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domingo, 04 agosto 2024

Bolsas de Estudo para Meninas Carenciadas na Área de Ciência, Tecnologia e Inovação

 

A igualdade de género é um dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), compromisso que foi firmado em 2015 para ser alcançado até 2030, para combater diversos males da sociedade. A igualdade de género visa promover o empoderamento feminino e é considerada importante tanto no aspecto económico e social como para atingir outras metas prioritárias, em especial àquelas ligadas à pobreza, fome, saúde e educação. 

Foi feito um diagnóstico pelo Ministério da Educação (MED) sobre a disparidade de género nas escolas do ensino primário e 1º Ciclo do ensino secundário que mostra que a maioria das raparigas abandonam a escola por razões culturais e económicas. A frequência das meninas às aulas é muito baixa nas províncias do Bié (26.4%), Moxico (27.6%), Cuanza-Sul (28.5%) e em Malange (30.5%). Acresce-se a este problema, a questão da gravidez precoce em Angola que contribui para cerca de 7.5% do abandono escolar e o não ingresso ao ensino secundário. Um esforço muito grande deve ser feito para diminuir a disparidade de género no acesso ao ensino.

Adicionalmente, o Fundo das Nações Unidas para a População na ocasião do 11 de Outubro, Dia Internacional da Menina, salientou que, em Angola, quatro em cada dez crianças dos 12 aos 17 anos estão casadas ou a viver em regime de união de facto. As crianças das zonas rurais, sobretudo das províncias de Lunda-Sul, Moxico, Huambo, Bié e Malange são as mais vulneráveis aos riscos e consequências do casamento precoce.

Outro facto, é que os programas de formação profissional, a aceleração escolar e as alternativas de profissionalização e emprego são insuficientes.

Por outro lado, a discriminação contra a menina, hoje, é a violência contra a mulher de amanhã. As meninas e as mulheres têm sido vítimas primárias de um pensamento social e historicamente construído segundo o qual a voz da mulher não tem valor, sendo um ciclo que fortalece o agressor. É importante proteger a menina com políticas que investem na emancipação das meninas de forma que desenvolvam pensamento crítico e façam escolhas conscientes no futuro.

A participação das mulheres na Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) é tradicionalmente ligada à identidade feminina, concentrando-se essencialmente nas seguintes áreas: psicologia, docência, linguística, nutrição, serviço social, enfermagem, que remetem a actividades ligadas à doação, ao cuidado e à maternidade. Áreas do conhecimento como Astronomia, Matemática, Engenharias, Ciência da Computação e, sobretudo, Física constituem as áreas de menor participação das mulheres.

Para as meninas carenciadas/vulneráveis, a educação em geral é uma das principais rotas para um futuro melhor, ajudando-as a escapar do ciclo vicioso da pobreza. Em particular, a aposta na formação científica aumenta a probabilidade de um futuro melhor dada a importância da CTI na economia, baseada no conhecimento, dos países.

A realidade em Angola ainda é desafiadora pois, apesar do aumento do número de meninas que concluíram cursos universitários, em muitas áreas do conhecimento, o seu peso específico na participação na CTI continua a ser bastante insatisfatório. Portanto, para melhor orientação, há necessidade de se conhecer as suas motivações para a escolha de curso médio ou universitário, a vocação, a trajetória, a avaliação ou provas das diferentes disciplinas, as suas explicações para o facto de que tão poucas mulheres se encaminharem para carreiras das ciências exactas.

Assim, urge a necessidade de se desenvolverem políticas de estímulo para apoiar as meninas carenciadas/vulneráveis para promover a sua participação na CTI concedendo prémios às jovens que se destaquem no seu percurso escolar orientando-as para cursos técnicos, ou áreas de formação não habituais às meninas.

Considerando o acima exposto, o Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, executado pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) tem como um dos seus objectivos promover a participação de meninas carenciadas/vulneráveis na Ciência, Tecnologia e Inovação de forma a minimizar a disparidade de género no sector. Especificamente irá atribuir 250 bolsas de estudo, na área de Ciência, Tecnologia e Inovação, a meninas carenciadas/vulneráveis, de bom desempenho escolar, dos últimos 3 anos do ensino secundário. Para o efeito, a selecção compete ao Ministério da Educação (MED). Actualmente, 149 meninas provenientes de várias províncias já foram selecionadas pelo MED, seguindo os seguintes critérios:

  • Ter 16 anos de idade;
  • Estar a frequentar a 10ª classe em 2018 numa área de Ciência, Tecnologia e Inovação
  • Ter média final de pelo menos 14 valores na 9ª classe;
  • Ser proveniente de uma família com rendimento mensal do agregado familiar inferior a 4 (quatro) salários mínimos nacionais;
  • Não ser detentora de grau académico universitário; 
  • Aquando da candidatura, não beneficiar de outra bolsa de estudo ou vantagem equivalente; 
  • Estar interessada em concluir o Ensino Secundário na área de Ciência, Tecnologia e Inovação e reunir as condições curriculares (ter notas acima de 12 nas disciplinas das classes da 7ª, 8ª e 9ª) para ingresso no Subsistema pretendido; isto é Geral, Formação de Professores e Ensino Técnico Profissional. 

As bolsas começarão a ser pagas no final de Fevereiro de 2019.

 

Última Actualização: 15 de Fevereiro de 2019.

 

 

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Angola e Países Baixos reafirmam Cooperação para a Implementação de um Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo no Ensino Superior em Angola

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) reuniu no pretérito dia 8 de Fevereiro de 2019, na sala de reuniões do 6.º andar do seu edifício sede, com uma delegação dos Países Baixos, chefiada pelo seu Embaixador acreditado em Angola, Anne van Leeuwen. O objectivo deste encontro foi de reforçar a implementação do Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo, particularmente no Ensino Superior.

A reunião presidida pelo Secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. Doutor Domingos da Silva Neto, serviu para dar continuidade da troca de experiências e do reforço da cooperação que se pretende firmar, sendo este o segundo encontro entre as partes, após a primeira visita da delegação angolana aos Países Baixos, em Setembro do ano passado, no intuito de aferir a organização e o funcionamento do Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo daquele País, com vista à sua adaptação para o Ensino Superior em Angola e a implementação, de forma mais eficiente, dos programas e das acções constantes do Plano de Desenvolvimento Nacional "PDN 2018/2022".

Actualmente, duas Instituições de Ensino Superior angolanas, nomeadamente: a Universidade José Eduardo dos Santos e a Universidade Óscar Ribas são detentoras de acordos de cooperação com duas universidades holandesas.

No âmbito da cooperação, foi inaugurado ontem, na Província do Huambo, o Laboratório de Sistema de Informação Geográfico de Detecção Remota da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade José Eduardo dos Santos, com objectivo de impulsionar a agricultura de precisão em Angola, através da monitorização, por imagem de satélite, das áreas agrícolas. Este Laboratório resulta de um financiamento da República Holandesa e da Agência Euro Espacial.

Esta iniciativa de cooperação visa, acima de tudo, fomentar o empreendedorismo e impulsionar as actividades de inovação e investigação científica nas Instituições de Ensino Superior, a fim de que as mesmas atinjam o seu potencial. Para isso, há a necessidade de partilhar conhecimentos sobre noções de empreendedorismo, startups, incubadoras de empresas, etc., com a realização de workshop e palestras para o efeito.

Durante a reunião de hoje, as partes reafirmaram a necessidade de estabelecer um acordo de cooperação de nível ministerial, de forma a facilitar e melhor dinamizar a monitorização da implementação do Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo nas Instituições de Ensino Superior angolanas, estando neste momento os documentos para este fim em fase preparatória.

 

Fizeram parte da delegação dos Países Baixos a Dra. Cyntia Monteiro, Secretária do Embaixador dos Países Baixos, a Dra. Anabela Ramos, representante da Plataforma de Empreendedorismo - Orange Corners Angola, o Sr. Abel Neering, Coach para o Desenvolvimento do Sector Privado, da Agencia Holandesa de Negócios (RVO), e a Sra. Joana Van Halsema, da Embaixada dos Países Baixos.

O MESCTI fez-se representar para além do Secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, pelo Director do Gabinete do Secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Dr. Marcial Catinda, a Directora do Gabinete de Intercâmbio, Dra. Helena Gaspar, Chefes de Departamento da Direcção Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, a Eng.ª Guilhermina Pinto e o Dr. José Mafu, a representante do Gabinete da Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Sra. Zizila Pedro e o Secretário para Cooperação do Gabinete do Secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Diogo Morais.

 

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As Cinco Questões de Tecnologia que os DGs devem Observar em 2019

Inteligência Artificial (IA) é a tecnologia que todos os Directores Gerais (DG) devem ter em mente em 2019. Ela vai transformar todos os mercados e criar inúmeras oportunidades de negócios. Acredito muito no potencial de IA para gerar competitividade e prosperidade. Partindo da ideia de que inteligência artificial está no centro da estratégia, reuni cinco aspectos tecnológicos que merecem a atenção das lideranças corporativas neste ano.
 
 
1. Modernizar a estratégia de dados – Se a Inteligência Artificial é o motor da inovação digital, os dados são o combustível desse engenho. Para o DG, uma estratégia de dados significa assegurar que os seus colaboradores explorem os dados disponíveis para trabalhar de maneira inteligente e que as informações da empresa e dos seus clientes estejam a salvo num lugar seguro.

Com a nuvem, desafios de armazenamento e disponibilidade nunca foram tão simples de serem resolvidos. A questão é gerir um volume de dados que cresce de maneira exponencial e transformá-los em inteligência. Vamos considerar que, com mobilidade e Internet das Coisas, o volume de dados continuará a crescer em 2019. Sugiro a leitura da história da cervejaria Carlsberg, que está transformando sabores de cerveja em dados para criar novos rótulos. A corrida por inovação começa com uma estratégia de dados. Também não podemos esquecer da tarefa igualmente fundamental da protecção de dados, tanto para manter a empresa protegida como para cumprir exigências regulatórias e de conformidade cada vez mais rígidas, como a lei europeia LGPD e a Lei Brasileira de Proteção de Dados, que passa a vigorar a partir de 2020. Esta é uma prioridade para a Microsoft. Como gostamos de enfatizar, ninguém usará tecnologia em que não confia.

 

2. Acelerar a adopção da nuvem – A discussão da migração para a nuvem entrou num novo capítulo. Muitas empresas brasileiras já levaram para a nuvem aplicações críticas e avançaram várias casas nessa jornada. A pergunta “quando migrar” está a ficar para trás. 

A questão não é apenas de economia (embora, para a maioria dos clientes, o retorno do investimento (ROI) de mudar para a nuvem seja altamente – e cada vez mais – atraente). As empresas também estão a considerar os riscos de manter a sua própria infraestrutura de data center de segurança local, incluindo hardware, software, segurança física e operacional, contratação de especialistas em segurança de Tecnologias de Informação (TI) e atendimento a padrões e certificações estatutários ou do sector.

Muitos clientes grandes da Microsoft, como as Lojas Renner, optam por uma estratégia de nuvem híbrida que combina a nuvem pública e a privada, permitindo que dados e aplicativos sejam compartilhados entre eles. Essa abordagem oferece às empresas a capacidade de dimensionar perfeitamente a sua infraestrutura local por meio da nuvem pública, quando necessário, sem permitir que os data centers de terceiros acessem a totalidade dos seus dados.

 

3. Requalificar a força de trabalho – A chegada da Inteligência Artificial deve transformar a natureza de diversas tarefas e ocupações, a exemplo do que aconteceu quando outras tecnologias como o telefone ou computador se popularizaram. Os DGs precisam de um olhar atento para a requalificação da força de trabalho a fim de garantir que os seus colaboradores e processos estejam alinhados para tirar o máximo proveito da nova tecnologia. Sem boas equipas, os projectos de IA provavelmente falharão devido à falta de conhecimento digital para utilizar as tecnologias e a ausência de habilidades para obter insights de dados. Um belo exemplo vem do London College of Fashion, uma das mais prestigiadas escolas de moda do mundo, que está a ensinar os futuros designers a pensar digitalmente, criando assistentes digitais de estilo e roupas sustentáveis.

Também é hora de os DGs começarem a pensar como aprimorar as habilidades interpessoais (soft skills) inerentes ao ser humano, aquelas que serão os verdadeiros diferenciais no mercado de trabalho do futuro, como discernimento, colaboração e empatia. 

 

4. Construir confiança – Quando se trata da confiança do cliente, ela pode levar anos para ser construída na sua organização e pode ser destruída em um único momento. Essa regra ressoa profundamente no mundo digital actual, no qual as organizações enfrentam ameaças cibernéticas cada vez mais agudas, além de expectativas éticas e cobranças legais quando se trata de transacções online e manipulação de dados de clientes. A responsabilidade pela criação e manutenção da confiança do cliente passa pelo DG, que precisa garantir que todos os elementos de confiança – incluindo segurança, privacidade, confiabilidade, transparência, conformidade e ética – sejam incorporados nas iniciativas de transformação digital desde o início. Os DGs também precisam examinar se o ecossistema de parceiros reconhece e compartilha os mesmos princípios de confiança da sua própria organização. Mais especificamente, se os parceiros de tecnologia aos quais eles confiam com os seus dados de clientes têm o mesmo conjunto de valores, princípios e políticas quando se trata do uso desses dados.

 

5. Transformar a sociedade – Assim como podemos imaginar como a tecnologia pode transformar negócios, conseguimos lançar mão nela para criar impacto positivo no mundo. A tecnologia pode ser uma ferramenta incrível para que as empresas superem desafios humanos ou ambientais nas suas áreas de actuação ou contribuam para as causas que abraçaram. A Inteligência Artificial terá um papel enorme na criação de soluções para alguns dos problemas mais sérios da humanidade. Entendo que para as empresas essa é uma oportunidade extraordinária de contribuição.

Pensando nisso, na Microsoft, lançamos a iniciativa "AI for Good", que fornece financiamento, transferência tecnológica e treinamento para pessoas e organizações sem fins lucrativos que desejem adoptar IA nos seus projectos em áreas como meio ambiente (AI for Earth), acções humanitárias (AI for Humanitarian Action) e acessibilidade (AI for Accessibility). No AI for Earth, focado em mudanças climáticas, agricultura, biodiversidade e água anunciamos recentemente os nossos primeiros quatro projectos apoiados na América Latina.

E você, qual tecnologia está a chamar a sua atenção? Estamos em um ponto realmente especial da história e as possibilidades diante de nós são quase infinitas.

Desejo a todos um 2019 de sucesso e muitas conquistas!

 

Por: Paula Bellizia - Vice President - Sales, Marketing and Operations for Latin America at Microsoft

 

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/cinco-quest%C3%B5es-de-tecnologia-que-ceos-devem-observar-em-bellizia/

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MESCTI Lança Oficialmente o 3º Inquérito de Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação realizou no dia 29 de Janeiro, no Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências - ISPTEC, em Luanda, o lançamento oficial do 3º Inquérito de Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação 2015/2016. 

O acto foi presidido pela Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, que se fez ladear pelo Director Nacional de Ciência e Investigação Científica do MESCTI, António de Alcochete, e pelo Director Geral do ISPTEC, Euclides Augusto Luís.

Os Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação, constituem instrumentos que permitem assegurar o apuramento de dados sobre ciência, tecnologia e inovação estabelecidos à luz do Decreto Presidencial 201/11, de 20 de Julho, da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, aferir, de forma objectiva, o Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico do País, tendo em atenção o investimento realizado, a produção científica, a produção tecnológica e a integração dos resultados obtidos na sociedade.

A recolha dos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação recomendados pela UNESCO, no contexto mundial, e pela União Africana e SADC, no contexto regional africano, afigura-se um compromisso nacional que contribui para avaliar a inserção de Angola no contexto das nações, medida de política inserida no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.

A preparação deste inquérito foi antecedida de um processo de preparação de documentos de recolha (fichas de inquérito), consulta dos parceiros como o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Instituto Nacional de Inovação e Tecnologias Industriais (INIT) e o Instituto de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), bem como as instituições de investigação científica e desenvolvimento e as instituições de ensino superior.

Esta preparação, culminou com a realização de um workshop nacional de capacitação em recolha de indicadores e várias reuniões do grupo técnico, com vista a uma processo de recolha eficiente e eficaz, bem como a validação final dos indicadores por organizações internacionais e pelo INE.

 

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Participe na 5ª edição da Conferência Internacional WASTES: Soluções, Tratamentos e Oportunidades

  • Publicado em Eventos

O Centro de Valorização de Resíduos (CVR) e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL) organizam a 5ª edição da Conferência Internacional WASTES: Soluções, Tratamentos e Oportunidades. A conferência decorrerá no Campus da FCT-UNL, Caparica - Lisboa, de 4 a 6 Setembro de 2019.

Espera-se reunir especialistas da academia e indústria dos sectores de Gestão e Reciclagem de Resíduos de todo o mundo, oferecendo conhecimento de última geração e compartilhando experiências com todos que comparecerem. As discussões sobre o equilíbrio entre os resultados económicos, ambientais e sociais, focados especialmente na transição necessária de uma economia linear para uma economia circular, suas oportunidades, desafios e restrições, serão cuidadosamente abordadas. O desenvolvimento de técnicas inovadoras, ferramentas e estratégias para melhorar o desempenho ambiental da empresa, a compreensão de como as actividades da indústria impactam o meio ambiente e a análise de opções para o seu aprimoramento também são objcetivos-chave para este evento.

Assim, os autores são convidados a enviar, até 5 de Março de 2019, a sua contribuição como artigos completos ou resumidos. Assim como nas edições de 2015 e 2017, todos os trabalhos completos aceites serão incluídos num livro publicado pela CRC Press - Taylor & Francis Group, que será proposto para Scopus e Web of Science para indexação. Observe que os artigos incluídos no livro Wastes 2015 estão actualmente disponíveis no Scopus, enquanto que os da edição de 2017 estão indexados na Web of Science (ISI).

Também seguindo as edições anteriores do Wastes, todos os artigos curtos serão incluídos nos Anais da Conferência (com o ISSN).

 

Mais informações:

http://www.wastes2019.org/

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Programa de Bolsas de Estudo para Estudantes Internacionais na Universidade de Macau

A Universidade de Macau (UM) informa que estão abertas as candidaturas a bolsas de estudo de Graduação e de Pós-graduação para estudantes internacionais, para o ano lectivo 2019-2020. Qualquer candidatura de um estudante internacional será automaticamente considerada para uma Bolsa de Estudante Internacional, a qual será concedida a quem demonstrar excelência no seu desempenho académico após a avaliação pela UM.

 

 Tipologias

I - Bolsas de Estudo de Mestrado e de Licenciatura:

Mestrado

  • 2 anos de bolsa
  • Isenção da taxa de inscrição
  • Isenção do pagamento do alojamento na Residencial de Pós-Graduação *
  • Montante Mensal *
  • Assistente (de Ensino ou Investigação) *

Licenciatura

  • 4 anos de bolsa para aluno de Licenciatura
  • Isenção da taxa de inscrição
  • Isenção do pagamento do alojamento no Colégio Residencial *
  • Montante Mensal *

As condições de atribuição do apoio financeiro encontram-se detalhadas em: https://gao.um.edu.mo/international-student/international-scholarship-schemes, estando o conteúdo igualmente em anexo no documento “International Scholarship Schemes”.

 

II - Bolsas de Estudo de Doutoramento:

Os candidatos aos programas de doutoramento a tempo inteiro na UM devem apresentar a sua candidatura online, devendo submeter a mesma para o esquema MPDS (sigla em Inglês – Macao PhD Scholarship). O resultado da atribuição da bolsa está sujeito à decisão final do Painel de Selecção da UM. O esquema MPDS concede a cada candidato premiado uma bolsa mensal de MOP 20 000 (apx. 2000 Euros) e um subsídio de viagem para conferências ou viagens de investigação até MOP 10 000 (apx. 1000 Euros) em cada ano lectivo, por um período de até quatro (4) anos. Propinas e/ou quaisquer outros tipos de taxas (nomeadamente de alojamento) que possam ser aplicadas durante o período dos estudos não serão cobertos pela Bolsa de Estudo. 

A Universidade de Macau aceita candidaturas de estudantes de todo o mundo para os seus programas de doutoramento. Para mais informação sobre os programas e detalhes da candidatura, por favor, aceder ao site da Escola de Pós-Graduação da UM na internet:

Escola de Pós-Graduação da Universidade de Macau: https://www.um.edu.mo/grs/en/

Programas de Doutoramento: https://www.um.edu.mo/grs/en/admissions_phd_regular.php

 

Aluno de Doutoramento que presta apoio como Assistente no Ensino ou na Investigação:

Este tipo de apoio financeiro ao aluno de doutoramento pode ter origem no financiamento centralizado da UM ou no financiamento dos projectos de investigação do investigador principal (PI) (normalmente o orientador de doutoramento), e atribui a cada beneficiário um montante mensal inicial de MOP 12 500 e que poderá ir até os MOP 14 000 (apx. 1.200 a 1.400 Euros). As propinas e / ou quaisquer outros tipos de taxas necessárias (nomeadamente o alojamento na residência de pós-graduação) durante o período de estudos não serão cobertos pelo apoio financeiro como Assistente, de forma semelhante às Bolsas de Estudo mencionadas acima.

Assistente de Doutoramento da UM: https://www.um.edu.mo/grs/en/admissions_phd_assistantship.php

As inscrições devem ser feitas online através dos seguintes endereços: 

 

Prazos:

Candidatura para alunos de Mestrado:

Período de Inscrição: até Fevereiro de 2019

 

Candidatura para alunos de Licenciatura:

Período de Inscrição: até Abril de 2019

 

Candidatura para alunos de Doutoramento:

Período de Inscrição: até Abril de 2019

Para mais detalhes, por favor, consulte o site oficial de Estudantes Internacionais em: https://gao.um.edu.mo/international-student

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Conheça o Projecto Luanda Waterfront: Avaliação Ecológica da Baía de Luanda

  • Publicado em Eventos

No dia 4 de Dezembro de 2018 foi realizado o workshop de lançamento do Projecto de Avaliação Ecológica da Baía de Luanda - Luanda Water Front, no anfiteatro Afonso Van-Dúnem (Mbinda) do Edifício Kilamba, em, Luanda. O projecto visa aumentar o conhecimento sobre a dinâmica ecológica da Baía de Luanda e os riscos ambientais e de saúde humana associados à proliferação de algas nocivas (Florescências Nocivas de Algas ou Harmful Algal Blooms, HAB), a intoxicação paralisante por ingestão de marisco, lixo marinho e outras ameaças de mudanças globais com impacto no bem-estar das comunidades locais e na saúde do ecossistema. De igual modo, o projecto pretende esclarecer mecanismos de co-gestão da baía de Luanda envolvendo as partes interessadas e as comunidades locais, com objectivo de recomendar estratégias de mitigação ambiental, para melhorar a qualidade da água, relacionadas com os impactos antropogénicos e mudanças climáticas, de modo a promover o desenvolvimento sustentável das actividades neste ecossistema.

A Baía de Luanda (BL) é a segunda maior baía costeira de Angola, localizada em frente à cidade de Luanda, e protegida por uma ilha. A BL é um ecossistema rico que fornece uma ampla diversidade de serviços ambientais. Devido à sua relevância, sofre múltiplas pressões que ameaçam a saúde do ecossistema. Os resíduos sólidos e efluentes domésticos não tratados lançados diariamente na Baía, dificultam a prática de desportos náuticos e a subsistência de actividade de pesca e lazer.

A previsão das respostas ambientais às acções de reabilitação e mitigação das actuais ameaças à BL requer a análise da qualidade de água e sedimentos e a avaliação da dinâmica trófica, incluindo potenciais espécies nocivas e invasoras. Este projecto fornecerá uma base de dados de biodiversidade e uma compreensão aprofundada sobre o funcionamento deste ecossistema, bem como as causas da redução da qualidade da água, especificamente a presença de espécies tóxicas, em BL, em comparação com um local de referência, a Laguna do Mussulo.

 

Para mais informações, consulte: https://ccemarluandawaterfront.com/

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Angola no Fórum Mundial de Educação 2019

A Foreign and Commonwealth Office, apoiada pelos Departamentos de Educação, Relações Internacionais e Intercâmbio, Departamento Internacional de Desenvolvimento do Reino Unido, o Conselho Britânico e os parceiros da indústria britânica, realizaram de 20 a 23 de Janeiro do ano corrente, o Fórum Mundial de Educação, em Londres, no Reino Unido.

O Fórum Mundial de Educação é o maior encontro mundial de Ministros da Educação. Delegados, em representação de mais de dois terços da população mundial, reúnem-se no Reino Unido, em Janeiro de cada ano, para debater a futura política educacional. A República de Angola foi representada neste evento pela Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança.

O evento compreende três dias de partilha de conhecimento e inspiração de pioneiros, formuladores de políticas e especialistas, com muitas sessões ministradas pelos próprios ministros como parte de uma avaliação honesta dos problemas e desafios comuns dos sectores da Educação e do Ensino Superior.

Nesta edição de 2019, os temas em debate centram-se nas seguintes ideias:

1. O que devemos fazer com o que sabemos?

  • Desenvolver políticas educacionais para implementação. Os dados de educação e o conhecimento que pode derivar dela, às vezes, podem parecer abundantes, mas raramente são bem utilizados.

2. Melhoria e crescimento:

  • O crescimento exponencial verifica-se quando o crescimento aumenta regularmente numa proporção constante; o que pode acontecer quando novos desenvolvimentos e inovações se constroem uns sobre os outros.

O Fórum Mundial de Educação 2019 tem como finalidade explorar as ideias acima referidas, com vista a busca de melhores oportunidades de educação em todo o mundo. 

 

O MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, em Luanda, 23 de Janeiro de 2019.

 

 

 

 

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Avaliação das Propostas de Projecto de Investigação Científica (Edital Nº1)

Considerando o Edital Nº1 -  Financiamento de Projectos de Investigação Científica, informamos que estão previstas as seguintes etapas:

  1. Compilação dos dados relativos às propostas de projecto recebidas - Dezembro 2018 / Janeiro 2019 - Concluída
  2. Criação dos modelos de avaliação - Concluída
  3. Criação da Comissão de Avaliação (Avaliação por pares) - Fevereiro/Março 2019 - Concluída
  4. Criação de sistema informático de gestão do processo de avaliação - Março 2019 - Concluída
  5. Avaliação das propostas - Em curso (O processo de avaliação é por pares – Peer review. O PDCT depende do desempenho dos avaliadores (pelo menos 2 por proposta). )
  6. Obtenção de Não-Objecção (NO) do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) (O BAD já deu a NO para os primeiros projectos aprovados.)
  7. Divulgação dos resultados da avaliação (Divulgação dos resultados dos projectos à medida que são revistos pelos avaliadores. Os primeiros resultados podem ser consultados clicando aqui.)
  8. Assinatura dos Acordos de Financiamento (apenas para as propostas aprovadas) - Após a Não-Objecção do BAD. (Os primeiros Acordos já foram rubricados e serão assinados em meados de Outubro)
  9. Início do financiamento das propostas já revistas - Outubro 2019 

 

Após a compilação dos dados relativos às propostas de projecto recebidas, apresentam-se os seguintes resultados:

  • Número de propostas recebidas: 142
  • Número províncias: 14 (Todas menos Zaire, Lunda-Norte, Lunda-Sul e Cuando Cubango)
  • Província com maior número de propostas: Luanda (68)
  • Províncias com menor número de propostas: Moxico (1) e Cunene (1)
  • As propostas enquadram-se nos domínios científicos apresentados no seguinte gráfico.

 

 

 

PS: Visite regularmente o portal ciencia.ao para mais informações.

 

Última actualização: 13/10/2019

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Mil ou milhões: quanto realmente custa criar um produto digital?

Actualmente, é bem plausível financiar um primeiro protótipo e validar uma ideia usando recursos próprios ou parte da margem de um negócio existente. “Basta ter um cartão de crédito para começar uma Startup”, dizem por aí… Com os primeiros utilizadores, surgem os primeiros investidores e aquele sentimento de que o pior já passou. Confiante, o empreendedor, incluindo o intra-empreendedor, redobra a sua aposta no negócio, aportando todos os recursos disponíveis, muitas vezes sem muita certeza de quanto ainda será necessário investir. Afinal, o importante é executar!

Infelizmente, a realidade é que, para cada 4 Startups que recebem investimentos, 3 vão queimar esse dinheiro e fechar as portas. A falta de recursos é uma das causas mais apontadas pelos empreendedores (#2 abaixo)

 

Na prática, entre a validação de um protótipo e o desenvolvimento de um produto escalável capaz de gerar uma receita saudável, estão outras importantes etapas que precisam ser planeadas com cautela e cujos investimentos podem ultrapassar os milhões. Actualmente, tenho visto cada vez mais projectos a serem executados sem um planeamento financeiro adequado, levando a cenários complicados e, em alguns casos, ao fracasso. Por isso, decidi escrever um pouco sobre este tema . Afinal, quanto dinheiro a sua empresa vai precisar para desenvolver o seu produto?

 

Do Protótipo ao Produto

Um conceito bastante simples mas muito esclarecedor que Martin Cagan apresenta no seu livro Inspired é o entendimento do “P” do MVP como sendo um protótipo — ou seja, uma versão preliminar — e não um “produto”, o qual é muitas vezes associado com uma solução pronta e madura. Ao se deixar claro o carácter preliminar dessa primeira solução, fica mais evidente a relação entre custo de validação da ideia (protótipo) e o custo de se escalar o negócio por meio de uma solução final (produto). Para se atingir esta etapa, são necessárias contínuas evoluções ao longo de várias iterações, aprimorando a solução desenvolvida e, consequentemente, aumentando o volume de investimento.

Um grande desafio é saber quando realizar este investimento. Para evitar o desenvolvimento de um produto sem “marketfit”, é recomendado que tal investimento siga de forma gradual conforme aumenta a confiança no modelo de negócios, canais de distribuição e mercado potencial. É neste momento que a startup naturalmente reforça o seu grupo técnico, começa a pensar na gestão de pessoas e de processos e entra em um novo patamar de comprometimento financeiro.

#Conclusão: cada etapa exige um nível de comprometimento financeiro diferente

 

Quanto custa?

Um grande desafio para todos, e isso não é de hoje, é a dimensão desse investimento. Fred Brooks, autor do clássico livro “The Mythical Man-Month: Essays on Software Engineering”, defende que:

“…o investimento em produto ‘pronto para escalar’ chega a ser  9x o valor da primeira versão de garagem”

Veja:

 

Program: é o software de “garagem”, ou seja, o resultado do esforço individual de um desenvolvedor. Está completo e pronto para ser mantido pelo próprio autor.

Programming Product: é aquele produto que pode ser usado, testado, editado e estendido por qualquer um.

Programming System: é a integração do programa com as suas demais interfaces e demais interacções entre aplicações.

Programming Product System: objectivo de todo empreendedor, é um produto completo e utilizável em todas as suas dimensões.

 

Na prática, muitos empreendedores partem de uma primeira versão e aos poucos, e sem consciência de custo, vão atacando os desafios do crescimento. Maior cobertura de teste, criação de micro-serviços, documentação, etc. Um erro comum é sub-dimensionar o tamanho do investimento necessário, levando a startup a carregar durante meses e anos um produto aquém das expectativas do mercado, sacrificando o go to market. No extremo oposto, vemos os fundadores que trabalham com pouca margem de erro e esgotam os recursos antes do produto estar pronto.

#Conclusão: um produto completo custa 9x que a solução de garagem inicial

 

Caso real — Olist

 

Um caso real e público de uma empresa brasileira que superou essa etapa com maestria é a Olist, startup que permite que vendedores comercializem por meio da sua plataforma em marketplaces como Amazon, Americanas, Extra, Ponto Frio, Submarino e Walmart. E tudo isso começou com um MVP simples e um grupo pequeno:

A Olist “entrou no ar” como Olist em meados de Fevereiro de 2015. A empresa toda tinha cerca de 7 pessoas sendo que 2 delas eram programadores de software. Esses programadores começaram a desenvolver o sistema da Olist em Novembro de 2014. A primeira versão do sistema da Olist foi desenvolvida em apenas 4 meses! Com apenas 2 programadores! E o mais impressionante: 2 programadores com pouca experiência profissional!

A empresa começou a operar e começou a crescer… e crescer… e crescer… até chegar na BlackFriday em Outubro/Novembro de 2015 quando recordes inimagináveis de vendas foram batidos. Nesse momento o sistema, que foi desenvolvido sem testes automatizados, sem processos, sem boas práticas de engenharia de software e por programadores inexperientes começou a apresentar fadiga.

Os problemas proliferaram e a coisa toda começou a sair um pouco do controle. Era o momento de estruturar a tecnologia da Olist. (…) Mais programadores foram contratados, um gestor foi colocado para organizar mais os processos, a empresa tomou mais conhecimento sobre o funcionamento do negócio, etc. (…) Em Janeiro de 2016 eu iniciava a minha jornada na Olist com um objectivo: fazer a Olist tornar-se referência em tecnologia…

https://engineering.olist.com/o-estado-da-tecnologia-na-olist-da18af46b284

Transformar um MVP em produto é um trabalho árduo e muitas vezes acontece ao longo de meses e anos. Não há nada de errado em fazer este processo em etapas, desde que o empreendedor tenha consciência de quanto trabalho ainda tem pela frente.

Da mesma forma que um produto mal desenvolvido restringe o crescimento e a competitividade da empresa, criando muitas vezes um pesadelo para o grupo técnico, o investimento mal dimensionado pode levar a empresa a fechar as portas. No caso da Olist, foram levantados U$5M entre Janeiro de 2016 e Janeiro de 2017, propulsionando a evolução tecnológica da empresa. A título de contraste com a teoria apresentada anteriormente, este montante é 5,9x maior que os U$835 mil levantados previamente.

 

Desafios do empreendedor

Parte do desafio do empreendedor e do seu grupo financeiro é saber dosear a disponibilidade e o consumo de recursos com ritmo de desenvolvimento e aperfeiçoamento do seu produto. A história mostra que essa não é uma actividade tão simples. Empresas como Youtube, Tesla, Facebook, Square, entre outras tantas, tiveram em suas trajectórias momentos de grande tensão financeira. Para superá-los, é necessária atenção redobrada ao planeamento financeiro, assim como constantes “reality checks” em relação ao estágio de desenvolvimento do produto e performance do grupo técnico.

 

 

Autor:

Rodolfo Pinotti

Innovation, Startups & Entrepreneurship

 

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/mil-ou-milh%C3%B5es-quanto-realmente-custa-criar-um-produto-pinotti/?trk=eml-email_feed_ecosystem_digest_01-recommended_articles-10-Unknown&midToken=AQELPIK_y4lJyw&fromEmail=fromEmail&ut=1-JnjHgFBnKEw1

 

 

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