Menu
RSS
Portal Ciencia.ao

Portal Ciencia.ao

Conheça os Nove Algoritmos que Podem Estar a Tomar Decisões sobre a sua Vida

Hoje, parece difícil viver sem um computador ou qualquer outro equipamento electrónico ligado à rede, como são os casos dos smartphones ou tablets. Porém, a verdade é que na actual era digital em que nos encontramos, algoritmos – conjunto de regras e procedimentos lógicos perfeitamente definidos, ou seja, não ambíguos, que levam à solução de um problema num número finito de etapas – poderão estar a decidir, por exemplo, se será seleccionado(a) para uma entrevista de emprego ou a encontrar um namorado(a).
Estes são os nove (9) algoritmos, divulgados pela BBC (British Broadcasting Corporation), que podem estar a tomar decisões sobre a sua vida:


1. O computador decide se você fará ou não uma entrevista de emprego

Currículos são cada vez mais descartados sem sequer passar por mãos humanas. Isso porque as empresas estão a apostar em sistemas automatizados nos seus processos selectivos, principalmente na análise de centenas de milhares de inscrições.
Nos Estados Unidos, estima-se que mais de 70% dos candidatos sejam eliminados antes de serem avaliados por pessoas. Para as companhias, isso economiza dinheiro e tempo, mas alguns questionam a neutralidade dos algoritmos.

 

2. Quer dinheiro emprestado? O seu perfil na rede social pode influenciar essa acção

Historicamente, quando alguém pede dinheiro a uma instituição financeira, a resposta depende da análise das possibilidades de o empréstimo ser pago, com base na proporção entre a dívida e a renda desta pessoa e o seu histórico de crédito.
Actualmente, algoritmos reúnem e analisam dados de múltiplas fontes, que vão desde padrões de compra a buscas na internet e a sua actividade em redes sociais.
O problema é que esse método utiliza informações recolhidas sem o conhecimento ou a colaboração de quem pede o dinheiro. Também há uma questão em torno da transparência do código do algoritmo e seu comportamento tendencioso.

 

3. Um algoritmo pode ajudar-lhe a encontrar um amor, mas pode não ser quem procura

Não é uma surpresa que sítios web de namoro usam algoritmos para identificar duas pessoas compatíveis. É um dos seus principais apelos para o público, na verdade.
Mas a forma como isso é feito não é muito clara, especialmente após o eHarmony, um dos principais sítios web deste mercado, ter revelado no ano passado que fez ajustes nas preferências de seus clientes para aumentar as suas chances de encontrar um par ideal, algo que pode incomodar quem perdeu tempo a responder às 400 perguntas necessárias para se ter um perfil neste sítio web.
Mas até mesmo em alternativas, como o aplicativo Tinder, em que as variáveis são bem menos complexas (geografia, idade e orientação sexual), as combinações não são tão simples assim.
Quem usa o serviço recebe uma nota secreta sobre o quanto essa pessoa é "desejável", calculada para "permitir melhores combinações", segundo o Tinder. A fórmula é mantida em segredo, mas os executivos da empresa por trás do aplicativo já indicaram que o número de vezes que o perfil de alguém é curtido ou rejeitado tem um papel crucial sobre isso.

 

4. Um programa pode determinar se você é viciado em drogas e se conseguirá contratar um plano de saúde

O mal uso de medicamentos e drogas é a principal causa de mortes acidentais nos Estados Unidos e especialistas com frequência se referem a esse problema como uma epidemia.
Para lidar com isso, cientistas e autoridades estão a unir-se em projectos baseados em dados. Recentemente, no Estado do Tennessee, nos Estados Unidos, a operadora de planos de saúde Blue Cross e a empresa de tecnologia Fuzzy Logix anunciaram a criação de um algoritmo para analisar nada menos do que 742 variáveis e, assim, avaliar o risco de um comportamento abusivo com medicamentos. Isso levantou uma questão ética: os dados analisados incluem o histórico médico e até mesmo o endereço residencial. O argumento a favor desse tipo de intervenção é que isso pode salvar vidas e mitigar prejuízos ao sistema de saúde - viciados em opioides têm, por exemplo, 59% mais chances de serem pessoas de alto custo.
Acredita-se que o uso de algoritmos e da inteligência artificial nesta área deve tornar a tomada de decisões mais eficiente e reduzir o número de erros humanos.

 

5. Os algoritmos determinam se um filme será produzido

Algoritmos são utilizados para analisar não só as chances de um filme sair-se bem nas bilheterias, mas também quanto dinheiro fará. Esse serviço é oferecido por várias empresas e a Paramount, a Universal e a Warner Bros, alguns dos principais estúdios de Hollywood, contratam essas consultoras.

 

6. Algoritmos influenciam no seu voto e quem será presidente

Numa época em que os dados tornaram-se mais importantes do que empatia e carisma no mundo da política, os algoritmos são cruciais para candidatos em busca de votos. Não foi só a retórica de Barack Obama que impressionou com a sua ascensão rumo à indicação do Partido Democrata para disputar a Presidência dos Estados Unidos, em 2008, mas também o uso desta tecnologia. A campanha de Obama focou-se incessantemente nos eleitores indecisos, utilizando uma série de informações para individualizar ao máximo o perfil do eleitorado. Quase dez anos depois, Emmanuel Macron conseguiu uma vitória inesperada na França com uma estratégia similar – algoritmos ajudaram-no a identificar distritos e bairros que eram os mais representativos do país. E isso ajudou a guiar a sua equipa na realização de 25 mil entrevistas utilizadas para estabelecer as prioridades e estratégias da sua campanha.

 

7. A polícia utiliza algoritmos para prever quem será um criminoso

O sistema de vigilância da China sobre seus 1.3 mil milhões de habitantes é bem conhecido, mas parece haver espaço para expandi-lo. O governo anunciou em 2015 o desenvolvimento de um sistema capaz de "prever crimes" com base em dados pessoais, como o histórico médico e entregas de compras. Grupos de direitos humanos acusaram as autoridades chinesas de violar a privacidade dos cidadãos, dizendo que o real propósito do sistema é monitorar dissidentes. A China não é, no entanto, o único país a utilizar algoritmos para prever crimes: o policiamento baseado em dados é aplicado nos Estados Unidos há mais de uma década, e algumas forças de segurança britânicas começaram em 2012 a utilizar softwares de mapeamento e previsão de crimes. Segundo uma pesquisa do centro britânico Royal United Services Institute for Defence and Security Studies, algoritmos podem ter até dez vezes mais chances de prever a localização de um crime futuro em comparação com o policiamento comum.

 

8. Um computador pode mandar-lhe para a prisão

Juízes em alguns Estados americanos estão a tomar decisões sobre crimes com a ajuda de um sistema automatizado chamado COMPAS, baseado num algoritmo de análise de risco para prever a probabilidade de uma pessoa cometer um novo crime. Um caso famoso nesse sentido ocorreu em 2013, quando um homem chamado Eric Loomis foi condenado a sete anos de prisão por fugir da polícia e dirigir um carro sem a permissão do dono, no Estado de Wisconsin. Antes de a sentença ser proferida, as autoridades apresentaram uma avaliação, feita com base numa entrevista com Loomis e informações fornecidas pelo algoritmo sobre a sua probabilidade de reincidência – o resultado indicava que ele tinha um "alto risco de cometer novos crimes".

 

9. Eles podem influenciar o seu dinheiro

Esqueça as imagens de pessoas gritando na bolsa de valores com telefones nos ouvidos. Transações no mercado de acções estão a tornar-se cada vez mais um produto de cálculos feitos por algoritmos, que são mais rápidos do que qualquer humano e compram e vendem papéis em questão de segundos. Defensores desta tecnologia afirmam que uma máquina é imune à volatilidade emocional do mercado e investe mais racionalmente. Isso, no entanto, foi questionado em 2010, quando algoritmos foram apontados como os culpados pelo crash que fez desaparecer temporariamente do mercado de acções americano US$ 1 trilhão. Um relatório do banco JP Morgan estimou que, em 2017, investimentos com base em algoritmos ou fórmulas computacionais responderam por quase 90% do volume de transações com acções nos Estados Unidos.


Artigo original:

http://www.bbc.com/portuguese/geral-42908496

Ibuprofeno Pode Causar Infertilidade Masculina

Um estudo desenvolvido por investigadores franceses e dinamarqueses, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) – e retomado pelo jornal de Portugal, o Público, conclui que o ibuprofeno tem um impacto negativo nos testículos e pode levar à infertilidade masculina e a complicações como depressão, disfunção eréctil e doenças cardiovasculares.

O ibuprofeno é um fármaco com propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas, pertencendo ao grupo dos anti-inflamatórios não esteroides (AINE). Está indicado para o tratamento sintomático das seguintes situações:

  • Em reumatologia - osteoartrose, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, reumatismo extra-articular;
  • Como analgésico - dor pós-traumática (entorses, contusões, luxações, fraturas), dor pós-cirúrgica (cirurgia geral, episiotomia, extração dentária), odontalgia, dismenorreia, dor ligeira a moderada, cefaleias;
  • Como antipirético - febre de diversas etiologias.

No estudo – em que participaram 31 homens, com idades entre os 18 e os 35 anos – os investigadores aperceberam-se de que a administração de ibuprofeno alterava o sistema endócrino (responsável pela secreção de hormonas) e resultava no desenvolvimento de hipogonadismo, um problema frequente nos idosos que diminui a actividade funcional dos testículos que pode levar à infertilidade e a outras complicações.


Menos testosterona

Além de ser dos comprimidos mais fortes, o analgésico e antipirético ibuprofeno é um dos mais tomados para “dores, febre, artrite”, sendo “muito usado por atletas”, diz o estudo, razão pela qual considera esta investigação não só interessante, como também relevante para a saúde reprodutora masculina.

Dos 31 voluntários do estudo (uma amostra que ainda é pequena), foram seleccionados 14, a quem foi dada uma dose diária de ibuprofeno semelhante à que tomam alguns atletas, tanto profissionais como amadores: 600 miligramas duas vezes por dia, explicou Bernard Jégou à CNN. Aos restantes 17 voluntários, foi dado um placebo. A dose média diária recomendada varia entre 1200 e 1800 miligramas, tomados com um intervalo de oito horas.
Naqueles que tomaram o fármaco, foi possível ver que as suas hormonas luteinizantes (que estimulam as células de Leydig a produzir testosterona) passaram a estar associadas ao nível de ibuprofeno que circulava na corrente sanguínea. E o nível de testosterona, a principal hormona sexual masculina, também diminuiu, um sinal de testículos disfuncionais. Além de produzirem os espermatozoides, os testículos segregam a testosterona, responsável, na idade adulta, pela fertilidade e pela libido do homem.

Bernard Jégou acredita que os efeitos são reversíveis em homens que tenham tomado ibuprofeno durante curtos períodos de tempo, mas não sabe até que ponto é que os efeitos poderão ser revertidos em quem toma a substância há mais tempo, o que volta a gerar preocupação com quem os toma quase diariamente. O investigador refere que é necessário mais investigação na área para responder a muitas das questões que ainda ficaram pendentes. “Mas o alerta está dado”, disse ainda à CNN. “Se isto servir para lembrar as pessoas de que estamos a lidar verdadeiramente com fármacos – e não com coisas que não são perigosas – é uma coisa boa”, disse o investigador.

Mais informações em: https://www.publico.pt/2018/01/09/ciencia/noticia/ibuprofeno-pode-causar-infertilidade-masculina-e-outras-complicacoes-1798749

Fundação Calouste Gulbenkian Anuncia Candidaturas para a Submissão de Projectos de Investigação em Estudos Avançados em Língua e Cultura Portuguesas

A Fundação Calouste Gulbenkian informa que estão abertas, até ao dia 30 de Novembro de 2018, as candidaturas para submissão de Projectos de Investigação em Estudos Avançados em Língua e Culturas Portuguesas, com incidência nas seguintes áreas: Linguística, Filologia e Didáctica do Português, História, Estudos Artísticos, Literatura, Filosofia e Estudos Culturais.

Serão considerados projectos que visem estimular a inovação e a experimentação, a investigação original e o desenvolvimento de novas metodologias de trabalho e que constituam exemplos de boas prácticas susceptíveis de serem replicadas de forma sistemática por outras iniciativas similares.

Elegibilidade
Instituições públicas ou privadas de ensino superior, centros de investigação e outras entidades afins.

Duração
Os projectos devem, obrigatoriamente, iniciar-se nos 12 meses subsequentes à data da comunicação do apoio. O período de execução do projecto não deverá ultrapassar os 12 meses, contados a partir da data prevista para o respectivo início.

Mais Informações
Para mais informação ou para ter acesso ao regulamento, clique aqui ou consulte: https://gulbenkian.pt/grant/projetos-investigacao/

Instituições de Ensino Superior Angolanas Não Fazem Parte de Nenhum Ranking Académico

Rankings das Instituições de Ensino Superior

Considerando que de forma recorrente surgem notícias sobre a presença de Instituições de Ensino Superior (IES) angolanas em classificações (rankings) internacionais, que têm causado alguma confusão, o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) vem esclarecer o seguinte:

1. A classificação das IES é a principal ferramenta utilizada internacionalmente para comparação dos respectivos desempenhos, embora não existam rankings perfeitos;

2. Existem vários rankings de IES, sendo que uns são académicos e outros não, dependendo dos indicadores utilizados;

3. Os rankings académicos baseiam-se nas principais missões das IES: Ensino, Investigação, Transferência de Conhecimento e Perspectiva internacional. Os não académicos baseiam-se tipicamente na presença das IES na Internet, através dos seus portais;

4. Os rankings mais conceituados (ex. ARWU-Shanghai, Times Higher Education e QS) são académicos. Contudo, os não académicos (ex. Webometrics e uniRank) têm a sua importância uma vez que actualmente a presença na Internet é um indicador da popularidade de uma instituição;

5. A presença das IES nos rankings académicos internacionais conceituados permite:

  • Aumento da visibilidade e credibilidade;
  • Monitorização de desempenho, facilitando a comparação a nível internacional;
  • Atracção de melhores estudantes/professores/investigadores;
  • Arrecadação de fundos;
  • Influência na concepção de políticas/reformas de governos;
  • Divulgação de dados académicos/científicos;
  • Colaboração internacional.


6. A nível mundial, em 2017, os Estados Unidos da América lideraram destacadamente os principais rankings, seguidos pelo Reino Unido;

7. Ao nível de África, a África do Sul é líder incontestável em qualquer um dos rankings académicos acima referidos, sendo que, no geral, é seguida pelo Egipto. A Universidade de Cape Town, da África do Sul, foi considerada em 2017 a melhor universidade africana, ocupando a posição 148 a nível mundial, no ranking Times Higher Education;

8. Importa salientar que Angola ainda não está presente em nenhum ranking académico internacional conceituado, estando apenas presente em rankings não académicos. Assim, as IES angolanas devem envidar esforços no sentido de constarem nos referidos rankings;

9. Destaca-se ainda que, dada a natureza dos indicadores utilizados ser completamente diferente, existem discrepâncias significativas entre os rankings académicos e os não académicos. Por exemplo, no uniRank a melhor IES africana é a Universidade de Pretória, ocupando a posição 254 a nível global, enquanto que esta mesma IES ocupa uma posição superior a 500 em qualquer um dos referidos rankings académicos. Ou seja, o uniRank é um ranking não académico, classificando apenas a presença das IES na Internet.

10. Neste contexto, o MESCTI e seus parceiros sociais continuarão a trabalhar no sentido de se incutir mais qualidade (eficiência e eficácia) nos processos de ensino, investigação científica, extensão e internacionalização das suas instituições, em consonância com o rigor dos padrões internacionalmente aceites, de forma a que Angola possa aspirar incluir as suas IES nos conceituados rankings académicos internacionais.


Luanda, 17 de Janeiro de 2018.

Nota:

Para mais informação clique aqui para baixar uma Apresentação (.pdf) sobre o assunto, feita no Conselho Nacional de Ensino Superior, realizado em Dezembro de 2017.

Assinar este feed RSS

Links Úteis

Links Externos

Contactos

Redes Sociais