Menu
RSS
Alexandre Cose

Alexandre Cose

Inventores angolanos na Feira de Ideias de Nuremberga com grandes desafios

Começou nesta Quinta-feira, 29 de Outubro, em Nuremberga, Alemanha, mais uma edição anual da tradicional Feira Internacional de Ideias, Invenções e Novos Produtos. Movidos pela clara ambição de bom desempenho numa das mais antigas e respeitadas exposições mundiais e ciência e tecnologia, jovens inventores angolanos estão presentes para desafiar os seus próprios limites num certame onde a excelência , a ousadia e a qualidade são somente o primeiro factor competitivo.  

Depois de conquistarem dez medalhas numa edição e de serem eleitos para o palco de “invenções especiais”, os expositores angolanos chegaram ainda a ver, no ano passado, a bandeira nacional entre 12  outras, da página oficial da Feira de Idéias, Invenções e Novos Produtos (iENA).

À julgar pelo que há de projectos, este ano, a apresentar na feira que decorre até ao dia 01 de Novembro, o país pode esperar dos seus representantes proeza igual ou superior a do iENA2014, onde cinco projectos foram escolhidos para o palco reservado às "Invenções especiais interessantes".

Todos os anos, a organização escolhe países com certa reputação no evento, para apresentar projectos considerados especiais.

Angola que participa da Feira há já 6 anos foi selecionada para proceder a essa apresentação, em cenário especial criado pela organização para prestigiar as chamadas criações especiais.

Os cinco temas apresentados pelos angolanos tinham sido escolhidos num universo de mais de 700 expositores que representam 32 países de todos os continentes.

Nesta mesma edição foi oficialmente apresentada a bandeira de Angola entre as 12 da página oficial do evento e, de acordo com o coordenador da comitiva angolana, Gabriel Luís Miguel, a exposição da bandeira de Angola, ao lado da dos EUA, China, Malásia, Índia, Alemanha, Suíça, Eslovénia, Coreia do Sul, Irão, Reino Unido e Turquia, resultou das participações regulares e com sucesso do país no evento.

Este sucesso, acrescentou o responsável na ocasião, deve-se às antecâmaras que o Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) vem realizando em todas as províncias do país para captar os melhores trabalhos ligados à criação e à inovação.

O grande feito nesta ano foi a meta nunca antes alcançada, a conquista de dez medalhas numa única edição, das quais duas de ouro, cinco de prata e três de bronze.

As medalhas de ouro foram conquistadas pelo Centro de Informação de Medicamentos e Toxicologia  (CIMETOX) da Faculdade de Medicina da Universidade Lueji A'Nkonde, com o projecto de produção do primeiro soro antiofídico e a empresa de sistemas informáticos SISTEC com a sua estação de voto electrónica.

As medalhas de prata foram conquistadas pelos inventores free-lancers Inácio Simão e Manuel Henriques Bongo com a mala para carregar telemóveis e outros dispositivos electrónicos e a cadeira de rodas movida por painel solar, respectivamente.

As outras medalhas de prata foram ganhas por Alberto Wapota, com o projecto E-tchoto ou Ondjango electrónico, pelo inventor Valeriano Marcelino, com o projecto sobre sistema de controlo de iluminação pública e o inventor Rouget Fundora, com o jogo tradicional Kiela em formato computarizado.

Já as medalhas de bronze foram ganhas pelos inventores Marcolino Cangajo, Lufialuiso Sampaio Velho, com projectos como a passadeira electrónica e sistema de emergências médicas. Já a Universidade Agostinho Neto (UAN) foi medalhada na categoria de Universidades.

Nesta 66ª edição, o país esteve representado com 17 projectos concorrentes, dos quais 16 da área da Mecatrónica e um da Toxicologia. Angola participava pela sexta vez na feira de IENA, espaço onde tem conquistado um total de 38  medalhas, dentre as quais seis de ouro, quinze de prata e dezassete de bronze.

Para a edição 67ª Angola se fará representar com 10 inventores e 19 projectos, nomeadamente, “o aparelho para evitar derrame de petróleo nos oceanos”, “Vortex One”, “Bicicleta Multifuncional”, “dispositivo multifuncional para deficientes físicos, visuais e doentes”, “De lixo ao luxo”, “Veículo Nahary” e “Sistema Integrado de Emergências Médicas de Angola (SIEMA)”.

Constam também deste leque “avaliação anónima dos exames”,  “palanquinha”, “Carpooling”, “Sistema de informação de eventos”, “SPA-Pro”, “Sistema Integrado de Regulação do Trânsito de Angola (SIRETA)”, “ISUTIC do futuro”, “Anti Mata-Aula”, “Estratégia para a prevenção das mordeduras de serpentes em Angola”, “Projecto sobre estudo de Venenos e Envenenamentos de Serpentes de Angola”, “Vigicimetox” e “Drogisoft Software”.

 

Alexandre Cose

em Nuremberga

Estão abertas bolsas de pós-graduação em ciências para o desenvolvimento – para os PALOP e Timor-Leste

Encontra-se aberto o Concurso de Admissão para 12 (doze) bolsas de doutoramento, ao abrigo da edição de 2016 do Programa de pós-Graduação Ciência para o Desenvolvimento (PGCD), organizado pelo Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) com o apoio do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Inovação (MESCI) de Cabo Verde e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) de Portugal.

As bolsas são destinadas a estudantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe ou Timor Leste.

O programa desenrola-se em duas fases: a primeira fase, de 8 meses, terá lugar em Cabo Verde e será de aulas e seminários dados por especialistas mundiais. A segunda fase, de 40 meses, será para desenvolvimento de projectos de investigação que possam dar origem a teses de doutoramento. Esta segunda fase terá lugar em centros de excelência em Portugal. No final deste período os alunos terão de regressar aos países de origem.

No âmbito dos acordos celebrados cabe à Comissão Directiva seleccionar os estudantes que usufruirão das bolsas financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, sendo que os contratos de bolsa de investigação são celebrados directamente com esta.

A duração da bolsa é de 8 meses. No final dos 8 meses será atribuída uma bolsa de doutoramento, anual, renovável até ao máximo de 40 meses aos alunos seleccionados pela Comissão Directiva que tenham aproveitamento durante a duração do Programa.

Só serão aceites as candidaturas submetidas através do formulário online, disponibilizado no site do programa em www.igc.pt/pgcd/pt/applications

Os candidatos a seleccionar deverão cumprir os seguintes requisitos:

Das bolsas atribuídas no âmbito do presente concurso, 10 (dez) serão financiadas por verbas do Orçamento de Estado do Ministério da Educação e Ciência de Portugal, ao abrigo do Estatuto do Bolseiro de Investigação Científica, do Regulamento de Bolsas de Investigação da FCT, e 2 (duas) serão financiadas pelo MESCI de Cabo Verde, ao abrigo do Acordo de Cooperação entre o MESCI e o IGC para o PGCD. Em tudo não previsto no Aviso de Abertura é aplicável o Regulamento do PGCD.

O período de candidaturas estende-se até ao dia 12 de Novembro de 2015.

Mais informações sobre o programa e procedimentos de candidatura podem ser obtidos em www.igc.pt/pgcd.

TESTES NÃO DESTRUTIVOS GARANTEM UM CRITÉRIO DE SEGURANÇA NA ACTIVIDADE PRODUTIVO

Os “testes não destrutivos” são exames que se realizam  nos materiais, sejam eles acabados ou semi-acabados, visando verificar a existência ou não de descontinuidade ou defeitos.

Entre nós, em Angola, segundo os experientes na matéria, são ainda muito pouco usuais os também chamados ensaios não destrutivos. Eles defendem, nesta conformidade, a adopção da cultura desses exames enquanto factor de segurança para a vida dos humanos, nos domínios mais diferenciados da actividade produtiva.

O assunto esteve em destaque em mais um “Café com Ciência e Tecnologia", promovido pelo Centro Tecnológico Nacional (CTN), do Ministério da Ciência e tecnologia (MINCT).

Um dos prelectores, o especialista em ciências físicas, Mayi Mbemba, formado no Centro Nuclear de Marrocos disse que os testes não destrutivos são uma das mais importantes soluções em uso para o controlo da qualidade dos materiais e produtos, visando contribuir para minimizar custos e aumentar o grau de  confiança e segurança.

Os testes dizem-se “não destrutivos” pela simples razão de que eles são feitos através de princípios físicos previamente definidos, que não vão alterar as características físicas, químicas, mecânicas ou dimensionais do objecto a examinar ou da área a intervir.

Segundo referiu, “os exames não destrutivas são utilizados na fabricação, construção, montagem, inspecção e em serviços de manutenção. Além disso, são largamente aplicados em soldas, fundidos, forjados, laminados, plásticos, concreto, entre outros, nos sectores dos petróleos, da petroquímica, domínios nuclear, aeroespacial, siderúrgico, ferroviário, naval, eletromecânico e automotivo”.

Entre os métodos mais usuais nos testes não destrutivos destacam-se o ensaio visual, líquido penetrante, partículas magnéticas, ultra-som, radiografia (Raios X e Gama), análise de vibrações,  emissão acústica e análise de deformações.

Os testes também devem seguir os procedimentos de execução de ensaios qualificados com base nas normas e critérios de aceitação e os equipamentos precisam estar devidamente calibrados.

Mayi Mbemba, também assistente de investigação do CTN, acrescentou que os objectos testados não podem apresentar quaisquer falhas sob pena de  causar muitos problemas e acidentes, deixando os usuários insatisfeitos ou mesmo causando ferimentos e mortes.

Por seu turno, o engenheiro Elias Ngawa, técnico de Testes Não Destrutivos de nível III em ultra-som, partículas magnéticas e líquidos penetrantes, fez saber que os testes não destrutivos, na sua essência, salvam vidas, por garantirem um produto acabado seguro e por vezes de baixo custo.

Para si, esta segurança começa a partir do momento em que o pesquisador retira as amostras ou quando se começa o desenho que se quer para um dado produto. O teste não destrutivo deve acompanhar todas as fazes de feitura de um produto desde o momento da sua concepção até à sua inutilização.

“A segurança dos consumidores ou utentes de qualquer produto está nas mãos do técnico de testes não destrutivos, porquanto a sua falha pode resultar em catástrofe, em pequenas produções ou em grandes indústrias como as petrolíferas, de energia atómica, entre outras. O controlo da qualidade dos produtos é o mesmo” - adiantou.

 

Alexandre Cose

 

PRÉMIO NOBEL DA QUÍMICA 2015 ATRIBUÍDO A "CAIXA DE FERRAMENTAS" CELULAR DE REPARAÇÃO DO ADN

O Prémio Nobel da Química 2015 foi atribuído em partes iguais ao sueco Tomas Lindahl, do Instituto Francis Crick (Reino Unido); ao norte-americano Paul Modrich, da Universidade Duke (EUA); e ao turco Aziz Sancar, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), pelos seus "estudos mecanísticos da reparação do ADN", anunciou esta quarta-feira em Estocolmo a Real Academia das Ciências Sueca.

Sem a “caixa de ferramentas” que as células possuem para corrigir os erros que vão surgindo no seu ADN, não haveria vida na Terra. Os laureados deste ano fizeram trabalhos pioneiros na área da reparação do genoma. 

Saiba mais aqui.

Assinar este feed RSS

Links Úteis

Links Externos

Contactos

Redes Sociais