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MESCTI Comemora o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Engª. Maria Graciette Neto Cardoso Pitra - Palestrante (esquerda), Dra. Antonieta Baptista - Moderadora (ao centro), Dra. Catarina Nunda - Palestrante (a direita)

No âmbito das comemorações alusivas ao dia 11 de Fevereiro, em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), realizou, no pretérito dia 7 de Fevereiro de 2018, no anfiteatro da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, uma actividade comemorativa sob o lema "Pela Plena Integração das Mulheres e Meninas na Ciência". A actividade teve como objectivo partilhar experiências de mulheres na ciência e sensibilizar as jovens para o importante papel das mulheres no mundo da ciência, sendo o público-alvo as meninas e estudantes das escolas do 2º Ciclo de Luanda e Bengo.

A cerimónia de abertura do evento foi presidida pelo Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), Prof. Doutor Domingos da Silva Neto, que defendeu a criação de sinergias para diminuir o analfabetismo feminino, principal causa do reduzido número de mulheres na investigação científica e em profissões ligadas à ciência, tecnologia e inovação. O SECTI destacou ainda que a maternidade e a falta de assistência adequada na infância são outros factores que contribuem para o actual cenário. Por outro lado, informou que de acordo com o 2º Inquérito Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação o percentual de mulheres na ciência passou de 17% em 2011/2012 para cerca de 34% em 2013/2014, sendo que os últimos dados mostram que a área de conhecimento com mais mulheres é a das ciências naturais com 10.7% (15.4% de homens). A área das ciências sociais e das ciências médicas vem logo a seguir com 9% (25.3% de homens) e da saúde com 7.5% (7.4% de homens). Em termos de idades, disse, o maior percentual de mulheres, 10.2%, pode ser encontrado entre os 35 e os 44 anos, enquanto que em relação aos homens, o maior número de investigadores científicos pode ser encontrado entre os 45 e os 54 anos de idade, 19.6%.

A actividade contou com a presença de inventoras provenientes de instituições públicas e privadas, nomeadamente: da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto (UAN), do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), do Centro Tecnológico Nacional (CTN), e da Associação Nacional de Estudantes Universitários com Deficiência (ANEUD). Foram expostos alguns projectos como: cultivo de cogumelos, reaproveitamento de "lixo electrónico", aplicativo para rastreio de armas e explosivos, reprodução de biodiesel através do óleo de palma, geolocalização de Multicaixas ou ATMs com valores monetários, e o portal da ANEUD concebido para o controlo estatístico, registo e denúncias para pessoas com deficiência, entre outros.

Após a sessão de exposições, a actividade contou com duas apresentações. Na primeira apresentação, a Engª Maria Graciette Neto Cardoso Pitra falou da sua experiência profissional e perspectivas de inclusão das mulheres na engenharia, exortando as mulheres a aderirem às engenharias, tendo em conta o défice de engenheiras no país. Na segunda apresentação, a Dra. Catarina Nunda, que também falou da sua experiência profissional e das perspectivas de inclusão das mulheres nas ciências sociais, reforçou o incentivo ao ingresso das mulheres nas áreas das ciências sociais. Seguidamente ocorreu a sessão de debate moderada pela Dra. Antonieta Baptista.

As experiências partilhadas e a partilha de histórias interessantes de mulheres com percurso na ciência foram motivo de incentivo primordial para a consciencialização das meninas e mulheres a aderirem às carreiras ligadas às ciências e tecnologias.

Após a proclamação desta data em 2015 pela ONU, este dia é comemorado pela 3ª vez em 2018. E o MESCTI exorta todas as instituições de ensino, incluindo as instituições de ensino superior e as instituições de investigação e desenvolvimento, a comemorarem esta data.

 

 

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Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação Intervém na Sessão sobre Tecnologia Alimentar e Nutrição

Nota de Imprensa

 

A Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo, defendeu no Cairo, Egipto, que o processo de desenvolvimento humano passa inevitavelmente pela segurança alimentar das populações e, como é óbvio, o continente africano, não foge a esta regra. A governante fez esta afirmação, quando dissertava na sessão “Tecnologia Alimentar e Nutrição: Caminhos Inovadores para o Desenvolvimento de Infraestrutura de "Massa Cinzenta" em África", no contexto do 3° Fórum Africano de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI), aberto no dia 10, com a presença do Presidente do Egipto, Abdel Fattah El-Sisi, assim como de mais de 30 ministros que tutelam o pelouro do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia.

Maria do Rosário Bragança Sambo lamentou o facto da qualidade de vida das pessoas em África ser ainda um enorme obstáculo, numa época em que a 4ª revolução industrial se desencadeia e muitos dos países do nosso continente lutam até agora com os desafios das etapas iniciais da revolução industrial, tais como; a mecanização agrícola, a capacidade de produção em massa, o uso da eletricidade, a automação, a eletrónica e a tecnologia da informação, só para citar alguns, disse a governante.

Para a dirigente angolana, a inversão deste paradigma passa necessariamente por adoptar-se a palavra-chave “acelerar” para tentarmos passar por estágios que conduzam África ao caminho do desenvolvimento, porque segundo a Ministra, não teremos outra escolha se não acompanharmos os países mais avançados.

A Ministra, não deixou de reconhecer o contributo que a Universidade Agostinho Neto tem dado para a melhoria da qualidade dos produtos agrícolas em Angola, através do seu Centro de Investigação Científica sobre Recursos Fitogenéticos  que trabalha directamente com os agricultores no aperfeiçoamento da qualidade genética de certos alimentos, levando em consideração as condições climáticas locais e o impacto das mudanças climáticas. 

Por seu turno, o Ministro do Ensino Superior e da Investigação Científica do Egipto, Khaled Abdel Ghaffor, disse que o Presidente Abdel Fattah El-Sisi deu-lhe orientações expressas no sentido de traçar um programa de apoio a jovens investigadores africanos, assim como no aumento do número de bolsas de estudos para países africanos, com suporte financeiro das autoridades egípcias.

O Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, disse no seu discurso que a presença do estadista egípcio El-Sisi, na abertura da reunião de cúpula dos ministros africanos responsáveis pela CTI, comprova a importância dada à tecnologia e à inovação.   

Akinwumi Adesina também frisou que o BAD concedeu um empréstimo de USD 500 milhões para diversos projectos no Egipto, incluindo USD 400 milhões para o sector privado, visando o reforço das oportunidades de trabalho e o suporte para vários projectos relacionados com a água em África.

De referir que o 1º Fórum Africano de Ciência, Tecnologia e Inovação foi realizado no Quénia em 2012, conectou os esforços em CTI em África aos processos globais de desenvolvimento sustentável, destacando alguns dos principais problemas enfrentados pela região na preparação da cúpula Rio + 20, enquanto o 2º Fórum teve lugar em Marrocos em 2014 que aumentou a parceria a 21 organizações internacionais, concentrou-se na avaliação do estado da CTI em África e promoveu a inovação e a apresentação das melhores práticas globais.

 

Embaixada da República de Angola na República Árabe do Egipto, aos 11 de Fevereiro de 2018.  

 

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