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Alexandre Cose

Alexandre Cose

Comunicado Final da 4ª Conferência sobre Ciência e Tecnologia, Setembro de 2015

Na actual conjuntura de diversificação de fontes de financiamento público, mostra-se determinante uma adequada e mais forte articulação entre o Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT), enquanto órgão reitor da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PNCTI) e o empresariado nacional, com vista a tirar maior partido do conhecimento e das tecnologias geradas nas instituições nacionais de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação.

O assunto é parte das recomendações da 4ª Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia, que teve lugar em Luanda, no mês de Setembro de 2015. Trata-se de uma directiva que se mantém actual e que relança as esperanças para um futuro de desenvolvimento sustentável, o que poderá implicar iniciativas que estimulem parcerias interinstitucionais a nível nacional, aptas a promover a formação de equipas de investigação mais fortes e de partilha de dados e informações, no âmbito da investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação.

De acordo com as recomendações da Conferência, é fundamental o reforço das instituições das áreas de incidência da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação de todo o Executivos e demais instituições públicas, por via da formação, captação e retenção de recursos humanos de investigação científica de alta qualidade, tanto no âmbito do Plano Nacional de Formação de Quadros como por via de outras iniciativas;

Veja aqui o essencial da 4ª Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia através do seu Comunicado Final.

 

 

O uso das técnicas isotópicas face à qualidade para a vida

O engenheiro químico industrial Muteb Rumang defendeu, nesta quarta-feira, 02 de Março, em Luanda, a utilidade do uso de técnicas isotópicas em sectores determinantes da actividade científica como os da saúde, industria, agricultura, e outros, devido ao seu poder de conservação e garantia da qualidade dos produtos. São, como referiu, durante o debate mensal “Café com Ciência e Tecnologia”, do Centro Tecnológico Nacional (CTN), de extrema utilidade à vida humana e factores determinantes para o desenvolvimento.

Desta vez o “Café com Ciência e Tecnologia” trouxe para reflexão, o tema “aplicação de técnicas isotópicas no desenvolvimento das sociedades”.

Deixando claro que o seu universo é vasto e diversificado, destacou os chamados isótopos instáveis, que são os radioactivos, os quais têm aplicação, nos critérios mais diferenciados, e nas mais várias esferas da vida, como, por exemplo, da medicina, tendo citado  o aspecto particular da medicina nuclear apto a fazer face ao tratamentos de doenças cancerígenas.

“Na indústria alimentar, as medidas isotópicas são usadas para conservar os alimentos. Constituem-se de particularidades que permitem destruir os microrganismos que podem afectar a qualidade os produtos agrícolas, assegurando a permanência da sua qualidade por mais tempo”, explicou.

Considerou que esta técnica também é usada na indústria petrolífera como traçador, o qual permite avaliar a comunicação entre o poço de petróleo e a superfície aquática. As técnicas isotópicas são igualmente usadas nas fábricas de bebidas para controlar o nível do enchimento.

Por seu turno, a engenheira de física nuclear Ana Carvalho, que apresentou a aplicação destas técnicas nas águas, defendeu a realização de campanhas de sensibilização das populações sobre as práticas que contaminam os solos e consequentemente as águas subterrâneas.

O termo isótopo foi criado pelo químico Inglês Frederick Soddy em 1913, para designar as diferentes espécies do mesmo elemento, os quais podem ser utilizados com marcadores (traçadores) em diferentes áreas do conhecimento incluindo a medicina, hidrologia e geociências em geral ou como fontes de energia.

Aplicação de Técnicas Isotópicas no Desenvolvimento das Sociedades em debate no “Café com Ciência” de Março.

O Centro Tecnológico Nacional – CTN instituição tutelada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, realiza mais um Café com Ciência e Tecnologia. Será nesta Quarta-feira, 02 de Março de 2016, pelas 9:00 da manhã, no seu Auditório, sito no quintalão da Faculdade de Letras, junto ao Departamento de Arquitetura da Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto, na Avenida Ho-Chi-Min, em Luanda.

O “Café com Ciência e Tecnologia” deste mês, traz para a montra do debate o tema “Aplicação de Técnicas Isotópicas no Desenvolvimento das Sociedades”.

São convidados para estes debates, os diferentes actores do Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação de Angola (SNCTI) e as conclusões e recomendações deles saídas são convertidas em linhas de investigação para a resolução dos principais problemas identificados em cada uma das temáticas.

O termo isótopo foi criado pelo químico Inglês Frederick Soddy em 1913, para designar as diferentes espécies do mesmo elemento.

Os isótopos podem ser utilizados com marcadores (traçadores) em diferentes áreras do conhecimento incluindo as da medicina, hidrologia e geociências em geral ou como fontes de energia.

Instituído em 2015, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, os Cafés com Ciência e Tecnologia são espaços de debate de temas da actualidade e pretendem ser um catalisador na criação de uma verdadeira sociedade do conhecimento, cumprindo desta forma com um dos grandes desideratos plasmados na Política Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação de Angola.

Em Angola, o Centro Tecnológico Nacional – CTN, com sede em Luanda, contempla nas suas linhas de investigação a utilização de técnicas isotópicas. Orientadas nesta fase essencialmente para as áreas de Geociências, o CTN, com apoio da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), estabeleceu o Laboratório de Traçadores Radioactivos (LTR), que se dedica a investigação científica aplicada e prestação de serviços.

História Geral de África nas escolas - Angola acolhe com agrado proposta da UNESCO

Angola acolheu com agrado a proposta da UNESCO de introduzir a História Geral de África nas escolas, no sentido de ajudar a renovar o ensino da matéria nos Estados membros da União Africana e destacar a herança comum do continente.

Esta abertura foi reiterada pela  ministra da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Pereira Teixeira, sublinhando que a ideia é renovar o ensino através de uma base para a elaboração de livros infantis, manuais escolares e emissões televisivas e radiofónicas, de modo a destacar a herança comum dos povos africanos e, através desta, apoiar a integração regional.

A governante fez este pronunciamento no encerramento da 4ª Reunião do Conselho Científico Internacional do IX Volume da História Geral de África, que decorreu de 15 a 19 deste mês, sob a égide da Unesco e acolhida pelos ministérios da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e da Educação de Angola.

De acordo com a ministra da Ciência e Tecnologia, a cooperação técnica, científica e Institucional entre o organismo especializado do Sistema das Nações Unidas e o Executivo angolano constitui espaço de reflexão e discussão científica construtiva, que deve ser inclusivo e oportuno, para assegurara a qualidade e a excelência, com vista à optimização dos objectivos preconizados.

 

O testemunho do Vice Presidente da República

A mesma abertura havia já sido avançada pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, que, na abertura da reunião do Conselho Científico da UNESCO para o IX Volume da História Geral de África, manifestou a disponibilidade de Angola apoiar o ensino da História Geral da África nas escolas, para moldar uma nova geração de africanos. Manuel Vicente considera o ensino da obra nas escolas um desafio premente e indispensável. “A preservação do nosso património cultural é fundamental para a memória do que fomos, do que somos e alicerce para o que seremos”, notou, referindo que a elaboração da obra é prova do dinamismo do conhecimento científico. O Vice-Presidente lembrou que, depois do apoio financeiro do Governo brasileiro para a elaboração, publicação e disseminação da obra, o Executivo angolano, no âmbito do Acordo Quadro celebrado com a UNESCO, contribuiu com 887 mil dólares. Manuel Vicente disse que a realização em Angola, da  reunião do Conselho Científico da UNESCO para o IX Volume da História Geral de África mostra que o país está comprometido com o conhecimento, um factor que vai permitir actualizar os conteúdos da História Geral de África, tendo em conta os desenvolvimentos recentes da descolonização, o fim do “apartheid” e o papel de África no Mundo.

O Vice-Presidente destacou o conhecimento científico e técnico como uma importante via para o desenvolvimento sustentável das sociedades e sublinhou que cada vez mais os africanos recorrem a esse método. Manuel Vicente congratulou-se com a presença de representantes das instituições angolanas de Ensino Superior de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico e Inovação nas discussões com os membros do Comité Científico da UNESCO.

O programa de formação de mestrandos e doutorandos angolanos em ciências sociais e humanas promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia tem apoio da UNESCO e vai formar 140 doutores em ciências técnicas para as instituições de investigação e desenvolvimento do nosso país. Manuel Vicente afirmou que o Executivo continua a contar com o apoio da UNESCO para o desenvolvimento da qualidade de ensino, da investigação científica e a inscrição do património cultural angolano na lista do Património Mundial. Grande parte dos conteúdos, como a queda do “apartheid” e a emigração, vão constar dos currículos escolares.

O Conselho Científico da Unesco para a elaboração do IX Volume da História Geral de

X ste momento  a Histem Luanda, na sua 4ª ediça qualidade e a excelÁfrica reuniu em Luanda, na sua 4ª edição, visando a recolha, avaliação e validação de dados científicos relativos à história geral de África e contou com a participação de peritos de Angola, Argélia, Barbados, Benim, Botswana, Brasil, China, Cuba, Estados Unidos da América, França, Mali e República Democrática do Congo.

O IX Volume neste momento  será apresentado em 2018.

 

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