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dezembro 2014

O que se Pretende com a Avaliação das Universidades?

Ao impregnar-se da lógica da "accountability", a avaliação está, claramente, ao serviço da prestação de contas, entendida como "obrigação ou dever de dar respostas" e "acto de justificação e explicação do que é feito, como é feito e porque é feito". A avaliação é uma função inerente a qualquer sistema de organização social que estabeleça objectivos e metas a atingir. Assim, pela avaliação importa aferir se as normas reguladoras da organização são observadas, se a operação planeada está a decorrer como previsto e se os objectivos e metas da organização são de facto os pretendidos ou fixados. 

Da breve incursão sobre a concepção do Ensino Superior e a diversidade de tipologias institucionais de que se reveste, resulta, desde já, a complexidade da avaliação no ensino superior. Assim, há de constituir objecto de avaliação o desempenho das funções de ensino, investigação e extensão que as Instituições de Ensino Superior (IES) realizam, analisando-se a qualidade de actuação das instituições em cada uma dessas funções, mas tendo em conta, do mesmo passo, o modo como tais funções se correlacionam ao nível das práxis de cada uma das instituições. Porém, se esta abordagem parece consensual, nem por isso deixa de se revestir de contornos diferentes, consoante a natureza e complexidade de missões conferidas a cada uma das instituições, tendo em conta a sua diversidade e natureza. 

Desde a pouco conhecida Academia de Platão, que terá sido fundada por este filósofo da Antiguidade, no ano 386 (ou 387), a.C., considerada precursora da ideia de Universidade que há-de emergir mais tarde, segundo alguns, em África, mais precisamente, em Fez, Marrocos, no ano de 859, com a criação da Universidade de Karueein, e no Cairo, Egipto, em 988, com a fundação da Universidade de Al-Azhar, e, segundo a maioria dos estudiosos, na Europa da Idade Média, mais precisamente em Bolonha, Itália, no ano de 1088, e em Paris, França, em 1090, com a instituição das universidades de Bolonha e de Paris, respectivamente, até aos dias de hoje, existe uma diversidade de conceptualização da Universidade "latu senso" e do Ensino superior, caracterizada tanto pelas abordagens que são dadas ora à difusão do conhecimento, a investigação, ou ainda à cultura, à ligação com a sociedade (extensão) e ao desenvolvimento, como pelo modo como se encara a ligação entre estas vertentes da sua actuação, sem se ignorar ainda a multivariada denominação destas instituições, ao nível do plano normativo. 

 

Importância da Assembleia universitária para a Avaliação Interna 

Assembleia universitária é a reunião da comunidade universitária, constituída pelos professores, estudantes e servidores técnico-administrativos da Universidade. A Assembleia Universitária deve reunir-se ordinariamente uma vez por ano, ou, extraordinariamente, quando convocada pelo Reitor ou por requerimento da maioria dos seus membros. Quando este orgão não existe fica amputada a democracia institucional e fruto disso uma dificil acção de auto controlo, autoregulação e de submissão ao crivo analítico e de controlo da comunidade universitária, ou seja, a avaliação interna da instituição torna-se muito subjectiva ou "legitimadora" .

Neste sentido o processo de avaliação de ensino, investigação e extensão para, Ricardo Machado Lourenço Filho, Mestre em Direito pela Universidade de Brasília, "consiste em produzir conhecimento com autonomia, significa trabalhar com a mesma lógica do sistema social da educação". O pensamento crítico nelas produzido é fundamental para a construção democrática de um pensamento reflexivo voltado para diversos aspectos sociais (inclusive a própria universidade). Vista desta maneira a autonomia universitária deve estar comprometida com o desenvolvimento da pessoa, a sua preparação para o exercício da cidadania plena, e a sua qualificação profissional, ou seja, a sua "preparação para a vida" como disse José Marti.

A produção de pensamento crítico, guiado pela sua própria lógica; resistência; emancipação; superação: nisso tudo reside não apenas o potencial da universidade, mas também a sua responsabilidade social e a chave para o desempenho desse papel.

 

A avaliação Interna e Externa das Universidades Angolanas

Para Eugénio Silva e Maria Mendes (Instituto de Educação, Universidade do Minho (Braga/Portugal e Universidade Katyavala Bwila (Benguela/Angola), "Na UAN" e nas novas universidades publicas, as "práticas relacionadas com a avaliação institucional, são escassas e pouco consistentes, estão associadas a representações que lhes atribuem um sentido legitimador e credibilizador da imagem institucional". Como exemplo, apontam a avaliação interna na Faculdade de Medicina que segundo eles foi accionada para conferir legitimidade ao processo de reforma curricular iniciado em 2002 e promover a sua qualidade.  Segundo os estudos feitos por estes dois investigadores, são quatro as experiências estruturadas mais relevantes de avaliação externa da UAN: i) avaliação desenvolvida pela Fundação Calouste Gulbenkian (em 1986); ii) avaliação realizada pela Fundação Gomes Teixeira (Junho de 1995 a Março de 1996); iii) diagnóstico realizado pela Secretaria de Estado do Ensino Superior (SEES) (em 2005); e iv) avaliação externa da Faculdade de Medicina, realizada pela Universidade do Porto (em 2007).

98A primeira, de acordo com o respectivo relatório (Fundação Calouste Gulbenkian, 1987: 8-9), visou analisar a situação da UAN e definir o quadro de prioridades e de acções de cooperação a desenvolver no âmbito do programa de apoio da referida fundação à UAN. Identificou pontos de estrangulamento ligados à insuficiência de recursos, excessiva dependência externa decorrente da carência de quadros angolanos qualificados e fraca dignificação e reconhecimento da instituição.

A segunda procurou identificar aspectos relacionados com o funcionamento interno e o relacionamento da universidade com o meio envolvente, focando a articulação com os restantes graus de ensino, a capacidade de formar quadros e a sua inserção no contexto científico. A mesma, assumindo-se como "uma avaliação externa da UAN" (Fundação Gomes Teixeira, 1996: 22), permitiu fazer um diagnóstico e esboçar propostas precisas e susceptíveis de modificar o panorama universitário angolano.

A terceira diz respeito a um diagnóstico realizado pela SEES, em 2005, que incidiu sobre aspectos relacionados com a gestão universitária, tendo abarcado todas as instituições de ensino superior públicas e privadas. Os resultados obtidos serviram de referência para a análise e projecção da melhoria de todo o subsistema, de que viria a resultar a reorganização da rede de IES, a criação de novas universidades públicas, bem como o redimensionamento da UAN.

A quarta refere-se à avaliação externa da Faculdade de Medicina da UAN (2007), com base nos resultados da avaliação interna e tendo como referencial os Standards Globais para o Desenvolvimento de Qualidade em Educação Médica Pré-Graduada da WFME (World Federation of Medical Education). Esta contou com a parceria da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, marcando o início de um programa estratégico de desenvolvimento da qualidade da formação de médicos em Angola.

Pode-se concluir que os processos de avaliação nas universidades angolanas mesmo depois do surgimento do Ministério do Ensino superior, são ainda deficientes carecendo de maior dinâmica, periodicidade, complexidade e rigor. O primado da democracia institucional e do conhecimento, é fundamental para a credibilização dos processos de avaliação das universidades. 

 

 

Amílcar Inácio Evaristo, Ph.D.

Biólogo e Psicólogo

Professor Associado da Universidade Agostinho Neto-ISCISA (Instituto Superior de Ciências da Saúde)

 

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Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação Intervém na Sessão sobre Tecnologia Alimentar e Nutrição

Nota de Imprensa

 

A Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo, defendeu no Cairo, Egipto, que o processo de desenvolvimento humano passa inevitavelmente pela segurança alimentar das populações e, como é óbvio, o continente africano, não foge a esta regra. A governante fez esta afirmação, quando dissertava na sessão “Tecnologia Alimentar e Nutrição: Caminhos Inovadores para o Desenvolvimento de Infraestrutura de "Massa Cinzenta" em África", no contexto do 3° Fórum Africano de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI), aberto no dia 10, com a presença do Presidente do Egipto, Abdel Fattah El-Sisi, assim como de mais de 30 ministros que tutelam o pelouro do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia.

Maria do Rosário Bragança Sambo lamentou o facto da qualidade de vida das pessoas em África ser ainda um enorme obstáculo, numa época em que a 4ª revolução industrial se desencadeia e muitos dos países do nosso continente lutam até agora com os desafios das etapas iniciais da revolução industrial, tais como; a mecanização agrícola, a capacidade de produção em massa, o uso da eletricidade, a automação, a eletrónica e a tecnologia da informação, só para citar alguns, disse a governante.

Para a dirigente angolana, a inversão deste paradigma passa necessariamente por adoptar-se a palavra-chave “acelerar” para tentarmos passar por estágios que conduzam África ao caminho do desenvolvimento, porque segundo a Ministra, não teremos outra escolha se não acompanharmos os países mais avançados.

A Ministra, não deixou de reconhecer o contributo que a Universidade Agostinho Neto tem dado para a melhoria da qualidade dos produtos agrícolas em Angola, através do seu Centro de Investigação Científica sobre Recursos Fitogenéticos  que trabalha directamente com os agricultores no aperfeiçoamento da qualidade genética de certos alimentos, levando em consideração as condições climáticas locais e o impacto das mudanças climáticas. 

Por seu turno, o Ministro do Ensino Superior e da Investigação Científica do Egipto, Khaled Abdel Ghaffor, disse que o Presidente Abdel Fattah El-Sisi deu-lhe orientações expressas no sentido de traçar um programa de apoio a jovens investigadores africanos, assim como no aumento do número de bolsas de estudos para países africanos, com suporte financeiro das autoridades egípcias.

O Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, disse no seu discurso que a presença do estadista egípcio El-Sisi, na abertura da reunião de cúpula dos ministros africanos responsáveis pela CTI, comprova a importância dada à tecnologia e à inovação.   

Akinwumi Adesina também frisou que o BAD concedeu um empréstimo de USD 500 milhões para diversos projectos no Egipto, incluindo USD 400 milhões para o sector privado, visando o reforço das oportunidades de trabalho e o suporte para vários projectos relacionados com a água em África.

De referir que o 1º Fórum Africano de Ciência, Tecnologia e Inovação foi realizado no Quénia em 2012, conectou os esforços em CTI em África aos processos globais de desenvolvimento sustentável, destacando alguns dos principais problemas enfrentados pela região na preparação da cúpula Rio + 20, enquanto o 2º Fórum teve lugar em Marrocos em 2014 que aumentou a parceria a 21 organizações internacionais, concentrou-se na avaliação do estado da CTI em África e promoveu a inovação e a apresentação das melhores práticas globais.

 

Embaixada da República de Angola na República Árabe do Egipto, aos 11 de Fevereiro de 2018.  

 

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Angola participa na 3ª Edição do Fórum Africano sobre Ciência, Tecnologia e Inovação

O Banco Africano de Desenvolvimento, o Governo Egípcio, apoiados pela República da Coreia do Sul, Japão e outros parceiros, realizam de 10 a 12 de Fevereiro de 2018 no Cairo, Egipto, a terceira edição do Fórum Africano sobre Ciência, Tecnologia e Inovação ("Africa Forum on STI"). 

Esta edição do fórum enfatiza a importância da investigação para promover a inovação e os bens e serviços exploráveis, concentrando-se no sector privado em cinco áreas: mudanças climáticas, nutrição, água, Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e produtos farmacêuticos - estas cinco áreas selecionadas oferecem oportunidades tangíveis para a transformação económica do continente.

O Fórum visa alcançar o crescimento económico e aumentar a competitividade do sector privado africano através do uso da ciência, tecnologia e inovação. Isso, instando os países do continente a investir mais em investigação, ensino superior e ciência, para construir uma economia do conhecimento e para não perder o comboio da nova revolução industrial em movimento.

Como espaço de intercâmbio e promoção do conhecimento, o Fórum on STI permite uma ampla divulgação dos mais recentes conhecimentos e tecnologias, melhores práticas tanto a nível regional como global, além de promover empreendedorismo no ensino superior, bem como em ciência e tecnologia. 

Angola participa desta 3ª edição do Fórum Africano sobre Ciência, Tecnologia e Inovação com uma delegação liderada pela Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. Doutora Maria do Rosário Bragança Sambo. Especificamente, a Ministra intervirá na Sessão Paralela sobre "Tecnologia de alimentação e nutrição: Caminhos inovadores com vista a construção de infra-estruturas de massa cinzenta em África", no dia 11 de Fevereiro de 2018.

 Líderes políticos africanos e outros decisores - actuais e futuros - têm a oportunidade de elaborar um roteiro comum para ampliar a ciência, a tecnologia e a inovação para o continente africano. Além de muitos ministros africanos de ensino superior, ciência e tecnologia, o Fórum reúne diferentes actores dos sectores público e privado, cientistas, investigadores, inventores - incluindo muitos jovens - e parceiros de cooperação para o desenvolvimento.

 

Mais Informação

https://www.afdb.org/en/news-and-events/third-africa-forum-on-sti-building-on-science-technology-and-innovation-to-boost-private-sector-and-socio-economic-transformation-in-africa-17714/

 

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INAGBE Abre Candidaturas a Bolsas de Estudo Externas de Graduação e Pós-Graduação

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) comunica que estão abertas, até ao dia 31 de Março, as candidaturas a Bolsas de Estudo Externas a nível de Graduação(Licenciatura) e Pós-Graduação (Mestrado e Doutoramento), referente ao ano 2018, de acordo com o Decreto Presidencial 165/14, de 19 de Junho.

 

Candidaturas

As candidaturas devem ser feitas, presencialmente, nas instalações do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), sito na Rua do MAT, Complexo Administrativo Clássicos de Talatona, 4º edifício, 2º andar, município de Talatona, província de Luanda.

 

Requisitos para obtenção de Bolsa de Estudo Externa de Graduação:

  • Ter nacionalidade Angolana;
  • Não ter idade superior a 22 (vinte e dois) anos;
  • Ter média não inferior a 14 (catorze) valores, particularmente nas disciplinas nucleares;
  • Não ter interrompido o ciclo de formação, após a conclusão do 2° Ciclo do Ensino Secundário, por um período superior a um (1) ano;
  • Ter comportamento moral, cívico e patriótico.

 

Documentos Necessários:

  • Uma (1) fotografia do tipo passe;
  • Fotocópia do Bilhete de Identidade, acompanhado do original;
  • Duas (2) fotocópias do Certificado, com as notas descriminadas, e acompanhadas do original para confirmação;
  • Fotocópia do Passaporte (páginas 1, 2 e 32), com validade superior a dois anos (opcional);
  • Fotocópia do Certificado Internacional de Línguas (opcional).

 

Requisitos para obtenção de Bolsa de Estudo Externa de Pós-graduação:

  • Ter nacionalidade Angolana;
  • Não ter idade superior a 35 (trinta e cinco) anos, para cursos de Mestrado, e de 45 (quarenta e cinco) anos, para o curso de Doutoramento;
  • Ter experiência profissional comprovada na área de conhecimento em que se formou e em que pretende fazer o Mestrado ou Doutoramento;
  • Ter comportamento moral, cívico e patriótico.

 

Documentos Necessários:

  • Requerimento de solicitação de Bolsa de Estudo Externa dirigido à Directora Geral do INAGBE;
  • Plano previsional de formação da Instituição em que o candidato está vinculado, aprovado pela mesma, caso seja aplicável;
  • Fotocópia da folha de salário ou título de vencimento, caso seja aplicável;
  • Memória descritiva do ante-projecto de investigação científica, contendo a temática, os objectivos, a justificação, a relevância, a fundamentação teórica, a metodologia de investigação e o cronograma de execução da investigação;
  • Documentos comprovativos de conclusão de Licenciatura ou Mestrado devidamente homologados pelo Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior (INAAREES);
  • Uma (1) fotografia do tipo passe;
  • Fotocópia do Bilhete de Identidade, acompanhado do original;
  • Fotocópia do Passaporte (páginas 1, 2 e 32), com validade superior a dois anos;
  • Fotocópia do Certificado Internacional de Línguas (opcional).

 

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Celebração do "Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência"

O dia 11 de Fevereiro foi instituído pela Organização da Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para comemorar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Este dia constitui uma oportunidade para todos apoiarem a sua integração na ciência, com o intuito de chamar a atenção para a necessidade de se continuar os esforços na redução das diferenças de género na ciência.

No âmbito das comemorações do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) exorta, através da Circular Nº04/GMESCTI/31/01 de 2018, todas as instituições de ensino, incluindo as Instituições de Ensino Superior e as Instituições de Investigação Científica e Desenvolvimento a comemorarem esta data. A referida circular, que pode ser lida na íntegra clicando aqui, incentiva ainda a partilha, na "primeira pessoa", de histórias interessantes de mulheres com percurso na ciência.

 

Mais informações

http://www.un.org/en/events/women-and-girls-in-science-day/

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Chamada de Candidaturas ao Programa Europeu de Metrologia para a Inovação e a Investigação - EMPIR

A Associação Europeia dos Institutos Nacionais de Metrologia – EURAMET anuncia a abertura de candidaturas ao Programa Europeu de Metrologia para a Inovação e a Investigação (EMPIR), dirigido às seguintes áreas temáticas: "Metrologia para a Saúde, Visão ampla do Sistema Internacional de Unidades (SI), Metrologia para a Investigação Pré- e Co-normativas, Suporte para Redes e Potencial de Investigação".

A chamada terá um processo de duas fases, para projectos conjuntos de investigação:

  • A 1ª Fase da Chamada é para Potenciais Tópicos de Investigação (PRTs), aberto de 10 de Janeiro de 2018 a 19 de Fevereiro de 2018;
  • A 2ª Fase da Chamada destina-se a Projectos de Investigação Conjuntos (JRPs), aberto de 14 de Junho de 2018 a 01 de Outubro de 2018.


Mais informação: http://msu.euramet.org

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Ibuprofeno Pode Causar Infertilidade Masculina

Um estudo desenvolvido por investigadores franceses e dinamarqueses, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) – e retomado pelo jornal de Portugal, o Público, conclui que o ibuprofeno tem um impacto negativo nos testículos e pode levar à infertilidade masculina e a complicações como depressão, disfunção eréctil e doenças cardiovasculares.

O ibuprofeno é um fármaco com propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas, pertencendo ao grupo dos anti-inflamatórios não esteroides (AINE). Está indicado para o tratamento sintomático das seguintes situações:

  • Em reumatologia - osteoartrose, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, reumatismo extra-articular;
  • Como analgésico - dor pós-traumática (entorses, contusões, luxações, fraturas), dor pós-cirúrgica (cirurgia geral, episiotomia, extração dentária), odontalgia, dismenorreia, dor ligeira a moderada, cefaleias;
  • Como antipirético - febre de diversas etiologias.

No estudo – em que participaram 31 homens, com idades entre os 18 e os 35 anos – os investigadores aperceberam-se de que a administração de ibuprofeno alterava o sistema endócrino (responsável pela secreção de hormonas) e resultava no desenvolvimento de hipogonadismo, um problema frequente nos idosos que diminui a actividade funcional dos testículos que pode levar à infertilidade e a outras complicações.


Menos testosterona

Além de ser dos comprimidos mais fortes, o analgésico e antipirético ibuprofeno é um dos mais tomados para “dores, febre, artrite”, sendo “muito usado por atletas”, diz o estudo, razão pela qual considera esta investigação não só interessante, como também relevante para a saúde reprodutora masculina.

Dos 31 voluntários do estudo (uma amostra que ainda é pequena), foram seleccionados 14, a quem foi dada uma dose diária de ibuprofeno semelhante à que tomam alguns atletas, tanto profissionais como amadores: 600 miligramas duas vezes por dia, explicou Bernard Jégou à CNN. Aos restantes 17 voluntários, foi dado um placebo. A dose média diária recomendada varia entre 1200 e 1800 miligramas, tomados com um intervalo de oito horas.
Naqueles que tomaram o fármaco, foi possível ver que as suas hormonas luteinizantes (que estimulam as células de Leydig a produzir testosterona) passaram a estar associadas ao nível de ibuprofeno que circulava na corrente sanguínea. E o nível de testosterona, a principal hormona sexual masculina, também diminuiu, um sinal de testículos disfuncionais. Além de produzirem os espermatozoides, os testículos segregam a testosterona, responsável, na idade adulta, pela fertilidade e pela libido do homem.

Bernard Jégou acredita que os efeitos são reversíveis em homens que tenham tomado ibuprofeno durante curtos períodos de tempo, mas não sabe até que ponto é que os efeitos poderão ser revertidos em quem toma a substância há mais tempo, o que volta a gerar preocupação com quem os toma quase diariamente. O investigador refere que é necessário mais investigação na área para responder a muitas das questões que ainda ficaram pendentes. “Mas o alerta está dado”, disse ainda à CNN. “Se isto servir para lembrar as pessoas de que estamos a lidar verdadeiramente com fármacos – e não com coisas que não são perigosas – é uma coisa boa”, disse o investigador.

Mais informações em: https://www.publico.pt/2018/01/09/ciencia/noticia/ibuprofeno-pode-causar-infertilidade-masculina-e-outras-complicacoes-1798749

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Chamada de Candidaturas: Workshop ASSAf-TWAS-AAAS Sobre Diplomacia Científica

A Academia de Ciências da África do Sul (ASSAf, em inglês), o Escritório Regional da Academia Mundial das Ciências da África Subsaariana (TWAS-ROSSA, em inglês) e a Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, em inglês) têm abertas as candidaturas para o primeiro workshop regional de treinamento sobre diplomacia científica, a ser realizada na África do Sul, de 21 a 25 de Maio de 2018.

Tendo em conta o crescente papel da ciência e da tecnologia nas relações internacionais, este workshop, de 5 dias, irá expor os participantes às principais questões contemporâneas sobre políticas científicas internacionais e regionais, incluindo as grandes infra-estruturas científicas colaborativas, abordagens transnacionais para a conservação da biodiversidade, segurança alimentar e energética, gestão dos recursos hídricos e da saúde, entre outras.  Fornecerá também uma visão geral de como a ciência, a tecnologia e a inovação contribuem para o desenvolvimento de políticas globais de governança e resolução de conflitos. Outro foco do encontro será o de obter uma melhor compreensão e apreciação dos papéis que os governos, a academia, as organizações internacionais e o sector privado desempenham na abordagem de questões complexas baseadas em ciência, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDG, em inglês). Por último, o workshop avaliará estudos de caso e experiencias de diplomacia científica em África, nas suas diversas formas, e criará fortes redes para a promoção da próxima geração de diplomatas de ciência na região.

 

Destinatários
Este workshop de treinamento destina-se a jovens cientistas (com idade inferior a 40 anos) que vivem e trabalham na África subsaariana, bem como políticos e diplomatas interessados nalguns dos temas centrais de base científica que possam influenciar o seu trabalho e representantes de ONGs e outros sectores que trabalham na interface ciência-diplomacia.

 

Candidaturas

O formulário devidamente preenchido deve ser submetido através do endereço: http://bit.ly/sciencedipcourse. O prazo para a apresentação das candidaturas é o dia 9 de Fevereiro de 2018.

 

Mais informação

Mais informações em: https://twas.org/science-diplomacy

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Chamada para Submissão de Resumos para a Conferência Anual da Associação de Gestão de Investigação e Inovação da África Austral – SARIMA 2018

  • Publicado em Eventos

Está aberta, até ao dia 26 de Janeiro, a chamada para submissão de resumos para a Conferência Anual da Associação de Gestão de Investigação e Inovação da África Austral – SARIMA 2018, sob o tema: “A Investigação e a Inovação Contínua na 4ª Revolução Industrial”, a realizar-se de 29 de Maio a 1 Junho de 2018, em Johannesburgo, África do Sul.
A actividade compreenderá uma série de sessões com diferentes formatos que serão projectados para estimular e promover a participação e a discussão. Para além de três sessões plenárias, haverá  sessões “estruturadas”, bem como sessões para as quais são necessários resumos de apresentadores. Algumas das sessões estruturadas utilizarão o estilo World Café para a participação, enquanto outras oferecerão apresentações curtas de cinco minutos, seguidas de debates.
Os candidatos também são convidados a enviar apresentações de pósteres relacionados com os tópicos da sessão. Os pósteres serão exibidos durante toda a conferência.

Requisitos para a submissão de resumos

  • Os candidatos que desejam fazer uma apresentação oral ou em forma de póster, deverão enviar um resumo de 250 palavras para avaliação e inclusão no programa;
  • Os resumos devem ser submetidos on-line em: www.sarimaconf.co.za;
  • O Comité Organizador da Conferência receberá os resumos para exposição nas sessões de apresentação oral e de póster, em função da disponibilidade de espaço. Os resumos recebidos serão avaliados e a notificação de aceitação ou de rejeição será feita por e-mail até ao dia 28 de Fevereiro de 2018. Somente os trabalhos em formato MS Power Point serão aceites para apresentações orais.

Todos os candidatos deverão inscrever-se para a conferência até ao dia 20 de Março de 2018. Se o registo e o pagamento da Conferência SARIMA de 2018 não tiverem sido recebidos, até este prazo, a apresentação não pode ser registada no programa.

Mais informação 
https://easternsun.eventsair.com/QuickEventWebsitePortal/sarima-conference-2018/sarima

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