Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação Intervém na Sessão sobre Tecnologia Alimentar e Nutrição
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Nota de Imprensa
A Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo, defendeu no Cairo, Egipto, que o processo de desenvolvimento humano passa inevitavelmente pela segurança alimentar das populações e, como é óbvio, o continente africano, não foge a esta regra. A governante fez esta afirmação, quando dissertava na sessão “Tecnologia Alimentar e Nutrição: Caminhos Inovadores para o Desenvolvimento de Infraestrutura de "Massa Cinzenta" em África", no contexto do 3° Fórum Africano de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI), aberto no dia 10, com a presença do Presidente do Egipto, Abdel Fattah El-Sisi, assim como de mais de 30 ministros que tutelam o pelouro do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia.
Maria do Rosário Bragança Sambo lamentou o facto da qualidade de vida das pessoas em África ser ainda um enorme obstáculo, numa época em que a 4ª revolução industrial se desencadeia e muitos dos países do nosso continente lutam até agora com os desafios das etapas iniciais da revolução industrial, tais como; a mecanização agrícola, a capacidade de produção em massa, o uso da eletricidade, a automação, a eletrónica e a tecnologia da informação, só para citar alguns, disse a governante.
Para a dirigente angolana, a inversão deste paradigma passa necessariamente por adoptar-se a palavra-chave “acelerar” para tentarmos passar por estágios que conduzam África ao caminho do desenvolvimento, porque segundo a Ministra, não teremos outra escolha se não acompanharmos os países mais avançados.
A Ministra, não deixou de reconhecer o contributo que a Universidade Agostinho Neto tem dado para a melhoria da qualidade dos produtos agrícolas em Angola, através do seu Centro de Investigação Científica sobre Recursos Fitogenéticos que trabalha directamente com os agricultores no aperfeiçoamento da qualidade genética de certos alimentos, levando em consideração as condições climáticas locais e o impacto das mudanças climáticas.
Por seu turno, o Ministro do Ensino Superior e da Investigação Científica do Egipto, Khaled Abdel Ghaffor, disse que o Presidente Abdel Fattah El-Sisi deu-lhe orientações expressas no sentido de traçar um programa de apoio a jovens investigadores africanos, assim como no aumento do número de bolsas de estudos para países africanos, com suporte financeiro das autoridades egípcias.
O Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, disse no seu discurso que a presença do estadista egípcio El-Sisi, na abertura da reunião de cúpula dos ministros africanos responsáveis pela CTI, comprova a importância dada à tecnologia e à inovação.
Akinwumi Adesina também frisou que o BAD concedeu um empréstimo de USD 500 milhões para diversos projectos no Egipto, incluindo USD 400 milhões para o sector privado, visando o reforço das oportunidades de trabalho e o suporte para vários projectos relacionados com a água em África.
De referir que o 1º Fórum Africano de Ciência, Tecnologia e Inovação foi realizado no Quénia em 2012, conectou os esforços em CTI em África aos processos globais de desenvolvimento sustentável, destacando alguns dos principais problemas enfrentados pela região na preparação da cúpula Rio + 20, enquanto o 2º Fórum teve lugar em Marrocos em 2014 que aumentou a parceria a 21 organizações internacionais, concentrou-se na avaliação do estado da CTI em África e promoveu a inovação e a apresentação das melhores práticas globais.
Embaixada da República de Angola na República Árabe do Egipto, aos 11 de Fevereiro de 2018.