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quarta-feira, 07 agosto 2024

Programa de Liderança da Ciência em África

Está aberta a segunda fase do Programa de Liderança da Ciência em África, Africa Science Leadership Programme (ASLP).

Os objectivos do ASLP é treinar colegas em habilidades de liderança avançadas, conectá-los e capacitá-los para um novo paradigma da ciência em África, em todas as disciplinas, incluindo ciências naturais, engenharia, ciências sociais, artes e humanidades.

Prazo das inscrições : 11 de Janeiro de 2016.

Para se candidatar : http://www.up.ac.za/en/centre-for-the-advancement-of-scholarship/article/2038905/call-for-applications

Para mais informações, contactar o coordenador do Programa:  Smeetha Singh, Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

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100 milhões de dólares para a investigação e a ciência

A ministra da Ciência e Tecnologia (MINCT), Maria Cândida Pereira Teixeira, disse em Luanda, que foi assinado um contrato de financiamento, entre o Ministério das Finanças de Angola e o BAD, que cobrirá áreas de formação, de projectos de investigação, a realização de actividades de promoção e reforço da participação das mulheres nas actividades de ciência, tecnologia e inovação.

A ministra, que falava na cerimónia de cumprimentos de fim de ano do seu pelouro, destacou que o desenvolvimento de competências ao nível secundário e o apoio à gestão da propriedade intelectual estão igualmente abrangidos. O financiamento acordado é de USD 100 milhões, segundo garantiu.

Cândida Teixeira acrescentou que o projecto beneficiará sobretudo 155 investigadores (dos quais pelo menos 55% devem ser mulheres) que receberão formação, 40 equipas cujos projectos de investigação serão financiados e 125 raparigas que receberão uma bolsa de estudo no ensino secundário.

“A incubadora industrial no Parque Tecnológico permitirá a jovens angolanos realizar testes, elaborar protótipos e lançar as suas empresas”.

Fazendo um balanço do sector, a governante disse que a redução drástica do OGE, por causa actual, crise teve reflexos no desenrolar das acções no âmbito dos programas e projectos do sector. A dotação orçamental atribuída ao MINCT, comparativamente a 2014, sofreu uma redução na ordem dos 90 por cento. Assim, muitos dos projectos gizados,quer nas Despesas de Apoio ao Desenvolvimento (DAD), quer nos Programas de Investimentos Públicas (PIP) conheceram uma desaceleração ou mesmo uma interrupção.

Entretanto, destacou, entre as actividades realizadas em 2015, a participação de inventores e criadores angolanos, de 29 de Outubro a 01 de Novembro, na Feira de Nuremberga, na Alemanha. “Aqui é importante destacar o mérito que tem sido alcançado, desde o ano de 2009, pelos inventores/criadores angolanos nesta Feira Internacional. Angola conquistou um total de 48 medalhas, sendo 8 de ouro, 18 de prata e 22 de Bronze”, referiu.

Destacou ainda realização das antecâmaras da Feira do Inventor/Criador Angolano em todas as províncias do país, no âmbito dos programas de promoção da cultura científica, bem como a 4a Conferência Nacional da Ciência e Tecnologia.

O Ministério da Ciência e Tecnologia tem cadastrados, desde 2009 até Novembro de 2015, cento e noventa e quatro (194) inventores/criadores angolanos, sendo 158 do sexo masculino e 36 do feminino.

De igual modo, segundo referiu, foi realizado o levantamento de dados de 2011/2012 que apontam para um número de 68 publicações em revistas nacionais, das quais apenas 4 foram publicações provenientes de centros de investigação científica e desenvolvimento tecnológico (centros I&D) e 64 das instituições do ensino superior (IES).

O Plano do Governo para a Ciência, Tecnologia e Inovação parte do pressuposto de que o sector de Ciência e Tecnologia deve funcionar como um instrumento transversal de apoio às diferentes instâncias de desenvolvimento, como sejam a agricultura, pecuária, silvicultura, pescas, aquicultura, indústria transformadora, indústria extractiva não petrolífera, indústria petrolífera, energia, água e comércio, sem esquecer a sustentação do desenvolvimento do sector da saúde e a erradicação da fome e da pobreza, como domínios transversais e prioritários ao desenvolvimento de Angola.

A ideia é, uma vez concretizado o entrosamento da ciência e da tecnologia no contexto da estratégia de desenvolvimento, garantir  o seu contributo para o combate contra a pobreza.

 

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Café com Ciência e Tecnologia lança repto para a abertura de linhas de investigação de tecnologia para prevenir doenças

As inúmeras questões de saúde pública que afectam as populações angolanas podem ser ultrapassadas se forem bem articuladas com as soluções tecnológicas disponíveis neste momento. Estes são os argumentos do Director Geral do Centro Tecnológico Nacional (CTN), Gabriel Luís Miguel.

A falar aos jornalistas no final de mais uma edição do projecto “Café com Ciência e Tecnologia”, promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, através do CTN, em Luanda, o responsável disse existirem já vários caminhos que podem responder às enfermidades que assolam as populações. Citou os dispositivos equipados com softwares para o diagnóstico de doenças como cancro, assim como para a realização de testes rápidos de HIV/SIDA, paludismo, identificação de grupos sanguíneos, entre outros.

Durante o debate em torno do tema “Aplicação das TICs na resolução dos problemas relacionados com a Saúde Pública”, foi lançado um repto para a abertura de uma linha conjunta de investigação científica entre as instituições presentes, com destaque para unidades hospitalares, como forma de optimizar as práticas preventivas de contração de doenças entre as populações angolanas, com destaque para adopção de modelos educacionais para a prevenção do cancro do colo do útero.

Referiu que as acções do CTN enquadram-se na Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, de cujo mérito  resultaram frutos, como uma equipa de Benguela, que desenvolveu um software para a correcção de erros dos equipamentos de diagnóstico da malária, bem como a criação de rotinas que ajudam a solucionar problemas de emergências médicas”.

Por seu turno, o técnico de serviço da Microsoft/Angola, Dizandro Norton, fez saber que as TICs são ferramentas complementares que vêm ajudar nos diagnósticos, com margens de erro mínimos.

Acrescentou que estes equipamentos valorizam o trabalho dos profissionais de saúde, como a boa gestão de tempo, a eficiência no atendimento ou ainda a oportunidade para salvar vidas à distância.

Para si, a realidade angolana é um processo em crescimento, neste domínio, mas há algumas unidades hospitalares públicas e privadas que já usam tais  serviços ou que já encomendaram a criação ou a instalação de um software específico.

“Café com Ciência e Tecnologia” é um projecto de debate público sobre fenómenos sociais interligados com as mais variadas questões da ciência, da tecnologia e da inovação, contando com o concurso de actores experientes e estudiosos.

Nesta última edição do ano de “Café com Ciência e Tecnologia” foram prelectores Célia Vandeste (citotecnologista) e Dizandro Norton (perito em Ciências da Computação).

 

 

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Impacto da produção emergente de carvão nas florestas de Miombo do planalto de Chitembo, Centro-Sul, Angola

O carvão é uma das principais fontes de energia para uso doméstico na maioria dos países africanos devido aos elevados custos de eletricidade e ao limitado acesso a fontes  alternativas de energia.

A produção global de carvão foi estimada em 47 milhões de toneladas em 2009, com um aumento de cerca de 9% desde 2004. Esta tendência foi fortemente influenciada pelo continente africano com cerca de 63% da produção global. Nos próximos 20 anos, espera-se um aumento significativo no uso de carvão, particularmente nos países em desenvolvimento. Em Angola, cerca de 40% da população vive em áreas rurais onde o comércio de carvão é muitas vezes a fonte mais importante de rendimento.

O presente estudo decorreu no município de Chitembo, região centro-sul de Angola. A recolha de dados foi feita nos locais de produção e usou-se como instrumento de recolha a entrevista semi-estruturada, para obtenção de dados relativos às estratégias de subsistência, receitas derivadas da produção de carvão, uso dos recursos florestais e espécies mais utilizadas para a produção de carvão. Os dados sobre a vegetação foram colhidos em dez parcelas de amostragem com tamanho de 1000 m2 (20 m x 50 m). Todas as árvores com circunferência ≥ 15 cm foram medidas a altura do peito, as espécies foram identificadas pelo seu nome local e pelo nome científico.

Os objectivos dos estudo foram :

  • Quantificar a produção de carvão na área de estudo;
  • Analisar a importância soci-económica da actividade para subsistência local;
  • Identificar as espécies mais afectadas pela produção de carvão;
  • Analisar a estrutura da vegetação destas espécies. 

No total, 30 carvoeiros foram entrevistados. Em média 110 ± 14 árvores são necessárias para produzir 54 ± 9 sacos de carvão. Com base no número total de sacos produzidos por forno (1529 sacos) multiplicado pelo número esperado de fornos por ano (125) estimou-se uma produção anual de 191.125 sacos, correspondente a 10.703 toneladas de carvão produzidos pelos 30 carvoeiros entrevistados, considerando que o peso médio de cada saco é de 56 kg. Para muitos produtores, o carvão é a principal fonte de subsistência depois da agricultura e tem como finalidade os principais centros urbanos do país.

As espécies arbóreas Julbernardia paniculata, Brachystegia spiciformis, Cryptosepalum exfoliatum subsp. pseudotaxus e Burkea africana foram as mais citadas e também as mais frequentes nas parcelas de vegetação. A estrutura da vegetação mostrou uma baixa regeneração. Apenas alguns indivíduos com diâmetro inferior foram encontrados, com excepção da J. paniculata. Estas espécies mostraram também poucos indivíduos com grande diâmetro, o que indica que uma especial atenção deverá ser prestada a estas espécies.

Trabalho apresentado, em forma de poster, na 4a Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia, Luanda, 9 - 11 de Setembro de 2015.

Referências

  • AHRENDS, A., BURGESS, N., MILLEDGE, S., BULLING, M., FISHER, B., SMART, J., CLARKE, G., MHORO, B., LEWIS, S. (2010) Predictable waves of sequestral forest and biodiversity losses spreading from an African city. Proceedings of the National Academy of Science of the United States of America, 107 (33)
  • CHIDUMAYO, E. N. (1991) Woody biomas structure and utilization for charcoal production in Zambian miombo woodland. Bioresource Technology 37: 43 - 52
  • FAO (2011a) Highlights on wood charcoal: 2004 – 2009 FAO Forestry Department. FAOSTAT – ForesSTAT.
  • INE (2014) Resultados Preliminares do Recenseamento Geral da População e Habitação de Angola, Angola
  • LUONGA, E. J.; WITKOWSKI, E. T.; BALKWILL, K. (2002) Economics of charcoal production in miombo woodlands of eastern Tanzania: some hidden costs associated with commercialization of the resources. Ecological Economics 35: 243-257.
  • MAY-TOBIN, C. (2011) Charpter 8: Wood for Fuel. The root of the problem, what's driving tropical deforestation today? Union of Concerned Scientists. USA.

 

Francisco Gonçalves
Licenciado em Biologia
Investigador na Área de Ecologia Vegetal
Departamento de Ciências da Natureza
Herbário do Lubango, ISCED Huíla
Lubango - Angola,
T. : +244  924 061 322
Email : Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

 

 

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Café com Ciência do CTN debate a aplicação das TICs na resolução dos problemas relacionados com a Saúde Publica”.

O projecto “Café com Ciência” propõe para esta 5ª feira o aliciante tema “A aplicação das TICs na resolução dos problemas relacionados com a Saúde Publica”.

Para o referido debate, o Centro Tecnológico Nacional (CTN) convidou Célia Vandeste (citotecnologista) e Dizandro Norton (perito em Ciências da Computação).

O local do evento é o auditório do Centro Tecnológico Nacional, sito na Avenida Ho Chi Min, em Luanda.

O CTN faz ainda saber que durante o evento será apresentado o EDITAL sobre Soluções Tecnológicas Inovadoras para os Negócios Sustentáveis em Angola.

O “Café com Ciência” é um habitual espaço de debate e troca de ideias sobre as nossas realidades sociais face aos fenómenos científicos e tecnológicos, criado pelo Centro Tecnológico Nacional, do Ministério da Ciência e Tecnologia. Ocorre uma vez por mês e reúne actores das diferentes esferas do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, estudantes, académicos e profissionais comunicação social.

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Museu Virtual de Biodiversidade de Angola – Atlas de Mamíferos rumo à produção e exportação de dados de diversidade biológica de Angola

A biodiversidade de Angola é ainda pouco conhecida. Cada cidadão pode colaborar para o crescimento deste conhecimento por meio da plataforma de museu virtual desenvolvida: www.museuvirtual.co.ao.

Todos os dias, cidadãos e turistas registam fotograficamente a biodiversidade de todo o Mundo. Esta valiosíssima informação, encontrando-se dispersa, não é útil nem para a ciência nem para as comunidades em geral. Com o objectivo de proporcionar uma plataforma que permita a estes cidadãos partilhar os registos fotográficos, surgiu o Projecto Atlas de Mamíferos de Angola (primeiro subprojecto do Museu Virtual de Biodiversidade em Angola), que resulta de uma cooperação entre o Grupo Herbário do ISCED-Huíla e a ADU (Animal Demography Unit) na Universidade de Cape Town - África do Sul. Este projecto foi financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia no âmbito do programa de cooperação bilateral Angola-África do Sul.

Este projecto lançou uma plataforma WEB para a recolha de informação sobre biodiversidade de mamíferos em Angola: www.museuvirtual.co.ao. O Museu Virtual de Biodiversidade de Angola está também preparado para receber registos históricos ou bibliográficos, inicialmente de mamíferos e posteriormente de outros grupos animais e vegetais.

O projecto pretende posicionar-se ao nível de outras iniciativas como o Virtual Museum da África do Sul ou o Map of Living da Australia e, posteriormente, integrar projectos globais de biodiversidade como o Map of Life dos Estados Unidos da América ou Global Biodiversity Information Facility (GBIF). Todos estes projectos de sucesso têm em comum uma lacuna de informação sobre o território angolano. Por este motivo, o Museu Virtual de Biodiversidade em Angola, tornar-se-á essencial para a comunidade científica, para a comunidade angolana e servirá também de auxílio às entidades competentes para a criação de políticas de preservação e conservação.


Trabalho apresentado, em forma de poster, na 4a Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia Luanda, 9 - 11 de Setembro de 2015.

 

David Elizalde Castells
Mestre em Geomática
Investigador na área de Bioinformática
ISCED-Huíla, Angola
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Uige Acolhe Curso de Elaboração de Projectos, Gestão e Publicação Científica

No âmbito das acções do Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT) que visa a elevação do capital humano com vista ao desenvolvimento integral do homem, fundamento para a edificação de uma sociedade de conhecimento integral do homem, enquanto base para o desenvolvimento sócio-económico, de modo a corresponder aos desafios colocados ao vasto domínio das ciências em Angola, este Departamento Ministerial, numa cooperação com a Universidade Kimpa Vita, realiza de 14 à 19 de Dezembro, do ano em curso, na cidade do Uíge, um curso de capacitação em matéria de  Elaboração de Projectos, Gestão e Publicação Científica.

A acção formativa a decorrer nas instalações da Universidade Kimpa Vita, na cidade do Uige, tem como objectivos:

Partilhar conhecimentos em matéria elaboração, gestão e publicação científica;

Dotar os investigadores e demais actores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação com os instrumentos essenciais para elaboração e gestão de projectos de Investigação Científica;

Proporcionar aos formandos um roteiro auxiliar para a elaboração e apresentação de projectos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico.

O Curso é destinado a membros da comunidade científica, académicos e demais actores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação sedeados na 7ª Região Académica, e é orientado por prelectores angolanos do  Ministério da Ciência e Tecnologia.

 

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Valorização de algumas sementes da dieta tradicional no combate aos efeitos tóxicos. O gergelim e a mutete de Angola dão longa vida.

A preocupação sobre a vida saudável gira em torno da dieta alimentar. Daí, à luz da ciência, procurarmos apurar o que é benéfico em dois pratos tradicionais da cozinha angolana (gergelim e mutete) para saber se não ocorrem alterações do seu valor nutritivo durante o processo de cozimento. Alimentos como gergelim e pevides (mutete) são portadores de diversos nutrientes, muitos dos quais jogam um papel no combate a várias enfermidades (incluindo cancros, diabetes, enfarto…). Os seus óleos essenciais combatem o envelhecimento, são um autêntico antioxidante tendo por principais constituintes químicos: ácido aráquidónico, linoleico e láurico que são gorduras insaturadas boas para a saúde.

O elevado grau no registo de doenças como enfarto, acidentes cardiovasculares (AVC), cancros, diabete…, outrora, pouco frequentes em Angola, despertou a nossa atenção e vontade em tornar público o poder preventivo desta dieta que contribui para a mitigação de certas enfermidades. As sementes do gergelim e da mutete são ricas em lípidos, fibras, proteínas, vitaminas e sais minerais como cálcio, ferro, fósforo, magnésio, sódio, zinco, selênio entre outros. Muitos dos seus constituintes desempenham um papel importante nos sistemas reprodutivos, na manutenção de membranas celulares, na redução de níveis de colesterol no sangue, na produção de prostaglandinas, no crescimento das crianças ajudando no desenvolvimento do sistema nervoso e sensorial[1,2]. Por conseguinte, há necessidade de elevar o seu consumo no seio da população angolana o que pode ser alcançado com a influência da classe médica e nutricionista, com a venda destes  produtos nos supermercados, em restaurantes e sua produção  pelos agricultores e industriais. Constituem assim uma fonte económica.

Foram estudados três tipos de sementes:  gergelim e duas espécies de pevides de famílias pedaliaceae e cucurbitaceae, produzidas no norte do país, tendo sido submetidas à trituração e extracção por prensa a frio sem solventes orgânicos. Os óleos crú e cozido extraídos de cada espécie foram analisados, comparando os diferentes parâmetros: densidade, pH, teor  lipídico, bandas de absorção da luz infravermelha. Tudo permitiu verificar que durante o cozimento as sementes mantêm o carácter ácido, os óleos crús são mais densos que os correspondentes cozidos, os teores estão na mesma ordem de grandeza e as suas bandas de absorção em infra-vermelho IV mantêm-se durante o cozimento, garantindo a sua estabilidade química. Chama-se a atenção quanto aos aditivos como ovos e diferentes carnes, muito utilizadas na preparação de pratos com essas sementes, que podem, até certo ponto, prejudicar os efeitos benéficos acima citados. A dose para 100 g de semente é equivalente a 13,49 g; 12.25 e 7,9 g de lípidos de pevide 1, 2 e de gergelim respectivamente.

 
Bibliografia
  1. Marinês C. Estudo da extração de óleo de sementes de gergelim ( sesamun Indicum l. ) empregando os solventes dióxido de carbono supercrítico e n-propano. - Unioeste Centro De Engenharias E Ciências Exactas. Toledo - Pr 2008.
  2. Clayton A. M. et all. Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos. Rev. Nutr. vol.19 nº.6 Campinas Nov./Dec. 2006.
  3. César A, Predição do coeficiente de expansão térmica do óleo de gergelim (Sesamum indicum L.) através da aplicação de regressão Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa, 2010.
 
Albertina Canda
Mestre em  Química
Investigadora na área de Química
Departamento de Química, Faculdade de Ciências,  Universidade Agostinho Neto (UAN)
Luanda 
T- + 244 927 12 11 96
E- Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
 
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16 dias de Ativismo contra a violência de género

16 Dias de Ativismo contra a Violência de Género é uma campanha internacional de combate à violência contra mulheres e meninas. A campanha acontece todos os anos, entre 25 de Novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Datas a reter

25 de Novembro: Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

10 de Dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos

Saber mais:

https://Pt.wikipedia.org/wiki/16_Dias_de_Ativismo_contra_a_violência_de_gênero  e www.unwomen.org

Leia também o artigo: A violência doméstica contra a Mulher e as suas implicações psico-sociais

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A violência doméstica contra a Mulher e as suas implicações psico-sociais

A família é a primeira instituição social, é o lócus natural da existência humana, que congrega e tem o ónus da formação do ser humano em termos afectivos , de estruturação da personalidade e do desenvolvimento psicológico.

Por ser a primeira instituição social que o individuo integra, a família vai constituir-se num micro sistema, onde cada membro ocupa uma posição e desempenha um papel que reflecte a sua organização estrutural e funcional. A ideia de família remete-nos a um espaço de afectividade, harmonia e protecção dos seus membros onde a mulher é a “pedra angular”

Do ponto de vista psicológico a agressão contra a mulher no seio familiar constitui um verdadeiro drama porquanto afecta toda a sua estrutura e propicia a sua desintegração, provocando um sofrimento incomensurável para todos os seus membros incluindo para o agressor.

Na maior parte dos casos as vítimas sofrem em silêncio escondendo os seus sofrimentos à sociedade, facto que causará traumas que ficarão recalcados, como ensina a psicanálise, no inconsciente de quem sofre.  Deste ambiente nascerão e desenvolver-se-ão seres física e psicologicamente afectados que, fruto dos traumas que carregam, apresentarão distúrbios como a dislexia (dificuldades de leitura) disortografia (dificuldades de desenvolvimento das habilidades de escrita) discalculia (dificuldades em desenvolver habilidades de cálculos e interpretação de símbolos matemáticos) e de dislalia (dificuldades de articulação das palavras e distorção dos fonemas)

Em função de tudo isto a mulher sente-se desvalorizada, desprestigiada, com baixa auto-estima e auto-valorização, com dificuldades de integração social, insegura e vivendo um ambiente permanente de desconforto psicológico.

Apesar dos grandes esforços desenvolvidos pelos órgãos do estado na criação de leis e normas reguladoras do comportamento no seio das famílias, a mulher continua a ser a vitima de constantes agressões físicas e psicológicas muitas das quais gerando traumas para toda a vida e afectando todos os restantes membros da família.

Apesar de apenas em 2010 a violência doméstica ter passado a ser tipificada como crime e um grave problema social, fruto de uma cultura fortemente enraízada em todo o território nacional, o fenómeno não é novo,   vem de muito longe e perdura desde as profundezas dos tempos. A violência doméstica continua a ser um dos grandes flagelos da nossa sociedade e não ocorre somente com pessoas pobres e de baixo nível educacional e/ou económico havendo relatos de famílias abastadas e “respeitadas” cujo quotidiano é de todo o tipo de violência doméstica.

A mulher tornou-se no ente mais frágil deste ciclo de violência que interfere directamente no seu desenvolvimento integral. Sendo a mulher a base para a formação e desenvolvimento das famílias e, em última análise, da sociedade tendo ainda em conta que a mesma é o garante da perpetuação da espécie humana e, em função disso, da própria existência da humanidade urge tomarem-se posições que concorram para a sua protecção mais eficaz garantindo-se desta maneira a estabilidade psicológica, material emocional e afectiva das famílias e, concomitantemente, a construção de uma sociedade mais equilibrada.  

Bibliografia

  1. Amílcar I. Evaristo Estratégia Pedagógica de Educação  Para a Prevenção de Drogas (Havana,Tese de Doutoramento 2014)
  2. H. Andrew, John D. Delamaer e Daniel J. Myrs Psicologia Social. P. 334-335.
  3. Linda G. Reis, produção de monografias da teoria a prática, o método educar pela pesquisa 3ª edição.
  4. O cidadão, a família e a igreja no combate contra a violência doméstica, relatório dos workshops provinciais (2013-2014)
  5. Portal da Angop, www.angop.co.ao
Amílcar Inácio Evaristo
Doutor (Ph.D.) em  Biologia e Psicologia
Linha de Investigação: Psicologia, saúde e qualidade de vida
Contactos: 923670797
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