As Cinco Questões de Tecnologia que os DGs devem Observar em 2019
- Escrito por Portal Ciencia.ao
Com a nuvem, desafios de armazenamento e disponibilidade nunca foram tão simples de serem resolvidos. A questão é gerir um volume de dados que cresce de maneira exponencial e transformá-los em inteligência. Vamos considerar que, com mobilidade e Internet das Coisas, o volume de dados continuará a crescer em 2019. Sugiro a leitura da história da cervejaria Carlsberg, que está transformando sabores de cerveja em dados para criar novos rótulos. A corrida por inovação começa com uma estratégia de dados. Também não podemos esquecer da tarefa igualmente fundamental da protecção de dados, tanto para manter a empresa protegida como para cumprir exigências regulatórias e de conformidade cada vez mais rígidas, como a lei europeia LGPD e a Lei Brasileira de Proteção de Dados, que passa a vigorar a partir de 2020. Esta é uma prioridade para a Microsoft. Como gostamos de enfatizar, ninguém usará tecnologia em que não confia.
2. Acelerar a adopção da nuvem – A discussão da migração para a nuvem entrou num novo capítulo. Muitas empresas brasileiras já levaram para a nuvem aplicações críticas e avançaram várias casas nessa jornada. A pergunta “quando migrar” está a ficar para trás.
A questão não é apenas de economia (embora, para a maioria dos clientes, o retorno do investimento (ROI) de mudar para a nuvem seja altamente – e cada vez mais – atraente). As empresas também estão a considerar os riscos de manter a sua própria infraestrutura de data center de segurança local, incluindo hardware, software, segurança física e operacional, contratação de especialistas em segurança de Tecnologias de Informação (TI) e atendimento a padrões e certificações estatutários ou do sector.
Muitos clientes grandes da Microsoft, como as Lojas Renner, optam por uma estratégia de nuvem híbrida que combina a nuvem pública e a privada, permitindo que dados e aplicativos sejam compartilhados entre eles. Essa abordagem oferece às empresas a capacidade de dimensionar perfeitamente a sua infraestrutura local por meio da nuvem pública, quando necessário, sem permitir que os data centers de terceiros acessem a totalidade dos seus dados.
3. Requalificar a força de trabalho – A chegada da Inteligência Artificial deve transformar a natureza de diversas tarefas e ocupações, a exemplo do que aconteceu quando outras tecnologias como o telefone ou computador se popularizaram. Os DGs precisam de um olhar atento para a requalificação da força de trabalho a fim de garantir que os seus colaboradores e processos estejam alinhados para tirar o máximo proveito da nova tecnologia. Sem boas equipas, os projectos de IA provavelmente falharão devido à falta de conhecimento digital para utilizar as tecnologias e a ausência de habilidades para obter insights de dados. Um belo exemplo vem do London College of Fashion, uma das mais prestigiadas escolas de moda do mundo, que está a ensinar os futuros designers a pensar digitalmente, criando assistentes digitais de estilo e roupas sustentáveis.
Também é hora de os DGs começarem a pensar como aprimorar as habilidades interpessoais (soft skills) inerentes ao ser humano, aquelas que serão os verdadeiros diferenciais no mercado de trabalho do futuro, como discernimento, colaboração e empatia.
4. Construir confiança – Quando se trata da confiança do cliente, ela pode levar anos para ser construída na sua organização e pode ser destruída em um único momento. Essa regra ressoa profundamente no mundo digital actual, no qual as organizações enfrentam ameaças cibernéticas cada vez mais agudas, além de expectativas éticas e cobranças legais quando se trata de transacções online e manipulação de dados de clientes. A responsabilidade pela criação e manutenção da confiança do cliente passa pelo DG, que precisa garantir que todos os elementos de confiança – incluindo segurança, privacidade, confiabilidade, transparência, conformidade e ética – sejam incorporados nas iniciativas de transformação digital desde o início. Os DGs também precisam examinar se o ecossistema de parceiros reconhece e compartilha os mesmos princípios de confiança da sua própria organização. Mais especificamente, se os parceiros de tecnologia aos quais eles confiam com os seus dados de clientes têm o mesmo conjunto de valores, princípios e políticas quando se trata do uso desses dados.
5. Transformar a sociedade – Assim como podemos imaginar como a tecnologia pode transformar negócios, conseguimos lançar mão nela para criar impacto positivo no mundo. A tecnologia pode ser uma ferramenta incrível para que as empresas superem desafios humanos ou ambientais nas suas áreas de actuação ou contribuam para as causas que abraçaram. A Inteligência Artificial terá um papel enorme na criação de soluções para alguns dos problemas mais sérios da humanidade. Entendo que para as empresas essa é uma oportunidade extraordinária de contribuição.
Pensando nisso, na Microsoft, lançamos a iniciativa "AI for Good", que fornece financiamento, transferência tecnológica e treinamento para pessoas e organizações sem fins lucrativos que desejem adoptar IA nos seus projectos em áreas como meio ambiente (AI for Earth), acções humanitárias (AI for Humanitarian Action) e acessibilidade (AI for Accessibility). No AI for Earth, focado em mudanças climáticas, agricultura, biodiversidade e água anunciamos recentemente os nossos primeiros quatro projectos apoiados na América Latina.
E você, qual tecnologia está a chamar a sua atenção? Estamos em um ponto realmente especial da história e as possibilidades diante de nós são quase infinitas.
Desejo a todos um 2019 de sucesso e muitas conquistas!
Por: Paula Bellizia - Vice President - Sales, Marketing and Operations for Latin America at Microsoft