmbito do Plano de Formação Contínua do MINCT.

Trata-se de uma ocasião que visa assegurar aos investigadores angolanos e aos demais actores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, as ferramentas que lhes vão permitir elaborar os projectos  para a mobilização de financiamentos quer em Angola, quer no estrangeiro.

Sobre o assunto leia a entrevista aos jornalistas, do Director Geral do CNIC, Dr. Armando Manuel Valente.

- Que dificuldades foram identificadas pelo MINCT no domínio da abordagem dos desafios da investigação científica em Angola?

- Angola como país, tem técnicos e quadros provenientes de diferentes escolas do mundo. Se comparadas, hão de verificar que algumas dessas escolas têm critérios de diferenciação de conteúdos muito acentuados e exigentes em relação às outras, pelo que impõe a uniformização dos conhecimentos adquiridos. Aqui também a ideia é formalizar a partilha dos conhecimentos existentes.  Ao estarmos em Angola e havendo necessidade para formatar os conhecimentos adquiridos, o MINCT decidiu levar a cabo um curso de formação com o qual pretendemos uniformizar os mecanismos e métodos de eleição, concepção, elaboração e gestão de projectos de investigação científica. Vamos aqui uniformizar os conhecimentos para que possamos falar a uma só voz.

- Em que termos avalia os trabalho feitos pelos investigadores angolanos?

- Os investigadores angolanos têm muito boa preparação. Como disse, eles vêm de escolas  muito diferenciadas, cuja dinâmica lhes confere uma capacidade que deveria ser melhor aproveitada caso tivéssemos já uma instituição que financiasse, de modo directo, os projectos de investigação científica. Estou a falar, por exemplo, de  uma  instituição que anualmente convocasse os investigadores nacionais, a desenvolverem a concepção de projectos naqueles domínios que fossem identificados pelo Estado angolano como prioritários, para poderem ser financiados. Aí então os investigadores poderiam apresentar os seus projectros perante essa entidade, os quais seriam submetidos a estudos de avaliação, de tal forma que, uma vez aprovados, poderiam beneficiar de financiamento.  Eu acredito que mais cedo ou mais tarde, esse ente público vai surgir, porque  os desafios da investigação científica o impõem.

Contudo, mesmo não dispondo desta solução, os investigadores angolanos, ainda assim, têm mobilizado financiamento suficiente para realizar os seus trabalhos. É só recordar que o Ministério da Ciência e Tecnologia tem, em desenvolvimento, um Edital Conjunto com parceiros sul africanos, em cujo âmbito, os angolanos têm sabido situar-se ao nível das suas realizações.

Cito-lhe ainda o SASSCAL (Centro da África Austral para Ciência e Serviços para Adaptação as Alterações Climáticas e Gestão Sustentável dos Solos), um projecto de fomento à investigação científica desenvolvido pelo Governo Alemão e que reúne 5 países da África Austral, nomeadamente Angola, África do Sul, Botswana, Namíbia e Zâmbia.

O objectivo principal do SASSCAL é unir cientistas dos diferentes países e com base nos pressupostos da ciência e da tecnologia, estudar os diferentes fenómenos relacionados com as alterações climáticas e proporcionar informação que ajudem no aconselhamento e na tomada de decisões.

O objectivo principal do SASSCAL é unir cientistas dos diferentes países e estudar os diferentes fenómenos relacionados com as alterações climáticas e proporcionar informação que ajude no aconselhamento e tomada de decisões.

O nosso desafio deve se o de nos organizarmos, enquanto não vem a autorização para a abertura de um fundo cujo fim é financiar directamente à investigação. Até agora trabalhamos com base no Orçamento Geral do Estado. No entanto, pelas regras de execução do OGE, nem sempre a dinâmica da investigação vem salvaguardada.

- Quais são as áreas de investigaçãoo que no actual contexto do país mais interessam a Angola.

- Normalmente como é prática no mundo, e claro, Angola não é excepção, as áreas prioritárias de investigação se correspondem com os programas de governação. Atenção que isto não é política. Note que, quem vai financiar a investigação é o Estado e este quer ver a investigação desenvolvida naqueles domínios que suscitam as suas maiores preocupações e expectativas. Por outro lado, o nosso país está em reconstrução e isto pressupõe maiores desafios em matéria de investigação científica. A investigação impõe-se nas áreas da mineralogia, petróleos, enfim, da biomedicina, farmacologia, segurança alimentar, a toxicologia dos alimentos, a toxicologia clínica, a toxicologia ambiental, entre outras. A ideia é adquirir novos conhecimentos, o que é excelente, ou, pelo menos, para optimizar os conhecimentos já existentes. No nosso país tudo é virgem e tudo tem de ser investigado.

- Qual é o contributo do Ministério da Ciência e Tecnologia no sentido de fomentar a investigação científica e levar os investigadores a trabalharem mais?

- Foi agora aprovado o Regulamento das Instituições de Investigação Científica e Desenvolvimento, que vai regular a actuação e o desempenho de todas as instituições que desenvolvem acções de investigação científica, identificando para estas, os marcos e as balizas dessas acções de investigação científica.

Outro instrumento importante, igualmente aprovado é o Regulamento do Conselho Científico que vai identificar a entidade que detém a autoridade para dizer quem poder desenvolver actividades de investigação científica.

Em 2011 foi aprovada a Política Nacional de Ciência e Tecnologia e foram, nesta base, definidos todos os actores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

O Ministério da Ciência e Tecnologia continua a trabalhar no sentido de criar condições políticas e ambiente de trabalho necessários para que os investigadores avancem.

Nós estamos a desenvolver agora o curso de Preparação e Gestão de projectos de Investigação Científica. A seguir vamos desenvolver o curso de elaboraçãoo de artigos de teor científico.

De resto, o elemento dinamizador da investigação científica é o dinheiro. É preciso que o país crie condições para financiar a investigação científica, por mais ínfimo que seja este financiamento.

- Temos muitos investigadores no país?

- Temos poucos. A carreira de investigador, infelizmente, ainda não é muito apetecível. Os investigadores ainda não sabem onde é que, internamente deverão concorrer para receber financiamento. Temos tido alguma participação em ambientes internacionais. De resto, o número de investigadores, à luz do trabalho incentivador liderado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, tem aumentado. Todos os anos angola tem medalhas de ouro, prata, bronze, menções  honrosas em eventos internacionais, com destaque para a Feira Anual de Ideias e Novos Produtos de Nuremberga, na Alemanha. Temos também todos os anos a Feira do Inventor/Criador Angola que junta expositores vindos de todas as províncias, tendo como pano de fundo a criatividade tecnológica e a inovação e a qualidade. E são eles que, de facto constituem algumas das grandes apostas que vamos conhecendo no país em matéria de promessas da actividade investigativa e de inovação.

 

 

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