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sábado, 03 agosto 2024

Conheça o Programa UNI.AO

  • Publicado em UNI.AO

O programa UNI.AO financiado pela União Europeia (13 Milhões de Euros), apoia o sistema de ensino superior angolano na produção de conhecimentos e promoção da inovação. Este programa é implementado pela agência de cooperação técnica francesa, Expertise France, com uma duração de 5 anos (2019- 2024), através da criação de novos cursos de pós-graduação, fundos para investigação e capacitações em áreas relevantes. O UNI.AO pretende contribuir para a formação de quadros melhor qualificados para enfrentar os desafios actuais e futuros do País.

As actividades do UNI.AO mostram plena consonância com a estratégia Angola 2025, o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, o Plano Nacional de Formação de Quadros (PNFQ) e as prioridades estabelecidas no Programa Indicativo Nacional 2014-2020, bem como, no acordo de cooperação intitulado «Caminho Conjunto Angola-União Europeia», no qual o ensino superior foi identificado como área prioritária.

O UNI.AO, com um apoio directo do Ministério de Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) e às Instituições do Ensino Superior (IES), visa aumentar a diversificação económica e a criação de empregos em sectores prioritários.

O programa comporta 3 objectivos específicos, nomeadamente:

  • Reforçar a governação do ensino superior para que seja promovida a investigação científica em sectores prioritários para Angola; 
  • Aumentar a especialização e o reconhecimento das instituições de pós-graduação;
  • Aumentar a igualdade no acesso à pós-graduação e progressão na carreira para os grupos vulneráveis.

 

Principais actividades a serem desenvolvidas ao longo dos 5 anos do programa UNI.AO:

Objectivo 1

  • Capacitação do MESCTI na área da gestão da informação e criação de um sistema de informação integrado;
  • Reforçar mecanismos de garantia de qualidade e aprovação ágil de cursos de pós-graduação;
  • Desenvolvimento de orientações estratégicas para pós-graduação;
  • Promoção de cursos de capacitação em gestão do Ensino Superior;
  • Apoio à investigação e inovação através de um fundo específico;
  • 300 bolsas de mestrado e doutoramento em universidades angolanas. 

 

Objectivo 2

  • Realização de um diagnóstico sobre a pós-graduação em Angola (os recursos humanos, financeiros e as áreas dos cursos) de forma a definir uma estratégia de desenvolvimento e boas práticas de gestão;
  • Acompanhamento e capacitação das IES na elaboração de projectos para especialização a nível da pós-graduação;
  • Lançamento de 2 editais em 2021 e 2022 para financiar projectos de cursos de pós-graduação;
  • Apoio técnico para a implementação dos projectos seleccionados;
  • Apoio a criação de redes regionais e parceiras de investigação e ensino Sul-Sul e Norte-Sul entre instituições a nível de pós-graduações;
  • Promoção de parcerias com o sector privado.

 

Objectivo 3

  • Elaboração de um diagnóstico sobre o acesso à pós-graduação dos grupos vulneráveis;
  • Elaboração de um plano de acção para que mais mulheres e pessoas de grupos vulneráveis realizem estudos de pós-graduação;
  • Campanhas de sensibilização para facilitar o acesso a informação sobre escolha dos estudos, bolsas de estudo e progressão na carreira pós-graduada;
  • Promoção da melhor articulação entre empresas de sectores prioritários e cursos de pós-graduação;
  • Dinamizar as Associações de Estudantes através de eventos pontuais de diálogo entre empresas privadas e universidades.

 

Mais informação: https://www.facebook.com/programauniao ou baixe aqui os Termos de Referência

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Epidemiologia e Fisiopatologia

Ciclo de replicação do SARS-Cov-21 

 

Pedro Magalhães1, Daniel Pires Capingana2, Ema Cândido Branco Fernandes3, José Belchior da Silva3 e Manuel João de Lemos3

 1Departamento de Ciências Fisiológicas da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto

2Instituto Superior de Ciências de Saúde da Universidade Cuito Cuanavale

3Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto

 

Incidência e distribuição geográfica

A República da China informou a Organização Mundial da Saúde (OMS), a 31 de Dezembro de 2019, a existência de casos de pneumonia cuja etiologia era desconhecida. Estes casos foram identificados na cidade de Wuhan, província de Hubei. Até ao dia 03 de Janeiro de 2020 foram notificados 44 casos, mas somente a 07 de Janeiro foi identificado, na China, como agente etiológico um novo tipo de coronavírus que veio a receber a designação de SARS-CoV-2, com a posterior identificação da sua sequência genética alguns dias depois (WHO, 2020 b).

A Tailândia, o Japão e a República da Coreia foram os primeiros países a reportarem casos positivos importados da cidade de Wuhan. Dos 282 casos positivos reportados a 20 de Janeiro de 2020, 98,6% eram da China e, destes, 7,2% eram externos à província de Hubei (WHO, 2020b).  

Cinco dias depois (25 de Janeiro), o total de casos novos no Mundo era de 1030, com o epicentro na China, com 1219 casos novos confirmados e 1965 casos suspeitos; mais nove países tinham casos positivos, todos importados da China. Os países afectados fora da Ásia eram a Austrália, os Estados Unidos da América e a França (WHO, 2020f). 

A 11 de Março a OMS declara a doença provocada pelo SARS-CoV-2 (COVID-19) como pandemia, numa altura em que havia cerca de 118.000 casos em 114 países e 4.291 óbitos com milhares de pessoas lutando pela vida em hospitais (WHO, 2020g).

Embora os números mudem constantemente, de acordo com o relatório da OMS, no dia 18 de Abril, existiam no mundo 2.078.605 casos confirmados (77.846 novos casos) e 139.515 óbitos verificados no conjunto de 213 países e territórios, sendo que mais de metade dos casos foi reportada na região Europeia, seguindo-se a região das Américas, onde predominavam os Estados Unidos da América com 632.781 casos (WHO, 2020 h). Deste modo, estima-se um número de 288,1 casos por um milhão de habitantes no mundo. Até ao dia 18 de Abril, em Angola estavam registados 19 casos (correspondente a 0,61 casos por um milhão de habitantes), todos importados e localizados na província de Luanda. Registaram-se cinco altas, com melhoria, e dois óbitos. Os casos que evoluíram para óbito referem-se a pacientes que deram entrada com co-morbidades crónicas.

 

Transmissibilidade e medidas de mitigação

Os pacientes infectados pelo coronavírus (sintomáticos ou assintomáticos) são a principal fonte de infecção. A transmissão de pessoa a pessoa pode ocorrer de modo directo, através de gotículas respiratórias (tossir, espirrar e falar), que é muito frequente em ambiente familiar e hospitalar. A transmissão indirecta pode ocorrer por contacto das mãos com superfícies secas ou objectos contaminados, sendo os vírus introduzidos no organismo por auto-inoculação através das mucosas dos olhos, nariz ou boca. Contudo, também tem sido sugerida a possibilidade de transmissão fecal-oral (Jawetz Melnick, & Adelberg’s, 2016, p.4-5).

Para a COVID-19, a transmissão ocorre com uma rápida propagação, o que constitui um grande desafio para o seu controlo. Com base no padrão de propagação desta doença observado na população Chinesa, foram efectuados estudos para tentar demonstrar a transmissibilidade e prever a sua disseminação. Para tal, e usando um modelo matemático, estimou-se o índice de reprodução (R0), partindo de um caso índice que corresponde ao número médio de pessoas que um indivíduo infectado irá transmitir a doença. Nos casos em que o R0 é maior do que 1 significa que a doença irá manter a transmissibilidade. Para a COVID-19 a média do R0 é de 2,2 a 2,3 com um período de duplicação de casos de 6,4 dias, (Baker et al., 2020; Li et al., 2020), isso significa que existe a probabilidade de um indivíduo infectado transmitir a doença a 2,3 a 2,6 pessoas e com possível duplicação desse número num intervalo de 6,4 dias. Com esta constatação previu-se que a disseminação da doença seria muito rápida (R0 <1), sendo pertinente a adopção de medidas de mitigação (Prompetchara et al., 2020). 

Simulações ilustrativas de um modelo de transmissão do COVID-192

Novas evidências sobre a transmissão da COVID-19 têm sido reportadas, referindo que a mesma pode ocorrer em indivíduos sintomáticos, pré-sintomáticos e assintomáticos (WHO, 2020 d), uma vez que não foi observada uma diferença de carga viral entre os mesmos (Zou et al 2020).

A transmissão ocorre principalmente a partir de indivíduos sintomáticos: pelo contacto próximo através de gotículas respiratórias – tosse e espirro; por contacto directo – abraço, beijo, aperto de mãos; por contacto com objectos e superfícies contaminadas. Existe a evidência laboratorial de que a concentração do vírus é elevada nas vias respiratórias altas – nariz e garganta – nos três primeiros dias após o início dos sintomas. Estes resultados sugerem que a transmissão da doença seja maior no início, diminuindo ao longo da sua evolução.

O período de incubação médio é de cinco a seis dias podendo ir até 14. O indivíduo pode ser positivo laboratorialmente um a três dias antes de desenvolver os sintomas, podendo transmitir a doença neste período. Existem alguns relatos de casos confirmados em laboratório que se mantiveram assintomáticos. Apesar de, até ao momento, não ter havido evidência de transmissão a partir desses casos, deve-se considerar a possibilidade de que possa ocorrer.

Os dados de estudos sobre a COVD-19 na China indicam que a exposição desprotegida e os contactos próximos permitiram a disseminação rápida da doença entre as pessoas. Por exemplo, mais de 85% da transmissão pessoa a pessoa ocorreu em ambiente familiar, incluindo entre os funcionários de saúde infectados fora do ambiente hospitalar (WHO, 2020 a; Wu Z and McGoogan, 2020). O mesmo padrão de transmissão foi observado fora da China, revelando que a transmissão ocorria em contactos próximos entre pessoas que frequentavam o mesmo ambiente social ou as mesmas áreas circunscritas, tais como os escritórios ou navios cruzeiros (National Institute of Infectious Diseases, 2020; Rothe et al., 2020).

Uma particularidade do coronavírus é a sua grande capacidade de mutação. Contudo, o modo de transmissão da infecção do agente mantém-se ao longo dos tempos. Olhando para os antecedentes, o surto da síndrome respiratória aguda grave (SARS) que ocorreu em finais de 2002, no Sul da China, resultou em mais de 8000 casos em 29 países, com mais de 800 mortes (taxa de mortalidade de 9,6%) e só diminuiu em meados de 2003. Esse surto tinha sido causado por um coronavírus que tinha sofrido uma mutação e por isso foi chamado CoV-1. Em quase todos os casos que ocorreram também havia um histórico de contacto próximo com um paciente de SARS ou de viagens recentes para uma área onde esta tinha sido relatada (Lee et al., 2003). Nessa altura, as viagens aéreas internacionais permitiram que a SARS se espalhasse pelo mundo a uma velocidade sem precedentes. Esse mesmo padrão verifica-se hoje na pandemia da COVID-19, causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), cujos primeiros casos surgiram em uma província Chinesa em finais de 2019 e continua a causar milhares de mortes em todos os continentes a um ritmo assustador nos dias de hoje (WHO, 2020 b; WHO, 2020 c).

Portanto, essa experiência com a SARS ilustra bem que, em um mundo globalizado, um surto de doença infecciosa em qualquer lugar põe em risco toda população do mundo, sem excepção. Daqui depreende-se a importância da identificação precoce de pessoas que tiveram contacto com os casos (suspeitos), o isolamento dos casos, o cumprimento do distanciamento físico entre as pessoas (pelo menos 1 metro) que deve ser observado mesmo entre as pessoas aparentemente sãs. Os dados de um estudo recente sobre a COVID-19 realizado em Wuhan, China, sugerem que o início tardio ou o relaxamento das medidas de distanciamento físico entre as pessoas em diferentes ambientes estavam na base do ressurgimento de casos de infecção na comunidade (Prem et al., 2020).  

Importa ressaltar que, em algumas situações, os coronavírus sofrem mutações e multiplicam-se rapidamente dentro do organismo do paciente. Como consequência, esses pacientes tornam-se em “super-propagadores” da infecção, sendo capazes de transmiti-la para um elevado número de pessoas com que estes entrarem em contacto (Jawetz Melnick, & Adelberg’s, 2016, p.4).

 

Medidas de mitigação da infecção

A actual de mitigação da COVID-19 deve estar direccionada à comunidade, para atrasar-se a propagação exponencial dos casos, e deve incluir (Ebrahim et al 2020; Qualls et al 2020;WHO, 2020e; Pandey et al 2014; Markel et  al 2014):

  1. O cancelamento de eventos com elevado número de aglomerado populacional: a restrição de eventos como festivais de música, encontros religiosos, desportivos, culturais, conferências e eventos políticos aumentam a probabilidade de transmissão mesmo em situações em que o R0 é baixo.
  2. O distanciamento social contribui para a redução da frequência e duração do contacto de pessoas em todas as idades. O encerramento de escolas e universidades, igrejas, locais de entretenimento e outros espaços é fundamental para a diminuição de aglomerados populacionais. Estudos referem que a concentração populacional em escolas é de 3-4 m2/criança comparado com o de escritórios de serviço que é de 18 m2/pessoa. Apesar disso deve-se diminuir a densidade de trabalhadores com a adopção de novos horários de trabalho e a rotação por turnos para minimizar a transmissão da doença.
  3. As viagens constituem um dos factores de disseminação da doença. Contribuem para a importação de casos e a disseminação no país. A restrição de viagens internacionais constitui uma das medidas que os governos devem adoptar sem prejuízo dos serviços essenciais.
  4. A quarentena institucional é pouco prática quando a epidemia está instalada devido a sobrecarga dos serviços e os gastos adicionais. A quarentena domiciliar voluntária é a melhor opção em situações em que a concentração populacional intra-domiciliar o permitam. Outro aspecto de extrema importância é o grau de responsabilidade dos indivíduos, para manterem-se em casa durante o período de quarentena.
  5. Directrizes para as alterações dos serviços funerários são de extrema importância. Em países como o nosso os funerais são conduzidos em casa, com grande concentração de familiares e amigos e muitas vezes com a manipulação dos corpos.
  6. Comunicação clara do aumento da propagação da doença às autoridades nacionais e internacionais de saúde são fundamentais para preservar a calma e uma resposta compatível aos conselhos de mitigação entre o público.

Para todas essas acções de mitigação, o momento em que as mesmas são adoptadas são fundamentais para o controlo da epidemia. Cada país deve calcular o risco e aplicar cada uma destas medidas atempadamente.

Associadas a estas medidas devem-se manter todos os passos de vigilância epidemiológica e as medidas individuais de protecção.

 

Período de infecciosidade

A doença COVID-19 é altamente contagiosa. Tendo em conta a amplitude do período de incubação (um a 14 dias), o perigo de infecção está presente desde que o indivíduo tenha o contacto com a fonte de infecção (humana ou objectos). Deste modo, a doença pode ser transmitida inclusive pelos portadores assintomáticos (directa ou indirectamente), mesmo durante o período de incubação, indicando a necessidade de se fazer uma busca activa dos contactos assim como de todos os indivíduos não suspeitos, pois existe o risco de propagação da infecção em massa.

 

Imunidade

Geralmente o organismo produz anticorpos (imunoglobulina G, IgG) protectores contra a presença dos coronavírus por volta da segunda semana ou muito depois. Essa protecção pode persistir por várias semanas até anos e pode proporcionar a protecção contra a reinfecção pelo mesmo vírus (Jawetz Melnick, & Adelberg’s, 2016, p.5). No caso da infecção pelo SARS-CoV-2, os dados científicos sobre o nível e duração da imunidade proporcionada por anticorpos contra o vírus da COVID-19 são escassos. O facto de que muitos pacientes se recuperarem da infecção por COVID-19 sem manifestar os sintomas da doença sugere uma possível resposta, e tudo isso exige uma regulação precisa para eliminar-se os vírus sem causar doença imunológica.

Foi observado que os pacientes afectados por COVID-19 apresentam relativa elevação de algumas citocinas e quimiocinas plasmáticas, incluindo interleucinas (IL): IL-1, IL-2, IL-4, IL-7, IL-10, IL-12, IL-13, IL-17, factor estimulador de crescimento celular (GCSF), factor estimulador de colónias de macrófagos (MCSF), IP-10, MCP-1, MIP-1α, factor de crescimento de hepatócitos (HGF), IFN-γ e TNF-α (Huang et al 2020; Chen et al 2020; Liu et al 2020). Pensa-se que em pacientes admitidos nos cuidados intensivos em estado crítico, a elevação das citocinas pró-inflamtórias seja responsável pela gravidade da doença e incluem as IL2, IL7, IL10, os GCSF, IP10, MCP1, MIP1α e o TNFα (Huang et al 2020). Contudo estão em curso estudos em vários países, para testar se os pacientes que se recuperaram da COVID-19 desenvolveram anticorpos imunizadores (Jawara, 2020).

 

Mecanismos fisiopatológicos da infecção

A informação existente sobre os coronavírus tem revelado que eles têm uma grande afinidade às células epiteliais do tracto respiratório onde causam alterações que levam ao surgimento de doença respiratória que pode ser severa.

O vírus liga-se ao receptor da célula do epitélio alveolar (principalmente nos pneumócitos tipo II) através da sua glicoproteína de membrana S que se encontra no envoltório da “coroa”. Uma vez dentro da célula infectada, o vírus inicia o processo de replicação do seu RNA para sintetizar um conjunto de proteínas incluindo os factores inflamatórios que desencadeiam as alterações fisiopatológicas que levam ao surgimento das manifestações de doença respiratória (Jawetz Melnick, & Adelberg’s, 2016, p.4-5).

Foi descrita que, no caso do vírus SARS-CoV, este liga-se a enzima conversora da angiotensina 2 (ECA2) que serve como receptor celular e regula a transmissão de espécies cruzadas e de pessoa para pessoa (Jia et et al., 2020; Wan et al., 2020). O SARS-CoV-2 também usa o mesmo receptor de entrada celular descrito para o SARS-CoV (Zhou et al., 2020). Entretanto, os estudos recentes têm mostrado que o SARS-CoV-2 tem uma afinidade aos receptores ECA2 que é 10 a 20 vezes maior do que a do SARS-CoV o que o torna muito mais virulento (Hoffmann et al., 2020; Wrapp et al., 2020). Como consequência, pode não ser necessária uma grande quantidade de vírus para causar uma infecção nos pacientes.Deste modo, a glicoproteína S que se encontra na superfície do coronavírus liga-se ao receptor ECA2 que se encontra na superfície das células humanas (Guo et al., 2020). A ECA2 é encontrada na maioria dos tecidos e amplamente distribuída no coração, rins, pulmões e testículos (Donoghue et al., 2000; Ohtsuki et al., 2010). Contudo, os mecanismos moleculares mais detalhados de ligação viral e modos de entrada continuam ainda em estudo (Guo et al., 2020).  

Representação esquemática da progressão da COVID-193

Após a fusão da membrana, o RNA do genoma viral é liberado no citoplasma e o RNA não revestido traduz duas poliproteínas, pp1a e pp1ab, que codificam proteínas não estruturais e formam o complexo de replicação e transcrição (Sawicki & Sawicki, 2005; Wilde et al., 2018;). Essas poliproteinas específicas são utilizadas também para a síntese do nuleopcapside do vírus, proteinas da glicoproteina S e enzimas específicas, em presença de proteases específicas sintetizadas nos ribossomos das células do epitélio alveolar. O vírus pode causar a lise dos pneumócitos e estes libertam várias substâncias incluindo os factores activadores dos macrófagos.

Os macrófagos activados acabam por produzir as citocinas e quimiocinas pro-inflamatórias, principalmente as IL1, IL6 e o TNF-α que, dentre outros efeitos, aumentam a permeabilidade capilar e causam a vasodilatação que pode levar ao surgimento de edema pulmonar em casos graves. A combinação da lise dos pneumócitos II (produtores de surfactante) associada ao edema interstcial e alveolar, juntos, leva à hipoxémia e consequente manifestação sob a forma de tosse e dispneia grave. A disseminação de citocinas na corrente sanguínea atinge vários órgãos incluindo o centro termorregulador no hipotálamo em que as IL1, IL6 e o TNF-α levam ao surgimento da febre mediada por prostaglandinas (E2). Uma vez instalada, a hipoxémia pode levar a estimulação dos quimiorreceptores que activam o sistema nervoso simpático causando o aumento reflexo da frequência cardíaca.

Por outro lado, tem sido sugerido que infecção por SARS-CoV-2 pode diminuir a ECA2, levando a uma superacumulação tóxica da angiotensina II que induz a síndrome do desconforto respiratório agudo e miocardite fulminante (Hanff et al., 2020). Por outro lado, a presença do vírus da COVID-19 está associada a uma elevada resposta inflamatória que pode induzir a inflamação vascular, miocardite e arritmias cardíacas. A carga inflamatória provavelmente induz a resposta imune localizada e sistêmica (Madjid et al., 2020). Alguns casos apresentam altos níveis de citocinas pró-inflamatórias que promovem a gravidade da doença (Huang et al., 2020). Duma maneira global, a presença níveis sistémicos de citocinas pró-inflamtórias em ambiente de hipoxemia pode levar a um quadro de septicemia.

No entanto, a angiotensina II também pode promover a ocorrência de edema pulmonar e comprometimento da função pulmonar. A síndrome do desconforto respiratório agudo é a forma mais grave de lesão pulmonar e, se caracteriza principalmente pelo aumento da permeabilidade vascular provavelmente induzida por sépsis (Imai et al., 2005). Na sua maioria os pacientes desenvolvem a pneumonia, mas alguns podem evoluir com uma disfunção de outros órgãos, levando ao choque, disfunção múltipla de órgãos e eventualmente a morte.

 

1- https://www.fpm.org.uk/blog/covid-19-sars-cov-2-pandemic/

2- https://www.thelancet.com/pdfs/journals/lancet/PIIS0140-6736(20)30567-5.pdf

3- https://www.nature.com/articles/s41418-020-0530-3

 

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WHO (2020 d). Coronavirus disease 2019 (COVID-19). Situation report 73, 2 April, 2020. https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200402-sitrep-73-covid-19.pdf?sfvrsn=5ae25bc7_2

WHO (2020 e). Coronavirus disease 2019 (COVID-19). Situation report 15, 04 February, 2020. https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200204-sitrep-15-ncov.pdf?sfvrsn=88fe8ad6_4

WHO (2020 f). Coronavirus disease 2019 (COVID-19). Situation report 05, 25 January, 2020. https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200125-sitrep-5-2019-ncov.pdf?sfvrsn=429b143d_8

WHO (2020 g). Coronavirus disease 2019 (COVID-19). Situation report 51, 11 March, 2020. https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200311-sitrep-51-covid-19.pdf?sfvrsn=1ba62e57_10

WHO (2020 h). Coronavirus disease 2019 (COVID-19). Situation report 88, 18 April, 2020.https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200417-sitrep-88-covid-191b6cccd94f8b4f219377bff55719a6ed.pdf

Wrapp D, Wang N, Corbett KS, et al. Corornavirus Cryo-EM structure of the 2019-nCoV spike in the prefusion conformation. Science 2020 (367): 1260–1263

Wu Z, McGoogan JM. Characteristics of and important lessons from the coronavirus disease 2019 (COVID-19) outbreak in China: summary of areport of 72 314 cases from the Chinese Center for Disease Control and Prevention. JAMA 2020; published online Feb 24. DOI:10.1001/jama.2020.2648.

Zhou P, Yang XL, Wang XG, Hu B, Zhang L, Zhang W, et al. A pneumonia outbreak associated with a new coronavirus of probable bat origin. Nature. 2020. doi.org/10.1038/s41586-020-2012-7.

Zou L, Ruan F, Huang M, et al. SARS-CoV-2 viral load in upper respiratory specimens of infected patients. N Engl J Med. 2020.https://doi.org/10.1056/NEJMc2001737.

 

 

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Guia de Orientação Prático para Minimizar os Efeitos do Confinamento em Período de Quarentena

1ª- Preparação Anímica

É imperativo ter consciência que o mal existe e seguir as instruções de higiene estabelecidas pelas autoridades sanitárias. A primeira coisa que se recomenda as pessoas em quarentena é ter em mente que este problema teve um inicio e certamente terá um fim que será positivo em função do nosso comportamento.

 

2ª - Gerir a informação

É muito importante confiar nas autoridades sanitárias e nas informações clínicas oficiais e não prestar atenção ao boatos e opiniões de natureza especulativa.

 

3ª - Auto-avaliarmo-nos sem projectar nos outros

Quando estamos a travar importantes batalhas internas como as que surgem nesta fase de quarentena, lidar com as nossas próprias angústias, os medos os medos despertados pela incerteza e sensação  de falta de controlo é difícil compartilhar algo diferentes das demandas ou conflitos que falam do nosso desejo de que o outro faça algo que ajude a acalmar o que sentimos. Por outras palavras o bem-estar e a tranquilidade são coisas que devemos procurar e encontrar em nós mesmos e não nos outros.

 

4ª- Ter um foco positivo

Não nos devemos concentrar no sentimento de imposição e de desamparo diante da ideia de não poder escolher. É uma boa oportunidade para voltar a nos questionar-mos sobre o que realmente importa nas nossas vidas. Recuperar o essencial, o contacto com as pessoas que amamos. (De forma directa ou virtual)

 

5ª- Educação e respeito

É possível que o confinamento nos obrigue a ficar-mos sozinhos, como parceiro (a), com os filhos, com outras pessoas e até com colegas e a receita é a mesma: “Ser suficientemente educado. Controlar as nossas manias, sendo benevolentes com as dos outros.

 

6ª- Rotinas essenciais

Estabelecer horários, organizadas e rotinas para dar sentido aos dias, para evitar a sensação de perda de tempo:

- Resgatar leituras

- Resolver questões pendentes

- Cuidar de si

 

7ª Evitar velhos e novos conflitos

A vida do casal torna-se mais complicada na situação de confinamento, porque quando passamos muito tempo juntos, assim como durante as férias surgem problemas pendentes. As vezes a reunião é positiva do ponto de vista afectivo. Outras vezes os assuntos pendentes podem abrir a “ porta para conflito”. Diante de tal perspectiva Sanchez Martin enfatiza a necessidade de ser extremamente educados e respeitosos.

 

8ª- Formar equipa

Temos de nos lembrar que este “faça algo para que eu me sinta melhor” muitas vezes não é possível pois que ambos estão numa situação difícil e devem reservar um tempo para observar o que está a acontecer connosco em vez de culpar os outros ou usa-los como “bodes expiatórios” Este pequeno exercício mental pode transformar o confinamento numa espécie de terapia.
Esta é a oportunidade para formarmos uma equipa, de nos colocar-mos do mesmo lado, de compartilhar-mos como é que nos estamos a sentir com tudo isto e encontrar alguém ao lado que nos escute, que nos fale também da sua  experiencia, e finalmente nos acompanhe (villaumbrales).

 

9- Interiorizar Que Existe a Vida lá fora

As novas tecnologias frequentemente vilipendiadas podem ajudar muito nesta fase de quarentena (Watsapp, Skipe Facebock Istagram)  servem para que nos comuniquemos com as outras pessoas e evitemos a sensação de isolamento. “ é aconselhável a fazer  videochamadas com as pessoas de que gostamos e compartihar a experiencia com eles” (Villaumbralles)

 

10- Importância da expressão amorosa

“A única verdade desta vida e a única força é o amor

O patriotismo é amor e a amizade é amor

O amor é delicadeza é esperança fina é merecimento e é respeito

O amor é o laço entre os homens, é o modo de ensinar, é o centro do mundo

Tal como uma árvore o amor há-de passar de semente a arbusto, a flor e a fruto

Com o amor renasce a esperança”

José Martí

 

A expressão amorosa manifesta-se antes demais por:

- Declarar

- Acarinhar

- Confiar

- Ceder

- Mostrar interesse através da ajuda neste momento difícil

- Apoiar/Preocupar-se com os outros

-  acolher

- Procurar pelos outros e quere-los por perto

- Sorrir (O sorriso é a manifestação dos lábios quando os olhos encontram o que o coração procura)

O valor de um sorriso

 

Não custa nada, mas cria muito.

Ele enriquece aqueles que o recebem, sem empobrecer aqueles que o dão.

Acontece rapidamente e a sua memória, as vezes dura para sempre.

Ninguém é tão rico que possa viver sem ele e existem pobres que se tornam ricos pelo seu sorriso

Dale Carnnegie

 

 

Referencias Bibliográficas:

OLIVEIRA, Margaret, temas em psicologia clínica, editora casa do psicólogo, 2006

ON LINE EDITORA E SAÚDE, On Line editora, guia tua saúde ed. 02 menopausa, On-line editora. Consulta em 29/04/2020.

QUEIROZ, Tânia, educar, uma lição de amor: como criar filhos em um mundo sem valores, editora gente liv e etd, 2016.

REZENDE, Denis. Planeamento estratégico para organizações privadas e públicas, editora brasport, 2008.

SALKOVSKIS, Paul, Fronteiras da terapia cognitiva, editora casa do psicólogo, 2005.

SAMPAIO, Daniel, lavrar o mar um novo olhar o relacionamento entre pais e filhos, Editora Leya,2012.

SERRA, Adriano, o stress na vida de todos os dias, 3ªedição, Revista e aumentada, editora gráfica de Coimbra Lda. Coimbra, 2011.

 

Autor: Amílcar Inácio Evaristo-Ph.D, Biólogo e Psicólogo, Professor Associado do ISCISA-UAN / Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. / Telemovel: +244923670797

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Oportunidade de Financiamento para a Ciência e Tecnologia - Editais 2020

A Direcção Nacional de Ciência e Investigação Científica do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) leva ao conhecimento de todos os interessados a compilação de editais para o financiamento de projectos de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação.

Os detalhes para a submissão de propostas deverão ser consultados nos endereços disponibilizados na coluna de links.

 

OPORTUNIDADES

1

UNESCO/ TWAS: FUNDAÇÃO ALEMÃ DE PESQUISA (DFG);  CNPq; CENTRO NACIONAL PARA AS CIÊNCIAS BÁSICAS SN. BOSE

a) Programa de Pós-graduação 2020, TWAS- CSIR

 

 

Prazo: 31 Julho 2020

 

https://opportunitydesk.org/2020/03/07/twas-csir-postgraduate-fellowship-programme-2020/

 

b) Programa de Visita de Cooperação

 

Prazo: 18 Maio 2020

https://twas.org/opportunity/twas-dfg-cooperation-visits-programme

http://www.gerit.org/en

 

c) Programa de Pós- doutoramento TWAS- SN BOSE (Índia)

 

Prazo: 31 Julho 2020

https://twas.org/opportunity/twas-sn-bose-postgraduate-fellowship-programme

 

d) Programa de Pós- graduação da TWAS-DBT

 

Data a anunciar

https://twas.org/opportunity/twas-dbt-postgraduate-fellowship-programme

2

 

CENTRO INTERNACIONAL DE FÍSICA TEÓRICA (ICTP)

a) Programa de Mestrado em Medicina Física 2020.

17 Maio 2020

 

https://www.ictp.it/about-ictp/media-centre/news/2020/2/mmp-apply.aspx

 3

FUNDAÇÃO BOUSTANY & UNIVERSIDADE DE HARVARD

 a) Bolsa para o curso de Mestrado, para o ano lectivo 2020/2021 com financiamento até USD 95.000

 

31 Maio 2020

https://www.boustany-foundation.org/scolarship-programs/MBA-Harvard

 4

 ADVANCE ÁFRICA: ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE MULHERES UNIVERSITÁRIAS (AAUW) / ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PESQUISA EDUCACIONAL (AERA) 

 a) Bolsas Internacionais de Graduação e Pós-graduação para Mulheres

30 de Junho 2021

 

https://www.advance-africa.com/AAUW-International-Fellowships.html

 5

 ACADEMIA EUROPEIA DA SOCIEDADE PEDIÁTRICA

a) Submissão de Projectos para participação no 8º Congresso da Academia Europeia da Sociedade Pediátrica em Barcelona, Espanha

18 de Maio de 2020

https://eaps2020.kenes.com/

 

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Virologia e Biologia Molecular

Imagem de microscópio eletrónico de transmissão mostrando o SARS-CoV-21

 

Pedro Magalhães1, Madalena Chimpolo2, Daniel Pires Capingana3 

1Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto

2Departamento de Morfologia da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto

3Instituto Superior de Ciências de Saúde do Cuando Cubango

Duma forma geral os coronavírus são partículas sob a forma de envelope de 120 a 160 nanômetros (nm), que contêm um genoma em fita simples, não segmentado de sentido positivo de RNA (27–32 kb), sendo o maior genoma entre os vírus RNA. Os genomas são poliadenilados na extremidade 3’. O RNA isolado é infeccioso. O seu nucleocapsídeo helicoidal tem um diâmetro de 9-11 nm. Na superfície do envelope, os vírus possuem projecções amplamente espaçadas, em forma de taco ou pétala, com 20 nm de comprimento, parecendo uma coroa solar (Jawetz Melnick & Adelberg’s, 2016; p. 601).

As proteínas estruturais virais incluem uma proteína nucleocapsíde fosforilada (N), de 50 a 60 kDa (N), uma glicoproteína de 20–35 kDa (M) que serve como proteína da membrana incorporada na bicamada lipídica do envelope e interagindo com o nucleocápside, e a glicoproteína espiga (S; 180-220 kDa) que compõe os peplomeros em forma de pétala. Alguns vírus, incluindo os coronavírus humanos OC43 (HCoV-OC43), contêm uma terceira glicoproteína (HE; 65 kDa) que causa hemaglutinação e possui actividade acetilesterase (Jawetz Melnick & Adelberg’s, 2016; p. 601).

Estrutura do SARS-CoV-22

A ordem dos genes para a codificação de proteínas por todos os coronavírus é Pol-S-E-M-N-3’. Vários pontos abertos de leitura que codificam as proteínas não estruturais e as proteínas HE diferem em número e ordem genética entre os coronavírus. O vírus da SARS, por exemplo, contém um número relativamente grande de genes intercalados para proteínas não estruturais na extremidade 3’ do genoma (Jawetz Melnick & Adelberg’s, 2016; p. 601).

 

REPLICAÇÃO DOS VÍRUS

Como se sabe, os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. Isso significa que não podem viver fora das células hospedeiras. Para a sua replicação, o vírus liga-se aos receptores nas células-alvo através da glicoproteína do envelope viral (S ou HE). O receptor para o coronavírus humano 229E é a aminopeptidase N, enquanto que o receptor funcional para a doença respiratória aguda grave causada por coronavirus (SARS-CoV) é a enzima conversora da angiotensina II (ACE2). O receptor para MERS-CoV é a dipeptil peptidase 4, também conhecida como CD26 (Jawetz Melnick & Adelberg’s, 2016; p. 601).

A glicoproteína S causa a fusão do envelope viral com membrana da célula hospedeira para depois se replicar dentro das células infectadas. Essa fusão ocorre em presença de um pH maior ou igual a 6,5.

Deve-se realçar as duas características do coronavirus que são importantes do ponto de vista epidemiológico e clínico, que são (Jawetz Melnick & Adelberg’s, 2016; p. 601): (a) uma elevada frequência de mutação durante cada ciclo de replicação incluindo a geração de um alta incidência de mutações por delecção; (b) alta frequência de recombinação durante a replicação (isto é incomum para um vírus RNA com um genoma não segmentado e pode contribuir para a evolução de novas estirpes de vírus). Essa última característica pode estar na base do surgimento do novo coronavirus responsável pela actual pandemia de COVID-19. Por outro lado, chama atenção para que não seja descurada a possibilidade de novos surtos no futuro se não forem controlados os factores deflagrantes de surtos por vírus desta espécie, a partir de qualquer parte do mundo.

No caso particular, a pandemia COVID-19 é causada por um coronavirus que sofreu mutação antigénica. Por essa razão é novo para a espécie humana, e, deste modo, não existe ainda nenhum tipo de imunidade contra esse vírus, o que justifica a sua rápida disseminação ao ponto de tornar-se uma pandemia.

  

DIAGNÓSTICO

Critérios para o diagnóstico

O diagnóstico da COVID-19 baseia-se nos critérios clínico-epidemiológico e laboratorial mediante a realização de uma reacção em cadeia de polimerase com transcrição reversa em tempo real (rRT-PCR) (Sohrabi et al., 2020).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), define-se caso suspeito de COVID-19 em qualquer uma das seguintes situações (WHO, 2020):

  • O paciente com febre que apresentar pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, adejo nasal, dentre outros) ou histórico de viagem ou residência para área com transmissão local da doença conhecida nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;
  • O paciente com febre que apresente pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, adejo nasal, dentre outros) ou histórico de contacto próximo com caso confirmado ou provável COVID-19, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;
  • O paciente que se apresente com um quadro de doença respiratória aguda grave (febre e pelo menos um dos sintomas e sinais de doença respiratória, ex: tosse, dificuldade para respirar, adejo nasal) e necessidade de internamento hospitalar e ausência de diagnóstico alternativo que justifique o quadro clínico do paciente.

São elegíveis para realizar o teste laboratorial para a COVID-19 todos os pacientes que se enquadram nos três grupos acima mencionados, isto é, (a) indivíduos sintomáticos ou assintomáticos que tenham estado em locais com infecção comunitária, (b) indivíduos que tenham tido contacto com pessoa suspeita ou com doente de COVID-19, (c) indivíduos que se apresentem com um quadro de doença respiratória aguda grave sem causa aparente.

Por outro lado, devem ser elegíveis para o teste, os casos prováveis, isto é, os casos suspeitos cujo resultado de teste laboratorial para o COVID-19 tenha sido inconclusivo ou os casos suspeitos que por alguma razão não tenham sido submetidos ao teste laboratorial para o COVID-19.

Contudo, sugere-se que cada país deva definir as situações que devem ser sujeitas a testes laboratoriais, em função da intensidade da transmissão, do número de casos e da capacidade laboratorial. Neste sentido recomenda-se que a prioridade para a realização dos testes devam ser os casos suspeitos de COVID-19.

O diagnóstico definitivo de infecção pelo SARS-CoV-2 é estabelecido com base no resultado conclusivo positivo em RT-PCR, independentemente dos sinais e sintomas (Sohrabi et al., 2020).

1- https://thebiologist.rsb.org.uk/biologist/158-biologist/features/2309-focus-on-cov-sars-2
2- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK554776/figure/article-52171.image.f3/

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Jawetz, Melnick, & Adelberg’s. Medical Microbiology. McGraw-Hill Education (2016). 27th Edition. P 602-605.

World Health Organization (2020). Global surveillance for COVID-19 caused by human infection with COVID-19 virus: interim guidance https://www.who.int/publications-detail/global-surveillance-for-human-infection-with-novel-coronavirus-(2019-ncov).

Sohrabi C, Alsafi Z, O'Neill N, Khan M, Kerwan A, Al-Jabir A, Iosifidis C, Agha R. World Health Organization declares global emergency: A review of the 2019 novel coronavirus (COVID-19). International Journal of Surgery. 2020; 76: 71–76 https://doi.org/10.1016/j.ijsu.2020.02.034

 

 

 

 

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Aspectos Actuais sobre a Pandemia da COVID-19 no Contexto de Angola

  • Publicado em Saúde

Ilustração do vírion do SARS-CoV-2.1 

 

A Doença por Coronavírus (COVID-19) é nova e infecciosa, espalhou-se rapidamente pelo mundo, produzindo muitas mortes em curto espaço de tempo, tendo sido declarada como uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de Março de 20202. O vírus causador da COVID-19 é o SARS-Cov-2, assim designado por pertencer à família Coronaviridae. Até ao aparecimento do SARS-CoV-2, estavam descritas duas outras estirpes causadoras de epidemias em humanos, com origem zoonótica: SARS-CoV-1, para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) em 2002 e MERS-CoV para a Síndrome Respiratória do Médio Oriente em 2012.

Partículas do vírus SARS-CoV-2 (amarelo), como visto usando um microscópio electrónico.3

Seguindo as orientações da OMS, o Governo de Angola produziu um Plano Nacional de Contingência e Emergência para Controlo da Pandemia por COVID-19 para reduzir, ao mínimo, o risco de introdução e disseminação do SARS-CoV-2 e o impacto negativo de uma pandemia na saúde da população e na esfera económica e social do país. Deste modo, a titular do Ministério do Ensino Superior Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) criou, por Despacho n.º 03/20, de 26 de Setembro, um Grupo Técnico constituído por professores universitários e especialistas para dar suporte técnico-científico ao referido plano, facilitando a tomada de decisão, com base na evidência científica existente e permanentemente actualizada.

Ao mesmo tempo que se vão produzindo, de forma acelerada, novos conhecimentos científicos e acções de saúde pública, exigindo dos profissionais um esforço redobrado de actualização e combate da pandemia, existe ainda muito por se descobrir acerca dessa doença em diferentes contextos.

Assim, esta plataforma pretende disponibilizar informação científica actualizada que permita utilizar os conhecimentos científicos disponíveis para apoio a tomada de decisões e manter actualizados os profissionais e todos os interessados no combate a esta pandemia. Também pretende levantar a discussão sobre aspectos pertinentes do manuseio da pandemia no contexto Angolano.

Além dos recursos bibliográficos utilizados na elaboração dos capítulos que se seguem, também são indicados recursos adicionais para consulta pelos interessados.

1- Fonte: https://news.harvard.edu/gazette/story/2020/02/as-confirmed-cases-of-coronavirus-surge-path-grows-uncertain/
2 - https://youtu.be/LjmNySNlMks - Vídeo da Declaração do Director Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus aos 11-03-2020.
3- https://www.newscientist.com/article/mg24532754-600-can-you-catch-the-coronavirus-twice-we-dont-know-yet/#ixzz6KcMNQ84H

 

 

Para mais informações sobre essas fontes consulte as seguintes ligações:

I.         Organização Mundial da Saúde (OMS)

Investigação global sobre a COVID-19
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/global-research-on-novel-coronavirus-2019-ncov

 

II.         Academia Africana de Ciências
Segurança da Saúde Global: a COVID em África
http://aasciences.africa/covid-19-updates

 

III.         Instituto de Higiene e Medicina Tropical
Universidade Nova de Lisboa
Dossier: Origem e dispersão pandémica do coronavírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19 (atualizado)
https://www.ihmt.unl.pt/origem-e-dispersao-pandemica-do-coronavirus-sars-cov-2-causador-da-covid-19/

 

IV.         Outros recursos bibliográficos
NEJM: https://www.nejm.org/coronavirus
BMJ: bmj.com/coronavirus
Lancet: https://www.thelancet.com/coronavirus
JAMA: https://jamanetwork.com/journals/jama/pages/coronavirus-alert
https://www.cochrane.org/special-collection-coronavirus-covid-19-evidence-relevant-critical-care
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/php/guidance-evaluating-pui.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-nCoV/hcp/index.html
https://www.uptodate.com/contents/coronavirus-disease-2019-covid-19


 


CAPÍTULOS

(clique nos títulos sublinhados para aceder ao conteúdo. Os capítulos sem link ainda estão em preparação)

  1. INTRODUÇÃO
  2. SUMÁRIO E RECOMENDAÇÕES
  3. VIROLOGIA E BIOLOGIA MOLECULAR
  4. EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
  5. QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
  6. TRATAMENTO
  7. EVOLUÇÃO
  8. MANUSEIO DOS CASOS
  9. SITUAÇÕES ESPECIAIS
  10. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
  11. MEDIDAS DE PREVENÇÃO
  12. ASPECTOS BIOÉTICOS

 

Última actualização: 14/11/2020 

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Participe na Votação do Nome para o "Programa de Apoio ao Ensino Superior"

O Programa de Apoio ao Ensino Superior é financiado pela União Europeia e implementado pela agência Expertise France com uma duração total de 60 meses (Dezembro de 2019 - Dezembro de 2024 _ 13 milhões de Euros). O programa apoia o Subsistema de ensino superior na produção de conhecimento e inovação com fundos para investigação, criação de novos cursos de pós-graduação e ensino de competências relevantes para formar mais quadros especializados, com o objectivo de aumentar a diversificação económica e a criação de emprego em sectores prioritários.

No âmbito do início do “Programa de Apoio ao Ensino Superior” (2019-2024), ao benefício do Ministério de Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, da Unidade Técnica de Gestão do Plano Nacional de Formação de Quadros e das Instituições de Ensino Superior e Instituições de Investigação Científica e Desenvolvimento angolanas, a Agência Expertise France lança um processo de votação para a selecção do nome do programa em causa.

O Programa tem 3 objectivos principais:

  1. Reforçar o alinhamento entre a governação e os instrumentos de política no domínio do ensino superior, no âmbito da especialização na investigação pós-graduada em sectores prioritários;
  2. Aumentar a especialização e o reconhecimento das instituições de pós-graduação;
  3. Aumentar a igualdade no acesso à pós-graduação e progressão na carreira para os grupos vulneráveis.

O nome escolhido será acompanhado de um logo-tipo que irá reflectir outras componentes do Programa. Como tal, convidamos a todos a participar no processo de votação do nome do programa, nas seguintes opções:

- GERAÇÃO MIRÁBILIS

- CAPACITA

- DINAMUS-ES

- GENIUS

- UNI AO

- SOPHIA (sabedoria)

 

Para votar, basta fazê-lo através da rubrica "pergunta do mês" ou então, clique Aqui.

 

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PDCT Edital Nº1: Resultados da Avaliação das Propostas de Projecto de Investigação Científica

Considerando o Edital Nº1 - Financiamento de Projectos de Investigação Científica aberto pelo Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia (PDCT), a ser executado pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, informa-se que o processo de avaliação é por pares (Peer Review) e que os resultados actualmente são os seguintes:

 

#

Id

Título

Domínio Científico

Resultado

1

11

Reconhecimento das espécies de moluscos dulçaquícolas, sua distribuição na província do Uíge e o seu papel como vector de agentes patogénicos com repercussões em Saúde e na economia

1.Ciências Exactas e Naturais

Aprovado

2

12

Obtenção de Plantas Tolerantes à Deficiência Hídrica Utilizando a Mutação Induzida com Raios Gama para Solos da Província do Cunene – Angola

4. Ciências Agrárias e Veterinárias

Rejeitado

3

13

Caracterização Geológica e Geotécnica dos Municípios do Uíge para efeito de Planeamento Urbano

1.Ciências Exactas e Naturais

Aprovado

4

14

Intervenção comunitária para a preparação psicoprofilatica das grávidas para o parto na província de Malanje

3. Ciências Médicas e da Saúde

Rejeitado

5

15

Levantamento etnofarmacologico das potencialidades terapêuticas das plantas de Malanje

3. Ciências Médicas e da Saúde

Aprovado

6

16

Formação para a Criação e Gestão de Revistas Científicas na Plataforma OJS

2. Engenharia e Tecnologia

Rejeitado

7

17

Gestão Ambiental para a Conservação da Biodiversidade nos Ecossistemas da Província do Cunene, como Base para um Desenvolvimento Sustentável

1.Ciências Exactas e Naturais

Aprovado

8

18

Projecto de Gestão Integrada do Morro do Moco

1.Ciências Exactas e Naturais

Rejeitado

9

19

Programa Psicoeducativo "PROTEC" para atenção aos Pacientes com TCE e de forma geral com Problemas Neurológicos que frequentam o Centro de Medicina e Reabilitação Fisica Dr. António Agostinho Neto

3. Ciências Médicas e da Saúde

Rejeitado

10

20

Caracterização Mineralógico-Geoquímica das Rochas Máficas e Ultramáficas do Sudoeste Angolano e o seu Potencial para os Metais Estratégicos (Ni-Cu-Co-PGE)

1.Ciências Exactas e Naturais

Aprovado

11

22

Estudo de Viabilidade da Tecnologia de Compostagem Natural na Província de Benguela na Localidade do Dombe-Grande

4. Ciências Agrárias e Veterinárias

Aprovado

12

23

Pesquisa Neonatal de Anemia Falciforme no Hospital Geral de Benguela

3. Ciências Médicas e da Saúde

Rejeitado

13

24

Compotamento de Patologias Cirúrgicas em Pacientes com Infecção HIV/SIDA em Benguela 2017-2020

3. Ciências Médicas e da Saúde

Rejeitado

14

25

Glossário Terminologia Médica Inglês-Português

3. Ciências Médicas e da Saúde

Rejeitado

15

26

Desenvolvimento de Trabalho independente na formação de estudantes da Faculdade de Medicina de Benguela

3. Ciências Médicas e da Saúde

Rejeitado

16

27

Ensaio de Avaliação Clínica Terapêutica do Soro Antiofídico Trivalente em 3 Províncias de Angola

3. Ciências Médicas e da Saúde

Aprovado

17

28

Identificação e análise das potencialidades da agricultura familiar na promoção do agro-negócio em Angola: Estudos de caso nas regiões Norte, Centro e Sul

4. Ciências Agrárias e Veterinárias

Aprovado

18

31

Concepção de uma estação experimental de tratamento de águas residuais do campus universitário Kimpa Vita na província do Uíge, em Angola, por leitos construídos de macrófitas

1.Ciências Exactas e Naturais

Rejeitado

19

30

Modelo de Agricultura sustentável para Norte de Angola

4. Ciências Agrárias e Veterinárias

Rejeitado

20

35

Monitorização da Eficácia do uso de Biolarvicidas em diferentes contextos ecológicos para o controlo da transmissão da Malaria e outras Arboviroses em Angola

3. Ciências Médicas e da Saúde

Aprovado

21

21

Estudo do Comportamento geotécnico, e geoquímico de argilas oligocénicas da região de Luanda e arredores para utilização na indústria de cerâmica

2. Engenharia e Tecnologia

Rejeitado

22

32

Rastreamento do Câncro do Colo Uterino

3. Ciências Médicas e da Saúde

Aprovado

23

33

Reconstrução de séries temporais de precipitação e de caudais diários com Modelos de Regressão Dinâmica na bacia hidrográfica do Catumbela

2. Engenharia e Tecnologia

Aprovado

24

34

Análise experimental, à escala piloto, da produção e composição de biogás gerado por digestão anaeróbia de resíduos urbanos em biodigestores “batch”

2. Engenharia e Tecnologia

Aprovado

25

36

Geologia das Áreas Urbanas

1.Ciências Exactas e Naturais

Aprovado

26 37
Complexos de Cobre com Ligandos Nitrogenados com Possíveis Propriedades Bioactivas 
1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
27 38
Colecção de variedades locais de culturas alimentares na região leste do
país (Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico)
4. Ciências Agrárias e Veterinárias Rejeitado
28 39
Projecto Ecológico Salvemos a nossa Casa Comum: Educação para a Saúde Ambiental, Defesa e Promoção da Vida.
1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
29 40
Métodos Práticos para Produção de Ferramentas e Máquinas de Apoio e Promoção dos Micros – Empreendedores Artesão nas Periferias das Cidades de Angola.
2. Engenharia e Tecnologia Rejeitado
30 41
Aplicação da sísmica de refracção e geoeléctrica para a determinação das espessuras do perfil do solo nas zonas de ravinamentos do município de Saurimo - Lunda Sul
1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
31 42
Para uma Angola feliz e a sorrir: Unidos na luta contra a Oncocercose nos Municípios da Nharea e Andulo - Bié
3. Ciências Médicas e da Saúde Rejeitado
32 43
Modelação, Optimização, Concepção e Produção de Processos Energéticos.
2. Engenharia e Tecnologia Aprovado
33 59

Transferência de Conhecimentos em Ensaios Não Destrutivos aos actores do Sistema Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola

2. Engenharia e Tecnologia  Rejeitado
34 69
Ciência e Luz sem Fronteira: Criação de Objectos Mão na Massa – Valorizando a Inventividade e a Vivência em Rede 
1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
35 79 Alfabetização midiática-informacional e desafios ambientais: Desenvolvimento e teste de uma proposta para a educação básica, usando soluções próprias da comunidade  1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
36 107 Estudo da Qualidade de Água do Rio Muembeje  1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
37 113 Campus Virtual/Biblioteca Virtual  2. Engenharia e Tecnologia Rejeitado
38 116 Sistema Integrado de Gestão Acadêmica da Universidade Kimpa Vita da República de Angola  2. Engenharia e Tecnologia Rejeitado
39 117 Modelo Automatizado para o Prognóstico Do Rendimento Académico em Estudantes Da Universidade Kimpa Vita da República De Angola  1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
40 128 Capacitação das Instituições Angolanas para o Ensino Pré e Pós-Graduado da Auscultação através de Simulação Médica  3. Ciências Médicas e da Saúde Aprovado
41 135 Veículo Autónomo de Recepção e Inspecão Ferroviária, Caso de Estudo: Empresa de Caminhos de Ferro de Benguela  2. Engenharia e Tecnologia Rejeitado 
42 138  Promover, acelerar e facilitar o acesso a energia solar fotovoltaica em Angola (Sistema de apoio á decisão para avaliação técnica e financeira de instalações fotovoltaicas) 2. Engenharia e Tecnologia Rejeitado
43 121 Valorização integral dos recursos pesqueiros: Biologia Pesqueira de duas Espécies de Pequenos Pelágicos da Costa Angolana  1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
44 148 Detecção de biotoxinas marinhas em moluscos bivalves nas Baías de Lobito e península de Mussulo: Uma abordagem ecossistémica, incluindo a segurança alimentar para reduzir os riscos à saúde das comunidades locais e aumentar a sua qualidade vida  1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado 
45 124 Influência da Poluição do Ambiente Marinho na Redução da Biodiversidade no Namibe  1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
46 58 Diagnóstico do Estado actual das Águas Subterrâneas na Região do Curoca/ Província do Cunene. 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
47 93 Circulação de Populações em Luanda e nos seus Arredores a partir fim do século XIX até em 1961 5.Ciências Sociais  Rejeitado
48 44 Análise da qualidade dos solos da Zona agrícola da Funda 1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
49 47 Avaliação do Perigo por deslizamentos no Morro de Moco da Província do Huambo  1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
50 52 Modelação, da Erosão Hídrica para o Prevenção e Contenção de Ravinas 2. Engenharia e Tecnologia Aprovado
51 54 Comprovação da Qualidade de Medicamentos Comercializados em Angola (CQMCA), através de métodos analíticos  3. Ciências Médicas e da Saúde Rejeitado
52 55 Plataforma de acesso digital (PAD) para desenvolvimento da investigação e saúde pública em Angola  3. Ciências Médicas e da Saúde Aprovado
53 61 Optimização da fertilização fosfatada na região do Huambo 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
54 68 Estudo da ritmicidade biológica na eletrofisiologia cardíaca de indivíduos saudáveis 3. Ciências Médicas e da Saúde Rejeitado
55 107 Desenvolvimento de um Consentrado Genético de Produção Animal na Área Experimental doi Instituto Superior Politécnico Da Huíla 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Rejeitado
56 149 Diagnóstico de nemátodes parasitas das culturas em Angola – Cuanza Norte 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Rejeitado
57 72 Avaliação e seguimento da resposta pós implante de pacemaker em Angola: Indicações, modos e grau de satisfação  3. Ciências Médicas e da Saúde Rejeitado
58 151 A Preveção da Malária como Infermidade Infeciosa no Bairro Piloto, Kuito, Bié 3. Ciências Médicas e da Saúde Rejeitado 
59 152  Saúde mental, desenvolvimento psicológico e cultura 5. Ciências Sociais Rejeitado 
60 153  Gestão Integrada da Água Potável e Saneamento dos Recursos Hídricos no Bairro Cantífla no Município, do Kuito, Província do Bié 1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado 
61 109 Tecnologias de manejo e exploração dos pastos no fasendas de gado
dedicada à engorda de bovinos na região sul- oeste de angola 
1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
62 46 Sistema de alerta Epidemiológico 2. Engenharia e Tecnologia Aprovado
63 60 Sistema de Gestão Informatizada dos Serviços Municipalizados (Bloco/Mercados e Recintos Feirais) 2. Engenharia e Tecnologia Aprovado
64 87 Conexão Académica 1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
65 156 Estudo de Plantas medicinais angolanas usadas no tratamento de doenças tropicais negligenciadas 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
66 56 Biodiversidade da Bacia Hidrográfica do baixo Cuanza-Conservação e Valorização 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
67 64 Relação epidemiológica entre a prevalência de helmintoses e a prevalência de asma e atopia em crianças na Província do Bengo 3. Ciências Médicas e da Saúde Aprovado
68 150 Eu te Dou um Sorriso 3. Ciências Médicas e da Saúde Rejeitado
69 77 Estudo Geobotânico da Região do Cuanza-Sul 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
70 80 Tecnologia de inovação do processamento da Kissangua 2. Engenharia e Tecnologia Aprovado
71 78 Estudo da Vegetação da Província do Bengo em Angola 1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
72 70 Kit de Diagnóstico Médico Móvel 3. Ciências Médicas e da Saúde Rejeitado
73 102 Reaproveitamento e tratamento de águas residuais domésticas e pluviais 2. Engenharia e Tecnologia Rejeitado
74 86 Propriedades físico-químicas e potencial como material cimentício suplementar 2. Engenharia e Tecnologia Rejeitado
75 132 Estatística Matemática Multivariada e Desenvolvimento 1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
76 48 Avaliação do potencial energético de diferentes estercos de origem animal para a produção de uma plataforma de electricidade doméstica a partir do seu conteúdo de biogás. 2. Engenharia e Tecnologia Aprovado
77 63 Produção e aplicação de coagulantes naturais nos sistemas de tratamento de água para consumo humano e água residuais. Uma altenativa sustentável à dependência da importação de coagulantes convencionais. 2. Engenharia e Tecnologia Aprovado
78 75 Pesquisa de marcadores moleculares de resposta parasitária in vivo a terapias da malaria baseadas em combinações com derivados de artemisinina. 3. Ciências Médicas e da Saúde Aprovado
79 50 Contribuição ao estudo fitoquímico e das propiedades farmacológicas de uma espécie medicinal nativa de Angola-Commiphora angolensis. 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
80 53 A qualidade da água de irrigação usada em explorações agrícolas em regiões áridas e semi-aridas 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
81 81 Rochagem: Uma Alternativa Sustentável para a Agrícultura de Angola. 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
82 49 A produção do cultivo de Girassol (Helianthus Annus L) em Angola Sua adaptabilidade e rendimento em óleo 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Rejeitado
83 51 Avaliar a composição organoléptica da banana verde produzida localmente, para a transformação em farinha como alternativa alimentar para crianças com carências nutritivas crónicas 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Rejeitado
84 57 Identificação e Valorização dos Recursos Micológicos da região da Quibala – Cuanza Sul 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
85 62 Mutações de resistência primária em gestantes infectadas pelo VIH associado atransmissão vertical na Madernidade Lucréncia Paím durante o segundo trimestre de 2018 3. Ciências Médicas e da Saúde Aprovado
86 133 Monitorização da corrosão das armaduras nas estruturas de betão armado e medidas de protecção superficial na resistência á carbonatação e à penetração de cloretos 1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
87 145 Utilização de Estirpes lácticas Autóctones na Produção de Leite Fermentado Omavele à Escala Industrial 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
88 123 Implementação de uma experiência piloto de cultivo de moluscos(mexilhão e ostra) na região sul de Angola, Tômbwa-Namibe 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
89 74 Actividade insecticida de citrus da região da Funda no combate à Bemisia tabaci 1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
90 73 Rochas Ornamentais, nos Municípios Gambo (Chiande e Chibemba), Chibia (comunas da Quita e Chiquatit), Província do Huila 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
91 45 Actualização do potencial mineiro da região de Caraculo-Virei (Namibe) 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
92 65 Caracterização das Reservas Asfálticas em Dois Locais com Vazamento de Hidrocarbonetos no Troço Dande -Nzeto 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
93 67 Implementação de práticas agrículas sustentáveis para omaumento da produtividade na agricultura familiar 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Rejeitado
94 89 Diagnóstico a Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos no Município 1.Ciências Exactas e Naturais Rejeitado
95 88 Prevalência em Gestantes e Taxa de Transmissão Vertical da Hepatite B, na Provincia de Luanda 3. Ciências Médicas e da Saúde Aprovado
96 98 Cidades Sustentaveis em Angola: Contributos de um Estudo Sobre os Resíduos Sólidos no Lubango 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
97 101 Tratamento de água por colectores solares térmicos 2. Engenharia e Tecnologia Aprovado
98 66 Produção Comercial de Amarantus (Jimboa) no Município do Sumbe 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
99 125 Caracterização ambiental da localidade costeira da Lucira 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
100 127 Impacto de Reabilitação dos mangues da Província de Cabinda 1.Ciências Exactas e Naturais Reprovado
101 105 Sistema Neuro-Fuzzy aplicado à predição de Series Temporais do preço do petróleo 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
102 71 Desenvolvimento de propostas fitoterápiticas para prevenção e terapêutica da Malária em Angola 3. Ciências Médicas e da Saúde Reprovado
103 134 Prevalência de Parasitas Intestinais em Crianças a Frequentar Creches e Escolas na Cidade de Luanda, Angola 3. Ciências Médicas e da Saúde Aprovado
104 83 Utilização de Técnicas Geoprocessamento sensoramento remoto e sistemas GNSS para a avaliação de ocorrência, localização e cartografia de águas subterrâneas 1.Ciências Exactas e Naturais Reprovado
105 110 Polimorfismo de Grupos Sanguíneos e Susceptibilidade na Gravidade por Infecção pelo Plasmodium 3. Ciências Médicas e da Saúde Aprovado
106 137 Prevalência e Factores Associados a Desnutrição Infantil na Província de Benguela 3. Ciências Médicas e da Saúde Aprovado
107 90 Saúde Comunitária no Huambo: Aspectos Socioeconómicos, Culturais  e Relação com Determinantes  Sociais da Saúde 3. Ciências Médicas e da Saúde Reprovado
108 129 Produção de Soro Anti-ofídico para responder ao problema de saúde de morbimortalidade por mordeduras de serpentes- Primeira etapa: Melhorar a Infraestructura do serpentário e Capacitação dos Recursos Humanos para o conhecimento do equipamento e “know how” 3. Ciências Médicas e da Saúde Reprovado
109 95 Utilização do qSOFA para diagnóstico de sépsis 3. Ciências Médicas e da Saúde Reprovado
110 84 Avaliação da poluição atmosférica da cidade de Luanda para futura implementação de uma rede de monitorização da qualidade do ar 2. Engenharia e Tecnologia Reprovado
111 91 Programa de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápiticos do Huambo 3. Ciências Médicas e da Saúde Reprovado
112 92 Redução de Poluente do Meio Ambiente Aproveitamento de Esterco Bovino para Produção de Energia Eléctrica e Biofertilizantes em Zonas Rurais 2. Engenharia e Tecnologia Reprovado
113 94 Melhoramento da Actividade apícola nas Comunidades Camponesas 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Reprovado
114 104 Desenho e Implementação de uma Planta do Biogás 2. Engenharia e Tecnologia Reprovado
115 106 Tecnologia de Produção Agricula para a Alimentação das Populações e Animais no Município da Humpata, Província da Huíla 1.Ciências Exactas e Naturais Reprovado
116 108 Tecnologia Industrial de Produção de Farinha de Mondioca Para a Alimentação Animal 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Reprovado
117 112  Aplicação de coagulantes naturais em sistemas de tratamento de água e águas residuais 2. Engenharia e Tecnologia Reprovado
118 114 Estudos electroquímicos de electrolítos em solventes apróticos, utilizáveis em pilhas de altas energias 1.Ciências Exactas e Naturais Reprovado
119 120 Educação Ambiental para Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbano do Sumbe 1.Ciências Exactas e Naturais Reprovado
120 141 Caracterização Higiosanitário dos Leites fermentados (Omavele) Artesanalmente nos Municípios de Caimbambo e Chogoroi em Benguela 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Reprovado
121 142 Caracterização da Produtividade de Galinhas Autóctones no Huambo 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Reprovado
122 144 Modelo Experimental para o Aumento da Produtividade das Galinhas Autóctones do Sector Familiar da Comuna da Chipipa/ Huambo, como Alternativa de Desenvolvimento Sustentável 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Reprovado
123 82 Estudo de desempenho de uma unidade compacta de tratamento de águas residuais, BIOTEK 2. Engenharia e Tecnologia Reprovado
124 119 Sistema de Gestão Ambiental para a exploração de rochas e minerais industriais no Município do Sumbe, Província do Cuanza Sul 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
125 136 Avaliação das Potencialidades do Ouro e Associados na Região Bula Atumba, Província de Cuanza Norte, por meio da Prospeção Geoquímica  1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
126 143 Prevalência das Doenças Zoonóticas Diagnostgicadas no Hospital Central do Huambo, Registadas no ISV e Examinadas no IIV, no Período de 2019-2021 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
127 146 Estudo Epidemiológico da Cisticercose e Factores de Risco para a População Animal e Humana em Cinco Municípios da Província do Huambo 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
128 97 Carta Sanitária e Epidemiológicas da Província da Huíla 3. Ciências Médicas e da Saúde Aprovado
129 100 Análise de Desempenho de Unidade Compacta de Tratamento de Águas Concebida e Fabricada em Angola 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
130 111 A Influência dos fenómenos climáticos extremos na águas subterrâneas dos aquíferos detríticos situados entre o Longa e o Lifune- Províncias de Luanda e Bengo 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
131 122 Diagnóstico sócio-economico das comunidades piscatórias da costa marítima do Namibe 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
132 126 Aproveitamento de Resíduos da Madeira para a Produção de Materiais de Construção em Cabinda 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
133 130 Caracterização físico química do loengo( Anisophylleaboehmii) para a produção de alimentação humana e animal 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
134 131 Factores Bióticos limitantes da produtividade da cultura de mandioca nas Províncias de Malanje,Cuanza Norte, Cuanza Sul, Bengo e Uíge 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
135 139 Estudo da DegeneraçãonHistológica de Células B Pancreáticas e Regerção, em Cobaios Cavia Porcellus SRD Com Diabetes Induzida Experimentalmente 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
136 140 Estudo da Tuberculose humana causada pelo Mycobaterium bovis na Província do Huambo 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
137 147 Estudo da Resposta Imunitária Humoral em cães Vacinados Contra a Raiva no Município do Huambo 4. Ciências Agrárias e Veterinárias Aprovado
138 85 Classificação de Zonas Mistas e zonas Mista e Zonas Sensíveis ao Ruídos no Município. 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
139 96 Avalação da Diversidade Florística do Parque Nacional da Mupa: Um Estudo para Futuras Projecções de Biomassa e Stock de Carbono 1.Ciências Exactas e Naturais Aprovado
140 99 Caracterização Epidemiológica e Ecológica da Raiva na Interce Seres Humanos- animais Domésticos-FaunaSelvagem no Sul de Angola 4. Ciências Agrárias e Veterinárias  Indisponível
141  115 Criação de uma Base de Dados Espacial para Controlo e Monitoramento da Epidemia da Cólera no Município do Cazengo 2. Engenharia e Tecnologia  Aprovado
142  118 Estudo da Qualidade de Água do Rio Muembeje  1.Ciências Exactas e Naturais Reprovado

 

Avisos:

  1. Os investigadores principais dos projectos aprovados, que ainda não o fizeram, deverão enviar o Acordo de Financiamento devidamente preenchido e assinado (Clique aqui para baixar o referido Acordo).
  2. Os investigadores principais dos projectos de investigação já financiados deverão enviar os relatórios de progresso.

 

 

 

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Chamada para Candidaturas: EDCTP Mobiliza Financiamento para a Investigação sobre a COVID-19 na África Subsaariana

A EDCTP (European & Developing Countries Clinical Trials Partnership) informa que estão abertas as candidaturas para a apresentação de propostas para apoiar a investigação clínica em doenças relacionadas à pobreza, incluindo doenças infecciosas negligenciadas, e o desenvolvimento da capacidade de investigação na África Subsaariana. Estão disponíveis sete (7) chamadas, que representam um investimento de mais de € 80 milhões de Euros, com um prazo de candidaturas até o dia 17 de Abril de 2020.

Destas  sete (7) chamadas, foi aprovada a iniciativa de financiamento de emergência como resposta Europeia à emergência COVID-19. O “Mecanismo de Financiamento de Emergência” da EDCTP permite uma rápida mobilização de fundos de investigação com base em um convite à manifestação de interesse em emergências excepcionais e devidamente fundamentadas. A EDCTP considera uma situação como uma emergência se for imprevisível e apresenta um risco sério e imediato para a saúde humana. O status “Emergência” é adoptado somente após uma declaração oficial de uma situação como 1) uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (PHEIC) de acordo com a Organização Mundial da Saúde ou 2) uma emergência de saúde pública de acordo com a Decisão 1082/2013 / UE ou 3) uma emergência sob as estruturas e regulamentos nacionais aplicáveis. 

Após o novo surto da doença de Coronavírus (COVID-19) em Dezembro de 2019, houve uma rápida disseminação sem precedentes em mais de 181 países, com mais de 1 milhão de casos confirmados globalmente (1) a partir de 3 de Abril de 2020.

À luz do crescente número de casos relatados nos países afectados, incluindo vários países da África Subsaariana, a Associação EDCTP concordou em activar o mecanismo de financiamento emergencial para apoiar as Acções de Investigação e Inovação (AIRs) como parte da resposta Europeia a COVID-19.

Para mais informações consulte: https://www.edctp.org/funding-opportunities/calls-for-proposals-for-funding-of-clinical-research-on-poverty-related-infectious-diseases/

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UNESCO mobiliza 122 países para promover a ciência aberta e o reforço da cooperação face à COVID-19

Ontem, segunda-feira, 30 de Março, a UNESCO realizou uma reunião on-line com ministros responsáveis pela ciência e seus representantes incluindo 122 países e organizações internacionais. Entre os participantes estavam 77 ministros, bem como representantes de organismos internacionais como: Sarah Anyang Agbor, Comissária da União Africana para Recursos Humanos, Ciência e Tecnologia, Mariya Gabriel, Comissária Europeia para Inovação, Pesquisa, Cultura, Educação e Juventude, Moses Omar Halleslevens Acevedo, ex-vice-presidente da Nicarágua e Dr. Soumya Swaminathan, investigador chefe da Organização Mundial da Saúde.

Por Angola participou a Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. Doutora Maria do Rosário Bragança Sambo, fazendo-se acompanhar do Director Nacional para Ciência e Investigação Científica, Prof. Doutor António de Alcochete e do Director Nacional para Formação Pós-Graduada, Prof. Doutor Emanuel Catumbela.

A reunião teve como objectivo trocar pontos de vista sobre o papel da cooperação internacional em ciência e aumentar o investimento no contexto do COVID-19.

O tópico principal da reunião foi a ciência aberta, para a qual a UNESCO trabalha em uma recomendação internacional desde Novembro de 2019. Em relação à ciência aberta, a reunião teve a seguinte agenda de trabalho:

  • A união de conhecimentos, medidas de apoio à investigação científica e a redução da lacuna de conhecimento entre países;
  • Mobilização de tomadores de decisão, investigadores, inovadores, editores e sociedade civil para permitir o livre acesso a dados científicos, resultados de investigação, recursos educacionais e instalações de investigação;
  • Reforço dos vínculos entre as decisões científicas e políticas, para atender às necessidades da sociedade;
  • A abertura da ciência à sociedade enquanto as fronteiras estão fechadas.

A Directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, apelou aos governos o reforço na cooperação científica e a integração da ciência aberta nos seus programas de investigação científica para prevenir e mitigar crises globais.

“A pandemia do COVID-19 aumenta a nossa consciência da importância da ciência, tanto na investigação, quanto na cooperação internacional. A crise actual também demonstra a urgência de intensificar a partilha de informações por meio da ciência aberta. Chegou a hora de nos comprometermos todos ”, declarou a Directora-geral.

A Sra. Anyang Agbor, da União Africana, enfatizou que “a África precisa de uma colaboração mais forte entre instituições de investigação científica que mobilize a academia e os sectores público e privado. A União Africana, no final de 2019, reconheceu a Ciência Aberta (Open Science) como um divisor de águas no tratamento das desigualdades".

A mensagem da Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola, Prof. Doutora Maria do Rosário Bragança, incluiu, dentre outros aspectos, a necessidade de livre acesso a informações e publicações científicas, de apoio para criação de uma plataforma interativa para detecção e notificação de casos ao nível nacional, com emissão de estatísticas e outras correlações, permitindo acompanhar em tempo real a dinâmica e o desenvolvimento da epidemia nos países. Essa ferramenta também poderá ser utilizada para outras doenças, de acordo com o perfil epidemiológico de cada país, no nosso caso, como malária, dengue, infecções respiratórias.

Ao longo destas últimas semanas a comunidade científica internacional tem sido mobilizada em torno da emergência, compartilhando e disponibilizando universalmente os resultados de investigação científica e realizando uma reforma sem precedentes nos seus métodos de trabalho (as principais revistas científicas tornaram o conteúdo sobre o vírus acessível a todos, mais de 1.000 artigos foram publicados em acesso aberto ,em resposta ao apelo da OMS, em poucos dias estabeleceram-se consórcios internacionais de investigação científica permitindo um progresso rápido, incluindo o sequenciamento do ADN do vírus em apenas algumas semanas).

“Todos nós dependemos da ciência para sobreviver”, concluiu Marcos Pontes, Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação do Brasil.

 

Fonte:https://en.unesco.org/news/unesco-mobilizes-122-countries-promote-open-science-and-reinforced-cooperation-face-covid-19

 

Luanda, 31 de Março de 2020.

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