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A Reprodução dos Cogumelos como Factor Decisivo na Cultura Alimentar do País

 

A 6ª edição do Café com Ciência e Tecnologia, realizada a 6 de Julho, sob o tema “Segurança Alimentar e Nutricional - O Caso dos Cogumelos”, reuniu nutricionistas, investigadores, docentes, empresários e estudantes, que aprofundaram os seus conhecimentos sobre o cultivo de cogumelos e o seu valor nutricional e medicinal.

Os cogumelos são corpos de frutificações de fungos pertencentes aos filos Ascomycotas e Basidiomycotas. Estes organismos fazem reprodução sexuada pela junção de hifas. Segundo o investigador Hilário Gomes, “os cogumelos já existem há anos servindo como iguaria aos Faraós do antigo Egipto e servido em grandes festas na Grécia”. Estes organismos particularizam-se pelo seu grande teor de carbo-hidratos, proteínas, gordura, além da acção antioxidante e reforço do sistema imunitário. O aspecto peculiar dos cogumelos é o facto de alguns serem comestíveis e outros não, uma vez que alguns são venenosos.

O cultivo do cogumelo é feito por meio de procedimentos científicos. Existem passos de reprodução dos cogumelos que passam pelo cultivo da sua semente, cientificamente conhecida por micélio, que é colocada em substratos apropriados, esterilizados, sob condições assépticas. A investigadora Eunice Mateus, explica que “A produção deste micélio requer alguns procedimentos como: preparação do meio de cultivo, conservação da semente em tubo de ensaio ou placa petri, isolamento de tecidos de cogumelos frescos que à partida são conservados em frascos com grãos de milho para produção de Spawn [grãos colonizados por micélio de cogumelos], conservação destes grãos em frascos de vidro de 500g, esterilização dos frascos de vidro na autoclave, etc”. 

A autoclave é o aparelho em que a semente é exposta a uma temperatura acima de 100 ºC que seria neste caso a temperatura ideal na eliminação de micro-organismos que em meios rurais pode ser substituído por tambor aquecido a lenha ou outra fonte de combustão. A técnica Jun-cao, iniciada em 1983 na China pelo Professor Dr. Lin Zhanxi e Dr. Lin Zhanhua, permite a mistura de Spawn com diferentes tipos de palhas (de milho, de arroz ou de bananeiras) onde o mesmo se desenvolve em ambiente húmido até frutificar. Este é um método acessível aos meios rurais, sem condições laboratoriais para o cultivo de cogumelos.

O estudo desenvolvido enquadra-se no projecto “Cultura de Cogumelo”, do Centro Tecnológico Nacional (CTN), tutelado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT), encontrando-se já em fase de criação o banco de gemoplasma de cogumelos de interesse alimentar e medicinal. O banco conta já com 24 amostras colhidas em diversas regiões do país. As 24 amostras permitirão a classificação dos cogumelos e o conhecimento das espécies existentes.

“O papel fundamental do CTN nesta área de pesquisa é, acima de tudo, o de beneficiar as populações, tendo em conta que só se faz a colheita para consumo em tempo chuvoso. Treinar os camponeses para que tenham forma de renda com o cultivo, perspectivando a criação de um banco de gemoplasma. Desta forma os camponeses passam a colaborar no cultivo enquanto nós colaboramos na área de pesquisa dos cogumelos consumíveis pela sociedade e de possível reprodução”, afirmou Hilário. 

O contributo desta manhã científica, que contou com uma demonstração física dos procedimentos laboratoriais em ambiente externo, deixou bem patente o papel preponderante da ciência no âmbito da diversificação económica no país. 

Este é mais um projecto, dentre os vários do MINCT, com grandes perspectivas de futuro, tendo em conta o seu nível de abrangência e pesquisa. 

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Ministra da Ciência e Tecnologia anuncia criação da Academia de Ciências de Angola

Durante a 1ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, a Ministra da Ciência e Tecnologia, Cândida Teixeira, deu a conhecer aos participantes deste conselho Directores Nacionais, Investigadores e docentes das instituições que se dedicam a investigação científica alguns projectos a serem implementados no país, dentre os quais a criação da primeira Academia de Ciências de Angola (ACA) e as Instituições de Divulgação da Ciência (IDC).

A ACA é um projecto previsto no Plano Nacional de Desenvolvimento que deverá ser criado até finais de 2017, estando ainda em discussão. Despois de discutido, o projecto será submetido à Comissão para a Política Social e daí à aprovação do Conselho de Ministros. Com a sua aprovação, de acordo com a ministra, a ACA actuará como sociedade científica e vai contribuir para o estudo de temas de grande importância para formulação de políticas públicas. A sua principal função deverá ser o desenvolvimento científico do país, a interação entre os cientistas angolanos e estrangeiros, acrescentou a ministra.

No Conselho foram também abordadas questões relacionadas com o Plano Anual de Ciência Tecnologia e Inovação (PLANCTI) e os moldes de adequação das Instituições Públicas de Investigação Científica, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (IDI) ao novo Decreto Presidencial 125/15, de 1 de Junho. O Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT), na voz da sua titular, voltou a reforçar o apoio deste departamento ministerial no processo de adequação dos Estatutos Orgânicos das IDI ao Decreto vigente.

Por outro lado, a governante disse que a sociedade deve esperar pela organização do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), através de recolha de contribuições e formas de trabalho deste sistema que passam pela formação de quadros, investigadores, entre outros.

Nesta lógica, a governante frisou que “a nível da formação está o Programa Nacional de Formação Doutoral em Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI), criado pelo MINCT com apoio da UNESCO e da Fundação Calouste Gulbenkian, mas que se regista um abrandamento devido à situação económica que o mundo vive”.  O MINCT tem a obrigação de formar até 2020, no âmbito do Programa Nacional de Formação de Quadros (PNFQ), 140 doutores nas áreas de incidência da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PNCTI), nomeadamente, Agricultura e Pescas; Telecomunicações e Tecnologias de Informação; Indústria, Petróleo, Gás e Recursos Minerais; Saúde; Recursos Hídricos; Energia e Ambiente.

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MINCT promove visita ao Centro Tecnológico do Instituto Nacional de Petróleos

A Direcção Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (DNDTI) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) promoverá, no dia 24 de Junho, uma visita às instalações do Centro Tecnológico do Instituto Nacional de Petróleos - INP. 

A visita, que decorrerá durante o dia todo, é uma iniciativa que se enquadra no III Objectivo “Cooperação Científica e Tecnológica” da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PNCTI), alinhado ao Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2013-2017, no Programa “Implementação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação”.

Participam nesta visita investigadores e técnicos dos centros tutelados (Centro Tecnológico Nacional - CTN e Centro Nacional de Investigação Científica - CNIC) pelo MINCT, bem como outros actores do SNCTI.

Pretende-se com esta visita, a primeira dentre outras previstas por esta direcção, que os investigadores e técnicos, para além de poderem constatar in loco as infra-estruturas e o funcionamento do Centro Tecnológico do INP, possam também ampliar o conhecimento de diferentes processos e descobrir actividades de interesse comum. O grande objectivo é, certamente, criar oportunidades para que possam surgir projectos comuns no contexto da investigação, inovação e transferência de tecnologia.

 

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MINCT e UAN debatem boas práticas e aumento da eficiência na investigação científica

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) fez deslocar, no dia 8 de Junho de 2016, ao Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto (UAN), uma equipa técnica para em conjunto com a reitoria da instituição universitária mais antiga do país abordarem a necessidade de incremento de boas práticas atinentes à eficiência na implementação das actividades de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação (IDI).

Neste encontro, foram pontualmente debatidas questões como a organização das actividades de IDI e respectivo alinhamento aos indicadores de ciência, tecnologia e inovação, a extensão dos resultados da investigação científica, as produções científicas e tecnológicas, os critérios de elegibilidade de eventos científicos, a distribuição da carga horária dos docentes – de forma a ser melhor explicitado o tempo dedicado à docência e o tempo dedicado à realização de investigação científica – bem como aspectos ligados à adequação dos cursos de mestrado levados a cabo pela UAN para que, efectivamente, possam contribuir para um aumento significativo da produção científica nacional.

A equipa técnica do MINCT esteve composta pelo Director Nacional de Ciência e Investigação Científica, Prof. Doutor Domingos da Silva Neto (coordenador), pelo Director Nacional de Avaliação e Acreditação da Ciência e Tecnologia, Prof. Doutor António de Alcochete, pelo Director Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Dr. Sebastião Francisco Tingão Mateus e pela Directora Nacional de Regulação e Transferência de Tecnologia, Dra. Emingarda Patrícia Castelbranco, enquanto que pela UAN liderou a equipa o Vice-Reitor para a Área Científica, Prof. Doutor Pedro Magalhães, acompanhado pelo Director do Gabinete Jurídico, Dr. António Domingos da Silva e pelo Director do Gabinete de Informação Científica e Documentação, Dr. Arlindo Isabel, dentre outros representantes.

 

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Ministra da Ciência e Tecnologia constata condições de investigação científica do INIP

A Ministra da Ciência e Tecnologia, em mais uma jornada de actividade às Instituições de Investigação Científica, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (IDI), efectou, terça-feira, 7 de Junho, uma visita ao Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (INIP). 

Com vista a constatar as condições de investigação científica e auscultar as preocupações do INIP, a titular da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Pereira Teixeira, acompanhada da sua homóloga Ministra das Pescas Victória Francisco Lopes Cristóvão de Barros Neto, visitou as instalações do INIP, bem como os Navios de Apoio à Investigação, nomeadamente os Navios Tômbwa e o Pensador. Estiveram ainda presentes o Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia João Teta, Directores Nacionais de ambos os Ministérios e técnicos em geral.

O INIP é uma instituição de investigação pública que se rege pela Lei dos Recursos Biológicos e Aquáticos e pelo Regulamento de Investigação Científica sobre os Recursos Biológicos das águas angolanas e plataforma continental de Angola. As suas actividades investigativas visam a pesquisa e a manutenção dos ecossistemas aquáticos, a recolha de informações das águas continentais, controlando a qualidade da biodiversidade marítima de Angola. 

Segundo informações prestadas pela directora, Filomena Vaz Velho, à comitiva dos dois Departamentos Ministeriais, o instituto conta com mais dois Centros de Investigação Pesqueira (CIP) e uma centena de quadros, entre técnicos superiores, médios e pessoal administrativo. O CIP-Namibe, vocacionado à amostragem biológica das espécies aquáticas e à oceanografia por estar situado na zona do afloramento costeiro e, o CIP-Lobito, vocacionado, apenas, à amostragem biológica. 

“Nós trabalhamos com programas de investigação e dentro dos programas de investigação temos os nossos projectos. Temos três projectos bem definidos que são estimar a abundância; mapear a distribuição das espécies de importância comercial e fazer o estudo das fazes iniciais do ciclo de vida das espécies, onde desovam, como é feito a desova e em que fase entram para pescaria”, explicou a directora. 

A nível internacional a instituição conta com vários artigos publicados em revistas como ICES Journal of Marine Science, African Journal of Marine Science, entre outras.

Satisfeita com o que constatou e ouviu, a Ministra Maria Cândida Teixeira enalteceu o facto de o INIP ser uma Instituição de Investigação Científica no “verdadeiro sentido da palavra”, tendo reforçado a necessidade de maior cooperação entre os vários actores do SNCTI, no quadro da Política Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação. 

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Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação junta peritos em Luanda

A Ministra da Ciência e Tecnologia, Cândida Teixeira, defendeu, esta terça-feira em Luanda, a necessidade do alinhamento dos dados indicadores de ciência, tecnologia e inovação com base em critérios de rigor científico aptos à optimização na tomada de decisões políticas quanto ao que deve ser feito em Angola em termos de investimentos no domínio da ciência e tecnologia. 

A governante presidiu, no Centro Tecnológico Nacional (CTN), à abertura de um seminário de capacitação de quadros que junta, por dois dias, mais de meia centena de peritos angolanos das áreas de incidência da ciência e tecnologia do sector público e parceiros privados, para o 2º inquérito nacional de indicadores de ciência, tecnologia e inovação. 

A Politica Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação – PNCTI, aprovada em Decreto Presidencial, em 2011, orienta, para o fomento, inovação e disseminação do conhecimento, a “promoção da interação entre universidades, instituições de investigação científica, empresas e organizações da sociedade civil”, de modo a garantir para garantir que “a ciência e tecnologia forneçam respostas necessárias à sociedade e ao desenvolvimento económico”. 

Assim, com este seminário, o Ministério quer transmitir e partilhar conhecimentos sobre Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação, visando a recolha de dados e informação para a elaboração dos Indicadores de “Investigação científica e desenvolvimento experimental e de inovação

 “Os indicadores são parâmetros incontornáveis para os processos de análise e tomada de decisão com base científica e contribuem para manter focadas as instituições de Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação”, disse a ministra na ocasião, tendo, por isso, defendido a fiabilidade e a abordagem coerente de todos esses dados.

Intervindo na sessão, Domingos da Silva Neto, Director Nacional de Ciência e Investigação Científica, do MINCT destacou importância dos indicadores enquanto ferramentas que vão ajudar Angola a melhor se posicionar no ranking de desenvolvimento científico e tecnológico a nível regional e internacional. 

Apresentou ainda dados obtidos aquando do 1º Inquérito Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, realizado em 2013, cujos dados foram validados em 2014, por peritos da NEPAD e do Instituto de Estatística da UNESCO.

Os  indicadores de CTI podem ser considerados também dados estatísticos obtidos em várias acções no âmbito da investigação científica, destacando-se os resultados divulgados em publicações científicas, os ganhos da inovação com base na aplicação de ideias junto dos mais variadas indústrias, ou nas empresas, bem como os desafios que se desenham no domínio da formação avançada dos recursos humanos, entre outros. 

Num ambiente de partilha de conhecimento entre representantes das Instituições que fazem parte do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) mereceu também destaque o critério da metodologia de recolha de informação a título de indicadores. 

 

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