Ministra volta a defender intensificação do ensino das ciências técnico-científica em Angola
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- Escrito por Alexandre Cose
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A Ministra da Ciência e Tecnologia reiterou o desafio do Executivo angolano de intensificar o ensino nos domínios tecnológico-científicos como eixo para o desenvolvimento de Angola. Maria Cândida Teixeira fez estes pronunciamentos na cidade da Praia, Cabo-Verde, onde se encontra em trabalho, no âmbito do Seminário “Estratégia de Cooperação para o Fomento da Pós-Graduação Enquanto Mecanismo de Formação de Cientistas no Espaço da CPLP”.
A governante revelou que o Ministério da Ciência e Tecnologia de Angola está a levar a cabo, este ano, junto das escolas do país, uma campanha denominada “Uma Viagem ao Mundo da Ciência, Tecnologia e Inovação”, que visa incentivar as crianças e adolescentes a optarem pelas áreas técnico-científicas de formação, tendo por objectivo a criação de um stock sustentável de quadros nacionais.
“Há um défice muito grande constatado a partir de um diagnóstico feito no âmbito do Plano Nacional de Formação de Quadros, relativamente às áreas tecnológicas e científicas. Temos mais quadros humanos em áreas das ciências sociais e humanas, em detrimento dos domínios tecnológico-científicos. É nosso desejo reverter este quadro. Precisamos de mais engenheiros e de cientistas nas diversas áreas, quer em ciências da terra, física, química, matemática, biologia, enfim, que são muito preteridas e bastante essenciais para o desenvolvimento e fomento das ciências, até mesmo da própria indústria em Angola”, disse.
Acrescentou que o projecto iniciado em Abril passado, está a ser desenvolvido num universo de cerca de 100 mil alunos de duzentas escolas do país. O mesmo versa sobre pequenas experiências científicas à base representações teatrais, estilo lúdico muito apreciado pelos angolanos e que, por conseguinte, está a ser bem recebido pelos professores, alunos, pais e encarregados de educação.
Segundo Cândida Teixeira, hoje, com o fim da guerra, Angola já vive um cenário que lhe permite assumir, nos diferentes países, as despesas em formação de quadros nas diferentes áreas em que o país carece de profissionais.