Menu
RSS

dezembro 2014

Anúncio de Vagas - SADC

O Secretariado da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral informa a todos os cidadãos da região da SADC, devidamente qualificados e com experiência, que tem ao seu dispor 43 postos de trabalho na sua Sede, em Gaborone, Botswana. 

O Secretariado da SADC oferece um pacote salarial competitivo para todos os cargos, que varia entre os 68 726 USD e 90 828 USD por ano, conforme as categorias (Documento em anexo). 

As candidaturas devem ser submetidas ao Ponto de Contacto Nacional da SADC nos respectivos países, até ao dia 31 de Maio de 2017

 

Para mais detalhes sobre o posto para o qual deseja candidatar-se, o perfil do posto e obter a Ficha de Candidatura da SADC, queira consultar o Website da SADC: http://www.sadc.int/opportunities/employment/vacancy-announcement-forty-three-positions-sadc-secretariat/ Ou clique aqui para fazer o download do PDF.

Ler mais ...

UAN Realiza Curso de Elaboração de Projectos de Investigação e Desenvolvimento (CEPID)

O Centro de Estudos de Apoio à Formação, Investigação e Extensão (CEAFIE) da Universidade Agostinho Neto (UAN) realiza de 29 de Maio a 09 de Junho a 1ª edição do ano de 2017, o Curso de Elaboração de Projectos de Investigação e Desenvolvimento (CEPID). 

Estão habilitados a frequentar o Curso todos os docentes e técnicos superiores da Universidade Agostinho Neto mediante o pagamento constante na tabela de taxas e emolumentos, que vigora na UAN desde o ano lectivo 2009, e quadros de outras instituições mediante o pagamento de uma taxa.

Para efectuar as inscrições são exigidos os seguintes documentos:

  • Fotocópia do B.I.;
  • Ficha de inscrição devidamente preenchida, no caso de formandos da UAN, deverá ser assinada pela direcção da Unidade Orgânica que autoriza a frequentar o Curso e que será entregue no acto da matrícula;
  • Fotocópia de conclusão de licenciatura (Diploma ou Certificado).

Obs: Os documentos constantes nos pontos 1 e 3 deverão ser apresentados no primeiro dia de aulas e são de carácter obrigatório. 

Informamos ainda que:

  • A coordenação do Curso está a cargo do Dr. Felipe Silva Miranda (924773731);
  • Deve ser apresentado o esboço ou resumo do projecto de investigação e desenvolvimento que o candidato pretenda levar a cabo, enquadrado numa das linhas de investigação do Departamento da Unidade Orgânica com os seguintes elementos: autor, instituição, título, fundamentação, pertinência, objectivos, linhas de investigação e referências bibliográficas;
  • As aulas decorrerão de 2ª a 6ª feira;
  • Os candidatos devem dominar a utilização da informática na óptica do utilizador: processador de texto, folha de cálculo; elaboração de apresentações, navegação na internet e utilização de correio electrónico), pelo que devem possuir um computador portátil.
  • Os candidatos não pertencentes à Universidade Agostinho Neto, que queiram frequentar o Curso, deverão assinar no acto da matrícula o respectivo contrato.
  • As aulas decorrerão no Laboratório de Apoio a Investigação e Orientação Vocacional (LAIOV) do CEAFIE, das 16:00 às 20:00 horas com uma carga programática de 48 horas lectivas incluindo as defesas dos projectos que terão lugar nos dias a indicar. 
  • Informamos ainda que o número de vagas disponíveis para o curso é de 30 participantes, pelo que, é oportuno efectuar a matrícula o mais cedo possível.
  • As matrículas serão efectuadas de 08 a 26 de Maio nas instalações do Campus Universitário do Camama, Bloco de Física, das 09:00 até 15:00 horas, ou através do seguinte endereço electrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar./ Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. 

As informações adicionais podem ser obtidas através dos contactos telefónicos: 922235386 / 927243378.

Ler mais ...

Comércio Ilegal de Medicamentos: Desvendando Mitos e Conhecendo Realidades

 

O fenómeno do comércio ilegal e a adulteração de medicamentos têm crescido nos últimos anos, porque os seus métodos são cada vez mais sofisticados, e pelo aumento do comércio internacional de produtos farmacêuticos. Além das vendas através da Internet que têm facilitado a entrada de produtos falsificados na cadeia de fornecimento do medicamento.

A problemática dos medicamentos falsificados afecta principalmente os países em desenvolvimento, condicionada por factores sociais, económicos e políticos que influenciam a baixa disponibilidade de medicamentos seguros, eficazes e de qualidade. Embora seja difícil obter números precisos relativos à ilegalidade desta prática, os dados estatísticos fornecidos pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são fortes. Nos países desenvolvidos, cerca de 10% dos medicamentos que circulam são adulterados, enquanto esse número chega a 30% nos países em desenvolvimento. Em alguns países, esse percentual chegaria até 50%. Neste contexto, em 2006, a OMS criou uma aliança global de organizações interessadas no assunto, a que chamou IMPACT (International Medical Products Anti-Counterfeiting Taskforce).

As organizações nacionais e internacionais trabalham coordenadamente para conseguir diminuir o consumo ilegal de medicamentos, no entanto, o fenómeno continua a ser foco de preocupação social, assim como no âmbito sanitário. Resolver a problemática passa, em primeiro lugar, por conhecer as origens do fenómeno, e, em consequência, por agir em termos de educação no uso racional do medicamento, e esta é sem dúvidas uma das principais funções dos farmacêuticos na sociedade.

 

O que é um medicamento?

Definimos um medicamento como um produto que ajuda a restaurar a saúde, portanto, ele colabora na criação do bem-estar individual e colectivo.

No entanto, o medicamento é um outro produto numa economia de mercado livre e, por conseguinte, sujeito às mesmas leis. Portanto, um medicamento é também reconhecido como um bem de consumo, e isso aporta uma série de características na presença de um fornecimento farmacêutico:

  • Um grande número de medicamentos com a mesma composição é comercializado por diferentes laboratórios sob diferentes nomes comerciais, tratando-se na verdade dos mesmos medicamentos.
  • Especialidades farmacêuticas compostas por combinações de fármacos que não têm benefícios terapêuticos.
  • Fármacos cuja eficácia não tem sido absolutamente provada e, em alguns casos, as associações de produtos que se podem tornar prejudiciais para a saúde. 
  • Grupos de fármacos com pequenas variações na composição e/ou na dosagem têm sido comercializados com o duvidoso objectivo de oferecer uma nova escolha de especialidade farmacêutica.

 

Características do sistema de saúde que favorecem o consumo de medicamentos

Medicamento: necessidade ou convite? Será que o medicamento por si, além de ser um bem de consumo, se pode tornar num artigo com grandes vendas, e até um objecto que pode ser usado para o lucro?

O medicamento é parte do nosso sistema, é um produto que nós usamos para resolver problemas de saúde. No entanto, o sistema de saúde tem características que favorecem o consumo de medicamentos.

  • A base da maioria dos sistemas sanitários está na cura da doença, mais do que em procurar a causa da perda de saúde. Uma boa política de prevenção de doença levaria a uma diminuição dos processos patológicos agudos e crónicos e, em resumo, a um menor consumo de medicamentos.
  • Em segundo lugar, uma estrutura de assistência médica primária que leva a substituir uma visita médica pela prescrição exagerada de medicamentos como um meio para satisfazer a demanda de atenção médica.
  • Outro aspecto importante é ter em conta a existência de uma promoção comercial que a indústria farmacêutica realiza aos diferentes níveis (médico, farmacêutico, público em geral) e conjuntamente com isso, a falta de fontes de informação objectivas sobre os medicamentos, e o baixo nível de educação sanitária geral.

Tudo isso leva a uma falta de rigor na prescrição de medicamentos e falta de rigor na dispensa dos mesmos, e a uma pressão na demanda por parte dos usuários, dos clientes e dos utentes que, frequentemente, acreditam que a solução para todos os problemas de saúde consiste em tomar medicamentos. 

Como resultado dos três pontos acima mencionados, o medicamento adquire muito frequentemente as características típicas de um bem de consumo na mentalidade da população.

A qualidade e a eficácia do medicamento ligam-se ao preço (obviamente eles não estão relacionados), e há uma convicção generalizada de que o tratamento prioritário para qualquer doença é tomar medicamentos. De facto, muitas doenças são melhor resolvidas com a higiene, com medidas dietéticas, e não com uso de medicamentos.

Chegados a este ponto, cabe destacar o papel dos farmacêuticos como assessores do processo de uso racional dos medicamentos pelas populações, ajudando-as a entender os benefícios, mas também os perigos do uso irracional dos mesmos. Numerosas acções educativas poderiam ser realizadas ao nível das comunidades, como por exemplo, mostrar à população as falsificações mais frequentes das quais poderiam ser vítimas, nomeadamente: medicamentos com ausência total do ingrediente activo indicado na embalagem, dosagem incorrecta do ingrediente activo, substituição por um ingrediente activo diferente, presença de impurezas ou de substâncias tóxicas no medicamento, tais como revestimentos industriais, talco, giz ou ceras, e inclusão de embalagens ou documentos falsos.

O uso de medicamentos falsificados ou adulterados gera outros problemas de saúde, tais como acelerar o surgimento de micróbios resistentes, perda de confiança dos doentes nos medicamentos, entre outros efeitos com impacto no país.

Precisamos, obviamente, garantir o fornecimento de medicamentos em resposta às necessidades de saúde da população, no entanto, esses esforços para garantir mais e melhores medicamentos devem ser acompanhados pela informação oportuna e aconselhamento do único profissional que, pela sua formação é o especialista em medicamentos, o farmacêutico. Porque o medicamento, nunca melhor dito, é uma faca de dois gumes. 

Perante qualquer dúvida ou necessidade relacionada com os medicamentos, não hesite, consulte sempre o seu farmacêutico.

  

 

Dra. Alina M. Sánchez, BScPharm, MScEduc, PhD

Docente, gestora e pesquisadora em Farmácia

Farmacêutica de Oficina de Farmácia

Coordenadora do Projecto de Desenvolvimento Profissional Continuo para Farmacêuticos Africanos de Expressão Portuguesa (CPD/FAEP)

Universidad de Castilla-La Mancha

Espanha

https://es.linkedin.com/in/alinamsanchez

 

Ler mais ...

Candidaturas ao Curso de Modelação e Aplicação de Modelos na Gestão da Zona Costeira e Marinha

O curso de Modelação e Aplicação de Modelos na Gestão da Zona Costeira e Marinha providencia uma visão geral do Sistema Regional de Modelação Oceânica (ROMS) e suas aplicações em processos biofísicos marinhos e costeiros. O estudo focalizar-se-á no upwelling (afloramento) costeiro, cobrindo desde a plataforma até ao talude continental, e em sistemas de baías. E tem uma forte componente de gestão de dados oceanográficos que consiste no uso de dados oceanográficos de fontes abertas (NACEP, COADS, WOCE, ARGO) para calibração e validação do modelo e na gestão de enormes volumes de dados gerados pelo modelo. 

 

Objetivos 

  • Estabelecer e executar um modelo hidrodinâmico tridimensional simples utilizando ROMS, com a ajuda de dados oceanográficos de acesso livre e gratuito (NACEP, COADS, WOCE, ARGO) para calibração e validação do modelo;
  • Anexar sub-rotinas para o rastreamento de partículas para simular a dispersão de poluentes e transporte de sedimentos;
  • Extrair e processar dados gerados pelo modelo usando os programas Matlab e Ocean data View.

 

Tópicos

  • Introdução à geração de redes e interpolação de batimetria;
  • Estabelecimento de condições de fronteira;
  • Calibração e validação do modelo utilizando dados oceanográficos de fonte aberta (NACEP, COADS, WOCE, ARGO) e dados colhidos no terreno;
  • Modelação da hidrodinâmica, temperatura e salinidade;
  • Sub-rotina de seguimento de partículas flutuantes;
  • Criação e funcionamento de uma simulação de dispersão poluentes, sedimentos, oxigénio e nutrientes;
  • Introdução ao processamento pós-modelação – aplicação de Ocean Data View e Matlab para processamento de dados gerados pelo modelo.

 

Público-alvo

  • Gestores de dados oceanográficos 
  • Staff de NODCs e/ou AUDs
  • Gestores de zonas costeiras 
  • Oceanógrafos e biólogos marinhos (incluindo estudantes do Ensino Superior) 

 

Prazo de Candidaturas 

As candidaturas podem ser submetidas exclusivamente online até 10 de Junho de 2017.

 

Data e Local

4 - 8 Setembro 2017, Maputo & Quelimane, Moçambique 

 

Formulário de Inscrição

https://otga.wufoo.eu/forms/otga-modelaaao-gestao-da-zona-costeira/

 

Mais Informação 

http://www.iode.org/index.php?option=com_oe&task=viewEventRecord&eventID=2031

 

Coordenador RTC- OTGA – Moçambique

Prof. António Hoguane

(Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.)

 

Coordenadora OTGA:

Cláudia Delgado

(Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Ler mais ...

Portal ciencia.ao Atinge Mais de 3000 Visitantes Únicos no Mês de Fevereiro de 2017

O portal ciencia.ao lançado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) a 26 de Maio de 2014, é dirigido à comunidade científica e a todas as pessoas que fazem ciência ou se interessam por ciência, tecnologia e inovação.

O principal objectivo é falar ciência, contar a ciência que se faz nas universidades, nos laboratórios e em outras Instituições de Ensino Superior e de investigação científica. O Ciencia.ao tem também por objectivo divulgar os resultados da investigação científica feita em Angola e/ou por angolanos, sua aplicação na vida quotidiana e contribuir para uma eventual melhoria das condições de vida das populações em vista de um desenvolvimento sustentável do País. 

O Portal ciencia.ao é um espaço de informação, descoberta, discussão, difusão de notícias, oportunidades, artigos, estudos, sondagens, legislação e eventos científicos (ex. conferências, cafés de ciência, colóquios, mesas redondas, projecções-debates). É um meio eficaz de divulgação da cultura científica e de sensibilização, para as questões de ciência, do público em geral, das crianças em idade escolar e de um público iniciado constituído por investigadores, professores, docentes e estudantes universitários, entre outros. O portal reúne condições e funcionalidades técnicas modernas e performantes, sendo uma excelente ferramenta de trabalho e garante serviços de qualidade.

O Portal ciencia.ao reserva a cada um dos Actores do Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação de Angola um espaço ideal para informação e difusão das suas instituições e especificidades (apresentação da instituição, suas visão, missão e estratégia, estatutos, morada, contactos úteis, etc…), assim como dos seus eventos e oportunidades.

Adicionalmente, o ciencia.ao obriga-se a exercer a sua actividade com sentido de responsabilidade e espírito de tolerância através de informação isenta, rigorosa e objectiva.

Assim, tem-se envidado vários esforços para que o Portal ciencia.ao seja a referência online em termos de Ciência, Tecnologia e Inovação em Angola. O seguinte gráfico mostra a evolução do número de visitantes no período de Março de 2016 a Fevereiro de 2017. Observa-se, a partir das barras vermelhas, que saímos de aproximadamente 1000 visitantes únicos (se um visitante aceder ao portal mais de uma vez num determinado mês, só conta uma vez) em Março de 2016 para mais de 3000 em Fevereiro de 2017. As barras verdes representam o número de visitantes, incluindo visitantes repetidos, num determinado mês. Observa-se que os visitantes consultam o portal mais do que uma vez por mês e que o número de visitantes tem estado a aumentar ao longo do tempo – um aumento, em média, de 167 visitantes por mês –, como se representa pela linha tracejada azul. 

 

Ler mais ...

Investigador Angolano Co-autor de Estudo Premiado pela Academia de Ciências de Cuba

 

Foi atribuído o Prémio Anual da Academia de Ciências de Cuba, referente ao ano 2016, ao trabalho de investigação científica denominado "A Apropriação Significativa de Conteúdos Matemáticos como Processo Básico na Formação do Profissional Universitário" .

O referido trabalho foi elaborado pelos seguintes autores, dos quais se destaca o Professor Doutor Eurico Wongo Gungula, Reitor da Universidade Óscar Ribas:

Raquel Diéguez Batista1, Mirtha Numa Rodriguez1, Nereyda Pérez Sánchez1, Eurico Wongo Gungula2, Vicente Eloy Fardales Macías3, Osmany Puig Jiménez1, Raudel Torrecilla Díaz1, Agustín Martín Pérez1, Elena Anatolievna Dugareva1.

1- Universidade de Ciego de Ávila (Cuba)

2- Universidade Óscar Ribas (Angola)

3- Universidade Médica de Sancti Spiritus (Cuba)

Salienta-se ainda que o Prof. Doutor Eurico Gungula é Licenciado em Matemática pela Universidade Agostinho Neto, Mestre em Novas Tecnologias Aplicadas à Educação pela Universidade Máximo Gómez Báez (Cuba) e Doutor em Ciências Pedagógicas pela Universidade de Oriente (Cuba).

Ler mais ...

Instituições Angolanas Estudam a Fertilidade dos Solos Predominantes em Angola

Investigadores do Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), em parceria com a Universidade Independente de Angola (UNiA), a Estação do Desenvolvimento Agrário de Cacuaco e o Laboratório Central da Agricultura e Pecuária, com base na análise das propriedades químicas dos solos ferralíticos, estão a desenvolver estudos que permitam perceber a fertilidade dos solos predominantes em Angola.

Angola é considerado como o 16º país do mundo com maior potencial agrícola. Esta classificação deve-se fundamentalmente pelas seguintes razões: (i) grandes extensões de solos aráveis, estimados em cerca de 58 milhões de hectares, (ii) abundância em recursos hídricos e (iii) energia radiante ao longo de todo o ano. Apesar destes enormes recursos, a agricultura angolana regista actualmente baixas produções unitárias. O principal factor que condiciona a produção agrícola está relacionado com a baixa fertilidade dos solos ferralíticos. Estes solos são os mais predominantes em Angola, ocupam cerca de 22,64% do território nacional.

No período colonial, a agricultura tinha um papel muito importante, satisfazia a maior parte das necessidades alimentares do mercado nacional, e exportava a produção das culturas de rendimento (café, algodão, sisal e banana). O sucesso desta agricultura fundamenta-se pelo profundo conhecimento científico e técnico dos solos de Angola e pela especialização dos Engenheiros Agrónomos em questões de pedologia e em problemas respeitantes a fertilidade dos solos. Com efeito, as investigações realizadas no então Instituto de Investigação Agronómica de Angola, mostraram que 92% dos solos angolanos apresentavam carências de azoto e 94% carência de fósforo. O azoto e o fósforo são os dois nutrientes que mais limitam a produtividade dos solos tropicais, e em particular dos angolanos.

As amostras do solo para este estudo, foram recolhidas na localidade do Sequele, município de Cacuaco, nas profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm. Nas amostras determinou-se o pH, a matéria orgânica, o fósforo, as bases trocáveis, bem como as variáveis que deles derivam, como a soma de bases, capacidade de troca catiónica, saturação por bases e por alumínio. Estes parâmetros foram interpretados utilizando cinco classes de fertilidade designados de “Muito baixa”, “Baixa”, “Média”, “Alta” e “Muito alta”, onde os três primeiros correspondem os valores entre zero e o teor crítico, e as duas últimas a valores superiores do teor crítico.

Os resultados obtidos das análises químicas indicaram que a maior parte dos valores médios dos parâmetros estudados variaram de “Muito baixa” a “Baixa”. Estes resultados corroboram com os estudos antes realizados neste tipo de solos. Neste contexto, considerando que os solos ferralíticos são pobres em nutrientes e que o país gasta anualmente elevados recursos financeiros na importação de adubos químicos, para este tipo de solo, antes de se aplicar os adubos, deve-se primeiro realizar a análise química do solo, em seguida a calagem para a correcção do pH. Através desta prática, pode-se determinar a quantidade do elemento no solo e estimar as necessidades de calagem e dos nutrientes essenciais necessários para a obtenção de uma produção economicamente rentável para o agricultor.

 

Para informação adicional contacte os autores do estudo.

Dr. Domingos Bongue, Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., 926 289 870

Dr. João Carlos Ferreira, Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., 924 224 839

Dr. Pedro Guilherme João, Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., 923 524 803

Eng.ª Márcia da Graça de Sousa Gaspar, Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., 929 342 827

 

Ler mais ...

5ª Edição do Concurso Imagine Cup Angola-2017

  • Publicado em Eventos

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT), em parceria com a multinacional Microsoft Angola, realiza nesta sexta-feira, dia 12 de Maio de 2017, às 09:30, na Mediateca de Luanda, sito no Largo das Escolas, a final da 5ª Edição do Concurso Imagine Cup Angola-2017.

O Concurso Imagine Cup tem como objectivo a abertura de oportunidades aos estudantes de se juntarem e utilizarem a sua criatividade, a sua paixão e o seu conhecimento de tecnologias para criar aplicativos, jogos e soluções a inúmeros problemas vivenciados pela sociedade angolana e não só.

Para baixar a nota de imprensa, clique aqui.

Ler mais ...

Doutoramento em Avaliação de Tecnologia – Universidade Nova de Lisboa

 

Encontram-se abertas até o dia 23 de Junho, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT NOVA), as candidaturas para o Programa de Doutoramento em Avaliação de Tecnologia (PDAT).

O Programa visa preparar investigadores e especialistas para a realização de actividade de investigação autónoma e de liderança em processos de inovação. Tem por objecto o estudo das metodologias e processos de análise de impactos tecnológicos e dos processos de desenvolvimento da tecnologia e da inovação no contexto mais geral de integração no quadro europeu e internacional.

 

Vagas

Estão disponíveis 15 vagas.

 

Regras de acesso

  • Possuir o grau de Mestre ou o equivalente legal em Engenharia, Ciências Naturais ou Ciências Sociais (Sociologia, Economia, Ciência Política entre outros) ou afins;
  • Possuir uma licenciatura nessas mesmas áreas do conhecimento e ser detentor de um currículo escolar ou científico especialmente relevante que seja reconhecido como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pelo conselho científico;
  • Possuir um currículo profissional ou científico reconhecido como relevante e apropriado pela Comissão Científica do Programa e pelo conselho científico.

 Os candidatos devem ter um bom domínio, falado e escrito, da língua inglesa, podendo, em casos justificados, a Comissão Científica aceitar candidatos noutras condições.

 

Documentação para a candidatura

  • Certificado de habilitações discriminando as classificações obtidas;
  • Curriculum vitae e profissional;
  • Declaração de Intenções em que o candidato explica as razões pelas quais está interessado em realizar o Programa de Doutoramento.

 

Propinas

O valor anual da propina é de 2.750 Euros.

 

Duração

O doutoramento tem a duração de quatros (4) anos.

 

Mais informações (e candidatura)

http://www.fct.unl.pt/ensino/curso/doutoramento-em-avaliacao-de-tecnologia

 

Ler mais ...

Ciências da Computação, STEM e Integração

Um artigo publicado na plataforma digital de notícias, Quartz, intitulado “You probably should have majored in computer science”, incentiva os jovens a iniciar estudos em Ciência da Computação (ou Informática) em particular, e em disciplinas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, em Inglês) em geral, dado o enorme diferencial entre os empregos por preencher no mercado e a actual disponibilidade de licenciados na área. No ano de 2015 houve um total de 59581 licenciados contra 527169 postos de trabalho. 

A evidência é clara: à medida que vivemos cada vez mais cercados por dispositivos programáveis, que definem o nosso ecossistema mais claramente e como realizamos mais e mais tarefas, a procura por profissionais capazes de lidar com essa nova realidade cresce incessantemente.

Será que isso significa que devemos ter cada vez mais jovens a optar por estudar Ciência da Computação? De facto, trabalhos que exigem habilidades dentro das chamadas disciplinas STEM mostram um crescimento de mais do que o dobro em relação a outros, e estão entre os mais bem pagos, mas a conclusão não é tão simples. Primeiro, porque a estrutura de muitos desses estudos está longe de ser perfeita, ela evoluiu muito pouco ao longo das últimas décadas em termos de conteúdo e de metodologia, e como tal está muito longe do que o mercado parece exigir. E em segundo lugar, porque quando tudo é dito e feito, a sociedade precisa de profissionais de muitos tipos e com habilidades variadas.

Faz sentido um futuro em que todos se dediquem à computação? Obviamente não. Faz todo o sentido que a demanda por esses empregos cresça, dado que a tecnologia evolui e ocupa um espaço maior nas nossas vidas, mas não faria sentido que todos os postos de trabalho fossem preenchidos por formados em Ciência da Computação. O que acontece, porém, é que a as Ciências da Computação estão a incorporar-se de forma natural em mais e mais disciplinas profissionais: o trabalho do biólogo, do médico, do arquitecto ou do agricultor do futuro tem, sem dúvida, uma componente tecnológica cada vez mais importante e essa componente exige cada vez mais o desenvolvimento de competências necessárias não só enquanto simples usuários, mas também para a sua conceptualização (na construção de conhecimento).

A solução está, sem dúvida, em incorporar a STEM na educação a todos os níveis. A grande procura por profissionais de STEM não se reflecte só na necessidade de trabalhadores dedicados estritamente às STEM, mas também na falta de diplomados de muitas outras áreas com conhecimentos operacionais suficientes para desenvolver adequadamente os seus trabalhos. 

A formação de um fazendeiro tem estado tradicionalmente muito distante das disciplinas de STEM, e hoje em dia, para uma agricultura eficiente, é preciso lidar com as tecnologias que vão desde tractores autónomos a drones, através da sensorização, planificação de produção ou de criação de redes de produtores como a Farmers Business Network (FBN), uma iniciativa da Google Ventures. E se isso acontece numa actividade supostamente tão tradicional como a agricultura, o que dizer de outras áreas? Na medicina, os médicos que realizarem procedimentos cirúrgicos através de um sistema de assistência robótica, terão certamente mais vantagens sobre os que fizerem de maneira tradicional, e embora a disciplina ainda esteja em fase de tecnologias proprietárias e não modificáveis, em breve, chegar-se-á à fase em que o próprio médico poderá definir e parametrizar as suas necessidades através da interacção com a máquina. 

Da mesma forma, indo para uma área pouco suspeita de interacção com a Ciência da Computação, um licenciado em Direito deverá ser capaz de entender como interagir com sistemas de inteligência artificial como o Ross, capaz de marcar hoje em dia uma grande diferença relativamente ao tempo de preparação de um julgamento. A incorporação da tecnologia acontece num elevado número de áreas, no entanto, a procura por profissionais deve ser satisfeita não só pela criação de mais licenciados em STEM, mas também pela integração de STEM noutras áreas, sobretudo integrando a sua aprendizagem nos primeiros níveis de ensino.

No momento em que a educação for separada da realidade do mundo em que vivemos, a sociedade passará a ter um grave problema de adaptação. Não se trata de aprender "novas tecnologias" (quanto mais tempo continuaremos a usar esse termo, já que actualmente todos usamos as "novas" tecnologias?), mas, integrá-las normalmente no processo educativo em todos os níveis. Nenhum currículo de educação deve ser considerado completo ou adequado sem a necessária incorporação das Ciências da Computação, sem entender como a tecnologia pode afectar o desenvolvimento desta actividade no futuro e sem preparar profissionais para isso. Precisamos de mais licenciados em STEM, mas também mais matérias de STEM em todos os graus, em todos os níveis. Mais STEM, sim, sem dúvida. Mas também muito mais integração.

 

 

Artigo Original:

Por Enrique Dans

Senior Advisor for Innovation and Digital Transformation at IE University 

Linkedin, 12 de Março 2017 

https://www.linkedin.com/pulse/computer-science-stem-integration-enrique-dans (em inglês)

https://www.enriquedans.com/2017/03/computacion-stem-e-integracion.html (em espanhol)

Ler mais ...
Assinar este feed RSS

Links Úteis

Links Externos

Contactos

Redes Sociais