Ministra Cândida Teixeira defende parcerias para a consolidação da Ciência e da Tecnologia
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- Escrito por Alexandre Cose
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Falando perante os seus homólogos da CPLP presentes na cidade da Praia, em Cabo Verde, no âmbito de um seminário sobre o contributo dos governos à formação científica no espaço lusófono, Maria Cândida Teixeira disse que o Ministério da Ciência e Tecnologia preconizou articulações com parceiros nacionais e estrangeiras para, com base num espírito de cooperação solidária, todos podem contribuir para a excelência científica e tecnológica à altura das expectativas de Angola no actual contexto de enormes desafios.
“nós temos um projecto com a África do Sul, há cerca de 3 anos, em cujo âmbito os dois países apoiam financeiramente os investigadores científicos de ambos os países. Angolanos e sul africanos desenvolvem investigações conjuntas em Áreas bem definidas, através de editais. Portanto já vamos na terceira edição desta cooperação”.
No âmbito da Cooperação multilateral, Maria Cândida Teixeira destacou as acções do país no quadro de um programa de financiamento com fundos alemães, designado SASSCAL (Centro da África Austral para a Ciência e Serviços para Adaptação às Alterações Climáticas e Gestão Sustentável dos Solos).
Agricultura, florestas, água e biodiversidade são áreas de investigação central a nível do referido Centro e são parceiros da iniciativa, África do Sul, Alemanha, Angola, Botswana, Namíbia e Zâmbia.
No âmbito do Plano Nacional de Formação de Quadros, a governante destacou a formação doutoral em cujo domínio, o Ministério da Ciência e Tecnologia têm a incumbência de formar 140 doutores até 2020, nas diferentes áreas do saber científico e tecnológico, tendo em vista o reforço da capacidade em recursos humanos qualificados para garantir stocks sustentáveis de quadros das instituições de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, visando fazer face aos desafios que o país vive. Neste domínio, Maria Cândida Teixeira sublinhou a pertinência da cooperação com a Fundação Calouste Gulbenkian e com a UNESCO, tendo referido que ainda no mês passado estiveram em Angola, peritos da UNESCO, justamente para fechar os termos deste projecto.
Com Portugal, Angola tem desenvolvido acções nomeadamente no quadro da Fundação para a Ciência e Tecnologia, que tem permitido realizar acções no domínio da investigação das doenças negligenciadas em Angola e não só.
A Ministra da Ciência e Tecnologia referiu também como fundamental a cooperação com o Brasil, país com quem Angola tem acordos gerais firmados, tendo revelado que neste momento ambos os países têm vindo a trabalhar no sentido de dar corpo à formação de investigadores jovens”.
De acordo com o que disse Cândida Teixeira, muito mais avançada é a cooperação com a Argentina, país com o qual Angola vem desenvolvendo também acções de formação de quadros nos mais variados domínios da investigação científica e tecnológica.
Alexandre Cose, na Cidade da Praia