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Centro Tecnológico Nacional promete afirmar-se com a excelência da Investigação científica

O Centro Tecnológico Nacional (CTN), uma instituição tutelada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (Minct), quer afirmar-se neste ano como um local de investigação aplicada às áreas de tecnologias, para complementar a pesquisa que os mais variados laboratórios especializados desenvolvem no país. 

Para realizar pesquisas de complementaridade, o CTN vai, em 2015, de acordo com o seu director-geral, Gabriel Luís Miguel, melhorar e concretizar as acções iniciadas nos anos anteriores. Começará a funcionar com os laboratórios de testes não-destrutivos, concretamente na especialidade de ultra-som, líquidos penetrantes, magnetometria e de partículas magnéticas.

 

Adicionalmente, a instituição pretende avançar com o projecto "rádio tracer", projecto que conta já com técnicos angolanos formados no exterior e com financiamento da Agência  Internacional de Energia Atômica e do Estado angolano.

 

Ainda este ano, disse, será montado um laboratório de Nanotecnologia, com ajuda de países de referência na área, para apoiar o sector energético com investigação aplicada para células fotovoltáicas e à área da saúde, com estudos direccionados para equipamentos e administração de medicamentos em partículas Nano.

 

O que será concretizado em 2015, de acordo com o gestor do centro, é fruto de trabalhos iniciados em anos anteriores, sendo que em 2014 o CTN teve enormes desafios consubstanciados em dois aspectos principais, estando o primeiro relacionado com a capacitação de recursos humanos e o outro, com a reabilitação de laboratórios e infraestruturas de base para o desenvolvimento do sector.

 

"Nós estamos aqui para dar resposta a estes grandes desafios, com cerca da 35 funcionários, dos quais 20 são da área de investigação e os outros são administrativos de apoio aos investigadores", acrescentou.

 

Dentro das reformas realizadas, frisou, os técnicos tiveram a preocupação de identificar linhas de investigação que pudessem estar à altura dos grandes desafios da investigação aplicada na área das tecnologias em Angola e, com isto, viu-se que cerca de 70 porcento das intenções de investigação tecnológica no país estão congregadas na área da mecatrônica.

 

Neste sentido, acrescentou, viu-se a necessidade de se dar uma atenção especial na área, tendo em conta os desafios do país. Referiu que foram formalizados encontros exploratórios com França e Alemanha (líderes na matéria), com o objectivo de identificar acções comuns e estabelecer protocolo de cooperação.

 

“Por outro lado, o CTN está também preocupado com a área de qualidade de materiais, por ser uma área de investigação transversal. O Centro vai dar suporte e apoio para a qualidade de diferentes materiais, para além dos materiais tecnológicos”, disse o responsável.

 

Segundo ele, este apoio vai estender-se à construção civil, sem pretender substituir as áreas vocacionadas a estas investigações, mas para colmatar algumas lacunas não cobertas por estas instituições e complementar o trabalho que tem sido feito.

 

Outra área a que o CTN vai dar a sua contribuição é das tecnologias limpas, que será o motor para nova postura das indústrias em Angola, com foco no uso racional da energia e de água, com recurso a tecnologias revolucionárias de baixo custo e amigas do ambiente.

 

Nesta senda, acrescentou, há a área de valorização de produtos, propriedade intelectual e transferência de tecnologia que têm recebido particular atenção por se estar ciente de que tudo o que os mais variados técnicos investigarem no CTN deverá respeitar o direito de propriedade intelectual, direitos autorais e conexos.

 

Segundo a fonte, será também prestada particular atenção à questão da seguraça alimentar, no sentido da complementaridade investigativa. A este propósito, já se está a desenvolver um projecto sobre "cultura de tecidos", focado nos cogumelos, devido ao seu valor protéico e medicinal. Isto vai claramente redundar, segundo disse, em novos processos, produtos e serviços.

 

“Estes processos visam criar uma cultura investigativa nacional com produtos e tecnologias que atendam à realidade angolana, daí que dentre estes programas está abarcado o projecto de apoio aos investigadores jovens e inventores, bem como a criação de condições para que o CTN seja o local onde todos que quiserem desenvolver projectos na área das tecnologias podem acorrer”, referiu.

De acordo com o director do CNT, o ministério ainda pôs à disposição dos interessados o projecto "MINCT inclusão digital", com conteúdos educacionais num projecto que visa a criação de plataformas informatizadas dos vários sistemas de ensino, para ajudar o ensino e aprendizagem de forma mais dinâmica.

 

Há ainda o projecto ABC e Z da programação, um projecto que tem como objectivo despertar o interesse de novos e antigos programadores a solucionar alguns desafios para as áreas mais críticas, como o sector energético, águas e da saúde, numa acção que resultará em softwares à disposição dos técnicos destes sectores.

 

A par deste, há o "Ciência yetu", que visa congregar professores dos mais variados níveis para transformar as questões práticas e alguns conteúdos e programas curriculares acessíveis aos estudantes.

 

Leopoldino Pertence, Angop

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MINCT vai financiar investigação científica a partir de 2015

O desafio está lançado. Em 2015, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT), vai garantir dinheiro para financiar as actividades de investigação científica, em importantes áreas de desenvolvimento científico de Angola.

As garantias foram dadas pela Ministra da Ciência e Tecnologia, Cândida Teixeira, esta quinta-feira, 18 de Dezembro, em Luanda, quando recebia cumprimentos de fim de ano da parte dos funcionários do Sector.

De acordo com o discurso oficial da titular do MINCT, o Programa do Executivo 2013-2017 estabelece, para o sector os seguintes dois eixos:

1.    - O desenvolvimento das áreas estratégicas da agricultura, pecuária, silvicultura, pescas, aquicultura, indústria petrolífera, energia, água e comércio;

2.    - A sustentação do sistema do sector da saúde e a erradicação da fome e da pobreza, como domínios transversais e prioritários ao desenvolvimento de Angola. 

“É com base neste enquadramento que este programa estabelece um conjunto de princípios gerais e orientadores para o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação em Angola”, disse.

O mesmo passa por aumentar os recursos humanos na Ciência, Tecnologia e Inovação, no reforço das instituições de Investigação Científica, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, e na massificação das tecnologias de informação e comunicação.

O Ministério da Ciência e Tecnologia é ainda chamado a promover a cooperação científica e tecnológica entre instituições de ensino e investigação nacionais e internacionais, bem como desenvolver a massa crítica no sector, estimular a inovação e o empreendedorismo.

“Contaremos ainda agilizar o financiamento do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, consolidar a sua engrenagem  e promover a capacitação institucional do MINCT, ao nível da coordenação e gestão.”

 

Formação de quadros

Apostar na formação do homem é uma divisa do Ministério da Ciência e Tecnologia que deverá continuar a ser levado a sério.  Cândida Teixeira destacou três doutoramentos e nove mestrados, neste momento em curso, nas mais diferentes áreas de especialidade, tendo em vista os desafios impostos pelo futuro, assentes na criação de novos institutos e na consolidação dos já existentes.

Um dos maiores desafios a desenvolver em 2015, segundo o discurso oficial de fim de ano, da Ministra da Ciêncioa e Tecnologia, é a formação da Língua inglesa. “É nosso desafio que todos os quadros que trabalham no órgão que tutela a Ciência e Tecnologia, de forma específica, tenham o domínio da chamada língua científica”.

 

Mulheres no Sector da Ciência e Tecnologia

A Ministra Cândida Teixeira considera pouco proporcional a representatividade feminina do sector (39,57% de um universo de 187 funcionários), sendo que ao nível dos detentores de cargos de direcção e chefia, o cenário se apresenta mais preocupante. A Ministra prometeu, por isso, trabalhar para melhorar estes  indicadores.

 

 

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