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Satélites Divulgam Novos Dados Sobre a Terra

Surgiram das ideias sobre gravitação de Isaac Newton, no século XVIII. Hoje em dia são tidos como ferramentas de grande importância para o homem, exercendo várias funções, como a monitorização do clima, dos oceanos, da atmosfera, do interior da terra. Falamos dos satélites. 

Em órbita o satélite é uma ferramenta única para observar o planeta. Para a italiana Simonetta Cheli, da Agência Espacial Europeia, citada pelo euronews, “A informação proveniente de missões em órbita e das missões a serem lançadas ao longo dos próximos anos servirá para perceber a situação do clima, mas também contribuirá para dar conta, por parte de cada país, da evolução dos gases de efeito de estufa e do dióxido de carbono.” 

Recentemente, o satélite Copernicus Sentinel-3A, a partir do seu Instrumento de Cor do Solo e Oceano, recolheu novos dados sobre as mudanças de gelo na Gronelândia, a cor da terra e dos oceanos. Trata-se de um satélite projectado para medir os oceanos, solo, gelo e atmosfera da Terra, para monitorizar a dinâmica global em larga escala e fornecer informações críticas, quase em tempo real, para inúmeras aplicações para o mar, terra e clima. De acordo com a Agência Espacial Europeia, o Instrumento de Cor do Solo e Oceano do satélite oferece uma nova visão sobre a Terra e irá monitorizar os oceanos globais, e as águas do interior, incluindo o fitoplancton, a qualidade da água, a proliferação de algas nocivas, o transporte de sedimentos em zonas costeiras, os eventos El Niño e La Niña e alterações climáticas. Incluem-se ainda na actividade do satélite, o apoio à observação das condições da vegetação e culturas, bem como fornecimento de estimativas de aerossóis atmosféricos e nuvens, trazendo, deste modo, benefícios significativos para a sociedade através de uma tomada de decisão mais informada.

 

Mais informações

http://www.esa.int/por/ESA_in_your_country/Portugal/Divulgados_os_dados_da_cor_da_Terra_pelo_Sentinel-3A

http://pt.euronews.com/2016/08/11/a-importancia-dos-satelites-na-observacao-da-terra

 

A Síndrome de Burnout ou a Falta de Humanização nos Nossos Hospitais?

 

Nas condições actuais de desenvolvimento do nosso sistema de saúde é comum assistirmos a actos e atitudes que se configuram como total ou parcial insensibilidade, falta de profissionalismo, falta de humanismo e outros valores por parte dos profissionais da saúde em relação aos pacientes que supostamente devem assistir e atender.

Começaríamos este artigo com algumas perguntas que o próprio texto responderá:

- Ao que se deve a insensibilidade de certos profissionais da saúde em relação ao sofrimento dos pacientes e dos seus familiares?

- Que efeito tem a sobrecarga, a pressão de trabalho e as longas jornadas de trabalho dos profissionais de saúde no seu desgaste emocional e humano?

- Há conflito de papéis e de interesses na relação profissional-paciente?

- A falta de suporte e de valorização da classe pela sociedade e do estado, propicia a indiferença destes profissionais perante o sofrimento e a morte dos pacientes?

- Que factores podem estar na base da Síndrome de Burnout em profissionais da saúde dos nossos hospitais?

A Síndrome de Burnout (SB) é uma doença ocupacional e que, segundo a OMS, predomina sobre os profissionais da saúde como: médicos, enfermeiros, assistentes sociais, dentistas e fisioterapeutas, além de professores, policiais, bombeiros e demais profissionais que estão sujeitos ao contacto diário com o público e que têm grande carga emocional.

Entre os diferentes factores que podem comprometer a saúde do trabalhador, o ambiente de trabalho é apontado como gerador de conflito, quando o indivíduo percebe o hiato existente entre o compromisso com a profissão e o sistema em que está inserido.

Essa síndrome, conceptualizada como estresse laboral crónico, tem como principais características o desgaste emocional, a despersonalização e a reduzida satisfação pessoal ou sentimento de impotência do trabalhador, que ocorre quando o indivíduo não possui mais estratégias para o enfrentamento das situações e conflitos do trabalho.

Burn, em inglês, significa queimar, out, é algo fora, exteriorizado. O Burnout é caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos e psíquicos, consequentes da má adaptação ao trabalho e com intensa carga emocional e pode estar acompanhado de frustração em relação a si e ao trabalho.

A expressão burnout, serve para designar aquilo que deixou de funcionar por exaustão de energia, constitui actualmente um dos grandes problemas psicossociais, despertando interesse e preocupação por parte da comunidade científica e das empresas, devido à severidade das suas consequências, quer ao nível individual, quer ao nível organizacional. De facto, o burnout sendo um estado de esgotamento, decepção e perda do interesse pelo trabalho, produz sofrimento no indivíduo e tem consequências sobre o seu estado de saúde e o seu desempenho, pois passam a existir alterações pessoais, comportamentais e organizacionais.

Esta síndrome acomete, geralmente, os profissionais que trabalham em contacto directo com pessoas, sendo predominante nos profissionais de saúde, o burnout afecta os enfermeiros, em diferentes partes do mundo e em diversos contextos de trabalho, levando-os a desenvolver sentimentos de frustração, frieza e indiferença em relação às necessidades e ao sofrimento dos seus utentes e familiares.

Acredita-se que, se os enfermeiros conhecerem as características, consequências e estratégias de prevenção do burnout, poderão ter uma maior satisfação laboral e prestar cuidados de melhor qualidade e humanismo aos utentes.

A escolha do tema advêm da necessidade de se  abordar o fenómeno, visto que tem se manifestado muito nos últimos tempos nas nossas unidades hospitalares onde se verifica cada vez mais uma ausência de humanismo na prestação de serviços aos utentes derivada de demandas excessivas, que diminuem a qualidade do trabalho, de longas jornadas de trabalho, numerosos turnos, baixa remuneração, convívio constante com o sofrimento, a dor e a morte  de pessoas e a constante exposição ao risco.

O grande problema social relacionado à Síndrome de Burnout em trabalhadores da saúde é o facto de se encontrarem profissionais a trabalhar  de maneira fria e impessoal, sem a dedicação e o envolvimento necessários. Isto pode causar uma diminuição da realização profissional que pode até culminar com a desistência deste profissional. Ou seja, há a possibilidade dos serviços de saúde apresentarem no seio dos seus colaboradores um elevado índice de absenteísmo. Este aspecto pode levar a custos com substituições, necessidade de novas contratações e quebra da rotina assistencial.

Os profissionais da saúde podem estar mais susceptíveis ao Burnout, uma vez que experimentam uma dualidade de papéis e enfrentam uma série de exigências por parte de seus empregadores e chefias, dos pacientes e de si próprios. A Síndrome de Burnout é ainda desconhecida por grande parte dos profissionais da saúde. É necessária uma maior divulgação, pois se os profissionais desconhecem as suas possíveis manifestações e causas, não podem encontrar formas efectivas de tratamento, bem como medidas de prevenção e na maior parte das vezes não dão conta que estão afectados por este mal.

Portanto, um estudo sobre o desgaste crónico físico e psicológico sofrido pelos trabalhadores da saúde de uma unidade hospitalar desperta o interesse de investigadores deste fenómeno por se tratar de um ambiente propício para o desenvolvimento da síndrome e das suas consequências negativas tanto para a assistência aos pacientes, como também para a saúde do profissional envolvido. A continuidade de pesquisas em relação à saúde do trabalhador poderá fornecer dados que elucidem outros factores de risco específicos que desencadeiam o desenvolvimento do desgaste e que poderão dar suporte a uma nova estruturação de estratégias preventivas contra este mal que afecta grande número de profissionais da saúde.

 

Amílcar Inácio Evaristo, Ph.D.

Biólogo e Psicólogo

Especialista em Educação para a prevenção de drogas e promoção de saúde

Professor Associado da Universidade Agostinho Neto-ISCISA (Instituto Superior de Ciências da Saúde) de Luanda

Consultor do Senhor Secretario de Estado da Ciência e Tecnologia

 

 

Fonte imagem: http://saudeexperts.com.br/wp-content/uploads/2015/01/stress-profissional-da-saude_mini.jpg

Existe um Limite para o Tempo de Vida dos Humanos?

A esperança de vida é determinada a partir de uma média aritmética das idades com que as pessoas morrem. Sobre esta esperança incidem vários factores, como o acesso à saúde e os climáticos. Nestes, o acesso aos cuidados de saúde é o que em grande parte pode determinar a qualidade de vida de um grupo. 

Entre contradições e consensualidades, um estudo realizado por uma equipa de especialistas do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova Iorque (EUA), e divulgado pelo jornal português o “Público”, revela que a esperança de vida da população mundial diminui desde a década de 90.

Para esta conclusão, “Primeiro, os especialistas analisaram a informação de 40 países publicada na Base de Dados da Mortalidade Humana e concluíram que a faixa etária que registou mais progressos em termos de sobrevivência estagnou por volta dos 1980. Depois, focando-se nos registos da Base de Dados Internacional da Longevidade, estudaram a idade máxima na altura da morte em 38 países. ...constataram que desde a morte (com 122) de Jeanne Calment, em 1997, que a idade máxima parou de aumentar e estabilizou. Tudo isto faz com que Xiao Dong, Brandon Milholland e Jan Vijg confirmem o que outros investigadores já tinham sugerido antes, ou seja, que o tempo de vida da espécie humana tem um limite e o tecto está à volta dos 115 anos”, lê-se no Público. 

De acordo com os cálculos realizados, a probabilidade de ultrapassar os 125 anos de vida é menos de uma em 10 mil, ou seja, menor que 0,01%. E como indica o estudo, as mulheres são as que mais esperança de vida têm.

Assim, embora sejam escassas as probabilidades de o recorde de Jeanne Calmentser ser ultrapassado, como afirma este estudo, a esperança de vida poderá ainda depender dos avanços científicos (com fármacos que aumentam a longevidade), de uma boa qualidade de vida, entre outras. 

 

Mais informação em:

https://www.publico.pt/ciencia/noticia/o-limite-da-vida-dos-humanos-e-115-anos-1746423

 

 

Fonte da Imagem: https://saalmeida.wordpress.com/2015/11/23/a-qualidade-de-vida-e-intrinseca-do-valor-humano/

Universidade Lueji A’nkonde Realiza Conferência Internacional no Dundo

Em alusão ao seu 7º aniversário, a Universidade Lueji A’Nkonde realiza nos dias 20 e 21 de Outubro a Conferência Internacional sob o lema: "Uma Angola Segura Rumo ao Desenvolvimento Sustentável" a ter lugar na cidade do Dundo, no Auditório da Escola Superior Pedagógica da Lunda Norte. 

 

Objectivos

  • Divulgar  as  políticas nacionais para a promoção e protecção dos  direitos  humanos  e  das  garantias  das  liberdades fundamentais;
  • Reflectir sobre soluções para a erradicação da insegurança e instabilidade;
  • Divulgar programas de desenvolvimento sustentável da agricultura e recursos naturais.

 

Painéis 

  1. Ordem Pública e Segurança Nacional;
  2. Segurança no domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação; 
  3. Segurança Alimentar e Nutricional; 
  4. Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Segurança Social e Doenças Profissionais;
  5. Segurança e Protecção Ambiental, Mudanças Climáticas e Ambientais;
  6. Toxicologia, Biossegurança e Bioterrorismo;
  7. Segurança e Ética na Investigação Científica, Segurança Jurídica.

 

Para mais informações

Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

T: 923 57 51 97  /  915 288 856.

 

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