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dezembro 2014

Malanje vai acolher próximo curso sobre Ética na Ciência.

O Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), do Ministério da Ciência e Tecnologia, realiza, em Fevereiro de 2016, na província de Malanje, o segundo curso básico sobre "Ética na investigação científica - desafios para Angola", em parceria com a Universidade Lueji A`Nkonde.

A informação foi avançada ao Jornal de Angola pelo director-geral do CNIC, Armando Valente, depois do encerramento do primeiro curso básico, realizado em Luanda, no qual participaram 72 pessoas, entre as quais investigadores, académicos e representantes de ordens profissionais.

Armando Valente salientou que, nesta fase, o objectivo do Ministério da Ciência e Tecnologia é “formar o capital humano suficiente para que responda aos desafios da Comissão Nacional de Ética na Investigação Científica”, que vai ser criada no próximo ano.

O director do CNIC pediu aos quadros que participaram na primeira acção formativa que sirvam de elementos catalisadores para que o processo de introdução da ética na investigação científica seja uma realidade em Angola.

 

Curso de mestrado

O responsável reafirmou ser intenção do Ministério da Ciência e Tecnologia promover formação a nível de mestrado e doutoramento destinado aos quadros que queiram dedicar-se à investigação. Armando Valente informou que estão no exterior do país três bolseiros a fazerem pós-graduação em matéria ligada à ética na investigação científica.

Armando Valente disse que a criação da Comissão de Ética na Investigação Científica visa fazer com que o investigador seja honesto, transparente, declare as fontes da sua informação e respeite os seres vivos e ecossistemas envolvidos na sua investigação.

“Os actos de formação não vão parar, porque precisamos de continuar a aprimorar as competências dos recursos humanos nas matérias sobre ética científica”, salientou Armando Valente.

 

Comissão impõe regras

O director do Centro Nacional de Investigação Científica declarou que a Comissão Nacional de Ética Científica, quando for criada, vai impor as regras e procedimentos nas investigações científicas e tecnológicas que envolvam seres vivos.

Está também prevista, acrescentou Armando Valente, a criação de subcomissões técnico-científicas por especialidade.

No período colonial, o Centro Nacional de Investigação Científica tinha o nome de Instituto de Investigação Científica de Angola.

 

Walter António (Jornal de Angola)

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Inventores angolanos homenageados em Luanda pelas medalhas de Nuremberga

A ministra da Ciência e Tecnologia,  Cândida Pereira Teixeira presidiu uma cerimónia de homenagem aos inventores angolanos que participaram na 67.ª edição da Feira de Ideias, Invenções e Novos Produtos (IENA), realizada de 29 de Outubro a 1 de Novembro de 2015, em Nuremberga, Alemanha.

Na edição deste ano, Angola conquistou dez medalhas, das quais duas de ouro, cinco de bronze e três de prata. Durante a feira, a Federação de Inventores de Taiwan distinguiu Angola com quatro medalhas de ouro.

Intervindo durante a cerimónia, a ministra da Ciência e Tecnologia revelou que o seu departamento tem registados, desde 2009, um universo de 194 inventores angolanos. Destes, 158 do sexo masculino e 36, do sexo feminino.

O Ministério está a promover uma maior participação do género feminino na Ciência, Tecnologia e Inovação, Segundo revelou, isto, através de programas específicos.

Entre os inventores/criadores registados pelo Ministério, 80 por cento frequentam o subsistema de ensino geral e 20 por cento estudam em universidades.

Em relação às áreas de aplicação, 60 por cento dos inventores trabalham em electrónica e tecnologias de informação e comunicação, cerca de 20 por cento em mecatrónica e os restantes estão distribuídos nas áreas da arte, biologia e medicina.

Quanto à distribuição por províncias, cerca de 83 por cento dos inventores residem em Luanda.

Cândida Pereira Teixeira disse que o Ministério da Ciência e Tecnologia continua a trabalhar com diferentes parceiros no sentido de produzir protótipos e objectos importantes para as soluções dos problemas das sociedades.

O Governo tem trabalhado com diferentes parceiros nacionais e internacionais em programas e projectos alinhados com a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola, que têm dado oportunidade aos jovens para desenvolverem as suas ideias.

O inventor angolano Mabiala Damasco, falecido no ano passado, foi homenageado a título póstumo.

A Associação dos Inventores da Europa (AIE) decidiu atribuir-lhe uma medalha de bronze pela “grande utilidade para a sociedade do protótipo que criou”, concebido para fazer a queima de um tipo de semente do Norte de Angola que pode vir a tornar-se importante no combate à cárie.

O protótipo pode vir a ser aproveitado por uma conhecida multinacional que produz pasta dentífrica para combater a cárie dentária.

Desde 2009 que inventores/criadores angolanos participam em Nuremberga, numa das maiores feiras de invenções do mundo, perfazendo, até hoje, um total de 48 medalhas conquistadas, sendo 8 de ouro; 18 de prata e 22 de bronze, com o registo de uma média de 6,8 medalhas por ano. É um claro sinal de atitude de conquista e trabalho dos inventores angolanas em material de produção de ideias e  protótipos.

Em 2016, o Ministério da Ciência e Tecnologia vai realizar as antecâmaras da Feira do Inventor/Criador Angolano no período entre Março e Agosto, em todas as províncias. Delas vão ser eleitos os melhores para a Feira do Inventor/Criador Angolano, a ter lugar em Luanda, em Setembro.  

 

 

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Ética na Ciência em Angola, um imperativo ao país

A ministra da Ciência e Tecnologia disse que Angola deu o primeiro passo que vai conduzir à criação, já no próximo ano, de uma Comissão Nacional de Ética Científica.

Maria Cândida Teixeira, que falava na abertura do primeiro curso básico sobre “Ética na investigação científica - desafios para Angola”, cuja abertura presidiu em Luanda, nesta Terça-feira, 01Dez., fez saber que a Comissão vai regular e estabelecer normas e procedimentos de toda a actividade de investigação científica que envolva seres vivos e ecossistemas.

O curso sobre “Ética na investigação científica é destinado a investigadores, académicos e representantes de ordens profissionais. Tal como considerou, o evento representa o “lançamento da primeira pedra para a edificação de uma importante instituição, de que carecemos, que é a Comissão Nacional de Ética Científica”.

A titular da pasta da Ciência e Tecnologia salientou que a criação de uma comissão de ética na ciência é um imperativo internacional, daí que, embora o país esteja a dar os primeiros passos, “temos que andar um pouco mais depressa, para podermos nos estabelecer no concerto das Nações”.

Com a criação de uma comissão de ética científica, acrescentou a ministra, vão estar asseguradas as melhores condições para a existência de investigação de qualidade, dentro dos preceitos éticos.

A ministra assegurou que a futura comissão vai controlar também os eventuais casos de plágio e lembrou que o acto de chegar à verdade científica nem sempre foi realizado dentro do respeito à dignidade humana, dos animais e dos ecossistemas. A título de exemplo, a ministra Maria Cândida Teixeira recordou os actos lesivos da humanidade levados a cabo por cientistas alemães, na época do nazismo.

A ciência, a tecnologia e a inovação são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento da humanidade, declarou a ministra Maria Cândida Teixeira.

O curso, no qual participam 40 pessoas, termina na Quinta-feira, 03Dez., e tem como objectivo atribuir competências básicas para a avaliação ética de projectos de investigação científica e caracterizar o papel social da ciência e as tendências no processo cientifico e ético.

A  formação integra um conjunto de acções que vão ser desenvolvidas para a criação da futura comissão de ética na ciência, cuja comissão organizadora vai ser integrada por pessoas que terminarem com aproveitamento o curso.

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CNIC acolhe curso sobre Ética na Investigação Científica

 

 

 

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) realiza, através do Centro Nacional de Investigação Científica, o 1º Curso sobre Ética na Investigação Científica – Desafios para Angola.

O referido curso que decorre de 01 à 03 de Dezembro, em Luanda,  é dirigido a membros da comunidade científica e académica e a representantes de ordens profissionais e tem por objectivo, formar competências básicas para a avaliação ética de projectos de investigação científica; analisar as normas éticas nacionais e internacionais aplicáveis à investigação científica, bem como conhecer o funcionamento de comités de Ética de Investigação Científica.

O Curso tem início às 8h00, no auditório do Centro Nacional de Investigação Científica, na Avenida Ho Chi Min, Distrito Urbano da Maianga.

Procede à abertura do evento a Dra. Maria Cândida Pereira Teixeira, Ministra da Ciência e Tecnologia.

CENTRO DE DOCUMENTALÇÃO E INFORMAÇÃO DO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, em Luanda, aos 26 de Novembro de 2015

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Feira de Inventores na Alemanha: angolanos deixam Nuremberga com 14 medalhas.

Angola arrebatou um total de 14 medalhas na Feira Internacional de Ideias, Invenções e Novos Produtos de Nuremberga, decorrida de 29 de Out à 01 de Nov.

O projecto da Faculdade de Medicina da Universidade Lueji A'Nkonde, "A estratégia de protecção de mordeduras de serpentes" arrebatou uma medalha de ouro.

Trata-se de uma solução cuja apresentação ao júri foi feita pela sua coordenadora de projectos, a médica Paula Regina Oliveira, baseado numa expedição de 3.500 quilómetros, realizada nas províncias do Cuanza Sul, Benguela, Huíla e Malanje, com uma acção em municípios e comunas mais afectadas por mordeduras de serpentes.

Com este projecto, que nos próximos tempos cobrir o país, pretende-se distribuir informação e trabalhar com a população rural no sentido de melhor se protegerem face aos repteis, assim como medidas preventivas nas zonas habitacionais onde não está descartada a hipótese do aparecimento desses animais por razões de natureza alimentar.

Foi igualmente atribuída uma medalha de ouro, com uma pedrinha diamante encravada,  ao inventor António Manuel Kawele, autor do projecto de reciclagem denominado do "Do lixo ao luxo". Ele utiliza restos de materiais recolhidos do lixo e os transforma em obras de arte como pastas, chinelas, colares, pulseiras, cintos, entre outros artigos. O mesmo projecto foi distinguido com uma segunda medalha, esta de prata, por parte Federação Internacional das Associações dos Inventores (IFIA).

A Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto (UAN), com o jogo “Palanquinha”, recebeu uma medalha de prata. O jogo não só diverte, como ainda educa, realçando, no seu desenrolar, aspectos culturais de Angola, bem como ilustra os pontos históricos e turísticos.

O inventor Inácio Augusto Simão conquistou duas medalhas de bronze com os projectos  “Bicicleta Multifuncional” e “dispositivo multifuncional para auxilio a pessoas vivendo com deficiência motoras ou visuais”.

Por seu lado,  inventor Ricardo Antunes Figueiredo, com o projecto  “o aparelho para evitar derrame de petróleo nos oceanos” e a UAN com o projecto "Sistema Integrado de Emergências Médicas de Angola (SIEMA)”, receberam medalha de bronze uma medalha de bronze cada.

Na ocasião o Ministério da Ciência e Tecnologia distinguiu dois projectos na categoria de juvenis, com o galardão em cristal "Ciência e Tecnologia", nomeadamente a um sistema inovador para lavagem das mãos, e, na categoria de seniores, um sistema de produção de energia eléctrica utilizando teorias cinéticas.

Por conseguinte, pelo menos 10 das medalhas foram atribuída pela iENA (a Feira Internacional de Ideias, Invenções e Novos Produtos), entidade promotora do evento, enquanto que as outras 4 medalhas de ouro foram atribuídas à delegação angolana pela Associação de Inventores de Taiwan, face ao mérito e honra de alguns dos trabalhos levados à Feira, nomeadamente, os projectos do “Veículo Nahari”, do expositor Armelin de Jesus Maria  Cardoso;  “Anti Mata-Aula”, do ISUTIC; “Estratégia para a prevenção das mordeduras de serpentes em Angola”, da Faculdade de Medicina da Universidade Lueji A'Nkonde e a “protecção dos dentes durantes os exames de radioterapia”, do expositor Hélder, que este ano representou a Associação dos Inventores Angolanos. 

A delegação angolana, nesta edição 67ª da Feira de Ideias, Inovação e Novos Produtos (IENA) 2015, a decorrer de 29 de Outubro a um de Novembro deste ano, se faz representar com 10 inventores e 19 projectos, nomeadamente, “o aparelho para evitar derrame de petróleo nos oceanos”, “Vortex One”, “Bicicleta Multifuncional”, “dispositivo multifuncional para deficientes físicos, visuais e doentes”, “De lixo ao luxo”, “Veículo Nahary” e “Sistema Integrado de Emergências Médicas de Angola (SIEMA)”. 

Constam também deste leque “avaliação anónima dos exames”,  “palanquinha”, “Carpooling”, “Sistema de informação de eventos”, “SPA-Pro”, “Sistema Integrado de Regulação do Trânsito de Angola (SIRETA)”, “ISUTIC do futuro”, “Anti Mata-Aula”, “Estratégia para a prevenção das mordeduras de serpentes em Angola”, “Projecto sobre estudo de Venenos e Envenenamentos de Serpentes de Angola”, “Vigicimetox” e “Drogisoft Software”.

 

Alexandre Cose em Nuremberga

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Augusto Inácio, dentre os mais medalhados em Nuremberga

A persistência e a total entrega ao trabalho são as divisas que norteiam a vida de Inácio Augusto Simão, um jovem criador de 24 anos que conquistou para Angola, até hoje, o maior número de medalhas na Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos, realizada anualmente na cidade de Nuremberga, na Alemanha. Inácio Augusto Simão, um dos 11 expositores que   representam Angola na edição deste ano da Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos, que começa hoje e termina domingo, conquistou dez medalhas e já vai na sua quinta participação,   resultante do terceiro lugar alcançado na categoria de “Frelancer” da Feira do Inventor/Criador Angolano, realizada em Setembro, em Luanda.

O jovem criador disse ao Jornal de Angola, em Nuremberga, que a conquista das dez medalhas é resultado de um grande sacrifício, persistência, dedicação e, acima de tudo, humildade.

“Em cada ano que passa ganho mais experiência e maturidade, procura superar erros cometidos antes e perspectivar desafios”, acentuou Inácio Augusto Simão, para quem “é uma grande responsabilidade representar o país em eventos internacionais”. O jovem criador, que disse ter descoberto o talento para o mundo da ciência e tecnologia desde muito cedo,  manifestou a sua crença na obtenção de pelo menos uma medalha, devido à qualidade e originalidade dos dois projectos que levou para a Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos, uma das mais prestigiadas do Mundo, realizada desde 1948.

Trata-se de uma bicicleta multifuncional e de um dispositivo multifuncional para pessoas com deficiência física e visual e também para doentes, que vêm juntar-se aos 18 projectos tecnológicos que já havia criado.

Embora diga que as 20 criações lhe dão muito orgulho, Inácio Augusto Simão fica visivelmente emocionado quando cita três delas, o tradutor gestual, o rato para computador  para pessoas com deficiência física e a base de velas.

“O tradutor gestual, além de ser um projecto de integração social, foi o que me fez merecer, em 2013, a primeira medalha de ouro na feira”, salientou o inventor, sublinhando que o rato para computador  é também   de “grande estima” por ser um projecto simples e de extrema importância para pessoas com deficiência.

Já sobre a base de velas, o jovem disse que o projecto garante sustentabilidade às pessoas carenciadas, pois evita gastos desnecessários na compra de velas.

 Apesar de ter conquistado dez medalhas, o inventor lamenta que nenhum dos seus projectos, sobretudo os estiveram na origem da distinção na Alemanha, foi até hoje aproveitado para uma produção industrial em grande escala.

“Nós precisamos  de encontrar uma indústria em Angola e no estrangeiro para a produção em grande escala dos nossos inventos”, referiu Inácio Augusto Simão, que, desde os cinco anos, como  disse ao Jornal de Angola, sente curiosidade em  entender o princípio de funcionamento dos aparelhos electrónicos, desmontando e concertando alguns.

Inácio Augusto Simão disse que  a sua família e a sociedade  angolana são as suas principais fontes de inspiração. “Há pessoas que  sofrem muito para verem realizadas determinadas tarefas do quotidiano.”

 

Jornal de Angola

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A Indústria é a esperança dos inventores angolanos

A Zona Económica Especial de Viana e outros pólos de desenvolvimento que estão a ser criados em Angola contemplam espaços onde vão ser aproveitados protótipos e ideias de inventores angolanos para terem uma produção industrial em grande escala.

A informação foi avançada ontem ao Jornal de Angola pelo director-geral do Centro Tecnológico Nacional, Gabriel Luís Miguel, que confirmou haver contactos “muito avançados” nesse sentido com o Ministério da Indústria.

Gabriel Luís Miguel está desde terça-feira na Alemanha à frente de uma delegação integrada por 11 expositores que  representam o país na Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos (IENA), que é aberta hoje e termina domingo em Nuremberga.

O “stand” de Angola ocupa uma área de 38 metros quadrados no pavilhão F15,  numa zona privilegiada do espaço onde é realizada a Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos, que existe desde 1948.

Em Angola, disse Gabriel Luís Miguel, “há uma série de soluções integradoras que já têm ajudado a solucionar pequenos problemas e que agora precisam de ser produzidas em grande escala”.

Para este objectivo ser alcançado,  Gabriel Luís Miguel disse ser necessário não só o envolvimento do Estado, que já faz a sua parte ao identificar ideias e projectos de inventores nacionais, como também da classe empresarial.

Gabriel Luís Miguel assegurou que está a ser criada uma série de condições para, nos próximos tempos, os projectos de inventores nacionais serem produtos funcionais feitos numa grande escala para servir os interesses dos próprios angolanos.

“Quando chegarmos aí, vamos dizer "missão cumprida"”, salientou  Gabriel Luís Miguel, que insistiu na necessidade de a ciência, tecnologia e inovação serem inseridas na  estratégia de desenvolvimento do país.

Sobre a Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos, na qual Angola participa desde 2009, Gabriel Luís Miguel reiterou o seu optimismo na conquista pelo país de uma medalha de ouro, de duas ou três de prata e mais algumas de bronze, a julgar pela qualidade dos 19 projectos que vão ser expostos, seleccionados nas feiras do Inventor/Criador Angolano e de Ciência e Tecnologia.

O optimismo de Gabriel Luís Miguel deve-se  ao facto de os projectos seleccionados terem sido submetidos, para a sua melhoria, à apreciação de uma comissão criada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e integrada por professores, alguns dos quais ligados à área de investigação, de várias instituições do Ensino Superior.   

“Os projectos, por melhores que sejam, precisam, às vezes, de ser melhorados, mas sem tirar mérito à ideia que o inventor apresenta”, acentuou Gabriel Luís Miguel, que anunciou estar também a ser estudada, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, a possibilidade de Angola participar, já a partir do próximo ano, na feira que se realiza anualmente em Dezembro na Coreia do Sul, também de grande prestígio internacional. Angola conquistou em seis anos de participação na Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos 38 medalhas, o que faz com que este ano, à semelhança do que aconteceu em 2014, a Bandeira Nacional figure na página oficial do evento ao lado das bandeiras de mais 11 nações, uma dos quais a do país anfitrião.

As doze bandeiras são dos países que mais se destacam na feira, sendo o número de medalhas alcançadas um dos indicadores tidos em conta pela organização.

Devido ao facto de a Bandeira Nacional ser a única de um país da África Subsaariana na página oficial da Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos, Angola, além de ser elogiada por vários países do continente, é regularmente contactada por países da África Austral, como Moçambique, interessados em saber o que tem sido feito no país nas áreas da Ciência, Tecnologia e Inovação e qual o nível de organização interna.

A primeira participação oficial de Angola é resultante de um convite, depois de a organização da feira alemã ter conhecimento da existência da Feira do Inventor/Criador Angolano, que é realizada “com um elevado nível técnico e organizacional” para a descoberta de talentos para o mundo da ciência e tecnologia.

O director do Centro Tecnológico Nacional  afirmou ao Jornal de Angola que o Ministério da Ciência e Tecnologia encara anualmente com um alto grau de responsabilidade a participação de Angola na Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos de Nuremberga.

Por isso, acentuou, os preparativos para uma participação com êxito são os mesmos quando, por exemplo, a Selecção de Futebol de Honras tem de treinar para poder conquistar um lugar para o Campeonato do Mundo.

Entre os 19 projectos que são expostos este ano na Feira  Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos seis são da autoria dos inventores “freelancers” Ricardo Antunes Figueiredo, António Kawele e Inácio Augusto Simão, primeiro, segundo e terceiro classificados na categoria de “freelancers” da edição deste ano da Feira do Inventor/Criador Angolano, e de Armelim de Jesus Maria Cardoso, vencedor da sua categoria na Feira de Ciência e Tecnologia.

Estão  entre os 19 projectos dois do Instituto Superior de Tecnologias de Informação e Comunicação (ISUTIC), dois da Faculdade de Medicina de Malanje da Universidade Lueji A’Nkonde, que concorreram na categoria de “Instituições do Ensino Superior”, na Feira do Inventor/Criador Angolano, dois do Centro de Informação de Medicamentos e Toxicologia (CIMETOX) de Malanje e sete da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto, tendo as duas últimas instituições concorrido na categoria de “Instituições de Investigação Científica”.

Além dos 11 expositores que  representam Angola na Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos, está também em Nuremberga o inventor Hélder Silva, em representação da Associação de Inventores Angolanos.

Um dos critérios exigidos aos países que participam na Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos é a pré-inscrição, em cujo processo são colocadas informações detalhadas sobre cada um dos projectos, que chegam, antes da realização do evento, ao conhecimento do júri, integrado por especialistas de várias nacionalidades com grande reputação internacional nas várias áreas do conhecimento.

Durante a realização da Feira Internacional de Ideias, Inovações e Novos Produtos, os projectos são defendidos pelos seus autores perante o júri.

 

Nhuca Júnior, Jornal de Angola

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Inventores angolanos colhem experiências de centro de pesquisas avançadas em Nuremberga

Os inventores angolanos foram visitar, nesta Quarta-feira, em Nuremberga, na Alemanha, um centro de ciências aplicadas chamada Josephs, do Instituto Fraunhofer.  

Localizada no centro urbano da cidade, a instituição funciona como um elo entre as universidades, os centros de investigação científica e inovação e a sociedade. É seu papel levar inquietações da população para os pesquisadores encontrarem soluções individuais para serem testadas cientificamente antes da sua implementação.

Segundo argumenta Ruth Kinyanjui, uma queniana radicada na Alemanha, e que na organização desempenha as funções de assistente de projectos, “o Josephs permite a participação activa dos utilizadores e outras pessoas envolvidas no desenvolvimento, introdução e comercialização de novos serviços e produtos. É um laboratório aberto , uma plataforma para os conceitos de serviços inovadores e novos protótipos.”

As obras são manufaturadas no âmbito das universidades e centros de investigação e inovação, são sujeitas à avaliação de laboratórios e depois expostos no projecto Josephs de forma aberta para as sugestões públicas de melhoramento.

Nestas exposições, disse, os futuros beneficiários podem ter contacto físico com os trabalhos. “Aqui as pessoas têm a oportunidade de opinar sobre as prováveis falhas patentes nas obras em observação. Elas emitem opiniões sobre o que acham que deve ser incorporado ou suprimido, para que todos se possam rever no produto final, disse.

Por seu turno, Albrecht Fritezsche, o responsável para o conceito de pesquisa do laboratório aberto de investigação do projecto indicou que a instituição está aberta a trabalhar com partes angolanas. Nesta altura há projectos idênticos que o centro está a desenvolver na Ásia em países como a China, Índia e Taiwam, com perspectivas de se estenderem também para a África.

Esta colaboração, disse, pode ser feita no domínio do que o centro se ocupa, como a informática social, inovação de produtos e serviços, entre outros, visando desenvolver soluções aos problemas do consumidor final.

A delegação angolana está na Alemanha desde o dia 27 deste mês para participar na edição 67ª da Feira de Ideias, Inovação e Novos Produtos (IENA) 2015, a decorrer de 29 de Outubro a 1 de Novembro deste ano.

Angola se fará representar com 10 inventores e 19 projectos, nomeadamente, “o aparelho para evitar derrame de petróleo nos oceanos”, “Vortex One”, “Bicicleta Multifuncional”, “dispositivo multifuncional para deficientes físicos, visuais e doentes”, “De lixo ao luxo”, “Veículo Nahary” e “Sistema Integrado de Emergências Médicas de Angola (SIEMA)”. 

Constam também deste leque “avaliação anónima dos exames”,  “palanquinha”, “Carpooling”, “Sistema de informação de eventos”, “SPA-Pro”, “Sistema Integrado de Regulação do Trânsito de Angola (SIRETA)”, “ISUTIC do futuro”, “Anti Mata-Aula”, “Estratégia para a prevenção das mordeduras de serpentes em Angola”, “Projecto sobre estudo de Venenos e Envenenamentos de Serpentes de Angola”, “Vigicimetox” e “Drogisoft Software”.

 

Alexandre Cose em Nuremberga

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Inventores angolanos na Feira de Ideias de Nuremberga com grandes desafios

Começou nesta Quinta-feira, 29 de Outubro, em Nuremberga, Alemanha, mais uma edição anual da tradicional Feira Internacional de Ideias, Invenções e Novos Produtos. Movidos pela clara ambição de bom desempenho numa das mais antigas e respeitadas exposições mundiais e ciência e tecnologia, jovens inventores angolanos estão presentes para desafiar os seus próprios limites num certame onde a excelência , a ousadia e a qualidade são somente o primeiro factor competitivo.  

Depois de conquistarem dez medalhas numa edição e de serem eleitos para o palco de “invenções especiais”, os expositores angolanos chegaram ainda a ver, no ano passado, a bandeira nacional entre 12  outras, da página oficial da Feira de Idéias, Invenções e Novos Produtos (iENA).

À julgar pelo que há de projectos, este ano, a apresentar na feira que decorre até ao dia 01 de Novembro, o país pode esperar dos seus representantes proeza igual ou superior a do iENA2014, onde cinco projectos foram escolhidos para o palco reservado às "Invenções especiais interessantes".

Todos os anos, a organização escolhe países com certa reputação no evento, para apresentar projectos considerados especiais.

Angola que participa da Feira há já 6 anos foi selecionada para proceder a essa apresentação, em cenário especial criado pela organização para prestigiar as chamadas criações especiais.

Os cinco temas apresentados pelos angolanos tinham sido escolhidos num universo de mais de 700 expositores que representam 32 países de todos os continentes.

Nesta mesma edição foi oficialmente apresentada a bandeira de Angola entre as 12 da página oficial do evento e, de acordo com o coordenador da comitiva angolana, Gabriel Luís Miguel, a exposição da bandeira de Angola, ao lado da dos EUA, China, Malásia, Índia, Alemanha, Suíça, Eslovénia, Coreia do Sul, Irão, Reino Unido e Turquia, resultou das participações regulares e com sucesso do país no evento.

Este sucesso, acrescentou o responsável na ocasião, deve-se às antecâmaras que o Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) vem realizando em todas as províncias do país para captar os melhores trabalhos ligados à criação e à inovação.

O grande feito nesta ano foi a meta nunca antes alcançada, a conquista de dez medalhas numa única edição, das quais duas de ouro, cinco de prata e três de bronze.

As medalhas de ouro foram conquistadas pelo Centro de Informação de Medicamentos e Toxicologia  (CIMETOX) da Faculdade de Medicina da Universidade Lueji A'Nkonde, com o projecto de produção do primeiro soro antiofídico e a empresa de sistemas informáticos SISTEC com a sua estação de voto electrónica.

As medalhas de prata foram conquistadas pelos inventores free-lancers Inácio Simão e Manuel Henriques Bongo com a mala para carregar telemóveis e outros dispositivos electrónicos e a cadeira de rodas movida por painel solar, respectivamente.

As outras medalhas de prata foram ganhas por Alberto Wapota, com o projecto E-tchoto ou Ondjango electrónico, pelo inventor Valeriano Marcelino, com o projecto sobre sistema de controlo de iluminação pública e o inventor Rouget Fundora, com o jogo tradicional Kiela em formato computarizado.

Já as medalhas de bronze foram ganhas pelos inventores Marcolino Cangajo, Lufialuiso Sampaio Velho, com projectos como a passadeira electrónica e sistema de emergências médicas. Já a Universidade Agostinho Neto (UAN) foi medalhada na categoria de Universidades.

Nesta 66ª edição, o país esteve representado com 17 projectos concorrentes, dos quais 16 da área da Mecatrónica e um da Toxicologia. Angola participava pela sexta vez na feira de IENA, espaço onde tem conquistado um total de 38  medalhas, dentre as quais seis de ouro, quinze de prata e dezassete de bronze.

Para a edição 67ª Angola se fará representar com 10 inventores e 19 projectos, nomeadamente, “o aparelho para evitar derrame de petróleo nos oceanos”, “Vortex One”, “Bicicleta Multifuncional”, “dispositivo multifuncional para deficientes físicos, visuais e doentes”, “De lixo ao luxo”, “Veículo Nahary” e “Sistema Integrado de Emergências Médicas de Angola (SIEMA)”.

Constam também deste leque “avaliação anónima dos exames”,  “palanquinha”, “Carpooling”, “Sistema de informação de eventos”, “SPA-Pro”, “Sistema Integrado de Regulação do Trânsito de Angola (SIRETA)”, “ISUTIC do futuro”, “Anti Mata-Aula”, “Estratégia para a prevenção das mordeduras de serpentes em Angola”, “Projecto sobre estudo de Venenos e Envenenamentos de Serpentes de Angola”, “Vigicimetox” e “Drogisoft Software”.

 

Alexandre Cose

em Nuremberga

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