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Termina em Luanda o 2° Workshop Nacional sobre a Gestão da Investigação Científica e Inovação

Enquadrado numa iniciativa do Secretariado da SADC, em estreita colaboração com a Associação da África Austral para a Gestão da Investigação Científica e Inovação (SARIMA) e o Ministério da Ciência e Tecnologia, realizou-se nos dias 22 e 23 de Fevereiro de 2017, no Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), em Luanda, o 2º Workshop Nacional sobre a Gestão da Investigação Científica e Inovação que contou com a presença de representantes de Instituições de Ensino e de Investigação Científica, de Instituições de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e de empresas das províncias de Benguela, Huambo, Huíla, Luanda e Uíge, perfazendo um total de cerca de 40 participantes.

O Workshop teve como objectivo alavancar o desenvolvimento científico e tecnológico, particularmente no que tange à implementação de boas práticas na condução de actividades de investigação científica e inovação, de forma a aumentar a eficiência e a eficácia na obtenção de resultados que se candidatem a acrescentar valor na cadeia produtiva e ir ao encontro dos problemas que apoquentam a sociedade. 

A sessão de abertura foi orientada pelo Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Prof. Doutor João Sebastião Teta, tendo ressaltado o facto de o Workshop se inserir na visão da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação - PNCTI (Dec. Pres. 201/11, de 20 de Julho) que estabelece a necessidade da capacitação dos Recursos Humanos (Objectivo Geral I) e reforço do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) (Objectivo Geral IV). Apelou ainda aos participantes a desempenharem um papel cada vez mais participativo no desenvolvimento económico e social do nosso País, de forma a tirar-se melhor partido do potencial existente e do conhecimento que pode ser gerado localmente e, assim, contribuir-se para a redução da dependência tecnológica.

Os dois dias de trabalho foram de sessões bastante interactivas que tiveram como facilitadores a Vice-Presidente da SARIMA, Emilia Nahlevilo e o Director Nacional de Ciência e Investigação Científica, Domingos Neto.

 

FÓRUM FUTURO - Juntos no Progresso da Ciência, Tecnologia e Inovação no País

 

Sob o lema “O Impacto da Ciência Tecnologia e Inovação no Crescimento e na Diversificação da Economia”, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) realizou nos dias 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro, no auditório do Banco Económico, sito na rua do 1º Congresso do MPLA, a 1º Edição do Fórum Futuro, com o objectivo de sensibilizar os decisores políticos e parceiros sociais sobre a importância da inserção da Ciência, Tecnologia e Inovação no desenvolvimento sustentável do país.

O fórum contou com a presença de prelectores nacionais e estrangeiros e estava estruturado em 4 sessões em formas de palestras seguidas de momentos de debate. As duas (2) sessões do dia 31 de Janeiro contaram com os seguintes prelectores e temas:

a) Sessão 1

  • Professor Doutor Manuel Heitor, Ministro da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, com o tema: O papel da CTI no desenvolvimento de Portugal;
  • Dr. Joel Muzima, Economista Principal do Banco Africano de Desenvolvimento – BAD, com o tema: Experiência do BAD no Financiamento à Investigação Científica em África;

b) Sessão 2

  • Professor Doutor Paulo Ferrão, Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), com o tema: O financiamento da Investigação Científica e o impacto no desenvolvimento de Portugal;
  • Dr. Andrew Musonda Kaniki, Director Executivo da Gestão do Conhecimento e Estratégia da Fundação Nacional para a Investigação, com o tema: O financiamento da Investigação Científica na África do Sul;
  • Dr. Armando Valente, Director do Instituto de Investigação Agronómica, com o tema: A Investigação Agrária Aplicada e o Desenvolvimento da Agricultura em Angola.

As duas (2) sessões do dia 1 de Fevereiro contaram com os seguintes prelectores e temas:

c) Sessão 3

  • Dr. Manuel Neto Costa, PCA do Banco de Desenvolvimento Africano – BDA, com o tema: Uma abordagem sobre o Financiamento na Investigação Científica Aplicada, com Impacto no Desenvolvimento Económico do País;
  • Dr. José Pedro Domingos, Director Geral da Nutricampo, com o tema: Contribuição para o Desenvolvimento Tecnológico da Agro-Pecuária de Angola;
  • Dr. Zolana João, Director do Gabinete de Gestão do Projecto ANGOSAT, com o tema: O projecto ANGOSAT e o desenvolvimento de Angola;
  • Dr. Carlos Faro, Director do BIOCANT, com o tema: Instrumentos de Apoio Financeiro para Parques Tecnológicos: A Experiência da Somorelate/Biocant;
  • Dr. Nelson Simões, Director Geral da RNP – Brasil, com o tema: Rede Nacional de Pesquisa (RNP) uma rede consolidada. Sua contribuição ao desenvolvimento do país e as tendências e oportunidades de evolução;
  • Dr. Pascal Hoba, CEO da UBUNTUNET, com o tema: An African alliance of research and education network;

d) Sessão 4

  • Dr. Lourino Chemane, Director Executivo da MORENet – Moçambique, com o tema: MORENet: desafios para implantação de uma rede de pesquisa em Moçambique;
  • Dr. Eduardo Grizendi, representante da RedeCLARA (Brasil), com o tema: Uma visão de consórcio no desenvolvimento das redes de ensino e pesquisa na América Latina;
  • Engº António Nunes, CEO da Empresa Angola Cables, com o tema: A contribuição da Empresa Angola Cable para o Desenvolvimento de Angola;

A discussão dos trabalhos apresentados permitiu realçar alguns pontos de consenso comum relativamente à relevância do papel da ciência, tecnologia e inovação no desenvolvimento dos países, nomeadamente:

  • O desenvolvimento sustentável das sociedades é feito com recurso ao conhecimento, sendo que não há ciência sem recursos humanos altamente qualificados e um ambiente de cultura científica que cria uma atmosfera favorável à congregação de energias e sinergias;
  • O conhecimento deve ser transformado em tecnologias e essa transformação assenta-se na criação de infraestruturas que permitam usar o conhecimento para criar e agregar valor a um dado produto ou a bens e serviços;
  • Investir na ciência é fundamental por ser um factor importante para suportar e sustentar a economia por via da inovação tecnológica. O investimento público constitui a base impulsionadora do desenvolvimento científico e tecnológico e, por isso, deve ser visto como primordial e não deve ser substituído pelo investimento privado, que deve ser visto como complementar, já que só aumenta quando em função do crescente  público consumidor. Uma outra forma que permite aumentar rapidamente o investimento na ciência é a instituição de fundos, que são instituições que se ocupam da gestão (apoio e monitorização) do desempenho do sistema cientifico e relevante na absorção de fundos externos;
  • A cooperação científica e tecnológica entre países, instituições e investigadores é importante por constituir grandes possibilidades de realização de acções, actividades, projectos e programas de partilha do conhecimento e transferência de tecnologias, sendo que não se deve descorar a aposta na educação e nos indicadores de ciência, tecnologia e inovação. A necessidade de interagirem, trocarem experiências, equipamentos e de se complementarem, leva ao surgimento de Redes de Educação e de Investigação nacionais e internacionais.
  • O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) aprova, nos termos do Decreto Presidencial n9 156/16, de 10 de Agosto, o regulamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND) que poderá ser aplicado em "projectos ou programas privados de ensino e investigação, de natureza científica ou tecnológica, incluindo as realizadas mediante doação de equipamentos técnicos ou científicos e de publicações técnicas a instituições que se dediquem à realização de tais projectos". Os projectos de investigação científica são submetidos a um estudo de viabilidade por entidades competentes antes do período de cedência de crédito;
  • O ANGOSAT é o primeiro satélite de comunicações de Angola, com parceria Russa e previsão de lançamento para 2017, e visa prover comunicações, garantindo maior velocidade de dados ao nível do país, com uso de sistemas de informação eficazes e mais autonomia ao país, economizando custos no que concerne ao aluguer de outros satélites. 

A contribuição das empresas privadas para o reforço do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação (SNCTI) é um facto, sendo exemplos:

  • A Empresa Nutricampo, Pesquisa e Inovação, Sociedade Anónima de direito angolano, que conta com o Centro de Investigação Animal e de Tecnologia Alimentar, na província do Huambo e um Centro de Melhoramento Genético e Propagação de Plantas, na Huíla;
  • A BIOCANT, envolvida na capacitação de recursos humanos e na criação de infra-estruturas para a investigação científica e tecnológica, mais especificamente de parques tecnológicos;
  • A UBUNTUNET ALLIANCE, enquanto organização regional de Pesquisa e Educação em Rede para África Oriental e Austral ilustrou, na sua experiência, que a criação de redes de educação e investigação têm permitido, por um lado, o envolvimento dos parceiros sociais na aplicação de tecnologias de comunicação e informação à baixo custo e, por outro lado, o intercâmbio académico e científico entre instituições de ensino superior e instituições de investigação e desenvolvimento, ao nível nacional e ao nível internacional;

Nesta lógica, foi sugerido que o Ministério da Ciência e Tecnologia assumisse o protagonismo político para a criação de uma rede nacional de educação e investigação, com a colaboração tecnológica do parceiros sociais nas TIC, e na qual estariam inseridos de forma voluntária os actores do SNCTI, com o objectivo de facilitar e disseminar o conhecimento, reduzir a distância entre a comunidade acadêmica e científica, contribuir para materialização das políticas do governo, e permitir a participação de Angola em redes internacionais;

Nas palavras da Ministra da Ciência e Tecnologia, Professora Doutora Maria Cândida Pereira Teixeira,“a ciência, a tecnologia e a inovação (CTI) são ferramentas importantes que influenciam o crescimento económico e social, particularmente quando se referem ao desenvolvimento sustentado, assente na sustentabilidade de processos rumo à edificação de uma sociedade do conhecimento”. Finalmente apelou o estabelecimento da cooperação com boas sinergias e perspectivas entre os sectores público e privado, como condição importante para o desenvolvimento da sociedade.

Esta 1ª Edição do Fórum Futuro contou com o financiamento dos seguintes parceiros sociais: Banco Económico, Angola Cables, Grupo Mitrelli, MORELATE Empreendimentos e Participações, WEZA e The Bridge.

 

Programa de Estágio nas Áreas de Engenharia do Ambiente e de Aquisições

A Direcção Nacional de Águas (DNA) do Ministério da Energia e Águas (MINEA), sita na Rua 21 de Janeiro, Sector A, Quarteirão 2, Casa 12, Morro Bento, Luanda, está a desenvolver, no âmbito do Projecto de Apoio Institucional à Sustentabilidade do Fornecimento de Água Urbano e Serviços de Saneamento, um programa de estágios.  

O programa é financiado em 80% pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e tem como objectivo capacitar jovens licenciados nas áreas de Engenharia do Ambiente e de Aquisições. 

Para concorrer às respectivas vagas, os candidatos devem preencher os seguintes requisitos:

 

1. Área de Engenharia

  • Licenciatura em Engenharia Civil, Engenharia Hidráulica ou Engenharia Sanitária;
  • Não possuir experiência de trabalho na área de licenciatura;
  • Estar desempregado;
  • Ter nacionalidade angolana;
  • Ter idade compreendida entre 18 e 35 anos.

2. Área do Ambiente

  • Licenciatura em qualquer área do Ambiente;
  • Não possuir experiência de trabalho na área de licenciatura;
  • Estar desempregado; 
  • Ter nacionalidade angolana; 
  • Ter idade compreendida entre 18 e 35 anos. 

3. Área de Aquisições

  • Licenciatura em Engenharia, Direito, Economia, Gestão ou outra área afim 
  • Não possuir experiência de trabalho na área de licenciatura 
  • Estar desempregado 
  • Ter nacionalidade angolana 
  • Ter idade compreendida entre 18 e 35 anos 

 

Estão disponíveis quatro (4) vagas para área de Engenharia, duas (2) para a área do Ambiente e duas (2) para a área de Aquisições.

 

As candidaturas devem ser apresentadas até o próximo dia 01 Março 2017. 

 

Para mais informação, clique aqui.

Candidaturas para o Prémio de Investigação de Jovens Africanos

 

A Academia da Investigação Científica e da Tecnologia (ASRT), da República Árabe do Egipto, anuncia abertura de candidaturas para o Prémio de Investigação de Jovens Africanos (não egípcios) nas seguintes áreas:

  • Agricultura e Ciência Alimentar;
  • Saúde e Farmacêutica;
  • Água e Ecologia.

O Prémio é de 15 000 USD (Quinze mil dólares americanos) ou equivalente em libras egípcias de acordo com a taxa de câmbio declarada pelo Banco Central do Egipto no momento da outorga, um ASRT Shield e um certificado de mérito.

Aceitam-se candidaturas de universidades, de organizações, de centros de investigação, espontânea e individual até 30 de Março de 2017.

 

Requisitos:

  • A idade do candidato não deve exceder os 45 anos; 
  • O candidato deve possuir o grau de Doutor (PhD);
  • O candidato deverá possuir um artigo científico publicado em revista científica especializada (ou detentora da patente) num período cinco anos antes do ano de indicação do prémio;
  • O artigo científico apresentado não deve ser integrado, como um todo, em dissertações de mestrado e em teses de doutoramento ou em quaisquer outros prémios. 

O formulário de inscrição deve ser enviado em Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.. As candidaturas, bem como o artigo científico e CV são enviados por DHL ao Departamento de Prémios da Academia da Investigação Científica e da Tecnologia (ASRT) do Egipto. 

 

Mais informação:

http://www.asrt.sci.eg/index.php/conf/item/111-awards-of-african-youth-researchers-2017, ou http://www.asrt.sci.eg/. Para os formulários de candidatura: http://www.eyas.eg.net/images/FinalAppFormAfricAward.pdf

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