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dezembro 2014

MESCTI "Recupera" Literatura Científica de Portugal

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), na legislatura anterior, a partir do então Ministério da Ciência e Tecnologia no cumprimento da sua missão (Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017), “recuperou” de Portugal 201 exemplares de literatura científica sobre Angola (revistas, livros, relatórios, comunicações, memórias, trabalhos, artigos,  boletins, teses de Doutoramento, dissertações de Mestrado, cadernos, etc.), essencialmente produzida antes de 1975 e sobretudo sobre o sector da agricultura.

Assim que esteja disponível, o MESCTI dará a conhecer à comunidade científica como aceder a este material.

Para aceder à lista da literatura científica recuperada clique aqui.

 

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MESCTI Realizou Conselho Nacional do Ensino Superior e Conselho Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação

 

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) realizou no Hotel de Convenções de Talatona em Luanda, nos dias 11 e 12 de Dezembro, o Conselho Nacional do Ensino Superior (CNES) e o Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), respectivamente.

De acordo com o Estatuto Orgânico do MESCTI, o CNES é o órgão de consulta da Ministra para análise das principais questões relativas ao desenvolvimento do ensino superior. Por sua vez, o CNCTI é o órgão multidisciplinar e multissectorial de consulta da Ministra, para análise das políticas e programas de fomento e promoção de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação.

Os Conselhos realizados contaram com a participação dos Magníficos Reitores, dos Directores Gerais e Gestores das diferentes instituições de ensino superior e de investigação científica públicas e privadas, bem como com quadros do MESCTI e outros distintos convidados.

O CNES teve a seguinte ordem de trabalho: 

  • Quadro actual de desenvolvimento das Instituições de Ensino Superior;
  • Avaliação dos Docentes e Investigadores: Experiencia da Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto;
  • Rankings das Instituições de Ensino Superior;
  • Reformulação das Regiões Académicas;
  • Ingresso no Ensino Superior.

O CNCTI teve como pontos da agenda os seguintes: 

  • Quadro actual do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação:

- Ponto de Situação da CTI em Angola;

- Resultados do IIº Inquérito Nacional da CTI.

  • Avaliação das Instituições de Investigação Cientifica, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e seus Actores;
  • Estratégia de Divulgação da Ciência.

Após cada apresentação ocorreu um debate extremamente interessante, tendo o MESCTI tomado nota das várias preocupações/recomendações apresentadas. 

 

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Angola Participa na 3ª Edição do Fórum de Ciência da África do Sul

A República Sul Africana realizará nos dias 7 e 8 de Dezembro, a 3ª Edição do Fórum de Ciência 2017, que ocorrerá no Centro Internacional de Convenções, em Pretória, África do Sul. Com base no sucesso dos dois primeiros Fóruns, ocorridos em Dezembro de 2015 e 2016, esta edição permitirá um debate público, dinâmico e robusto sobre a interface entre a ciência e a sociedade.

O programa de dois dias reunirá investigadores, funcionários do governo, líderes da indústria, estudantes e representantes da sociedade civil, não só da África do Sul e do resto do continente africano, mas também de outros parceiros internacionais. Angola terá a sua participação no 1º Painel do Fórum com o tema “Reforçar a investigação e a inovação - o papel do governo e das organizações internacionais de Investigação” pela Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo (na quinta-feira, 7 de Dezembro de 2017).

O programa abordará uma variedade de temas relacionados com a ciência, com foco especial na cooperação Pan-africana e na inovação para o desenvolvimento inclusivo, bem como tópicos que dizem respeito aos desafios face aos desequilíbrios do género na ciência, à promoção da integridade da investigação e ao desenvolvimento da próxima geração de trabalhos de conhecimento. O Fórum também incluirá uma exposição, que demonstrará a excelência na ciência, bem como oportunidades para parcerias globais.

Mais informações sobre o Fórum estão disponíveis em: www.sfsa.co.za

 

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Portal Ciencia.ao Disponibiliza Livros Gratuitos. Conheça o Livro “Património Cultural: Conceitos e Critérios Fundamentas”.

No âmbito da promoção da cultura científica e da sensibilização sobre questões de ciência, tecnologia e inovação, o portal ciencia.ao dispõe agora de um espaço para o download de livros gratuitos em várias áreas do conhecimento. 

O livro “Património Cultural: Conceitos e Critérios Fundamentais”, de Helena Barranha, é um dos livros disponíveis, que tem por finalidade apoiar os estudantes dos cursos de Arquitectura. Tendo colaborado em vários cursos do género, a autora conhece bem a dificuldade de levar os estudantes, que pela primeira vez entram em contacto com as noções associadas a valores culturais, a ler textos e convenções, tantas vezes de difícil contextualização e sincretismo, resultantes de compromissos internacionais. Por isso, sabe que a compreensão dos conceitos e das escolas de pensamento que estiveram na sua origem, algumas contraditórias, é indispensável à plena apreciação do que o Património representa para a qualidade de vida e desenvolvimento das sociedades.

O livro baseia-se num conhecimento alargado das principais referências e da produção científica das instituições internacionais mais relevantes, predominantemente influenciadas pela cultura ocidental que, nesta como em muitas áreas, representam um contributo, tantas vezes esquecido, para o progresso mundial.

Para baixar o livro em pdf clique em: http://ciencia.ao/images/noticias/Livros/LivroPatrimonioCultural1.pdf

Para ter acesso a outros livros, consulte regularmente o portal em http://ciencia.ao/livros  e tenha toda informação à sua disposição. Se tiver conhecimento de livros gratuitos, envio a informação para Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

 

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Angola Torna-se Co-Fundador do Centro Internacional de Investigação do Atlântico (AIR-CENTER)

Foi realizada a 2ª Reunião Internacional e Diálogo de Alto Nível entre a Comunidade Científica sobre “Indústria, Ciência e Governação nas Interacções do Atlântico” nos dias 21 e 22 de Novembro do corrente ano, na cidade de Florianópolis  - Brasil, do qual Angola, através da Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof.ª Doutora Maria do Rosário Bragança Sambo (ver foto), assinou o Memorando de Entendimento de Adesão na qualidade de Co-fundador do Centro Internacional de Investigação do Atlântico (AIR CENTER).

O Centro de Investigação Internacional do Atlântico (AIR CENTER), é um projecto que integra as áreas da Ciência Atmosférica, das Alterações Climáticas, Ciência dos Dados, Sistemas Energéticos, Espaço e Aplicações, Ciência Oceânica e Tecnologia para o Atlântico, através da Cooperação Norte-Sul em Ciência e Tecnologia. 

O AIR CENTER é um centro em rede com sede nos Açores (Portugal), com a assinatura de 10 países fundadores: três europeus (Portugal, Espanha e Reino Unido), dois americanos (Brasil e Argentina), quatro africanos (África do Sul, Nigéria, Angola e Cabo Verde) e um asiático (Índia).

A criação do AIR CENTER visa estabelecer um mecanismo de coordenação do Projecto Interacções do Atlântico e uma plataforma apostada no desenvolvimento de actividades de investigação, que permitirá promover o emprego científico de recursos humanos altamente qualificados.

A adesão de Angola ao projecto permitira criação de capacidades no país sobre as áreas de investigação, a integração de investigadores e instituições em redes internacionais de investigação e gestão de dados sobre o Atlântico, a partilha de dados científicos, o acesso a tecnologias disponíveis para o estudo do clima, terra, espaço e oceanos.

 

Para mais informação sobre o AIR CENTER:

https://www.publico.pt/2017/07/13/ciencia/noticia/o-inicio-foi-nos-acores-e-chamase-air-center-1778883

https://www.dn.pt/portugal/interior/acores-no-centro-da-seguranca-e-investigacao-no-atlantico-8929092.html

 

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Oportunidades de Bolsas AAWU para Mulheres

A American Association of University Women (AAUW) informa que estão abertas, até o dia 1 de Dezembro de 2017, as candidaturas a bolsas de estudo para mulheres (não-americanas) que desejariam fazer uma Pós-graduação, um Mestrado, um Doutoramento ou Pós-doutoramento, a tempo integral, em instituições americanas. Dá-se preferência às candidatas que já se tenham empenhado no progresso das mulheres através de trabalhos cívicos comunitários e profissionais.

A AAUW é líder na promoção da igualdade e da educação para mulheres. As bolsas da AAUW existem desde 1917. Em cem anos, mais de 3400 mulheres de 140 países foram contempladas. 

 

Requisitos

As candidatas deverão preencher os seguintes requisitos:

  • Não ter nacionalidade americana;
  • Ter o nível superior (diploma de graduação);
  • Já ter iniciado a sua candidatura à instituição desejada;
  • Comprovar proficiência em inglês, e pretender retornar ao país de origem após a conclusão dos estudos. 

 

As candidatas devem fazer o pagamento de uma taxa de candidatura de 30 dólares norte americanos. 

As bolsas são no valor de 18 000,00 USD (dezoito mil dólares) para o Mestrado; 20 000,00 USD (vinte mil dólares) para o Doutoramento; e 30 000,00 (trinta mil dólares) para o Pós-doutoramento. O resultado das candidaturas será publicado em Abril de 2018.

 

Mais Informação: https://www.aauw.org/what-we-do/educational-funding-and-awards/international-fellowships/if-application/

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Oportunidades de Formação Superior na Alemanha

A Embaixada da República Federal da Alemanha informa que realizará, no dia 21 de Novembro, às 10 horas, na Universidade Agostinho Neto (campus Camama), e no dia 22 de Novembro, às 11 horas, na Universidade Lusíada, eventos informativos sobre oportunidades de formação a nível do ensino superior para jovens que queiram estudar na Alemanha e sobre cursos de língua alemã. Esta iniciativa resulta do aumento do interesse da juventude angolana em fazer a sua formação superior na República Federal da Alemanha.

Estarão presentes no evento representantes do departamento cultural da Embaixada da República Federal da Alemanha, a representante do DAAD (The German Academic Exchange Service), bem como do Goethe- Institut Angola. Todos os interessados serão bem-vindos. A entrada é livre.

 

 

 

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Congresso Internacional em Variação Linguística nas Línguas Românicas

  • Publicado em Eventos

Está aberta a submissão de resumos para apresentação de comunicações orais ou pósteres no Congresso Internacional em Variação Linguística nas Línguas Românicas sob organização do Centro de Línguas, Literaturas e Culturas (CLLC) da Universidade de Aveiro (UA). O Congresso Internacional em Variação Linguística nas Línguas Românicas realiza-se de 2 a 4 de Maio de 2018 em Aveiro, Portugal. 

Comissão organizadora:

– Lurdes de Castro Moutinho, Professora Associada, Universidade de Aveiro, Portugal;

– Rosa Lídia Coimbra, Professora Auxiliar, Universidade de Aveiro, Portugal;

– Elisa Fernández Rei, Professora Contratada Doutora, Universidade de Santiago de Compostela, Espanha;

– Xulio Sousa, Professor Titular, Universidade de Santiago de Compostela, Espanha

– Alberto Gómez Bautista, Professor Adjunto Convidado do ISCA de Lisboa. Instituto Politécnico de Lisboa, Portugal.

 

Comissão Científica (em construção):

– Michel Contini, Professeurémérite da Universidade de Stendhal, Grenoble, França;

– Aldina Quintana, Professora Associada, Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel;

– Alexsandro Rodrigues Meireles, Professor Associado I, Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil;

– Antonio Romano, Investigador Titular, Universidade de Turim, Itália;

– François Wioland, Wioland François, Professeurémérite, LiLPa, Université de Strasbourg, France;

– Helena Rebelo, Professora Auxiliar, Universidade de Madeira, Portugal;

– Izabel Christine Seara, Professora Associada III, Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil;

– Jean-Pierre Zerling, Docteur d’ÉtatenPhonétique, Professor, Universidade de Strasbourg (UdS), França;

– João Manuel Nunes Torrão, Professor Catedrático, Universidade de Aveiro, Portugal;

– Josefa DortaLuis, Professora Catedrática, Universidad de La Laguna, Espanha;

– Leandra Batista Antunes, Professora Associada na Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil;

– Maria Teresa Cortez, Professora Associada, Universidade de Aveiro, Portugal;

– Regina Célia Fernandes Cruz, Professora Associada IV, Universidade Federal do Pará, Brasil;

– Rosa Maria Lima, Professora Coordenadora Convidada, Escola Superior de Educação Paula Frassinetti, Porto, Portugal;

– Sandra Madureira, Professora Titular, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil;

– e todos os elementos da Comissão Organizadora.

 

Datas importantes:

  • 9 de Fevereiro de 2018 – data limite para submissão de resumos;
  • 2 de Março de 2018 – notificação aos autores;
  • 16 de Março de 2018 – data limite para inscrição e envio de comprovativo de pagamento;
  • 2 a 4 de Maio de 2018 – realização do Congresso.

 

Submissão de resumos para o Congresso:

Os resumos para comunicações orais ou pósteres devem conter entre 300 e 500 palavras, seis (6) palavras-chave e deverão ser enviados, através do formulário até ao dia 9 de Fevereiro de 2018. Os resumos serão submetidos à apreciação da comissão científica do congresso e a notificação aos autores será enviada até 2 de Março de 2018.

 

Linhas temáticas (sempre relacionadas com línguas românicas):

  • Geoprosódia;
  • Dialectometria e cartografia linguística;
  • Contacto e mudança linguística;
  • Linguística contrastiva;
  • Variação e aquisição da linguagem;
  • Línguas ameaçadas e minoritárias;
  • Variação linguística nos diversos níveis de análise.

A impressão dos pósteres é da responsabilidade dos autores e deverão ser impressos em tamanho A1 (594 x 841 mm), segundo um modelo a disponibilizar.

 

Línguas de trabalho:

Todas as línguas românicas.

 

Inscrição:

A inscrição decorre entre 2 e 16 de Março de 2018, é obrigatória e só é validada após o envio do comprovativo, em pdf ou jpg, do respectivo pagamento através de formulário próprio.  

 

Taxas de inscrição:

  • Investigadores e docentes com comunicação oral ou poster: 80 euros;
  • Estudantes com comunicação oral ou poster: 30 euros;
  • Sem comunicação e com certificado de presença: 15 euros;
  • Sem comunicação e sem certificado de presença: gratuita mas com inscrição obrigatória. Limitada aos lugares disponíveis;
  • Investigadores do CLLC e do ILG: gratuito.

 

Modo de pagamento:

Unicamente por transferência bancária. Os dados para pagamento da inscrição são os abaixo indicados (por favor, referir na transferência o nome “Congresso Internacional em Variação Linguística nas Línguas Românicas”):

IBAN: PT 50 0035 0836 0000 1785 2307 0

Código SWIFT / BIC: CGDIPTPL

Banco: Caixa Geral de Depósitos

Universidade de Aveiro

Campus Universitário de Santiago

3810 – 193 AVEIRO – Portugal

 

Mais informações em: http://congresso.varialing.eu

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Novas Oportunidades de Financiamento de Projectos

O Horizonte 2020 é o maior programa de investigação e inovação da União Europeia (UE). O programa financia programas de investigação e inovação, e está aberto à participação de investigadores de todos os países.

Para o período 2018–2020, o Horizonte 2020 lançou o último programa de trabalho onde estabelece as principais áreas de financiamento. Consulte em https://ec.europa.eu/programmes/horizon2020/en/h2020-sections o programa de trabalho com as diferentes áreas de investigação e inovação a financiamento. Com a finalidade de levar ao conhecimento da comunidade científica, empreendedores e sociedade em geral, estão publicados os “concursos públicos de financiamento abertos” e os programados para o período 2018-2020.

Para mais informações:

https://ec.europa.eu/programmes/horizon2020

- Baixe aqui o ficheiro com as áreas e concursos abertos.

 

Ou entre em contacto com:

O NCP (National Contact Point)

Dr. António de Alcochete

Telef: 924 440 694,

Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

 

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Entendendo os Rankings de Universidades

 

Nota: Considerando a recente mensagem sobre o Estado da Nação, pronunciada pelo Presidente da República de Angola, João Lourenço, na qual se faz referência à meta de ter pelo menos duas universidades entre as 100 melhores de África, voltamos a divulgar este artigo de opinião que poderá ajudar o público em geral a compreender melhor como funcionam os rankings de universidades.

 

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Ultimamente, tem-se falado muito sobre a classificação (ranking) de universidades a nível mundial. Trata-se claramente de um tema bastante controverso, uma vez que há quem os ame, como também há quem os odeie!

A influência dos rankings é cada vez maior. Contudo, a maior parte das pessoas parece não saber qual a sua real utilidade, quem os compila e como são elaborados. Assim, este artigo pretende contribuir para o esclarecimento do processo de classificação, apresentar alguns resultados de 2016, assim como expressar a opinião do autor sobre os vários aspectos relacionados à classificação de universidades. 

Em primeiro lugar, salienta-se que os rankings apenas englobam uma pequena percentagem (< 2%) de todas as universidades do mundo. Há dados que são enviados pela universidade participante (ex. número de estudantes internacionais versus número de estudantes nacionais), porém, outros dados são obtidos em bases de dados independentes (ex. número artigos científicos publicados em revistas indexadas).

Os rankings de universidades têm sido importantes para estudantes, universidades (ex. gestores, professores, investigadores, etc.), governos e sociedade em geral. Resumidamente, os rankings permitem: monitorização de desempenho, realização de comparações, ajuda a estudantes a decidir em que universidade estudar, distribuição de financiamento por parte do governo, envio de bolseiros para as “melhores” universidades, influência na concepção de políticas/reformas do governo, incentivo à divulgação de dados académicos, influência na escolha de parceiros/colaboradores, influência na reputação (visibilidade e credibilidade) da instituição (marketing), identificação de pontos fortes e fracos, e atracção de melhores estudantes, professores e investigadores.

Os rankings são tipicamente elaborados anualmente. Isto deve-se ao facto de os dados relativos aos indicadores utilizados mudarem de ano para ano. Assim, é necessário consultar os rankings anualmente. Todavia, é pouco provável que, de um ano para o outro, uma universidade de topo altere o seu lugar significativamente em determinado ranking. Por outro lado, a reputação de uma universidade está de alguma forma ligada à sua idade. Geralmente, as universidades mais antigas têm maior reputação do que as novas. Contudo, há casos de universidades relativamente recentes a ocuparem boas posições nos rankings

Destaca-se ainda que é possível elaborar rankings organizados por área de conhecimento, por continente, por país, etc. É assim possível fazer comparações mais específicas. Por exemplo, no ranking geral uma universidade pode estar numa posição acima de uma outra, podendo estar, no entanto, bastante abaixo num ranking organizado numa dada área de conhecimento. Assim, dependendo do objectivo, é importante verificar não apenas o ranking geral, mas também os específicos.

Embora existam vários rankings de universidades, destacam-se os mais conceituados: 

1) Classificação Académica das Universidades Mundiais (Academic Ranking of World Universities - ARWU), também conhecido por “Ranking de Xangai” elaborado desde 2003 pela Universidade Jiao Tong de Xangai (China);

2) Classificação das Universidades Mundiais da Times Higher Education (Times Higher Education (THE) World University Ranking), elaborado desde 2004 pela revista THE (Reino Unido);

3) Classificação das Universidades Mundiais da QS (QS World University Ranking), elaborado desde 2004 pela empresa Quacquarelli Symonds (Reino Unido). 

Para classificar as universidades, a metodologia utilizada deve ser científica, estável e transparente, embora não haja uma metodologia perfeita.  Assim, uma vez que cada ranking utiliza os seus próprios indicadores, a comparação de resultados deve ser feita com bastante atenção. Julga-se que a verificação dos 3 referidos rankings resulta numa melhor estimativa da verdadeira classificação de uma dada universidade. Por outro lado, pensa-se que é crucial entender os indicadores utilizados em cada ranking.  

Assim, de forma a facilitar a compreensão, apresentam-se resumidamente os indicadores utilizados pelos 3 referidos rankings:

 

ARWU ranking (6 indicadores) 

1. Qualidade de educação: Número de antigos estudantes que ganharam o prémio nobel ou medalhas por área de conhecimento (10%)

2. Qualidade dos docentes/investigadores: Número de docentes/investigadores que ganharam o prémio nobel ou medalhas por área de conhecimento (20%)

3. Qualidade dos docentes/investigadores: Número de investigadores altamente citados em 21 áreas de conhecimento (20%)

4. Resultados da investigação: Número de artigos publicados em revistas sobre natureza e ciência (20%).  Nota: Este indicador não é considerado no caso das universidades especializadas em humanidades e ciências sociais, sendo o peso distribuído pelos outros indicadores.

5. Resultados da investigação: Número de artigos indexados na Science Citation Index - Expanded and Social Sciences Citation Index (20%)

6. Desempenho académico per capita da universidade (10%)

 

THE ranking (13 indicadores)

  • Ensino (30%) 

1) Reputação (inquérito) (15%)

2) Rácio docentes/investigadores versus estudantes (4.5%)

3) Rácio doutores versus licenciados (2.25%)

4) Rácio doutoramentos atribuídos versus docentes (6%)

5) Receitas da instituição (2.25%)

  • Investigação (30%)

6) Reputação (inquérito) (18%)

7) Receitas (investigação) (6%)

8) Produtividade (investigação). Número de artigos publicados em revistas científicas indexadas (6%)

  • Citações

9) Influência da investigação (30%)

  • Vertente Internacional (docentes, estudantes, investigação) (7.5%)

10) Rácio Estudantes internacionais versus nacionais (2.5%)

11) Rácio Docentes/Investigadores internacionais versus nacionais (2.5%)

12) Colaboração internacional (2.5%)

  • Receitas das Indústria

13) Transferência de conhecimento (2.5%)

 

QS ranking (6 indicadores) 

1. Reputação académica - questionário a académicos sobre as universidades (40%)

2. Reputação do ponto de vista do empregador - questionário aos empregadores sobre as universidades (10%)

3. Rácio número de estudantes versus número de docentes/investigadores (20%)

4. Citações por docente/investigador (20%)

5. Rácio número de docentes/investigadores internacionais versus nacionais (5%)

6. Rácio número de estudantes internacionais versus nacionais (5%)

  

Como se pode observar, cada ranking é elaborado de acordo com os seus próprios indicadores, sendo os mesmos bastante diferentes. Pode-se concluir que estes rankings assentam essencialmente em indicadores sobre ensino, investigação, empregabilidade, transferência de conhecimento e internacionalização. Salienta-se ainda que é necessário considerar a definição exacta de cada indicador.

Consultando os referidos rankings relativos ao ano de 2016, chega-se à conclusão que os Estados Unidos da América (EUA) lideram os primeiros 10 lugares (ARWU 8/10, THE 6/10, QS 5/10), seguindo-se o Reino Unido (UK) (ARWU 2/10, THE 3/10, QS 4/10). Constata-se ainda que as seguintes universidades (ordenadas pela média das posições nos 3 rankings), constam das primeiras 10 nos referidos rankings

  • Stanford University, EUA (ARWU-2, THE-3, QS-2) (2.3)
  • Harvard University, EUA (ARWU-1, THE-6, QS-3) (3.3)
  • Massachusetts Institute of Technology, EUA (ARWU-5, THE-5, QS-1) (3.7)
  • University of Cambridge, UK (ARWU-4, THE-4, QS-4) (4)
  • California Institute of Technology, EUA (ARWU-8, THE-1, QS-5) (4.7)
  • Oxford University, UK (ARWU-7, THE-2, QS-6) (5)
  • Princeton University, EUA (ARWU-6, THE-7, QS-11) (8)
  • University of Chicago, EUA (ARWU-10, THE-10, QS-10) (10)
  • Institute of Technology Zurich, SUÍÇA (ARWU-19, THE-9, QS-8) (12)
  • University College London, UK (ARWU-17, THE-14, QS-7) (12.7)
  • Imperial College London, UK (ARWU-22, THE-8, QS-9) (13)
  • University of California-Berkeley, EUA (ARWU-3, THE-13, QS-28) (14.7)
  • Columbia University, EUA (ARWU-9, THE-15, QS-20) (14.7)

 

Ou seja, estas universidades são, de acordo com os referidos rankings, as melhores do mundo em 2016. Para referência, apresentam-se a seguir as universidades melhor classificadas (2016) de África, da China, Portugal e do Brasil:

  • Tsinghua University, China (ARWU-58, THE-47, QS-24) (43)
  • Lomonosov Moscow State University (ARWU-87, THE-161, QS-108) (118.7)
  • Universidade de São Paulo, Brasil (ARWU-101:150, THE-201-250, QS-120) (140.7 ?)
  • University of Cape Town, SA (ARWU-201:300, THE-120, QS-191) (170.7 ?)
  • Universidade de Lisboa, Portugal (ARWU-151:200, THE-501:600, QS-330) (327.3 ?)

 

Por outro lado, as universidades africanas que constam em 2016 nos referidos rankings são as seguintes:

  • University of Cape Town, SA (ARWU-201:300, THE-120, QS-191) (170.7 ?)
  • University of the Witwatersrand, SA (ARWU-201:300, THE-201:250, QS-359) (253.7 ?)
  • The American University in Cairo, Egipto (ARWU-, THE-, QS-365) (365)
  • Stellenbosch University, SA (ARWU-401:500, THE-301:350, QS-395) (365.7 ?)
  • University of Kwazulu Natal, SA (ARWU-401:500, THE-401:500, QS-651:700) (484.3 ?)
  • University of Pretoria, SA (ARWU-, THE-501:600, QS-551-600) (526 ?)
  • Makerere University, Uganda (ARWU-, THE-401:500, QS-701+) ( 551?)
  • Cairo University, Egipto (ARWU-401:500, THE-601:800, QS-551:600) (576 ?)
  • Rhodes University, SA (ARWU-, THE-, QS-551:600) (551:600)
  • University of Johannesburg, SA (ARWU-, THE-, QS-601:650) (601:650)
  • University of Ghana, Gana (ARWU-, THE-601:800, QS-701+) ( 651?)
  • Alexandria University, Egipto (ARWU-, THE-601:800, QS-701+) (651 ?)
  • University of Marrakech Cadi Ayyad, Marrocos (ARWU-, THE-601:800, QS-) (601:800)
  • Suez Canal University, Egipto (ARWU-, THE-601:800, QS-) (601:800)
  • University of South Africa, SA (ARWU-, THE-601:800, QS-) (601:800)
  • Al Azhar University, Egipto (ARWU-, THE-, QS-701+) (701+)
  • Ain Shams University, Egipto (ARWU-, THE-, QS-701+) (701+)
  • North-West University, SA (ARWU-, THE-, QS-701+) (701+)
  • University of Western Cape, SA (ARWU-, THE-, QS-701+) (701+)

 

Analisando estes dados, claramente se observa o domínio da África do Sul e do Egipto no contexto africano. Ou seja, das 19 universidades africanas que constam nos referidos rankings de 2016, 10 são sul africanas e 6 são egípcias. Conclui-se ainda que a Universidade de Cape Town foi a melhor classificada em 2016.

Como se pode ainda observar nenhuma universidade angolana consta dos referidos rankings. Considerando os indicadores utilizados, o leitor estará em melhores condições para poder tirar as suas próprias conclusões. Contudo, julga-se que ainda há vários aspectos a melhorar antes que alguma universidade angolana possa constar nos referidos rankings.

Finalmente, podemos concluir que os rankings dependem dos indicadores utilizados e dos pesos a eles atribuídos. Adicionalmente, a estimativa da qualidade de ensino continua a ser a principal limitação dos rankings actuais. Julga-se ainda que os rankings devem ser vistos como estimativas limitadas da qualidade das universidades analisadas. Assim, cabe ao leitor decidir se deve ou não confiar em determinado ranking.  

 

Mais informação

http://www.shanghairanking.com/

http://www.topuniversities.com/

https://www.timeshighereducation.com/

http://www.eua.be/Libraries/publications-homepage-list/Global_University_Rankings_and_Their_Impact.pdf?sfvrsn=4

 

11/12/2016

 

Ricardo Queirós

Doutorado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores

Investigador na área de Instrumentação e Medidas

Faculdade de Engenharia - Universidade Agostinho Neto

E- Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

https://www.linkedin.com/in/ricardo-queirós-5449106

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