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Os 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável: O papel das TICs

Os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estimularão durante os próximos 15 anos as acções em áreas críticas para a humanidade e para o planeta.  O desenvolvimento económico, a integração social e a protecção do meio ambiente, enquanto pilares do desenvolvimento sustentável, necessitam das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como catalisadoras fundamentais desse desenvolvimento. Deste modo, as TICs serão indispensáveis para alcançar os ODSs, como se mostra a seguir:

 

Objectivo 1. A erradicação da pobreza

As TICs são a chave fundamental para acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Por exemplo, fornecendo serviços de informação oportunos e precisos que garantam direitos iguais sobre os recursos económicos, assim como a posse e controlo sobre diferentes formas de propriedade, bem como serviços como os serviços bancários móveis, que já trouxeram benefícios directos para milhões de pessoas que anteriormente não tinham acesso ao sistema bancário.

 

Objectivo 2. Fome e a segurança alimentar 

As TICs oferecem aos agricultores novas formas de aceder à informação e aos serviços; os consultores agrónomos melhoram seus serviços acedendo, através de telefones móveis, à informação digital, à educação online e às ferramentas de planificação comercial. Eles podem, com os seus telemóveis, registar os eventos de prestação de serviços e solicitar informação de retorno aos agricultores; por outro lado, os departamentos ministeriais podem acompanhar, à distância, as actividades de capacitação e prestação de serviço de consultores agrónomos, e avaliar os resultados no intuito de melhorar os serviços ao longo do tempo.  

 

Objectivo 3. A saúde e o bem-estar  

As TICs garantem a possibilidade de obter vantagens incríveis em todo o sistema mundial de assistência médica.  A conectividade assegurada pelas as redes de informação e de telecomunicações, permite que técnicos de saúde estejam conectados a serviços de informação e de diagnóstico, e permite-lhes constituir redes de apoio e comunicarem-se com médicos e enfermeiros de clínicas e hospitais. 

 

Objectivo 4. A educação 

As TICs podem ser de grande utilidade para a melhoria da educação em todo mundo, particularmente em países em desenvolvimento. Graças aos dispositivos móveis (smartphones, tablets), os alunos podem, em qualquer lugar e momento, ter acesso a recursos educativos, bem como os professores podem preparar as aulas. Os telefones móveis podem ser utilizados para a aprendizagem da leitura, da escrita e da aritmética básica e da tutoria interactiva (os smartphones podem ser utilizados como livros ou leitores electrónicos ou como interface de jogos educativos), impulsionando o activo mais precioso de muitos jovens estudantes: a sua curiosidade. 

 

Objectivo 5. A igualdade de Género

As TICs desempenharão um papel importante para alcançar a igualdade de género, bem como fortalecer as mulheres. As TICs permitem às mulheres e às meninas acederem a informações importantes para as suas funções produtivas, reprodutivas e comunitárias, e obter recursos adicionais. O acesso às TICs pode fazer com que as mulheres consigam um maior protagonismo no seio das suas comunidades e governos, e a nível mundial. As TICs também oferecem às mulheres flexibilidade de tempo e espaço, e podem tornar-se especialmente úteis para as mulheres que se encontram em isolamento social. 

 

Objectivo 6. Água e serviços sanitários 

As TICs exercerão um papel essencial na garantia do acesso de todos à água e ao saneamento e garantir a gestão sustentável dos recursos hídricos.  As TICs são particularmente importantes para a gestão inteligente da água, facilitando a mediação e supervisão do abastecimento de água, bem como as intervenções necessárias, ajudando os técnicos locais a garantir uma utilização equitativa e sustentável dos serviços abastecimento de água, de saneamento e higiene.

 

Objectivo 7. A energia 

As TICs desempenharão um papel fundamental na melhoria da eficiência energética e, especialmente, na redução das emissões em muitos sectores da economia. As TIC e a eficiência energética podem relacionar-se por duas vias: “TICs mais ecológicas” e “Melhoria ecológica pelas TIC”. No primeiro caso, consiste em transformar e desenvolver as TICs de modo mais ecológico, reduzindo assim as emissões de carbono. No segundo caso, as TICs são utilizadas para desenvolver soluções (por exemplo, redes inteligentes, edifícios inteligentes, logística e processos industriais inteligentes) que contribuem para transformar o mundo e atingir um futuro mais sustentável e eficiente do ponto de vista energético. Estes processos e tecnologias verdes podem desempenhar um papel importante para reduzir de maneira significativa as emissões de gases estufa à escala mundial.  

 

Objectivo 9. A infra-estrutura, a industrialização,  a inovação 

As TICs jogam e continuarão a jogar um papel fundamental na construção de infra-estruturas resistentes, na industrialização integradora e sustentável e na promoção de inovação. No século XXI, a infra-estrutura mundial e local são controladas, geridas e optimizadas com ajuda das TICs, como são os casos das redes de alimentação eléctrica, o abastecimento de água, os sistemas de transportes e as próprias redes de comunicação. 

 

Objectivo 10. Reduzir a desigualdade

As TICs têm claramente o potencial de ajudar a reduzir as desigualdades, tanto nos respectivos países, como entre países. Para isso, é preciso centrar-se cada vez mais no desenvolvimento da capacidade humana e garantir às pessoas com menos qualificações, competências necessárias para o seu próprio desenvolvimento, de outro modo as TICs (como qualquer outra alavanca de desenvolvimento) podem aumentar a desigualdade digital em vez de a diminuir.  O desafio consiste em implementar políticas que garantam uma maior equidade de acesso e de utilização das TICs. 

 

Objectivo 11. As cidades 

Com mais de metade da população já a viver em zonas urbanas, as TICs serão essenciais, oferecendo soluções inovadoras para gerir cidades de maneira mais eficaz e mais global.   Os edifícios inteligentes, a gestão inteligente da água, os sistemas de transporte inteligentes beneficiarão, efectivamente, dessas tecnologias que permitirão alcançar novos ganhos de eficácia no consumo de energia e tratamento de resíduos. 

  

Objectivo 12. O consumo e a produção sustentáveis 

As TICs têm o potencial de promover o consumo e a produção sustentáveis através de melhorias específicas de produtos, aumento da desmaterialização se virtualização, e implementação de tecnologias inteligentes em vários sectores da economia - incluindo na agricultura, nos transportes, na produção, transporte e consumo de energia, gestão da cadeia de fornecimento, e em edifícios inteligentes - bem como de apoiar na melhoria da prestação de serviços públicos. Aplicações inovadoras de TICs que permitem o consumo e produção sustentáveis incluem a computação em nuvem, redes inteligentes, medição inteligente e consumo reduzido de energia por aparelho, produto ou processo.

 

Objectivo 13. As alterações climáticas  

As TICs podem ajudar a melhorar o ambiente no que toca as alterações climáticas. As principais áreas de aplicação das TICs incluem a fabricação, a energia, o transporte e a construção. As TICs também ajudam a fomentar o consumo e estilos de vida sustentáveis. As TICs também jogam um papel crucial na partilha de informação relativa ao clima, na previsão do estado do tempo e em sistemas de alerta.

  

Objectivo 14. Os oceanos 

As TICs podem desempenhar um papel imprescindível na conservação e uso sustentável dos oceanos – por meio das TICs é possível gerir de forma sustentável e proteger os ecossistemas marinhos e costeiros para evitar impactos adversos significativos. A monitorização baseada em satélites fornece informação global atempada e exacta, enquanto que sensores locais fornecem informação detalhada localizada, em tempo-real. 

 

Objectivo 15. A terra 

As TICs ajudam a proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade – através da melhoria  da monitorização e da avaliação que levam a responsabilizações. Sistemas de monitorização por satélite podem fornecer dados precisos e  sensores locais fornecer actualizações em tempo-real. 

  

Objectivo 16. A paz e a justiça 

As TIC jogam um papel importante na gestão de crises, na ajuda humanitária e na consolidação da paz, e provaram ser uma ferramenta de grande utilidade na monitorização eleitoral, por meio da colaboração corporativa.  O crescente uso de dados abertos pelos governos aumenta a transparência, ajudam a promover sociedades pacíficas e inclusivas e conduzem ao crescimento económico. As TICs são também essenciais para o registo e conservação de dados governamentais e demográficos. 

 

Objectivo 17. A implementação 

“A difusão das TICs e interligação mundial tem grande potencial para acelerar o progesso humano, colmatar o fosso digital e promover sociedades do conhecimento.” Esta declaração vem do 15º paragrafo do Documento Resultante Final sobre o Desenvolvimento Sustentável, produzido pelo  Grupo de Trabalho Aberto da ONU encarregue de desenvolver a agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015 e faz referência à importância das TICs na agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015. Em termos de especificamente reforçar os meios de implementação, as TICs jogam um papel crucial através da promoção da cooperação e coordenação internacional; promoção da transferência de tecnologia; capacitação de recursos humanos, materialização de parcerias; e facilitando e melhorando a monitorização de informação e a responsabilização.

 

 

Mais informação

http://www.itu.int/es/sustainable-world/Pages/default.aspx

 

Projecto para a Mobilização de Dados de Biodiversidade –SASSCAL Angola

Angola possui um conjunto de dados de biodiversidade, alguns em gavetas e armários de colecções e outros mais recentes recolhidos em trabalhos de campo e expedições. O nó do SASSCAL em Angola (Southern African Science Service Centre for Climate Change and Adaptive Land Management) identificou instituições detentoras de informação e colecções e, com o apoio do programa BID-GBIF (Global Biodiversity Information Facility) financiado pela União Europeia, está a desenvolver, desde Julho de 2016, um projecto que visa a mobilização de dados de Biodiversidade existentes nas instituições angolanas. 

As colecções de história natural podem servir como sistemas de referência fundamentais, uma vez que documentam a diversidade do mundo natural. Esta documentação permite a reconstrução de padrões e processos naturais, informação importante para a resolução de problemas como o efeito das alterações climáticas, a perda da biodiversidade, a descoberta de recursos naturais ou a selecção de novas áreas de conservação. 

O principal objectivo do projecto é digitalizar e publicar na plataforma GBIF informação de colecções naturais e formar recursos humanos, nas diferentes instituições, para que continuem a implementar projectos deste género no futuro. O projecto está a ser desenvolvido com recurso a uma bolsa BID (Biodiveristy Information for Development; em Português, Informação de Biodiversidade para o Desenvolvimento) atribuída pelo GBIF ao SASSCAL-Angola.

Os dados estão a ser preparados pelos funcionários das instituições parceiras, para serem publicados através do portal GBIF (www.gbif.org), o que será de extrema importância, uma vez que até a presente data, toda a informação sobre Angola publicada neste portal é proveniente de outros países detentores de dados de Angola e não de instituições nacionais.

O SASSCAL estende o desafio a todas as instituições que sejam proprietárias de dados de biodiversidade a publicarem os mesmos e convida todos os que pretendam obter formação e apoio no processo de mobilização de dados a contactar-nos (Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.).

 

Mais informação em: http://www.gbif.org/programme/bid/project/africa/2015/strengthening-angola-data-network

 

Candidaturas ao Prémio Internacional UNESCO - Guiné Equatorial para a Investigação em Ciências da Vida

O Prémio Internacional UNESCO - Guiné Equatorial para a Investigação em Ciências da Vida destina-se a projectos e actividades de pessoas singulares, instituições, outros organismos ou organizações não governamentais em favor da investigação em ciências da vida e que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos seres humanos. O prémio enquadra-se nas políticas da UNESCO sobre o incentivo à investigação, bem como à promoção e ao desenvolvimento de redes de centros de excelência em ciências da vida. 

 

Prémio 

A UNESCO entregará aos vencedores um cheque no valor de 300 000 USD (trezentos mil dólares norte americanos), um diploma e uma medalha.

 

Candidaturas

As candidaturas devem ser submetidas em inglês ou em francês e em 6 cópias, por correio postal (documentos originais) e por correio electrónico (fotocópias), até o dia 28 de Fevereiro de 2017 para os seguintes endereços:

 

 Secrétariat du Prix international UNESCO–Guinée équatoriale pour la recherche en sciences de la vie

 UNESCO, Secteur des sciences exactes et naturelles

 7, place de Fontenoy

 75352 Paris 07 SP 

 France

 Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

 

Mais informações   

Para mais informação sobre o prémio, o formulário de candidatura, consultar:

http://www.unesco.org/new/en/natural-sciences/science-technology/basic-sciences/life-sciences/international-prize-for-research-in-the-life-sciences/call-for-nominations/

2º Workshop Nacional sobre A Gestão da Investigação Científica e Inovação

  • Publicado em Eventos

 

Realiza-se nos 22 e 23 de Fevereiro do ano em curso, pelas 08h30, no Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), sito na Av. Ho Chi Min, Maianga, Luanda, o 2º Workshop Nacional sobre a Gestão da Investigação Científica e Inovação. 

O evento é promovido pelo MINCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), pela SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) e pela SARIMA (Southern African Research and Innovation Management Association). 

 

Público-alvo

Instituições de Ensino Superior, Instituições de I&D, empresas e parceiros do SNCTI.  

 

Programa

Clique aqui para baixar o programa do evento.

 

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