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Conheça a lista de literatura científica do tempo colonial recuperada em Portugal em 2012, entregue ao Arquivo Histórico Nacional de Angola

O Ministério do Ensino Superior, Ciência Tecnologia e Inovação realizou no dia 7 de Novembro de 2018, às 10:30, o acto oficial de entrega de literatura técnico-científica recuperada em Portugal em 2012, ao Arquivo Histórico Nacional de Angola. O acto ocorreu nas instalações do Arquivo Histórico Nacional de Angola, sito na Rua Félix Machado Nº 49 R/C, em Luanda.

Este acto, prestigiado pelo Secretário de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Domingos da Silva Neto e o Secretário de Estado para as Indústrias Criativas do Ministério da Cultura, João Constantino, teve como objectivos promover a ciência, tecnologia e a inovação por meio da divulgação científica de trabalhos técnicos e científicos produzidos pela comunidade científica Angolana e colaborar na reposição do acervo científico nacional e na consciencialização da sociedade sobre a importância da investigação científica no desenvolvimento do país.

O Secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Domingos Neto, informou a imprensa que para recuperação dos 165 títulos de literatura científica do tempo colonial, contaram com a colaboração de muitas instituições portuguesas para a recuperação do acervo, composto por revistas, livros, relatórios, comunicações, memórias, trabalhos, artigos, boletins, teses de doutoramento, cadernos e dissertações de mestrado, originais e cópias autenticadas.

Um total de 165 títulos foram devolvidas por instituições portuguesas em 2012. O Secretário de Estado para Ciência e Tecnologia afirmou ainda que as obras foram recuperadas de instituições como o Arquivo Histórico de Portugal, a biblioteca do Instituto Superior de Agronomia, o Instituto de Investigação Científica de Portugal e instituições universitárias.

Dentre as obras, encontram-se  títulos relacionados com os solos minerais, cultura, saúde, flora, fauna e ciência marinha.

Ao Arquivo Histórico Nacional de Angola foram entregues títulos como "Carta Fitográfica de Angola", de 1939, "Zonagem Agro-ecológica de Angola", de 1974, "A Palanca Real", de 1972, ou "Breve Notice", de 1901. 

Depois de Portugal, pretende-se recuperar igualmente obras em posse do Brasil, Canadá e Estados Unidos.

Segundo Secretário de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação, Domingos Neto, para uma maior partilha será feita a digitalização das obras, que, posteriormente, deverão ser colocadas nas instituições de ensino superior, bibliotecas, Governos Provinciais e mediatecas.

 

Para mais informação consulte aqui a lista dos títulos.

MESCTI Actualiza o Quadro Legal das Instituições de Ensino Superior Privadas

ANÚNCIO PÚBLICO

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação tem vindo a desenvolver um árduo trabalho com as Instituições de Ensino Superior Privadas que, tendo apenas Decreto Presidencial de criação da Instituição, admitiram estudantes de forma ilegal.

Concluído este processo, após a avaliação documental positiva dos projectos pedagógicos e a realização de vistorias técnicas para aferir as condições técnico-pedagógicas e infraestruturais em que estão a ser ministrados os cursos com vista a produzir os Decretos Executivos dos cursos aprovados, tendo em conta que o período de inscrições para o Ano Académico 2019 terá o seu início no dia 2 de Janeiro de 2019, o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação torna público o Quadro Actual das Instituições de Ensino Superior Privadas e respectivos Cursos de Graduação que se encontram em situação legal.  

As "instituições" e os "cursos" que não constam deste quadro apresentado são ilegais, pelo que todos os actos praticados e os benefícios concedidos, bem como todos os títulos académicos outorgados pelas mesmas, são inválidos e sem quaisquer efeitos académicos, nos termos do Artigo 122º da Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino (Lei Nº 17/16, de 07 de Outubro).

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação informa que todas as Instituições de Ensino Superior Privadas são obrigadas a divulgar nas vitrinas o Decreto Presidencial que cria a Instituição e os Decretos Executivos que criam os cursos, ambos publicados em Diário da República.

Para ter acesso ao referido Quadro legal das Instituições de Ensino Superior Privadas, clique aqui.

 

Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, em Luanda, aos 27 de Dezembro de 2018.

Investigadores australianos desenvolvem teste capaz de diagnosticar cancro em apenas 10 minutos

Investigadores australianos desenvolvem teste inovador que pode ajudar no diagnóstico do cancro a partir do sangue ou de uma biopsia de tecido em apenas 10 minutos. O teste foi desenvolvido por investigadores da Universidade de Queensland, Dr. Abu Sina, Dra. Laura Carrascosa e Professor Matt Trau, que descobriram uma nano estrutura única de ADN que parece ser comum a todos os cancros. O estudo foi publicado na revista Nature Communications.

 Professor Matt Trau, Dr. Abu Sina e Dra. Laura Carrascosa 

 O cancro é uma doença extremamente complicada e variável. Diferentes tipos de cancro têm assinaturas diferentes. "Esta assinatura única de ADN em escala nano apareceu em todos os tipos de cancro da mama que examinamos e noutras formas de cancro, incluindo da próstata, do colo-retal e do linfoma", disse o Dr. Abu Sina. "Os níveis e os padrões de minúsculas moléculas chamadas de grupos metílicos que envolvem o ADN são alteradas dramaticamente pelo cancro – esses grupos metílicos  são fundamentais para as células controlarem quais os genes que são activados e desactivados".

A Dra. Carrascosa disse que se adoptou uma abordagem holística e se desenvolveu uma ferramenta capaz de analisar essas mudanças no padrão de todo o genoma em questão de minutos. "Em células saudáveis, esses grupos metílicos estão espalhados pelo genoma, mas os genomas das células cancerígenas são essencialmente estéreis, excepto por aglomerados intensos de grupos metílicos em locais muito específicos".

Por sua vez, o Professor Trau disse que a equipa descobriu que aglomerados intensos de grupos metílicos colocados numa solução faziam com que fragmentos de ADN cancerígenos se dobrassem em nano estruturas tridimensionais únicas que poderiam ser facilmente separadas em superfícies sólidas como o ouro. "Projectamos um teste simples usando nano partículas de ouro que instantaneamente mudam de cor para determinar se as nano estruturas 3D do ADN do cancro estão presentes", disse Trau. Disse que as células cancerígenas libertaram o seu ADN no plasma sanguíneo quando morreram. "Então, ficamos muito empolgados com uma forma fácil de recolher essas assinaturas de ADN do cancro em circulação no sangue", disse ele.

Descobrir que as moléculas de ADN cancerígenas formaram nano-estruturas 3D completamente diferentes do ADN em circulação foi um avanço que permitiu uma abordagem inteiramente nova para detectar o cancro de forma não invasiva em qualquer tipo de tecido, incluindo sangue. "Isso levou à criação de dispositivos de detecção baratos e portáteis que poderão eventualmente ser usados como uma ferramenta de diagnóstico, possivelmente a partir de um smartphone".

A nova tecnologia provou ser até 90% precisa em testes envolvendo 200 amostras de cancro humano e ADN normal. "Certamente, ainda não sabemos se é o Santo Graal para todos os diagnósticos de cancro, mas parece realmente interessante como um incrivelmente simples marcador universal do cancro e como uma tecnologia acessível e barata que não requer equipamentos de laboratório complicado como o de sequenciar o ADN”, disse o Professor Trau.

O estudo foi apoiado por uma bolsa da National Breast Cancer Foundation.

 

Para mais informação, clique aqui

 

Mil ou milhões: quanto realmente custa criar um produto digital?

Actualmente, é bem plausível financiar um primeiro protótipo e validar uma ideia usando recursos próprios ou parte da margem de um negócio existente. “Basta ter um cartão de crédito para começar uma Startup”, dizem por aí… Com os primeiros utilizadores, surgem os primeiros investidores e aquele sentimento de que o pior já passou. Confiante, o empreendedor, incluindo o intra-empreendedor, redobra a sua aposta no negócio, aportando todos os recursos disponíveis, muitas vezes sem muita certeza de quanto ainda será necessário investir. Afinal, o importante é executar!

Infelizmente, a realidade é que, para cada 4 Startups que recebem investimentos, 3 vão queimar esse dinheiro e fechar as portas. A falta de recursos é uma das causas mais apontadas pelos empreendedores (#2 abaixo)

 

Na prática, entre a validação de um protótipo e o desenvolvimento de um produto escalável capaz de gerar uma receita saudável, estão outras importantes etapas que precisam ser planeadas com cautela e cujos investimentos podem ultrapassar os milhões. Actualmente, tenho visto cada vez mais projectos a serem executados sem um planeamento financeiro adequado, levando a cenários complicados e, em alguns casos, ao fracasso. Por isso, decidi escrever um pouco sobre este tema . Afinal, quanto dinheiro a sua empresa vai precisar para desenvolver o seu produto?

 

Do Protótipo ao Produto

Um conceito bastante simples mas muito esclarecedor que Martin Cagan apresenta no seu livro Inspired é o entendimento do “P” do MVP como sendo um protótipo — ou seja, uma versão preliminar — e não um “produto”, o qual é muitas vezes associado com uma solução pronta e madura. Ao se deixar claro o carácter preliminar dessa primeira solução, fica mais evidente a relação entre custo de validação da ideia (protótipo) e o custo de se escalar o negócio por meio de uma solução final (produto). Para se atingir esta etapa, são necessárias contínuas evoluções ao longo de várias iterações, aprimorando a solução desenvolvida e, consequentemente, aumentando o volume de investimento.

Um grande desafio é saber quando realizar este investimento. Para evitar o desenvolvimento de um produto sem “marketfit”, é recomendado que tal investimento siga de forma gradual conforme aumenta a confiança no modelo de negócios, canais de distribuição e mercado potencial. É neste momento que a startup naturalmente reforça o seu grupo técnico, começa a pensar na gestão de pessoas e de processos e entra em um novo patamar de comprometimento financeiro.

#Conclusão: cada etapa exige um nível de comprometimento financeiro diferente

 

Quanto custa?

Um grande desafio para todos, e isso não é de hoje, é a dimensão desse investimento. Fred Brooks, autor do clássico livro “The Mythical Man-Month: Essays on Software Engineering”, defende que:

“…o investimento em produto ‘pronto para escalar’ chega a ser  9x o valor da primeira versão de garagem”

Veja:

 

Program: é o software de “garagem”, ou seja, o resultado do esforço individual de um desenvolvedor. Está completo e pronto para ser mantido pelo próprio autor.

Programming Product: é aquele produto que pode ser usado, testado, editado e estendido por qualquer um.

Programming System: é a integração do programa com as suas demais interfaces e demais interacções entre aplicações.

Programming Product System: objectivo de todo empreendedor, é um produto completo e utilizável em todas as suas dimensões.

 

Na prática, muitos empreendedores partem de uma primeira versão e aos poucos, e sem consciência de custo, vão atacando os desafios do crescimento. Maior cobertura de teste, criação de micro-serviços, documentação, etc. Um erro comum é sub-dimensionar o tamanho do investimento necessário, levando a startup a carregar durante meses e anos um produto aquém das expectativas do mercado, sacrificando o go to market. No extremo oposto, vemos os fundadores que trabalham com pouca margem de erro e esgotam os recursos antes do produto estar pronto.

#Conclusão: um produto completo custa 9x que a solução de garagem inicial

 

Caso real — Olist

 

Um caso real e público de uma empresa brasileira que superou essa etapa com maestria é a Olist, startup que permite que vendedores comercializem por meio da sua plataforma em marketplaces como Amazon, Americanas, Extra, Ponto Frio, Submarino e Walmart. E tudo isso começou com um MVP simples e um grupo pequeno:

A Olist “entrou no ar” como Olist em meados de Fevereiro de 2015. A empresa toda tinha cerca de 7 pessoas sendo que 2 delas eram programadores de software. Esses programadores começaram a desenvolver o sistema da Olist em Novembro de 2014. A primeira versão do sistema da Olist foi desenvolvida em apenas 4 meses! Com apenas 2 programadores! E o mais impressionante: 2 programadores com pouca experiência profissional!

A empresa começou a operar e começou a crescer… e crescer… e crescer… até chegar na BlackFriday em Outubro/Novembro de 2015 quando recordes inimagináveis de vendas foram batidos. Nesse momento o sistema, que foi desenvolvido sem testes automatizados, sem processos, sem boas práticas de engenharia de software e por programadores inexperientes começou a apresentar fadiga.

Os problemas proliferaram e a coisa toda começou a sair um pouco do controle. Era o momento de estruturar a tecnologia da Olist. (…) Mais programadores foram contratados, um gestor foi colocado para organizar mais os processos, a empresa tomou mais conhecimento sobre o funcionamento do negócio, etc. (…) Em Janeiro de 2016 eu iniciava a minha jornada na Olist com um objectivo: fazer a Olist tornar-se referência em tecnologia…

https://engineering.olist.com/o-estado-da-tecnologia-na-olist-da18af46b284

Transformar um MVP em produto é um trabalho árduo e muitas vezes acontece ao longo de meses e anos. Não há nada de errado em fazer este processo em etapas, desde que o empreendedor tenha consciência de quanto trabalho ainda tem pela frente.

Da mesma forma que um produto mal desenvolvido restringe o crescimento e a competitividade da empresa, criando muitas vezes um pesadelo para o grupo técnico, o investimento mal dimensionado pode levar a empresa a fechar as portas. No caso da Olist, foram levantados U$5M entre Janeiro de 2016 e Janeiro de 2017, propulsionando a evolução tecnológica da empresa. A título de contraste com a teoria apresentada anteriormente, este montante é 5,9x maior que os U$835 mil levantados previamente.

 

Desafios do empreendedor

Parte do desafio do empreendedor e do seu grupo financeiro é saber dosear a disponibilidade e o consumo de recursos com ritmo de desenvolvimento e aperfeiçoamento do seu produto. A história mostra que essa não é uma actividade tão simples. Empresas como Youtube, Tesla, Facebook, Square, entre outras tantas, tiveram em suas trajectórias momentos de grande tensão financeira. Para superá-los, é necessária atenção redobrada ao planeamento financeiro, assim como constantes “reality checks” em relação ao estágio de desenvolvimento do produto e performance do grupo técnico.

 

 

Autor:

Rodolfo Pinotti

Innovation, Startups & Entrepreneurship

 

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/mil-ou-milh%C3%B5es-quanto-realmente-custa-criar-um-produto-pinotti/?trk=eml-email_feed_ecosystem_digest_01-recommended_articles-10-Unknown&midToken=AQELPIK_y4lJyw&fromEmail=fromEmail&ut=1-JnjHgFBnKEw1

 

 

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