Utilizar as artes para cativar os mais jovens para as ciências.
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- Escrito por Alexandre Cose
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Quando, em Abril passado, Cândida Pereira, falava durante o lançamento do projecto, “Uma Viagem ao Mundo da Ciência e da Tecnologia”, disse haver no seio dos estudantes angolanos algum "medo das ciências exactas", uma situação que, segundo a Ministra da Ciência e Tecnologia, originou um acentuado défice nessas áreas do conhecimento.
"Com este projecto vamos procurar romper o preconceito de que as ciências exactas são anormais, vamos atribuir especial atenção à opção vocacional e garantir que as pessoas, que têm aptidões para essas áreas do conhecimento, desenvolvam competências e optem por fazer formação nessas áreas", releva.
A ministra garantiu ainda que "deste modo, será possível que os sectores que o país pretende desenvolver nos próximos anos, nomeadamente, os sectores transformador, construção, energias, minas e inovação sejam desenvolvidos e suportados por quadros angolanos, contrariando o actual défice de profissionais angolanos nessas áreas".
Durante o ano lectivo de 2014, espera-se atingir a meta de 100 mil estudantes directamente envolvidos no projecto, sendo que, nesta altura, o programa está a contar com cerca de 200 escolas, numa média de 11 por província.
Durante a implementação do programa, além das peças teatrais, "está previsto os alunos abrangidos receberem material de apoio com conteúdo que aborda a importância do estudo de diversas áreas científicas, com uma explicação do que é a Matemática, Física, a Química, Tecnologias de Informação e outras áreas do conhecimento nesse domínio", refere Leonor Sá Machado, presidente da The Bridge, entidade parceira do Ministério da Ciência e Tecnologia, apontando igualmente "o impacto que se espera da oferta dos jogos pedagógicos aos alunos envolvidos".
Com a implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento (PNLD 2013-2017), o país espera dar um grande salto, tanto a nível económico como social, e apostar fortemente na modernização dos meios de produção, com vista ao desenvolvimento sustentável.
A valorização do capital humano angolano é um dos objectivos principais do referido plano, tornando-se assim, diante do défice de profissionais no domínio das ciências e tecnologias, "urgente a necessidade de garantir a disponibilidade de dirigentes, quadros, professores e investigadores para a consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação".
Fonte: AFRICA TODAY