Menu
RSS

Museu Virtual de Biodiversidade de Angola – Atlas de Mamíferos rumo à produção e exportação de dados de diversidade biológica de Angola

A biodiversidade de Angola é ainda pouco conhecida. Cada cidadão pode colaborar para o crescimento deste conhecimento por meio da plataforma de museu virtual desenvolvida: www.museuvirtual.co.ao.

Todos os dias, cidadãos e turistas registam fotograficamente a biodiversidade de todo o Mundo. Esta valiosíssima informação, encontrando-se dispersa, não é útil nem para a ciência nem para as comunidades em geral. Com o objectivo de proporcionar uma plataforma que permita a estes cidadãos partilhar os registos fotográficos, surgiu o Projecto Atlas de Mamíferos de Angola (primeiro subprojecto do Museu Virtual de Biodiversidade em Angola), que resulta de uma cooperação entre o Grupo Herbário do ISCED-Huíla e a ADU (Animal Demography Unit) na Universidade de Cape Town - África do Sul. Este projecto foi financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia no âmbito do programa de cooperação bilateral Angola-África do Sul.

Este projecto lançou uma plataforma WEB para a recolha de informação sobre biodiversidade de mamíferos em Angola: www.museuvirtual.co.ao. O Museu Virtual de Biodiversidade de Angola está também preparado para receber registos históricos ou bibliográficos, inicialmente de mamíferos e posteriormente de outros grupos animais e vegetais.

O projecto pretende posicionar-se ao nível de outras iniciativas como o Virtual Museum da África do Sul ou o Map of Living da Australia e, posteriormente, integrar projectos globais de biodiversidade como o Map of Life dos Estados Unidos da América ou Global Biodiversity Information Facility (GBIF). Todos estes projectos de sucesso têm em comum uma lacuna de informação sobre o território angolano. Por este motivo, o Museu Virtual de Biodiversidade em Angola, tornar-se-á essencial para a comunidade científica, para a comunidade angolana e servirá também de auxílio às entidades competentes para a criação de políticas de preservação e conservação.


Trabalho apresentado, em forma de poster, na 4a Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia Luanda, 9 - 11 de Setembro de 2015.

 

David Elizalde Castells
Mestre em Geomática
Investigador na área de Bioinformática
ISCED-Huíla, Angola
Email:  Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. 
Ler mais ...

A violência doméstica contra a Mulher e as suas implicações psico-sociais

A família é a primeira instituição social, é o lócus natural da existência humana, que congrega e tem o ónus da formação do ser humano em termos afectivos , de estruturação da personalidade e do desenvolvimento psicológico.

Por ser a primeira instituição social que o individuo integra, a família vai constituir-se num micro sistema, onde cada membro ocupa uma posição e desempenha um papel que reflecte a sua organização estrutural e funcional. A ideia de família remete-nos a um espaço de afectividade, harmonia e protecção dos seus membros onde a mulher é a “pedra angular”

Do ponto de vista psicológico a agressão contra a mulher no seio familiar constitui um verdadeiro drama porquanto afecta toda a sua estrutura e propicia a sua desintegração, provocando um sofrimento incomensurável para todos os seus membros incluindo para o agressor.

Na maior parte dos casos as vítimas sofrem em silêncio escondendo os seus sofrimentos à sociedade, facto que causará traumas que ficarão recalcados, como ensina a psicanálise, no inconsciente de quem sofre.  Deste ambiente nascerão e desenvolver-se-ão seres física e psicologicamente afectados que, fruto dos traumas que carregam, apresentarão distúrbios como a dislexia (dificuldades de leitura) disortografia (dificuldades de desenvolvimento das habilidades de escrita) discalculia (dificuldades em desenvolver habilidades de cálculos e interpretação de símbolos matemáticos) e de dislalia (dificuldades de articulação das palavras e distorção dos fonemas)

Em função de tudo isto a mulher sente-se desvalorizada, desprestigiada, com baixa auto-estima e auto-valorização, com dificuldades de integração social, insegura e vivendo um ambiente permanente de desconforto psicológico.

Apesar dos grandes esforços desenvolvidos pelos órgãos do estado na criação de leis e normas reguladoras do comportamento no seio das famílias, a mulher continua a ser a vitima de constantes agressões físicas e psicológicas muitas das quais gerando traumas para toda a vida e afectando todos os restantes membros da família.

Apesar de apenas em 2010 a violência doméstica ter passado a ser tipificada como crime e um grave problema social, fruto de uma cultura fortemente enraízada em todo o território nacional, o fenómeno não é novo,   vem de muito longe e perdura desde as profundezas dos tempos. A violência doméstica continua a ser um dos grandes flagelos da nossa sociedade e não ocorre somente com pessoas pobres e de baixo nível educacional e/ou económico havendo relatos de famílias abastadas e “respeitadas” cujo quotidiano é de todo o tipo de violência doméstica.

A mulher tornou-se no ente mais frágil deste ciclo de violência que interfere directamente no seu desenvolvimento integral. Sendo a mulher a base para a formação e desenvolvimento das famílias e, em última análise, da sociedade tendo ainda em conta que a mesma é o garante da perpetuação da espécie humana e, em função disso, da própria existência da humanidade urge tomarem-se posições que concorram para a sua protecção mais eficaz garantindo-se desta maneira a estabilidade psicológica, material emocional e afectiva das famílias e, concomitantemente, a construção de uma sociedade mais equilibrada.  

Bibliografia

  1. Amílcar I. Evaristo Estratégia Pedagógica de Educação  Para a Prevenção de Drogas (Havana,Tese de Doutoramento 2014)
  2. H. Andrew, John D. Delamaer e Daniel J. Myrs Psicologia Social. P. 334-335.
  3. Linda G. Reis, produção de monografias da teoria a prática, o método educar pela pesquisa 3ª edição.
  4. O cidadão, a família e a igreja no combate contra a violência doméstica, relatório dos workshops provinciais (2013-2014)
  5. Portal da Angop, www.angop.co.ao
Amílcar Inácio Evaristo
Doutor (Ph.D.) em  Biologia e Psicologia
Linha de Investigação: Psicologia, saúde e qualidade de vida
Contactos: 923670797
Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Ler mais ...
Assinar este feed RSS

Links Úteis

Links Externos

Contactos

Redes Sociais